No dia de hoje, 04 de setembro, celebramos o aniversário de um dos maiores nomes não apenas da música contemporânea, mas da história da indústria fonográfica: Beyoncé Knowles-Carter.
Dona de algumas músicas de maior sucesso de todos os tempos, Beyoncé começou sua carreira como membro do girl group Destiny’s Child, lançando-se à carreira solo a partir de 2003, com o lançamento de ‘Dangerously in Love’. Desde então, quebrou inúmeros recordes de vendas e de aclamação, eventualmente tornando-se a mulher mais premiada do Grammy Awards e consagrando um legado infindável e imortal.
Para continuar nosso especial sobre essa performer tão especial, elencamos os dez melhores videoclipes de sua carreira – de “Single Ladies (Put a Ring on It)” a “Formation”.
Confira as nossas escolhas e conte para nós qual o seu clipe favorito:
10. “BEAUTIFUL LIAR”
Direção: Jake Nava
Dando vida a uma das maiores colaborações femininas do século, “Beautiful Liar” é, de fato, uma música que marcou época e que, até hoje, é relembrada nas playlists dos ouvintes. A mistura de pop árabe e R&B uniu as forças de Beyoncé e Shakira ganhou uma nova camada com a chegada de Jake Nava no comando do videoclipe – cujo simples e prático conceito transformou-se em um orgasmo visual, recheado de simetria, química e uma inclinação apaixonante para a teatralidade.
9. “NAUGHTY GIRL”
Direção: Jake Nava
Atravessando décadas e mais décadas e pegando uma ou duas coisas emprestadas da icônica Donna Summer, Beyoncé fez um ótimo trabalho performático no videoclipe de “Naughty Girl”, single de seu álbum de estreia ‘Dangerously in Love’. Dirigido por Nava, a coreografia é inspirada por Cyd Charisse e Fred Astaire e exala uma química absolutamente incrível com Usher, além de emanar uma riqueza de detalhes e de bastante glitter que mantém o clipe como um dos melhores dos anos 2000.
8. “IF I WERE A BOY”
Direção: Jake Nava
Em uma das primeiras incursões pré-feministas da cantora, Beyoncé resolveu inverter os papéis de gênero com a canção “If I Were a Boy”. O single, pertencente ao álbum ‘I Am… Sasha Fierce’, veio acompanhado de um clipe comandado por Nava em que a performer vive uma oficial de polícia que não respeita seu parceiro romântico e parece distante da relação que criaram – adotando um tom condescendente que não é nada além do que sente na realidade, em que seu marido não demonstra qualquer presença ou empatia por ela.
7. “COUNTDOWN”
Direção: Adria Petty
Uma das canções mais conhecidas do álbum ‘4’, “Countdown”, não poderia receber um clipe que fosse menos que icônico. Além das habilidades de dança conhecidas de Beyoncé, toda a atmosfera construída por Adria Petty abraça a arte cinematográfica com paixão inegável, revivendo o clássico ‘Cinderela em Paris’, estrelado por Audrey Hepburn, não apenas nas escolhas certeiras, mas na montagem frenética e na própria performance da cantora. Temos, aqui, o contraste de cores e uma sensual rendição sessentista que nos tira o fôlego desde os primeiros acordes.
6. “ALREADY”
Direção: Ibra Ake, Dafe Obro, Meji Alabi
Integrando o álbum ‘The Lion King: The Gift’ e o espetacular filme ‘Black Is King’, “Already” é um dos videoclipes mais importantes do século por trazer inúmeras referências da cultura africana ao mainstream, desde os passos de dança inspirados no povo Maasai aos estilos de cabelo inspirados nos povos Dinka e Mursi. Recheado de uma simbologia gigantesca, o clipe, comandado por Ibra Ake, Dafe Obro e Meji Alabi, merece estar nesta lista e posa como uma obra de arte aplaudível.
5. “PARTITION”
Direção: Jake Nava
A imagética de Nava são bastante conhecidas – e é claro que isso não seria diferente com o videoclipe de “Partition”. Exaltando a cultura voyeurística, o clipe em questão integra o lendário álbum ‘BEYONCÉ’ e traz elementos dos cabarés para uma sensual e empoderada protagonista que fala abertamente sobre sexualidade. Aqui, a artista vive uma dona de casa rica e entediada cujos desejos mais ardentes são mostrados através de flashes e de uma ode ao onírico e ao extravagante.
4. “PRETTY HURTS”
Direção: Melina Matsoukas
“Pretty Hurts” foi lançado como o quarto single oficial do álbum ‘BEYONCÉ’ e, obviamente, veio acompanhado de um incrível videoclipe dirigido por Melina Matsoukas. Infundido nas incursões estéticas dos anos 1980 e permeado por temas sobre a problemática dos padrões de beleza impostos pela sociedade, narrando sobre o que significa o conceito de “beleza” e trazendo Queen B como uma participante de concursos de beleza e mostrando a realidade exaustiva por trás da busca pela perfeição.
3. “HOLD UP”
Direção: Jonas Åkerlund
Jonas Åkerlund é um dos maiores diretores de videoclipes da contemporaneidade e, depois de ter trabalhado com Beyoncé na lendária colaboração “Telephone”, com Lady Gaga, foi recrutado pela Queen B para a impecável canção “Hold Up”. No clipe, que faz parte do álbum ‘Lemonade’, Beyoncé destrói diversos carros e câmeras de segurança com um taco de beisebol, trazendo referências a Janet Jackson e Pipilotti Rist e colocando a performer como uma versão materializada de Oxum, divindade iorubá da Umbanda e do Candomblé.
2. “SINGLE LADIES (PUT A RING ON IT)”
Direção: Jake Nava
Colaborando novamente com Nava, que já havia fornecido suas habilidades para os clipes de “Beautiful Liar” e “Crazy In Love”, Beyoncé protagonizou o icônico vídeo “Single Ladies (Put a Ring on It)”, single de seu icônico álbum ‘I Am… Sasha Fierce’, de 2008. Vencedor do Vídeo do Ano no VMA, a obra incorpora a coreografia J-Setting e traz referências a Bob Fosse e Gwen Verdon. A maior conquista do clipe, sem sombra de dúvida, é sua estrutura elegante e minimalista, que foi feita com baixíssimo orçamento e, rapidamente, alcançou um status icônico.
1. “FORMATION”
Direção: Melina Matsoukas
Assim como na nossa lista das 10 Melhores Músicas de Beyoncé, “Formation” também ocupa o primeiro lugar da nossa lista – e não poderia estar em nenhum outro lugar. O icônico videoclipe, considerado um dos mais bem produzidos da história, foi dirigido por Matsoukas e causou comoção significativa à época de seu lançamento – chegando a invocar a ira da sociedade conservadora por suas mensagens poderosas e a exaltação da cultura negra (ora, até mesmo membros do governo canadense queriam banir o clipe pelo que ele representava).
Ambientado em Nova Orleans, a narrativa descreve a variedade e a heterogeneidade da cultura afroamericana sulista, incluindo o Mardi Gras, os cowboys negros e vários outros. Além de ser objeto de estudo de diversos pensadores contemporâneos (ao lado do álbum a que canção pertence, ‘Lemonade’), a obra ganhou dezenas de prêmios e merece ser apreciada em sua completude.