quinta-feira, março 28, 2024

Os filmes de M. Night Shyamalan – Do Pior ao Melhor

O suspense Fragmentado é um dos grandes sucessos deste início de 2017, arrecadando elogios da imprensa especializada, do público e rendendo uma gorda bilheteria para um filme de seu orçamento. Tudo isso apenas soma para afirmarmos que o cineasta M. Night Shyamalan, uma vez considerado o novo Hitchcock ou o novo Spielberg (exageros à parte – como de costume) voltou às boas, após seu ensaio com A Visita (2015), caindo novamente nas graças dos Deuses do Cinema.

Pensando nisso, resolvemos listar (do pior ao melhor) todos os filmes que estampam o nome do cineasta APÓS SEU SUCESSO MUNDIAL com O Sexto Sentido (1999), o filme que colocou verdadeiramente seu nome no mapa. Queremos deixar isso bem claro – daí as letras garrafais – portanto, que seus dois longas iniciais, Praying With Anger (1992) e Olhos Abertos (1998), não estarão na lista. Assim como levaremos em conta somente produções cinematográficas, deixando também de fora a série Wayward Pines, com a qual esteve envolvido em 2015. Não esqueça de comentar e listar os seus em ordem. Vamos lá, apertem os cintos e preparem-se para serem Shyamalados.

O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS – Caso não tenha visto o filme em questão, não leia a parte da reviravolta.

Demônio (Devil, 2010)

Sinopse: cinco estranhos ficam presos num elevador e coisas sombrias começam a ocorrer ao redor e dentro do local, como mortes. Policiais e técnicos tentam salvar as vítimas. A ideia era falar sobre fé.
Envolvimento:
essa era uma proposta do diretor que não deu certo. A ideia era criar uma série de filmes, todos parte de uma antologia de terror, sob o selo The Night Chronicles. Shyamalan produz o longa e escreveu a história, mas o roteiro e a direção não são seus.
Protagonista:
aqui temos um elenco de rostos desconhecidos, sem o foco em um único protagonista. Temos os cinco “jogadores” dentro do elevador, mas o que mais se aproxima de ser o principal é o personagem de Chris Messina, o detetive do lado de fora tentando salvá-los.
Elemento Sobrenatural:
além da tragédia de termos cinco pessoas trancafiadas em um elevador defeituoso, Demônio, como diz o título nada sutil, traz uma das vítimas como o próprio Belzebu encarnado. Essa é para se benzer.
Shyamalan Ator: não aparece.
Reviravolta:
todo o rebuliço criado pelo coisa ruim no final das contas era apenas uma forma de se vingar de um dos sujeitos, que havia atropelado a esposa do tal policial. Além disso, o filme trapaceia e mata a senhora idosa, primeiramente a eliminando da lista de suspeitos, para depois revelar ser ela a encarnação do capeta.

O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, 2010)

Sinopse: adaptação para o cinema do famoso desenho animado Avatar, que devido ao monstruoso fenômeno homônimo de James Cameron, lançado no ano anterior, não pode utilizar seu título original. A história mística de aventura e fantasia, fala sobre diversas tribos, cada uma dominando um elemento da Terra, como fogo, ar, água e terra.
Envolvimento:
aparentemente, o desejo de Shymalan em adaptar o desenho veio da paixão de seus filhos pelo mesmo. Na época, seus filmes autorais de suspense e terror não estavam mais emplacando junto ao público, fechando portas para o diretor em estúdios como a Disney, a Warner e a Fox. O cineasta aqui resolveu dar um tempo de filmes menores e apostar no cinema blockbuster de efeitos visuais e heróis. Shyamalan adapta o roteiro, produz e dirige aqui.
Protagonista:
ao menos os personagens do desenho foram respeitados e trazidos para o longa, o problema é que certa leveza e humor foram esquecidos em prol de um épico enfadonho. Aang (Noah Ringer) é o protagonista, um jovem monge, que é o escolhido (para variar) e o único capaz de controlar os quatro elementos.
Elemento Sobrenatural:
por se tratar de um filme de fantasia, temos muitos elementos sobrenaturais, como pessoas que controlam o fogo, a água, o ar e a terra, além de uma criatura bestial, porém dócil, que é uma mistura de bicho preguiça e bisão.
Shyamalan Ator:
uma ponta não creditada como um dos membros da tribo do fogo.
Reviravolta:
a última cena deixava uma continuação engatilhada, que nunca viria. Após ter falhado em capturar o último Airbender, Zuko (Dev Patel) perde a preferência de seu pai, o rei, que agora mandará a filha para o encalço do “menino dourado”.

Depois da Terra (After Earth, 2013)

Sinopse: passada no futuro, esta ficção científica conta a história de um pai e seu filho (Will Smith e seu filho na vida real, Jaden Smith) ambos militares, viajando em uma missão interplanetária em sua nave. O pior acontece e a nave cai em um inóspito planeta. O pai fica impossibilitado, cabendo ao filho se provar e ir até o ponto oposto do local para enviar um sinal e pedir ajuda.
Envolvimento:
aqui, pela primeira vez em sua carreira, Shyamalan foi um diretor de aluguel. Por mais que em O Último Mestre do Ar tenha apenas adaptado um desenho, era um projeto de paixão seu, assim como a criação da antologia da qual Demônio faria parte. Mas com Depois da Terra, o diretor apenas serviu à família Smith, para que juntos desenvolvessem o projeto cujo subtexto é um dos mantras da cientologia, o da superação do medo. No filme, Shyamalan adapta em um roteiro a ideia de Smith, produz e dirige.
Protagonista:
mostrando que este é mais um veículo que Will Smith planejou para o lançamento da carreira de seu filho, embora o nome do astro seja o de maior relevância aqui, ele deixa Jaden, na pele de Kitai Raige, levar 80% da projeção sozinho.
Elemento Sobrenatural:
mais um filme de fantasia e ficção científica, aonde o que mais pode ser encontrado são elementos sobrenaturais. Passado no futuro, temos animais levemente modificados e evoluídos, como macacos, tigres e águias. Mas o que se destaca é a criatura monstruosa conhecida como Ursa.
Shyamalan Ator:
não aparece.
Reviravolta:
não existe grandes reviravoltas aqui, e a revelação de que o planeta inabitado e perigoso no qual caem com a nave é a Terra, é feita logo no início do filme, ao contrário do clássico Planeta dos Macacos (1968). Talvez a jornada e como Kitai derrota a Ursa sejam as surpresas aqui. O pequeno finalmente evoca o “fantasma”, técnica na qual se torna invisível ao monstro, superando de vez o medo.

Fim dos Tempos (The Happening, 2008)

Sinopse: um enigmático evento começa a ocorrer pelos EUA, no qual pessoas, aparentemente sem qualquer explicação, começam a se matar das formas mais variadas e grotescas. Devido à paranoia instalada no país, após o 11 de setembro, especula-se que sejam atos terroristas.
Envolvimento:
aqui ainda tínhamos o Shyamalan “moleque” e autoral. Porém, meio perdido, tendo usado todas as cartas na manga, com quase nenhum crédito junto aos críticos e público. Esse foi o primeiro filme de censura alta da carreira do diretor, que pôde usufruir da violência e cenas explícitas em seu filme declaradamente de terror. Como de costume, Shyamalan escreve, dirige e produz.
Protagonista:
uma das maiores críticas que Fim dos Tempos recebeu foi em relação aos seus personagens, em especial os protagonistas. Mark Wahlberg é o principal na pele do professor de ciências (??!!) Elliot Moore. O ator está longe de sua alçada e não convence, sendo alvo de cenas constrangedoras – como quando fala com uma samambaia (de plástico, para piorar). Pior que isso, só o desempenho inerte e robótico da geralmente agradável Zooey Deschanel, que interpreta sua esposa. A atriz parece anestesiada durante toda a projeção.
Elemento Sobrenatural:
alguma toxina parece a causa de tudo, se espalhando pelo ar e criando um novo nível de paranoia, que surpreendentemente dura apenas um dia. O que chama atenção é que assim como em alguns clássicos do gênero, a pessoa que você mais gosta e confia, pode se voltar contra você ou ela mesma.
Shyamalan Ator:
tomado pela timidez, o cineasta aparece apenas como uma voz ao telefone no filme.
Reviravolta:
bem, a grande reviravolta aqui, como diversos personagens entregavam em especulações durante o filme, é a revolta da natureza contra o homem. Em especial as plantas, que liberam esta toxina mortal, com a tentativa de embasamento científico da parte do cineasta. Bem, ou será que era isso mesmo?

Não deixe de assistir:

A Dama na Água (Lady in the Water, 2006)

Sinopse: em um condomínio de classe média baixa, na cidade da Filadélfia (na qual se passam a maior parte dos filmes do diretor), figuras para lá de exóticas transitam. Até que o zelador do local encontra uma misteriosa jovem na piscina do prédio, e a trama se desenrola.
Envolvimento:
Shyamalan estava no auge de sua carreira, começando a colocar o pé no declínio. A divisão de opiniões causada por A Vila, ocasionou na saída do diretor do estúdio que o acolheu em seus maiores sucessos, a Disney. Este filme marca a primeira, e única (até o momento), aventura do cineasta pela Warner. O objetivo aqui era dar vazão aos contos de fadas que Shyamalan narrava para seus filhos antes de dormirem. Mais uma vez o cineasta escreve, dirige e produz.
Protagonista:
Cleveland Heep (Paul Giamatti, recém-saído dos sucessos de crítica Sideways – Entre umas a Outras e A Luta Pela Esperança), o zelador do condomínio, é nosso herói por esta jornada. Esse é o filme de Shyamalan que possui a maior gama de personagens excêntricos, a maioria propositalmente criados como alívio cômico. Um dos que mais chama atenção é o crítico de cinema e arte, pretensioso e arrogante (papel de Bob Balaban), tratado como vilão, e criado como forma de vingança do diretor em relação aos verdadeiros críticos que vinham destratando suas obras.
Elemento Sobrenatural:
por se tratar de um pretenso conto de fadas (ou conto de ninar, como dizia o slogan), temos figuras fantásticas e mitológicas, como ninfas (espécie de serias), papel de Bryce Dallas Howard, e criaturas que são mesclas de animais com outros elementos da natureza.
Shyamalan Ator:
esse é o melhor, ou pior, papel de Shyamalan em um de seus filmes, dependendo do seu ponto de vista. Essa é outra resposta, que soa muito como tapa de luva de pelicas (com uma ferradura dentro), que o diretor dá em seus detratores. Aqui, ele é Vick Ran, escritor e condômino (mora junto com a irmã) do local, cujo próximo livro irá ser tão importante que salvará o mundo. Egocentrismo no nível dez? Sim, por favor.
Reviravolta:
anunciado como conto infantil e história de fadas, A Dama na Água é enfadonho demais para as crianças. O filme possui inclusive cenas e momentos mais assustadores. No entanto, não guarda grandes reviravoltas. A maior delas talvez seja os papeis invertidos, que cada morador ganha na hora de ajudar a ninfa Story (Howard) – sim, nome bem criativo né? – a voltar para casa. Invertidos, pois iriam se mostrar equivocados, necessitando de nova escalação.

A Visita (The Visit, 2015)

Sinopse: um casal de adolescentes vai visitar os avós em outra cidade, com quem nunca tiveram contato devido à briga de sua mãe, filha dos idosos, com os pais anos atrás. Mas os adoráveis antepassados escondem um terrível segredo.
Envolvimento:
foi a volta por cima de Shyamalan, e o passo rumo a reconquistar o sucesso. Um filme menor, financiado de seu próprio bolso, e gravado no estilo found footage. Esse era o filme que o diretor queria fazer, com controle total, e não fazia desde 2008. O autor escreve, produz e dirige.
Protagonista:
os protagonistas são os inocentes netinhos Becca (Olivia DeJonge) e o cômico Tyler (Ed Oxenbould), aficionado por hip hop. Mas quem rouba a cena são os perturbadores avós Nana (Deanna Dunagan) e Pop Pop (Peter McRobbie).
Elemento Sobrenatural:
o filme inteiro ficamos esperando alguma ameaça sobrenatural, que justifique o comportamento errático dos velhinhos. Em certo momento, enfatizado pela mãe (papel de Kathryn Han), a justificativa de seu comportamento pode ser apenas pela idade. O que traria um tom cômico maior ao longa, que já utiliza de muito humor.
Shyamalan Ator:
mesmo voltando aos poucos às boas com o sucesso, o diretor ainda não arriscaria aparecer em um longa.
Reviravolta:
talvez uma das melhores e mais gélidas reviravoltas em um filme do diretor, que congelou minha espinha ao assistir no cinema, descobrimos que os adoráveis velhinhos não são os avós reais da dupla de jovens, e sim loucos fugidos do manicômio. Meu Deus!!!

Fragmentado (Split, 2016)

Sinopse: Kevin (James McAvoy) é um jovem que possui 23 personalidades. Para tentar curar o quadro, ele se trata com uma psicóloga renomada. No entanto, o tratamento parece não ajudar muito e ele termina sequestrando três jovens.
Envolvimento:
aqui, podemos afirmar que Shyamalan reencontrou a paz e o sucesso. O cineasta deu a volta por cima, sendo abraçado novamente por crítica e público, que fizeram de Fragmentado, escrito, produzido e dirigido por ele, um dos maiores sucessos deste início de 2017.
Protagonista:
Kevin e suas inúmeras personalidades (todas interpretadas por um James McAvoy inspiradíssimo), com destaque para Patricia, o menino Hedwig, Dennis e, é claro, a Besta. Casey Cooke (Anya Taylor-Joy, de A Bruxa), nossa heroína perturbada, também recebe o devido destaque.
Elemento Sobrenatural:
não existe um elemento 100% sobrenatural aqui, mas, além das inúmeras personalidades que permeiam a mente de Kevin, a Besta é uma criatura quase sobre-humana que ameaça vir à tona.
Shyamalan Ator:
Shyamalan não podia se conter de felicidade e no embalo aparece de novo como ator. Aqui, ele vive um técnico de segurança apaixonado pelo restaurante incorreto Hooters.
Reviravolta:
Existem algumas reviravoltas com as personalidades de Kevin, como a chegada da Besta, o destino de alguns personagens e o passado trágico da menina Casey. Mas o que mais chama atenção é o elo com um certo filme de sucesso do diretor.

Corpo Fechado (Unbreakable, 2000)

Sinopse: um homem é o único sobrevivente de um desastre de trem e, com a ajuda de outro que é seu exato oposto, começa a entender seu propósito no mundo e sua natureza indestrutível – ou inquebrável como diz o título original.
Envolvimento:
segundo longa de Shyamalan após ser glorificado com O Sexto Sentido. Hoje, Corpo Fechado possui status cult, mas na época muitos não entenderam a proposta deste filme de super-heróis de quadrinhos realista e dramático, pano de fundo para uma reconciliação matrimonial. O cineasta joga em todas as posições como de costume.
Protagonista:
David Dunn (Bruce Willis) é um homem que desiste do seu sonho profissional em nome da esposa (Robin Wright), se tornando infeliz quando a perde de qualquer forma. O personagem mais interessante de longe aqui, no entanto, é Elijah ‘Senhor Vidro’ Price (Samuel L. Jackson), em ótima homenagem ao cinema negro da década de 1970.
Elemento Sobrenatural:
O protagonista é um herói indestrutível e altamente sensorial, a não ser pela água, seu ponto fraco. Já o Senhor Vidro de Samuel L. Jackson é o oposto, se quebrando por completo ao primeiro esbarrão.
Shyamalan Ator:
a ponta do diretor neste filme resume-se a um fã que tenta vender drogas dentro do estádio, no qual o protagonista é segurança.
Reviravolta:
após a fantasia se tornar realidade, e ficar provado que o protagonista era de fato um super-herói saído direto da mitologia, resta saber qual o papel de seu antagonista nisso tudo… E que venha a continuação!

Sinais (Signs, 2002)

Sinopse: um fazendeiro e ex-pastor, perde a mulher em um acidente de trânsito, perdendo assim também a fé em Deus. Agora, ele cria os dois filhos pequenos com a ajuda do irmão mais novo.
Envolvimento:
Corpo Fechado, como a maioria das obras cult, não ganhou a atenção devida na época de seu lançamento, sendo redescoberto depois. Já em Sinais, seu terceiro longa, Shyamalan voltou novamente ao topo de mundo, adquirindo mais um sucesso de público e crítica, em um filme B que deu certo – ao contrário de Fim dos Tempos. O diretor novamente joga em todas as posições.
Protagonista:
Mel Gibson dava tudo de si na pele do ex-Reverendo Graham Hess, que perdeu a fé devido ao acidente fatal que tirou a vida de sua esposa. O bom do cinema de Shyamalan é dar enfoque dramático, em atuações dignas de prêmios, para tramas de terror e ficção, que geralmente não seriam levadas a sério. A escolha de Gibson, um intenso homem de fé, para o papel é mais que adequada. Além dele, Joaquin Phoenix também se destaca na pele de Merill, o irmão mais novo e destrambelhado, que serve como alívio cômico.
Elemento Sobrenatural:
o que ainda não foi mencionado aqui é que Sinais fala sobre uma possível invasão alienígena. Uma invasão diferente, no entanto, das que estamos acostumados a ver no cinema. Mais intimista ao ponto de ficarmos nos perguntando se tudo não passa de uma grande enganação. Shyamalan teve a ideia para o roteiro, depois de acompanhar os casos das enormes marcas em plantações, algumas se revelando um engodo, outras ainda sem explicação.
Shyamalan Ator:
esse é o papel mais legal de Shyamalan, tirando o hilário de A Dama na Água. Aqui, seu personagem é tão importante que faz a trama girar. Ele é Ray Reddy, veterinário da pequena cidade rural nos arredores da Filadélfia, que acidentalmente tira a vida da esposa do protagonista.
Reviravolta:
para quem estava na dúvida, os extraterrestres se mostram bem reais e nem um pouco amistosos. Os seres hostis invadem o local, e quando todos achavam que eles haviam partido… Bem, é ver para crer. No entanto, eles possuem um ponto fraco (que se mostra uma obsessão de Shyamalan). Sua fraqueza é explicada no filme, e na verdade, não é tão despropositada quanto afirmam os detratores do longa.

O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999)

Sinopse: um psicólogo estrela, condecorado pelo prefeito, pega seu caso mais difícil: o de um menino diferente, que à primeira vista é alvo de abuso doméstico, porém, guarda segredos sobrenaturais, além da compreensão humana.
Envolvimento:
Shyamalan se tornou um astro aqui. Ele já havia dirigido dois filmes pouco significativos, mas foi com O Sexto Sentido que ganhou o mundo. O filme foi sucesso de crítica e público, e ainda recebeu 6 indicações ao Oscar, entre elas, melhor filme diretor. Além disso, consta na lista dos preferidos do grande público no site IMDB. Shyamalan cria aqui sua obra-prima, escrevendo, produzindo e dirigindo o longa.
Protagonista:
Bruce Willis dá vida o Dr. Malcolm Crowe, o psicólogo e protagonista. O ator recebe uma das poucas chances de atuar de verdade em sua carreira. Mas o rouba-cenas atende pelo nome de Haley Joel Osment, então um menino de 11 anos, inclusive chegando a ser indicado ao Oscar por seu desempenho como o problemático Cole, o garoto que via gente morta.
Elemento Sobrenatural:
como dito acima, o menino Cole via gente morta. Esse é um filme de fantasmas e assombrações, porém, um bem diferente do que imaginamos.
Shyamalan Ator:
o diretor interpreta um médico que começa a desconfiar que a mãe do menino (Toni Collette) seja quem vem lhe deixando marcas roxas por todo o corpo.
Reviravolta:
bem, na reviravolta mais manjada (agora) e surpreendente da história do cinema, ficamos sabendo que o psicólogo que ajudava o menino, estava também, ele mesmo, morto. Durante o filme, acompanhamos apenas seu fantasma se comunicando com o menino. Toque de gênio.

A Vila (The Village, 2004)

Sinopse: um pequeno vilarejo auto suficiente, e seus moradores, são assombrados pela floresta ao redor, na qual residem criaturas monstruosas, por volta de 1900. As duas raças vivem numa espécie de trégua, mas o que acontece quando esta trégua é quebrada?
Envolvimento:
esse é o melhor trabalho de Shymalan, embora não seja unânime, justamente porque o diretor brinca como nunca com sua audiência, manipulando de forma magistral o público, que teme sem saber o que temer. É um exercício em puro medo, o que o diretor propõe a realizar. E a plateia é sua cobaia. Ao final, alguns entenderão e apreciarão sua proposta. Outros, como sempre, se sentirão frustrados.
Protagonista:
embora o nome que encabece o elenco seja o de Joaquin Phoenix, e tenhamos atores da estirpe de William Hurt, Sigourney Weaver e Adrien Brody permeando a obra, a protagonista absoluta é Ivy Walker, a jovem cega, que marca a estreia vertiginosa de Bryce Dallas Howard no cinema.
Elemento Sobrenatural:
as criaturas que cercam o vilarejo, e habitam a floresta. Tais criaturas, que não devem ser mencionadas, nunca são de fato totalmente conhecidas ou explicadas, mas aparentam uma mistura de porco, com muitos espinhos e garras, num híbrido humanoide.
Shyamalan Ator:
Shyamalan dá as caras no final, como um dos seguranças responsáveis por guardar os arredores da reserva florestal.
Reviravolta:
são duas grandes reviravoltas aqui. A primeira, é que não existem de fato as criaturas, sendo tudo uma invenção dos mais velhos, para assegurarem que os mais novos nunca deixariam o local, pelo menos nesta geração. Essa ocorre antes do final, podendo ser acusada de ser anticlimática. A segunda reviravolta mostra que, na realidade, os aldeões personagens do filme estão vivendo em nosso tempo, dentro de uma reserva florestal apenas simulando o estilo de vida antigo. É a Alegoria da Caverna de Platão, recriada como forma de entretenimento ao grande público e fãs de terror e suspense.

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