Início de ano é época de premiação do cinema. É o período mais apreciado por muitos cinéfilos, que podem correr atrás das produções mais elogiadas do ano anterior e ficar a par de tudo na hora de assistir à festa máxima do cinema: o Oscar.
Mas nem só dos prêmios da Academia vive o cinema, e além das produções adultas renomadas, o início do ano também traz algumas grandes obras voltadas ao entretenimento – como foi o caso com Jumanji: Próxima Fase, Frozen II e Bad Boys para Sempre.
Em fevereiro não será diferente, com o filme “solo” de uma amalucada personagem que se tornou ícone da cultura pop, o primeiro filme em live-action de um certo porco-espinho azul dos videogames, a reimaginação de um médico que pode falar com animais, a subversão de um famoso conto infantil de bruxas e, fechando o mês, um clássico do terror ganha roupagem moderna. Sem mais delongas, vem conhecer.
06/02
Aves de Rapina
Arlequina está de volta! E isso é tudo o que precisamos saber. Novamente nas formas de Margot Robbie, a personagem que se tornou um verdadeiro fenômeno na cultura pop está pronta para um segundo round, desta vez nos holofotes da trama. Ela se junta a um grupo de mulheres numa aventura totalmente girlpower, a fim de resgatar uma menina das garras de um chefão do crime. As primeiras críticas já estão salpicando na internet, e são extremamente favoráveis ao longa.
Jojo Rabbit
Uma das grandes surpresas deste Oscar, esta sátira de guerra foi indicado para 6 prêmios, incluindo melhor filme. Ao mesmo tempo um drama poderoso sobre o que foi o horror da Segunda Guerra Mundial, o longa surpreendeu por dar uma segunda indicação ao Oscar para Scarlett Johansson (aqui por coadjuvante) no mesmo ano.
Com muito bom humor, o filme relata a jornada de amadurecimento de um menino alemão de 10 anos superpatriota, descobrindo aos poucos as mentiras e atrocidades que foram contadas a ele por seu país.
13/02
Sonic – O Filme
Primeiro filme com atores reais do personagem adorado dos videogames, Sonic. O porco-espinho azul, muito famoso no mundo todo, é criado na forma de animação, mas contracena com pessoas reais no filme – que é voltado ao público infantil. A produção passou por dificuldade quando divulgou seu primeiro trailer e o visual do animal falante, que não agradou os fãs, precisou ser mudado às pressas.
Ao que parece ficou pronto a tempo e se der certo de verdade, pode ser um dos poucos exemplares de superprodução baseada em games bem sucedida. No filme, o astro Jim Carrey interpreta o vilão Dr. Robotinik.
O Grito
Por falar em reimaginação, este é o reboot da franquia O Grito (The Grudge) americana, que por sua vez é refilmagem da franquia japonesa. Agora, a tentativa é por um enfoque mais sério e realista, mais próximo aos chamados “terror de arte”, que fazem muito sucesso com o público cult do cinema.
Este é um terror de ritmo mais lento, que aposta mais na atmosfera e em momentos chocantes. Um dos chamarizes é o elenco bastante renomado, que conta com dois indicados ao Oscar: Jacki Weaver e Demián Bichir. Quem protagoniza é Andrea Riseborough na pele de uma policial investigando estranhas ocorrências cercando uma casa.
Dark Waters – O Preço da Verdade
Novo projeto de Todd Haynes (do sucesso Carol, com Cate Blanchett e Rooney Mara), o filme é baseado numa matéria real do New York Times sobre a poluição de uma famosa empresa química, num caso milionário típico de David contra Golias. Um advogado desafia o colosso, expondo uma longa história de poluição por parte da companhia. Mark Ruffalo vive o protagonista, e Anne Hathaway interpreta sua esposa.
20/02
Dolittle
Superprodução estrelada por Robert Downey Jr., desta vez voltada para toda a família, o filme traz o astro revivendo o famoso personagem, mais conhecido pelas novas gerações devido à comédia moderna de Eddie Murphy.
Poucos sabem, mas O Fabuloso Doutor Dolittle (1967), primeira adaptação ao cinema dos livros de Hugh Lofting, foi indicado para nada menos que 9 Oscar, incluindo melhor filme, e venceu os de canção e efeitos especiais. A versão de Downey, no entanto, como não poderia deixar de ser, aposta numa aventura mágica e grandiosa, repleta de ação.
Maria e João – O Conto das Bruxas
Por falar em subversão de histórias infantis clássica, João e Maria ganham nova roupagem com duas grandes modificações. A primeira é que desta vez o conto lendário dos irmãos Grimm, publicado em 1812, ganha uma roupagem de terror barra-pesada, talvez mais intenso inclusive do que o orquestrado originalmente pelos escritores.
E o segundo, em tempos de empoderamento feminino, Maria ganha os holofotes e o nome no título em primeiro lugar, adquirindo o protagonismo. Justamente por isso, a menina recebe as formas da talentosa Sophia Lillis.
O Chamado da Floresta
A Disney não é de arriscar muito em projetos live-action, preferindo a segurança dos filmes da Marvel, Star Wars (que não estão mais tão seguros assim) e suas reinterpretações de animações famosas. Mas desde que adquiriu a Fox, se viu obrigada a lançar todos os seus resquícios, o que inclui este filme sobre um cachorro falante, estrelado por Harrison Ford.
Bem, não é muito diferente do que a própria Disney costuma fazer, se formos olhar por esse lado. Na história, um cachorro luta por sobrevivência num território inóspito e gelado, passando por diversas aventuras e encontrando amizade num idoso (papel de Ford).
Luta por Justiça
Uma das produções adultas mais interessantes deste início de ano, este longa traz Michael B. Jordan como protagonista, na pele de um advogado de renome, lutando para soltar um homem injustamente condenado à pena de morte – papel de Jamie Foxx. O filme é baseado no livro de Bryan Stevenson, e tem como tema a representação racial. A direção é de Destin Daniel Cretton, de Temporário 12 (2013). No elenco, em sua terceira colaboração com o cineasta, a musa do diretor: Brie Larson.
Frankie
Por falar em musas, aqui temos protagonizando uma verdadeira lenda francesa do cinema mundial, a icônica Isabelle Huppert. No filme, a atriz vive uma famosa apresentadora se despedindo da família, do marido e de amigos após descobrir uma doença terminal. O local escolhido para sua despedida é a bela paisagem de Sintra, em Portugal. O longa é dirigido por Ira Sachs, ótimo lacrimoso O Amor é Estranho (2014). Ou seja, não esqueçam os lenços para este também.
27/02
O Homem Invisível
Após o fracasso de A Múmia (2017), com Tom Cruise, a Universal parece ter deixado de lado a proposta do Dark Universe, que pretendia reunir em versões modernas seus monstros clássicos (Frankenstein, Lobisomem e companhia). Agora, o projeto de renovar O Homem Invisível foi remodelado e ganhou novos ares com este filme – mais contido em seu próprio universo e com uma abordagem mais urgente.
Na trama, Elisabeth Moss vive uma mulher vítima de violência doméstica e constantes abusos. Para piorar, seu companheiro se mata e a deixa toda a sua fortuna para ela. No entanto, estranhos acontecimentos a fazem pensar que ele pode não ter morrido de verdade.
Uma Vida Oculta
Terrence Malick já foi conhecido como um diretor bissexto, porque até o ano de 2011, apesar de uma carreira de quase 40 anos, só havia lançado cinco filmes como diretor. Isso criou uma mitologia em torno de sua obra e um aspecto perfeccionista em seu caráter – algo como a fama do icônico Stanley Kubrick. Mas depois de A Árvore da Vida, o diretor se desembestou a entregar uma produção atrás da outra.
Foram mais cinco filmes em menos de dez anos – isso é que é mudar da água para o vinho. Como resultado, suas produções perderam parte do sentido, e se tornaram repetitivas. O mais recente, Uma Vida Oculta, é uma espécie de Até o Último Homem (2016) nazista e fala sobre um sujeito que se recusa a lutar em nome de Hitler na guerra devido à sua religião.
A Hora da sua Morte
Adiado, este é o infame filme de terror sobre um aplicativo “maldito” de celular, que diz exatamente quanto tempo resta de vida para seus usuários. Uma enfermeira se arrepende amargamente após baixar o app do demo, e agora corre contra o tempo para conseguir uma forma de se salvar.