Recentemente aqui no CinePOP, trouxemos uma matéria com as maiores bilheterias da primeira metade de 2022 (veja abaixo no link). É claro que na lista estavam alguns dos filmes mais aguardados deste ano, muitos que realmente se mostraram bem-sucedidos financeiramente. Filmes como Batman, Jurassic World – Domínio, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e, especialmente, Top Gun: Maverick. Todos grandes sucessos que certamente irão figurar até o fim do ano – apesar de alguns contarem com críticas mornas. Outros, que deveriam estar inseridos neste top 10, terminaram decepcionando, como foi o caso com Lightyear – derivado de Toy Story que se mostrou um dos esforços mais fracos (financeiramente falando) da Disney nos últimos tempos. Por outro lado, todo ano nos reserva uma surpresa saída sabe-se lá de onde, que se transforma no novo fenômeno de popularidade. E este ano tal filme atende pelo nome Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo.
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Mas 2022 chegou apenas em sua metade. Ainda teremos mais seis meses de filmes e a garantia de superproduções que irão sacudir as coisas nas bilheterias, além de obras que certamente irão se posicionar em nossas listas dos melhores (e também dos piores, por que não?) deste ano. Alguns deles já começam a chegar no mês de julho – como um certo filme da Marvel que promete arrastar multidões aos cinemas (como os filmes do estúdio costumam fazer). Como se não bastasse temos também a biografia do rei do rock, um filme de terror de grande expectativa, animações e produções brasileiras badaladas. Confira abaixo.
14/07
Elvis
Ninguém quis enfrentar Thor 4 no primeiro fim de semana de julho, e quem seria louco? Assim, a segunda grande estreia do mês ficou para seu segundo fim de semana. E se trata de uma produção de grande relevância e que promete ter grande abrangência – quem sabe chegando até o Oscar. Os filmes de biografias musicais se tornaram basicamente um subgênero e um filão extremamente rentável. Assim, primeiro a Fox tratou de tirar do papel a sua incrivelmente bem-sucedida biografia de Freddie Mercury e do Queen em Bohemian Rhapsody; e sem perder tempo, logo no ano seguinte, a Paramount fez o mesmo com Elton John em Rocketman. Este mês é a Warner quem decide investir no Rei do Rock em Elvis, trazendo a tiracolo a participação de Tom Hanks como o empresário do cantor, e vilão da história. Em 2022 ainda teremos a estreia de I Wanna Dance with Somebody, da Sony, sobre Whitney Houston, e em breve uma sobre Bob Marley.
Crimes do Futuro
O tão aguardado retorno do diretor cultuado David Cronenberg também estreia no segundo fim de semana de julho, para a alegria dos fãs. O cineasta não assinava a direção de um longa desde 2014, quando entregou sua sátira à indústria das celebridades de Hollywood, Mapa para as Estrelas. Tendo debutado no prestigiado festival de Cannes em maio, Crimes do Futuro marca a volta de Cronenberg ao subgênero que o fez famoso, o horror grotesco e visceral do “body horror”. Nessa visão horrenda do futuro, o cineasta discorre sobre como as pessoas serão uma mescla entre o orgânico e o sintético, e que o entretenimento se transformará em grotescas operações de nossos órgãos. Definitivamente não é recomendado para os fracos de estômago. No elenco, Viggo Mortensen, Léa Seydoux e Kristen Stewart.
Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída – Edição 40 Anos
Por falar em filmes não recomendados para os de estômago fraco, o segundo fim de semana de julho trará novamente às telonas um clássico da cinematografia mundial que está completando aniversário de 40 anos em 2022. Trata-se da história real da menina do título, uma jovem pertencente a um universo deplorável, submetida ao submundo das drogas e prostituição numa idade tenra. O filme escandaloso fez enorme sucesso – e algumas matérias recentes tratam de recapitular a vida da protagonista, ainda viva, quarenta anos depois do lançamento do filme. Produção alemã, o filme traz ainda a participação do cantor David Bowie como ele mesmo, além de contribuir com a trilha sonora.
21/07
O Telefone Preto
O terceiro fim de semana de julho traz o lançamento do que é um dos filmes de terror mais aguardados do ano. Baseado no livro de Joe Hill (o filho de Stephen King), a história mostra que o sujeito herdou o talento do pai para histórias que misturam drama, terror e suspense. O menino Mason Thames protagoniza como Finney, um jovem que termina sequestrado por um psicopata. O vilão, dono de uma máscara bem exótica (e que tem tudo para se tornar sensação do próximo dia das bruxas), é interpretado por Ethan Hawke. O sádico tem como hobby sequestrar crianças, mas sua mais recente presa receberá ajuda das almas de suas antigas vítimas, através de ligações de um telefone preto desativado, no cativeiro do menino.
Pluft – O Fantasminha
Depois de um filme de terror com almas de crianças mortas, aqui temos outro de um teor bem diferente. Produção nacional, Pluft será estrategicamente lançado na época das férias escolares da garotada, para que os pais possam correr com suas proles aos cinemas, as distraindo e homenageando o cinema brasileiro. Os mais velhos devem lembrar bem que originalmente, Pluft é uma peça de teatro infantil clássica, escrita por Maria Clara Machado ainda em 1955, que teve diversas montagens nos palcos. Essa é a primeira vez que a história é levada para as telonas. O roteiro foi adaptado por Rosane Svartman, que também dirige o longa. A história conta sobre um pequeno fantasma chamado Pluft, que vive isolado com sua mãe numa mansão assombrada e tem mais medo de pessoas vivas do que todos têm de fantasma. Ele termina por fazer amizade com a menina Maribel, e depois precisa salva-la de um pirata que a sequestra. O elenco conta com as presenças de Juliano Cazarré, Fabíula Nascimento e Arthur Aguiar.
Ela e Eu
Fechando as principais estreias do terceiro fim de semana de julho, temos outra produção nacional que conta com um timaço de atores. Andrea Beltrão, Mariana Lima, Lara Tremouroux e Eduardo Moscovis estiveram juntos na recente novela da Globo Um Lugar ao Sol. Agora todos eles estão reunidos novamente nesta produção cinematográfica sobre uma mulher catatônica (Beltrão), recebendo uma segunda chance da vida. O filme, que mistura drama com bom humor, tem direção do jovem Gustavo Rosa de Moura, e ainda conta com as Globais Karine Teles (Pantanal) e Jéssica Ellen (Amor de Mãe) no elenco.
28/07
DC Liga dos Superpets
No último fim de semana do mês de julho, o grande chamariz segue sendo uma produção mirada aos pequenos e que promete embalar suas férias escolares. A Warner tem um grande acervo de personagens e super-heróis ao seu alcance, graças à parceria mais que frutífera com a DC Comics. E aqui o estúdio resolve focar num produto mais infantil: uma animação que usa como protagonistas os animais de estimação dos heróis da casa, em especial o cão branco Krypto, o cachorro do Superman. Quem cede a voz do animal é Dwayne Johnson, que em breve será visto como o anti-herói Adão Negro nas telonas – blockbuster com estreia programada ainda para este ano.
Um Herói
O mês de julho será fortemente mirado para as crianças, a fim de surfar na onda das férias escolares do meio de ano. Mas o mês ainda reserva filmes para os pais também. E um dos mais badalados é esta produção iraniana do prestigiado cineasta Asghar Farhadi, de sucessos como A Separação (2011), O Apartamento (2016) e o recente Todos Já Sabem (2018). Seu mais novo trabalho, Um Herói, fez sua estreia no Festival de Cannes em 2021. Na trama, um sujeito é preso por não pagar uma dívida. Com dois dias de liberdade, ele tenta convencer o denunciante a retirar a queixa. Lá fora, a produção recebeu lançamento pela Amazon, mas no Brasil o filme irá antes aos cinemas pela California Filmes.
Boa Sorte, Leo Grande
Outra produção original de uma plataforma de streaming, esta comédia dramática fez sua estreia no Festival de Sundance, mas nos EUA ganhou lançamento direto no Hulu – subsidiária da Disney (que no Brasil tem como substituta a Star Plus). Por aqui, no entanto, nada de um lançamento para se assistir em casa, já que o longa tem estreia programada da Paris Filmes para fechar o mês de julho em seu último fim de semana. O foco aqui é uma relação entre uma mulher mais velha, papel da veterana Emma Thompson, com um rapaz muitos anos mais jovem, papel de Daryl McCormack. No Brasil, a comédia sexual ganha ainda mais contornos lascivos graças ao nome do personagem masculino principal.