sábado , 21 dezembro , 2024

Os Melhores Álbuns de 2022 (Até Agora)

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A primeira metade de 2022 já acabou – e, como é de costume aqui no CinePOP, já começamos a divulgar algumas listas com as melhores produções cinematográficas, televisivas e musicais do semestre que passou, ajudando vocês a relembrar ou a conhecer o que ficou para trás.

Nesta mais nova matéria, elencamos os dez melhores álbuns do ano até agora – e garantimos que, assim como o cinema e a televisão, o cenário fonográfico também nos presenteou com algumas pérolas que merecem ser ouvidas pelos amantes da música.



Desde a magnum opus de ROSALÍA, que ascendeu a um dos melhores discos do século assim que lançada nas plataformas de streaming, até o aguardado retorno de nomes como Kendrick LamarCharli XCXFlorence + the Machine, montar a lista abaixo foi um trabalho complicado, mas tentamos fazer o nosso melhor.

Veja as nossas escolhas e conte para nós qual foi o seu favorito e quem ficou de fora:

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10. HARRY’S HOUSE, Harry Styles

“Três anos depois de ter gestado o elogiado Fine Line – que se tornou um sucesso crítico e comercial imediato, entrando para a lista dos 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos da Rolling Stone -, Harry faz um aguardado comeback com uma vibrante e sólida terceira iteração intitulada ‘Harry’s House’, demonstrando todo o seu amadurecimento artístico à medida que se mantém fiel à identidade apresentada desde que deixou o grupo supracitado e encontrou a própria voz. E, apesar dos deslizes aqui e ali, o resultado é instigante e profundo o bastante para sermos transportados em uma jornada romântica e extremamente comovente, com destaque para uma explosiva mixórdia rítmica e estilística e um processo de construção narrativa diferente do que já vimos”. – Thiago Nolla

9. CHLOË AND THE NEXT 20TH CENTURY, Father John Misty

O quinto álbum de estúdio de Father John Misty, nome artístico de Josh Tillman, configura-se como seu primeiro lançamento de originais desde 2018. ‘Chloë and the Next 20th Century’ foi recebido com aclamação imediata por parte dos críticos e do público, em virtude de versos eximiamente bem escritos e a promoção de um retorno ao passado, em composições que misturam jazzfolkswing. Mais do que isso, Tillman constrói um cânone à sua própria arte, talhando uma história de intimidade invejável que se relaciona em diversos níveis com quem ouse ouvir um dos melhores discos de sua carreira.

8. POMPEII, Cate Le Bon

Cate Le Bon é provavelmente um nome que você não conhece – e confesso que, até seu mais recente compilado de originais aparecer nas dicas do Spotify, também nunca tinha ouvido sequer uma música dela. A cantora e produtora escocesa lançou seu sexto álbum de estúdio em fevereiro de 2022 e gerou uma vertiginosa aventura pelo art pop, revelando suas predileções pelo city pop japonês e incrementando cada composição com um pungente synth-pop. Com apenas nove faixas e menos de 45 minutos, Le Bon surpreendeu a todos com um produto absolutamente fantástico e que merece ser apreciado em sua completude.

7. CAPRISONGS, FKA Twigs

“Não é apenas o conceitualismo que fala mais alto nesta obra – pelo contrário, os movimentos realizados por FKA Twigs e por uma gama gigantesca de produtores e compositores criam picos e vales de significações múltiplas, que variam desde audaciosas progressões até reflexões mercadológicas. Dessa maneira, “honda” nos chama a atenção por manter-se fiel à identidade da performer e por fornecer um lado mais costumeiro, por assim dizer, permitindo que ela brinque com aspectos como o atabaque, o kissange e o corpo gospel. Além disso, a parceria com o rapper Pa Salieu carrega uma química categórica, reafirmada pelo fraseamento divertido e bastante rítmico de cada verso, que foge das obviedades e nos engolfa em uma aventura aprazível e completa” – T.N.

6. DAWN FM, The Weeknd

“O ápice de criação vem pelo mote do qual o álbum se vale – afinal, o título em si já é uma brincadeira metalinguística com as estações de rádio e com a popularização desse recurso nas décadas anteriores. Para unir essas peças, temos a ilustre presença de Jim Carrey como o narrador e o apresentador do “programa”, transformando o lúdico jogo em um etéreo conto que convida os ouvintes para uma mística jornada pelo anoitecer e pelo amanhecer. A consciente estrutura da obra, dessa maneira, reafirma que Dawn FM não é apenas uma produção fonográfica, mas uma experiência multimídia que arranca músicas irretocáveis de um dos maiores nomes da música atual” – T.N.

5. CRASH, Charli XCX

“A obra é uma enorme mixórdia de diversos estilos que, fundidos com um objetivo específico, irrompem em resultados mágicos que só alguém com o nível criativo de Charli e de seus inúmeros colaboradores poderia criar – e devo dizer que, pelo fato de assinar todas as tracks, a cantora tem controle completo do que quer fazer. No geral, somos presenteados com um resumão do que a indústria fonográfica foi capaz de fazer, desde a intensa faixa-titular, que abre de forma irrefreável, até a ode ao electro-house e ao power-pop dos anos 2000 com “Used To Know Me”, pegando elementos emprestados de Steve Angello e Laidback Luke com a memorável “Show Me Love”“. – T.N.

4. THE GODS WE CAN TOUCH, AURORA

“O álbum não é uma mera declaração artística, mas uma epopeia bíblica que perpassa pela história da humanidade sem se deixar levar pelas fórmulas a que estamos acostumados. É nesse âmbito que “Heathens”, cujo título já demonstra uma promissora narrativa, funciona como uma crítica transparente e coesa ao fato de que, segundo as entidades onipotentes que nos criaram, somos todos pecadores e “vivemos como pagãos”, repetindo o verso inúmeras vezes como parte de uma jornada à compreensão e à lucidez. Algo parecido ocorre na sensualidade agourenta de “Artemis”, que se mostra comedida e esconde seus verdadeiros significados pela suavidade de uma performance familiar e magnético. Em “Everything Matters”, a colaboração entre AURORA e a cantora francesa Pomme é uma verborrágica constatação ethereal-trap de que o que fazemos importa – nem que seja para nós próprios” – T.N.

3. DANCE FEVER, Florence + The Machine

“Analisar um álbum de Florence, ou, como conhecemos seu ato musical ao lado de Isabella SummersFlorence + the Machine, nunca é um trabalho fácil, pelo fato das músicas não se encaixarem essencialmente em um gênero bem demarcado. Sua última incursão, High as Hope, fincou os pés em um coming-of-age sinestésico pincelado por diversos estilos sonoros – e, agora, atingindo uma maturidade surpreendente, retornamos com uma agressiva e aplaudível mixórdia estilística que já se inicia com a potente “King”, um dos singles oficiais do álbum. Enquanto a pessoalidade inalienável das produções anteriores abria espaço para reflexões íntimas e individuais, a canção em questão ergue-se em um empoderamento antêmico e discorre, ao longo de quase cinco minutos, sobre um dos principais que as mulheres continuam enfrentando: o sacrifício de sonhos em prol do forçoso papel lhes dado desde o nascimento” – T.N.

2. MR. MORALE & THE BIG STEPPERS, Kendrick Lamar

Qualquer lançamento de Kendrick Lamar já é o suficiente para nos fazer parar com tudo o que estamos fazendo e conferir o que esse ícone da música contemporânea tem para nos entregar. Afinal, Lamar é responsável por alguns dos melhores álbuns de todos os tempos, como o memorável ‘To Pimp a Butterfly’; agora, em 2022, ele retorna com mais um projeto espetacular, intitulado Mr. Morale & the Big Steppers, que continua o projeto de descontruir os engessamentos musicais em uma crítica narrativa em hip-hop que imprime jazzbluesrap, arquitetando enredos de consciência social que nos envolvem desde as primeiras batidas.

1. MOTOMAMI, ROSALÍA

ROSALÍA fez sua estreia no cenário fonográfico em 2017, com o lançamento de ‘Los Ángeles’ e, desde então, calcou um sucesso fenomenal que a colocou no centro dos holofotes. A cantora e compositora se tornou um ícone do resgate da cultura latina e das incursões fora do mainstream anglo-saxônico, criando histórias envolventes e emocionantes através de uma fusão de literatura e música. E é claro que ‘MOTOMAMI’ não seria diferente: seu terceiro álbum de estúdio é descrito como uma antêmica produção pessoal, íntima e declamatória, em que a performer mergulha de cabeça nos sentimentos que guardou pelos últimos três anos, traduzindo-os em um dos melhores discos conceituais de todos os tempos. Contando com nada menos que seis singles oficiais, a obra se estrutura no contraste de dois tipos de energia que existem inerentemente uma a outra.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A primeira metade de 2022 já acabou – e, como é de costume aqui no CinePOP, já começamos a divulgar algumas listas com as melhores produções cinematográficas, televisivas e musicais do semestre que passou, ajudando vocês a relembrar ou a conhecer o que ficou para trás.

Nesta mais nova matéria, elencamos os dez melhores álbuns do ano até agora – e garantimos que, assim como o cinema e a televisão, o cenário fonográfico também nos presenteou com algumas pérolas que merecem ser ouvidas pelos amantes da música.

Desde a magnum opus de ROSALÍA, que ascendeu a um dos melhores discos do século assim que lançada nas plataformas de streaming, até o aguardado retorno de nomes como Kendrick LamarCharli XCXFlorence + the Machine, montar a lista abaixo foi um trabalho complicado, mas tentamos fazer o nosso melhor.

Veja as nossas escolhas e conte para nós qual foi o seu favorito e quem ficou de fora:

10. HARRY’S HOUSE, Harry Styles

“Três anos depois de ter gestado o elogiado Fine Line – que se tornou um sucesso crítico e comercial imediato, entrando para a lista dos 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos da Rolling Stone -, Harry faz um aguardado comeback com uma vibrante e sólida terceira iteração intitulada ‘Harry’s House’, demonstrando todo o seu amadurecimento artístico à medida que se mantém fiel à identidade apresentada desde que deixou o grupo supracitado e encontrou a própria voz. E, apesar dos deslizes aqui e ali, o resultado é instigante e profundo o bastante para sermos transportados em uma jornada romântica e extremamente comovente, com destaque para uma explosiva mixórdia rítmica e estilística e um processo de construção narrativa diferente do que já vimos”. – Thiago Nolla

9. CHLOË AND THE NEXT 20TH CENTURY, Father John Misty

O quinto álbum de estúdio de Father John Misty, nome artístico de Josh Tillman, configura-se como seu primeiro lançamento de originais desde 2018. ‘Chloë and the Next 20th Century’ foi recebido com aclamação imediata por parte dos críticos e do público, em virtude de versos eximiamente bem escritos e a promoção de um retorno ao passado, em composições que misturam jazzfolkswing. Mais do que isso, Tillman constrói um cânone à sua própria arte, talhando uma história de intimidade invejável que se relaciona em diversos níveis com quem ouse ouvir um dos melhores discos de sua carreira.

8. POMPEII, Cate Le Bon

Cate Le Bon é provavelmente um nome que você não conhece – e confesso que, até seu mais recente compilado de originais aparecer nas dicas do Spotify, também nunca tinha ouvido sequer uma música dela. A cantora e produtora escocesa lançou seu sexto álbum de estúdio em fevereiro de 2022 e gerou uma vertiginosa aventura pelo art pop, revelando suas predileções pelo city pop japonês e incrementando cada composição com um pungente synth-pop. Com apenas nove faixas e menos de 45 minutos, Le Bon surpreendeu a todos com um produto absolutamente fantástico e que merece ser apreciado em sua completude.

7. CAPRISONGS, FKA Twigs

“Não é apenas o conceitualismo que fala mais alto nesta obra – pelo contrário, os movimentos realizados por FKA Twigs e por uma gama gigantesca de produtores e compositores criam picos e vales de significações múltiplas, que variam desde audaciosas progressões até reflexões mercadológicas. Dessa maneira, “honda” nos chama a atenção por manter-se fiel à identidade da performer e por fornecer um lado mais costumeiro, por assim dizer, permitindo que ela brinque com aspectos como o atabaque, o kissange e o corpo gospel. Além disso, a parceria com o rapper Pa Salieu carrega uma química categórica, reafirmada pelo fraseamento divertido e bastante rítmico de cada verso, que foge das obviedades e nos engolfa em uma aventura aprazível e completa” – T.N.

6. DAWN FM, The Weeknd

“O ápice de criação vem pelo mote do qual o álbum se vale – afinal, o título em si já é uma brincadeira metalinguística com as estações de rádio e com a popularização desse recurso nas décadas anteriores. Para unir essas peças, temos a ilustre presença de Jim Carrey como o narrador e o apresentador do “programa”, transformando o lúdico jogo em um etéreo conto que convida os ouvintes para uma mística jornada pelo anoitecer e pelo amanhecer. A consciente estrutura da obra, dessa maneira, reafirma que Dawn FM não é apenas uma produção fonográfica, mas uma experiência multimídia que arranca músicas irretocáveis de um dos maiores nomes da música atual” – T.N.

5. CRASH, Charli XCX

“A obra é uma enorme mixórdia de diversos estilos que, fundidos com um objetivo específico, irrompem em resultados mágicos que só alguém com o nível criativo de Charli e de seus inúmeros colaboradores poderia criar – e devo dizer que, pelo fato de assinar todas as tracks, a cantora tem controle completo do que quer fazer. No geral, somos presenteados com um resumão do que a indústria fonográfica foi capaz de fazer, desde a intensa faixa-titular, que abre de forma irrefreável, até a ode ao electro-house e ao power-pop dos anos 2000 com “Used To Know Me”, pegando elementos emprestados de Steve Angello e Laidback Luke com a memorável “Show Me Love”“. – T.N.

4. THE GODS WE CAN TOUCH, AURORA

“O álbum não é uma mera declaração artística, mas uma epopeia bíblica que perpassa pela história da humanidade sem se deixar levar pelas fórmulas a que estamos acostumados. É nesse âmbito que “Heathens”, cujo título já demonstra uma promissora narrativa, funciona como uma crítica transparente e coesa ao fato de que, segundo as entidades onipotentes que nos criaram, somos todos pecadores e “vivemos como pagãos”, repetindo o verso inúmeras vezes como parte de uma jornada à compreensão e à lucidez. Algo parecido ocorre na sensualidade agourenta de “Artemis”, que se mostra comedida e esconde seus verdadeiros significados pela suavidade de uma performance familiar e magnético. Em “Everything Matters”, a colaboração entre AURORA e a cantora francesa Pomme é uma verborrágica constatação ethereal-trap de que o que fazemos importa – nem que seja para nós próprios” – T.N.

3. DANCE FEVER, Florence + The Machine

“Analisar um álbum de Florence, ou, como conhecemos seu ato musical ao lado de Isabella SummersFlorence + the Machine, nunca é um trabalho fácil, pelo fato das músicas não se encaixarem essencialmente em um gênero bem demarcado. Sua última incursão, High as Hope, fincou os pés em um coming-of-age sinestésico pincelado por diversos estilos sonoros – e, agora, atingindo uma maturidade surpreendente, retornamos com uma agressiva e aplaudível mixórdia estilística que já se inicia com a potente “King”, um dos singles oficiais do álbum. Enquanto a pessoalidade inalienável das produções anteriores abria espaço para reflexões íntimas e individuais, a canção em questão ergue-se em um empoderamento antêmico e discorre, ao longo de quase cinco minutos, sobre um dos principais que as mulheres continuam enfrentando: o sacrifício de sonhos em prol do forçoso papel lhes dado desde o nascimento” – T.N.

2. MR. MORALE & THE BIG STEPPERS, Kendrick Lamar

Qualquer lançamento de Kendrick Lamar já é o suficiente para nos fazer parar com tudo o que estamos fazendo e conferir o que esse ícone da música contemporânea tem para nos entregar. Afinal, Lamar é responsável por alguns dos melhores álbuns de todos os tempos, como o memorável ‘To Pimp a Butterfly’; agora, em 2022, ele retorna com mais um projeto espetacular, intitulado Mr. Morale & the Big Steppers, que continua o projeto de descontruir os engessamentos musicais em uma crítica narrativa em hip-hop que imprime jazzbluesrap, arquitetando enredos de consciência social que nos envolvem desde as primeiras batidas.

1. MOTOMAMI, ROSALÍA

ROSALÍA fez sua estreia no cenário fonográfico em 2017, com o lançamento de ‘Los Ángeles’ e, desde então, calcou um sucesso fenomenal que a colocou no centro dos holofotes. A cantora e compositora se tornou um ícone do resgate da cultura latina e das incursões fora do mainstream anglo-saxônico, criando histórias envolventes e emocionantes através de uma fusão de literatura e música. E é claro que ‘MOTOMAMI’ não seria diferente: seu terceiro álbum de estúdio é descrito como uma antêmica produção pessoal, íntima e declamatória, em que a performer mergulha de cabeça nos sentimentos que guardou pelos últimos três anos, traduzindo-os em um dos melhores discos conceituais de todos os tempos. Contando com nada menos que seis singles oficiais, a obra se estrutura no contraste de dois tipos de energia que existem inerentemente uma a outra.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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