2020 foi um ano diferente de todos – e provou o poder do cinema e da televisão para nos manter entretidos em meio à necessidade de um recolhimento social e de uma preservação da saúde. E, talvez como nunca, a representatividade LGBTQ+ foi levada através das mais diversas histórias para as telas e provou que a comunidade queer ainda tem muito a nos contar.
Para tanto, separamos uma lista com os melhores filmes do gênero do ano, levando em consideração se as obras tiveram lançamento no Brasil. Confira abaixo nossas escolhas e conte para nós qual foi o seu favorito:
THE BOYS IN THE BAND
Direção: Joe Mantello
Baseado na revolucionária peça homônima assinada por Mart Crowley, ‘The Boys in the Band’ foi uma surpresa interessante do catálogo da Netflix e trouxe astros de ponta para uma narrativa pungente, dramática e com toques de humor ácido. Com produção do prolífico Ryan Murphy, a história é centrada em um grupo de oito homens gays que se reúnem para um aniversário na exuberante cidade de Nova York em 1968 – isso é, até um visitante inesperado trazer fantasmas do passado para assombrá-los.
A VOZ SUPREMA DO BLUES
Direção: George C. Woolfe
Negra, gorda e bissexual. Ma Rainey, a Mãe do Blues, é uma das figuras mais importantes da história da música – e ganhou sua homenagem neste ano com a adaptação da peça de August Wilson, ‘A Voz Suprema do Blues’, para a Netflix. Dirigido por George C. Woolfe, o longa apresenta a cantora e compositora como uma impetuosa personalidade que não abaixa sua cabeça para os homens brancos e que não pensa duas vezes antes de demonstrar suas paixões e seus interesses românticos.
ALGUÉM AVISA?
Direção: Clea DuVall
A grande surpresa do ano certamente veio com ‘Alguém Avisa?’, rom-com natalina que recuperou a diversão dos filmes de fim de ano com uma apaixonante narrativa. Aqui, Kristen Stewart e Mackenzie Davis transbordam a tela com uma química envolvente, encarnando um casal que passa por alguns problemas românticos e identitários durante as festividades de Natal.
BEM-VINDO À CHECHÊNIA
Direção: David France
Comandado pelo indicado ao Oscar David France, o poderoso documentário da HBO gira em torno de um grupo de ativistas que arrisca suas vidas para enfrentar a perseguição anti-LGBTQ+ de uma opressora república russa chamada Chechênia. A produção é uma das mais desconcertantes do ano e certamente merece atenção do público que acredita no vitimismo da comunidade queer.
RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS
Direção: Céline Sciamma
‘Retrato de uma Jovem em Chamas’ é mais uma obra-prima da diretora Célina Sciamma e, apesar de ter sido lançado ano passado no circuito internacional, chegou ao Brasil em janeiro de 2020. A trama é centrada em Marianne, uma jovem pintora na França do século 18, com a tarefa de pintar um retrato de Héloïse para seu casamento, sem que ela saiba. Passando seus dias observando Héloïse e as noites pintando, Marianne se vê cada vez mais apaixonada por sua modelo.
REVELAÇÃO
Direção: Sam Feder
O necessário documentário da Netflix oferece uma perspectiva única sobre a representatividade da comunidade transsexual na mídia, que costumam ser diminuídos ou estereotipados constantemente. O longa traz nomes importantes do cenário ativista, incluindo Laverne Cox, Candys Cane, MJ Rodriguez, Lily Wachowski, Chaz Bono e muitos outros, para falar sobre a forma como Hollywood molda a percepção mainstream sobre eles.
VOCÊ NEM IMAGINA
Direção: Alice Wu
Um filme que tinha tudo para ser mais uma fórmula esquecível da Netflix se transformou em um ótimo e representativo tour-de-force adolescente. A trama traz Ellie, uma tímida e inteligente jovem que ajuda Paul, um atleta gentil, a conquistar o coração de uma garota popular. Entretanto, a improvável amizade entre os dois é colocada em xeque quando Ellie descobre que está apaixonada pela mesma garota.
THE OLD GUARD
Direção: Gina Prince-Bythewood
Gina Prince-Bythewood fez um ótimo trabalho com a adaptação dos famosos e aclamados quadrinhos ‘The Old Guard’ e não deixou de imprimir a representatividade LGBTQ+ com o casal formado por Joe e Nicky, dois guerreiros imortais outrora inimigos que se apaixonaram. Aqui, o estereótipo gay é jogado no lixo, dando espaço para a insurgência de dois personagens fortes, complexos e adoráveis.
SEGREDOS MÁGICOS
Direção: Steven Hunter
O aclamado curta-metragem da Pixar também entrou para a história como a primeira produção com um protagonista gay do estúdio. Dirigido e escrito por Steven Hunter, a trama é centrada em um jovem que ainda não se assumiu para seus pais e que tem sua mente magicamente trocada com seu cachorro. Vale lembrar que o filme está disponível no catálogo do Disney+.
TIO FRANK
Direção: Alan Ball