sexta-feira , 15 novembro , 2024

‘Os Vingadores’ completa 12 anos | O melhor filme de TV lançado nos cinemas

Por incrível que pareça, há exatos doze anos, os cinemas brasileiros eram tomados pelo maior fenômeno de 2012 e um dos filmes que redefiniu a década do entretenimento nas telonas. Isso mesmo, Os Vingadores completa 12 anos e para isso, o CinePOP preparou uma série de matérias especiais para comemorar essa data tão significativa.

Considerado o primeiro filme-evento do MCU, Os Vingadores foi revolucionário, seja para o bem ou para o mal. Escrito e dirigido por Joss Whedon, o longa só aconteceu por conta do sucesso de público e crítica de cinco filmes lançados previamente que apresentaram heróis e vilões que interagiam no mesmo universo, apesar de seus caminhos não terem se cruzado até então. Quer dizer, dentre esses cinco projetos separados, apenas três tiveram sucesso de crítica e bilheteria, enquanto os outros dois amargaram algumas das piores reviews e arrecadações de todo o Universo Cinematográfico Marvel. De qualquer forma, a união dos heróis que precisaram formar um time para derrotar uma ameaça comum consolidou o conceito de Universo Integrado nos cinemas, algo que já era padrão nas HQs, mas que passava longe de ser uma realidade nas telonas. Desde então, praticamente todos os estúdios tentaram replicar o sucesso da Marvel e esse conceito de filme-evento do primeiro Vingadores. Infelizmente, a maioria fracassou, o que trouxe questionamentos sobre o efeito deste longa para o cinema da última década.



Voltando para o filme em si, tudo nele remonta às produções de TV, a começar por seu roteirista e diretor, Joss Whedon, que fez sua carreira com as séries televisivas. Além disso, ele escreveu roteiros para histórias em quadrinhos da própria Marvel. Ou seja, o critério foi chamar um fãs para conduzir a trama de forma fiel, mas que desse uma característica própria para ditar os rumos da Fase Dois. Então, Whedon conseguiu imprimir ao longa toda sua experiência televisiva, dando a ele esse jeitão de filme de TV sendo exibido no cinema.

E isso não é um demérito, porque funcionou bem demais e até hoje momentos do filme são lembrados e repetidos pelos fãs, apesar de ter uma barriga no segundo ato que prejudica um pouco o andamento da história. E até mesmo essa enrolação para consertar a turbina reflete a típica escrita televisiva de quem tem que segurar uma série e acaba segurando o ritmo no meio da temporada para prender a audiência.

Mas a principal característica de TV desse filme é a estética. Desde os uniformes multicoloridos até o céu extremamente azul, as cores saturadas e vibrantes marcam o filme. Se reparar nos outros filmes, nenhum deles traz um céu tão azul quanto esse. Essa paleta de cores mais otimista é clássica dos quadrinhos e reflete também as séries, que não costumam trazer os filtros mais escuros padrões do cinema.

Esse otimismo visual ajuda na construção da ideia de que a Terra tem protetores para garantir um futuro melhor. E os efeitos são bem caricatos também, alguns chegando ao tosco, como toda a movimentação “rápida” do “O Outro”, o capacho do Thanos que fica o filme inteiro ameaçando o Loki. Os efeitos desse personagem nesse filme são dignos das novelas bíblicas da TV aberta. Mas curiosamente, encaixa na pegada descontraída pretendida.

Os diálogos também trazem um formato bem padrão de série. Por exemplo, enquanto Nick Fury (Samuel L. Jackson) está iniciando sua convocação para os Vingadores, todo fim de cena seu é acompanhado com um diálogo que remete diretamente ao herói que será mostrado a seguir.

Mais tarde, os personagens começam a falar de forma completamente expositiva para relembrar fãs das experiências passadas de seus personagens, que tiveram suas histórias trabalhadas nos filmes solo. É um dinamismo bastante clichê e caricato, típico de produções de baixo orçamento, que tinha tudo para dar errado, mas que deu certo. E talvez por isso que o filme tenha se tornado uma obra tão amada pelos fãs.

Os Vingadores é uma aventura sobre pessoas disfuncionais aprendendo a trabalhar em grupo. Era um trabalho difícil pegar tantos personagens queridos e dar a eles tempo de tela o bastante para que cada um deixasse sua marca. Talvez se eles recebessem esse tratamento cinematográfico logo de cara, a grandiosidade da aventura ofuscasse a alma dos personagens e hoje o MCU fosse um fracasso. Fato é que o tratamento de produção de baixo orçamento com efeitos e elenco de US$ 200 milhões acabou dando muito certo e deixando o filme com jeitão de marco inicial de uma grande série, que seria finalizada em 2019, com Vingadores: Ultimato.

Tanto que todas as produções seguintes perceberam o pontapé dado pelo primeiro Vingadores e decidiram apostar em um visual mais cinematográfico, incluindo as sequências das aventuras do grupo. Com essa escalada gradual, os filmes se firmaram no cinema como grandes sucessos e conquistaram legiões de fãs ao redor do mundo. Tudo isso porque, há dez anos, Joss Whedon conseguiu emplacar o melhor filme de TV já exibido nos cinemas.

Os Vingadores está disponível no Disney+.

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Considerado o primeiro filme-evento do MCU, Os Vingadores foi revolucionário, seja para o bem ou para o mal. Escrito e dirigido por Joss Whedon, o longa só aconteceu por conta do sucesso de público e crítica de cinco filmes lançados previamente que apresentaram heróis e vilões que interagiam no mesmo universo, apesar de seus caminhos não terem se cruzado até então. Quer dizer, dentre esses cinco projetos separados, apenas três tiveram sucesso de crítica e bilheteria, enquanto os outros dois amargaram algumas das piores reviews e arrecadações de todo o Universo Cinematográfico Marvel. De qualquer forma, a união dos heróis que precisaram formar um time para derrotar uma ameaça comum consolidou o conceito de Universo Integrado nos cinemas, algo que já era padrão nas HQs, mas que passava longe de ser uma realidade nas telonas. Desde então, praticamente todos os estúdios tentaram replicar o sucesso da Marvel e esse conceito de filme-evento do primeiro Vingadores. Infelizmente, a maioria fracassou, o que trouxe questionamentos sobre o efeito deste longa para o cinema da última década.

Voltando para o filme em si, tudo nele remonta às produções de TV, a começar por seu roteirista e diretor, Joss Whedon, que fez sua carreira com as séries televisivas. Além disso, ele escreveu roteiros para histórias em quadrinhos da própria Marvel. Ou seja, o critério foi chamar um fãs para conduzir a trama de forma fiel, mas que desse uma característica própria para ditar os rumos da Fase Dois. Então, Whedon conseguiu imprimir ao longa toda sua experiência televisiva, dando a ele esse jeitão de filme de TV sendo exibido no cinema.

E isso não é um demérito, porque funcionou bem demais e até hoje momentos do filme são lembrados e repetidos pelos fãs, apesar de ter uma barriga no segundo ato que prejudica um pouco o andamento da história. E até mesmo essa enrolação para consertar a turbina reflete a típica escrita televisiva de quem tem que segurar uma série e acaba segurando o ritmo no meio da temporada para prender a audiência.

Mas a principal característica de TV desse filme é a estética. Desde os uniformes multicoloridos até o céu extremamente azul, as cores saturadas e vibrantes marcam o filme. Se reparar nos outros filmes, nenhum deles traz um céu tão azul quanto esse. Essa paleta de cores mais otimista é clássica dos quadrinhos e reflete também as séries, que não costumam trazer os filtros mais escuros padrões do cinema.

Esse otimismo visual ajuda na construção da ideia de que a Terra tem protetores para garantir um futuro melhor. E os efeitos são bem caricatos também, alguns chegando ao tosco, como toda a movimentação “rápida” do “O Outro”, o capacho do Thanos que fica o filme inteiro ameaçando o Loki. Os efeitos desse personagem nesse filme são dignos das novelas bíblicas da TV aberta. Mas curiosamente, encaixa na pegada descontraída pretendida.

Os diálogos também trazem um formato bem padrão de série. Por exemplo, enquanto Nick Fury (Samuel L. Jackson) está iniciando sua convocação para os Vingadores, todo fim de cena seu é acompanhado com um diálogo que remete diretamente ao herói que será mostrado a seguir.

Mais tarde, os personagens começam a falar de forma completamente expositiva para relembrar fãs das experiências passadas de seus personagens, que tiveram suas histórias trabalhadas nos filmes solo. É um dinamismo bastante clichê e caricato, típico de produções de baixo orçamento, que tinha tudo para dar errado, mas que deu certo. E talvez por isso que o filme tenha se tornado uma obra tão amada pelos fãs.

Os Vingadores é uma aventura sobre pessoas disfuncionais aprendendo a trabalhar em grupo. Era um trabalho difícil pegar tantos personagens queridos e dar a eles tempo de tela o bastante para que cada um deixasse sua marca. Talvez se eles recebessem esse tratamento cinematográfico logo de cara, a grandiosidade da aventura ofuscasse a alma dos personagens e hoje o MCU fosse um fracasso. Fato é que o tratamento de produção de baixo orçamento com efeitos e elenco de US$ 200 milhões acabou dando muito certo e deixando o filme com jeitão de marco inicial de uma grande série, que seria finalizada em 2019, com Vingadores: Ultimato.

Tanto que todas as produções seguintes perceberam o pontapé dado pelo primeiro Vingadores e decidiram apostar em um visual mais cinematográfico, incluindo as sequências das aventuras do grupo. Com essa escalada gradual, os filmes se firmaram no cinema como grandes sucessos e conquistaram legiões de fãs ao redor do mundo. Tudo isso porque, há dez anos, Joss Whedon conseguiu emplacar o melhor filme de TV já exibido nos cinemas.

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