O Dia das Bruxas está muito perto de acontecer – e é claro que a data mais mística do ano não poderia ficar sem uma trilha sonora de peso.
Depois de separarmos algumas músicas para ouvir nessa celebração que todos amam, percebemos que a lista anterior não era o suficiente. Pensando nisso, trouxe mais dez icônicas canções para você aumentar sua playlist no Halloween – incluindo Rina Sawayama, Lady Gaga e mais.
Confira abaixo nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:
“BELA LUGOSI’S DEAD”, Bauhaus
“Bela Lugosi’s Dead” é uma das maiores músicas de todos os tempos e é, até hoje, uma das mais influentes. Performada pela banda post-punk Bauhaus, a canção foi lançada em 1979 e é considerada a precursora do goth-rock, tendo impacto considerável e contínuo na cultura gótica contemporânea. Já tendo aparecido em diversas séries, incluindo ‘Supernatural’ e ‘American Horror Story’, a canção é construída a partir de um viés ultrarromântico, recheado de descrições belíssimas e arrepiantes, como “os morcegos deixaram o campanário, as vítimas sangraram, linhas de veludo vermelho na caixa preta”.
“TEAR YOU APART”, She Wants Revenge
É bem provável que você nunca tenha ouvido falar da canção “Tear You Apart” – a não ser que você tenha uma ótima memória e se recorde dela de ‘American Horror Story: Hotel’. A canção, que fez parte do álbum de estreia da banda de rock She Wants Revenge, não fez um barulho gigantesco, mas merece estar na nossa lista – ainda mais pela rendição propositalmente unidimensional que nos envolve do começo ao fim, cuja letra fala sobre um relacionamento que é movido a sexo e à morte.
“JUDAS”, Lady Gaga
Voltando a cutucar a hipocrisia da igreja católica, Lady Gaga lançou “Judas” em plena Sexta-Feira Santa e destruiu quaisquer barreiras existentes entre religiões antigas e modernas. Encarnando Maria Madalena em uma narrativa bastante contemporânea, a cantora e compositora aliou-se a Nadir Khayat para a construção de uma história que unia o bem e o mal em um ponto em comum.
“BLOODY MARY”, Lady Gaga
Lady Gaga já falou em diversas entrevistas que a canção que mais gosta é “Bloody Mary” e, de fato, ela resume (até então) a carreira que teve desde a estupenda estreia em 2008. Mais uma vez abrindo portas para metáforas religiosas, dessa vez em relação ao momento da crucificação de Jesus Cristo na mitologia católica, ela se respalda com força no synth-pop e no electro-rock com irreverência envolvente.
“LOOK WHAT YOU MADE ME DO”, Taylor Swift
“Look What You Made Me Do” abriu com êxito a era mais insana de Taylor Swift, ‘Reputation’. A mudança de ares e a atmosfera dark exalada pelos pesados versos misturo dance-pop e electroclash – e teve recepção polarizada por não ser nem um pouco parecida com qualquer coisa que a artista havia nos entregado até então. De qualquer forma, a canção se tornou o quinto #1 de Taylor nos charts da Billboard.
“O M E N”, Kim Petras
Na lista anterior, trouxemos “Turn off the Light” como uma das faixas principais do álbum homônimo de Kim Petras e, agora, apresentamos a vocês uma outra incursão artística irretocável da icônica cantora e compositora. No álbum, o diretor e compositor John Carpenter é quem mais presta inspiração para que a performer costure sua epopeica e complexa jornada: o serial killer Michael Myers volta mais uma vez a vida com a chegada da sugestiva “o m e n”, track na qual Kim usa e abusa das tonais repetições de um teclado eletrônico antes de se deixar levar pelo coro extenuante e aterrorizante que se posta ao fundo.
“ALL THE GOOD GIRLS GO TO HELL”, Billie Eilish
Billie Eilish já provou que não é apenas mais um nome em meio a um manufaturado dilúvio de divas musicais. Muito além disso, ela é uma incrível poeta que faz o possível para colocar as mais ácidas críticas suas composições – e aqui faço menção à incrível rendição platônica “all the good girls go to hell”. É quase impossível não traçar diálogos com as conhecidas rebeldias de Lily Allen e sua completa e hilária falta de papas na língua; porém, a track em questão se aventura em um terreno perigoso que critica até mesmo a onisciência de Deus (aqui tratado como Deusa em uma belíssima e espetacular contradição).
“DEATH BY ROCK AND ROLL”, The Pretty Reckless
Já fazia um tempo desde que The Pretty Reckless lançava músicas originais, mas nos presenteou no começo de 2020 com a divulgação de “Death By Rock and Roll”. O lead single do vindouro álbum homônimo (com estreia agendada para 2021) é uma ode ao hard rock e mistura sensualidade e acidez – além de ser guiado pelos potentes vocais de Taylor Momsen.
“CAROLINA”, Taylor Swift
Aliando-se novamente a Aaron Dessner, cujo toque especial na produção transmuta a melodia em uma mística aventura recheada de segredos a serem descobertos, Taylor Swift nos carrega a um caudaloso e narcótico rio do qual não queremos sair com a sombria e narcótica “Carolina”. De fato, é a irretocável poética presente na composição, estampada com rimas inteligentes e uma cadência envolvente, que nos relembra do paixão que sentimos por essa artista tão espetacular que conhecemos.
“FRANKENSTEIN”, Rina Sawayama
Rina Sawayama retornou este ano com um incrível álbum intitulado ‘Hold the Girl’, que já se tornou um dos mais aclamados e adorados de 2022. Dentre as ótimas canções no compilado de originais, temos a impecável “Frankenstein”, que se respalda no pop-punk e conta com a assinatura certeira do vencedor do Oscar Paul Epworth e da sempre incrível Lauren Aquilina. O refrão é digno de ser colocado no repeat neste Dia das Bruxas, guiado pelos versos “me junte mais uma vez, me ame para sempre, me conserte”, fazendo referência direta ao clássico romance homônimo de Mary Shelley.