sexta-feira , 22 novembro , 2024

P-Valley: A jornada de uma história tópica sobre humanidade e aceitação (Entrevista)

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Enquanto Hollywood tenta se reestruturar em meio aos protestos em favor do Black Lives Matter, o canal Starz estreia uma série que, silenciosamente, resolve muitos dos problemas aparentemente sem solução dentro da indústria do audiovisual. P-Valley tem uma forma discreta de normalizar a complexidade das vidas das strippers que estão no centro da trama, de elaborar dramas que vão além do óbvio para as vidas negras e de mostrar que é possível contar uma história tão calcada em elementos sexuais sem soar banal ou apelativo.

O trabalho é mérito de Katori Hall, que adapta o texto de sua peça para a série do Starzplay. A história acompanha a jornada de um grupo de dançarinas no Mississipi Delta, e o olhar feminino por trás das câmeras — todos os episódios são dirigidos por mulheres — faz a diferença.



Para o ator Nicco Annan, que interpreta Uncle Clifford — um personagem não-binário que se identifica com os pronomes ela/dela –, P-Valley é uma maneira não apenas de humanizar personagens que são tão comumente marginalizadas, mas também de mostrar que há diferentes formas de se contar uma mesma história.

“Tem sido uma jornada longa e incrível com P-Valley e Uncle Clifford, e isso não é algo que eu menosprezo”, afirma. “Não digo todo mundo, mas quem tem a sorte de ter uma pessoa como Uncle Clifford na vida é eternamente modificado com autenticidade e carinho, alguém que te ama por quem você é e não precisa pedir desculpas. Foi uma jornada intensa para criar essa personagem com toda a humanidade e toda a paixão que ela tem.”

Apesar de a série estar apenas na primeira temporada, Annan já está na pele de Uncle Clifford há uma década, já que também viveu a personagem na peça. “É sempre divertido encontrar alguma coisa nova, e eu me senti em uma montanha-russa fazendo a transição dos palcos para as telas. Katori Hall estendeu e modificou algumas partes da peça para caber na série. Cada apresentação é diferente de alguma forma, e isso faz com que eu me preocupe cada vez mais com o impacto que ela vai causar nas pessoas. Queria que as coisas soassem mais realistas, e isso foi importante.”

Enquanto toma conta do clube e das suas garotas, Uncle Clifford desenvolve relações diferentes com cada uma delas, e tem algo que Annan descreve como “maternal” com a personagem de Elarica Johnson, Autumn Night, a recém-chegada à cidade. Paralelamente, a relação com Mercedes (Brandee Evans) é algo mais confidente — ambas são as grandes referências para as demais garotas. “Eventualmente, as coisas vão ficando mais complicadas no Pynk, seja em níveis físicos ou emocionais, mas acho que, no geral, o que se pode esperar de Uncle Clifford é ver o legado de onde ela vem e até onde ela vai, onde ela tenta chegar”, explica Annan.

A primeira temporada de P-Valley conta com 8 episódios e está sendo exibida no Starzplay — com episódios novos a cada domingo.

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Laysa Zanettihttps://cinepop.com.br
Repórter, Crítica de Cinema e TV formada em Twin Peaks, Fringe, The Leftovers e The Americans. Já vi Laranja Mecânica mais vezes que você e defendo o final de Lost.

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O trabalho é mérito de Katori Hall, que adapta o texto de sua peça para a série do Starzplay. A história acompanha a jornada de um grupo de dançarinas no Mississipi Delta, e o olhar feminino por trás das câmeras — todos os episódios são dirigidos por mulheres — faz a diferença.

Para o ator Nicco Annan, que interpreta Uncle Clifford — um personagem não-binário que se identifica com os pronomes ela/dela –, P-Valley é uma maneira não apenas de humanizar personagens que são tão comumente marginalizadas, mas também de mostrar que há diferentes formas de se contar uma mesma história.

“Tem sido uma jornada longa e incrível com P-Valley e Uncle Clifford, e isso não é algo que eu menosprezo”, afirma. “Não digo todo mundo, mas quem tem a sorte de ter uma pessoa como Uncle Clifford na vida é eternamente modificado com autenticidade e carinho, alguém que te ama por quem você é e não precisa pedir desculpas. Foi uma jornada intensa para criar essa personagem com toda a humanidade e toda a paixão que ela tem.”

Apesar de a série estar apenas na primeira temporada, Annan já está na pele de Uncle Clifford há uma década, já que também viveu a personagem na peça. “É sempre divertido encontrar alguma coisa nova, e eu me senti em uma montanha-russa fazendo a transição dos palcos para as telas. Katori Hall estendeu e modificou algumas partes da peça para caber na série. Cada apresentação é diferente de alguma forma, e isso faz com que eu me preocupe cada vez mais com o impacto que ela vai causar nas pessoas. Queria que as coisas soassem mais realistas, e isso foi importante.”

Enquanto toma conta do clube e das suas garotas, Uncle Clifford desenvolve relações diferentes com cada uma delas, e tem algo que Annan descreve como “maternal” com a personagem de Elarica Johnson, Autumn Night, a recém-chegada à cidade. Paralelamente, a relação com Mercedes (Brandee Evans) é algo mais confidente — ambas são as grandes referências para as demais garotas. “Eventualmente, as coisas vão ficando mais complicadas no Pynk, seja em níveis físicos ou emocionais, mas acho que, no geral, o que se pode esperar de Uncle Clifford é ver o legado de onde ela vem e até onde ela vai, onde ela tenta chegar”, explica Annan.

A primeira temporada de P-Valley conta com 8 episódios e está sendo exibida no Starzplay — com episódios novos a cada domingo.

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