sexta-feira , 21 fevereiro , 2025

P-Valley: A jornada de uma história tópica sobre humanidade e aceitação (Entrevista)


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Enquanto Hollywood tenta se reestruturar em meio aos protestos em favor do Black Lives Matter, o canal Starz estreia uma série que, silenciosamente, resolve muitos dos problemas aparentemente sem solução dentro da indústria do audiovisual. P-Valley tem uma forma discreta de normalizar a complexidade das vidas das strippers que estão no centro da trama, de elaborar dramas que vão além do óbvio para as vidas negras e de mostrar que é possível contar uma história tão calcada em elementos sexuais sem soar banal ou apelativo.

O trabalho é mérito de Katori Hall, que adapta o texto de sua peça para a série do Starzplay. A história acompanha a jornada de um grupo de dançarinas no Mississipi Delta, e o olhar feminino por trás das câmeras — todos os episódios são dirigidos por mulheres — faz a diferença.



Para o ator Nicco Annan, que interpreta Uncle Clifford — um personagem não-binário que se identifica com os pronomes ela/dela –, P-Valley é uma maneira não apenas de humanizar personagens que são tão comumente marginalizadas, mas também de mostrar que há diferentes formas de se contar uma mesma história.

PUV1 102 040519 0062 a

“Tem sido uma jornada longa e incrível com P-Valley e Uncle Clifford, e isso não é algo que eu menosprezo”, afirma. “Não digo todo mundo, mas quem tem a sorte de ter uma pessoa como Uncle Clifford na vida é eternamente modificado com autenticidade e carinho, alguém que te ama por quem você é e não precisa pedir desculpas. Foi uma jornada intensa para criar essa personagem com toda a humanidade e toda a paixão que ela tem.”


Apesar de a série estar apenas na primeira temporada, Annan já está na pele de Uncle Clifford há uma década, já que também viveu a personagem na peça. “É sempre divertido encontrar alguma coisa nova, e eu me senti em uma montanha-russa fazendo a transição dos palcos para as telas. Katori Hall estendeu e modificou algumas partes da peça para caber na série. Cada apresentação é diferente de alguma forma, e isso faz com que eu me preocupe cada vez mais com o impacto que ela vai causar nas pessoas. Queria que as coisas soassem mais realistas, e isso foi importante.”

Enquanto toma conta do clube e das suas garotas, Uncle Clifford desenvolve relações diferentes com cada uma delas, e tem algo que Annan descreve como “maternal” com a personagem de Elarica Johnson, Autumn Night, a recém-chegada à cidade. Paralelamente, a relação com Mercedes (Brandee Evans) é algo mais confidente — ambas são as grandes referências para as demais garotas. “Eventualmente, as coisas vão ficando mais complicadas no Pynk, seja em níveis físicos ou emocionais, mas acho que, no geral, o que se pode esperar de Uncle Clifford é ver o legado de onde ela vem e até onde ela vai, onde ela tenta chegar”, explica Annan.

A primeira temporada de P-Valley conta com 8 episódios e está sendo exibida no Starzplay — com episódios novos a cada domingo.


IMPERDÍVEL! Você vai VICIAR nessa história de Vingança à moda antiga....

Laysa Zanettihttps://cinepop.com.br
Repórter, Crítica de Cinema e TV formada em Twin Peaks, Fringe, The Leftovers e The Americans. Já vi Laranja Mecânica mais vezes que você e defendo o final de Lost.

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Enquanto Hollywood tenta se reestruturar em meio aos protestos em favor do Black Lives Matter, o canal Starz estreia uma série que, silenciosamente, resolve muitos dos problemas aparentemente sem solução dentro da indústria do audiovisual. P-Valley tem uma forma discreta de normalizar a complexidade das vidas das strippers que estão no centro da trama, de elaborar dramas que vão além do óbvio para as vidas negras e de mostrar que é possível contar uma história tão calcada em elementos sexuais sem soar banal ou apelativo.

O trabalho é mérito de Katori Hall, que adapta o texto de sua peça para a série do Starzplay. A história acompanha a jornada de um grupo de dançarinas no Mississipi Delta, e o olhar feminino por trás das câmeras — todos os episódios são dirigidos por mulheres — faz a diferença.

Para o ator Nicco Annan, que interpreta Uncle Clifford — um personagem não-binário que se identifica com os pronomes ela/dela –, P-Valley é uma maneira não apenas de humanizar personagens que são tão comumente marginalizadas, mas também de mostrar que há diferentes formas de se contar uma mesma história.

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“Tem sido uma jornada longa e incrível com P-Valley e Uncle Clifford, e isso não é algo que eu menosprezo”, afirma. “Não digo todo mundo, mas quem tem a sorte de ter uma pessoa como Uncle Clifford na vida é eternamente modificado com autenticidade e carinho, alguém que te ama por quem você é e não precisa pedir desculpas. Foi uma jornada intensa para criar essa personagem com toda a humanidade e toda a paixão que ela tem.”

Apesar de a série estar apenas na primeira temporada, Annan já está na pele de Uncle Clifford há uma década, já que também viveu a personagem na peça. “É sempre divertido encontrar alguma coisa nova, e eu me senti em uma montanha-russa fazendo a transição dos palcos para as telas. Katori Hall estendeu e modificou algumas partes da peça para caber na série. Cada apresentação é diferente de alguma forma, e isso faz com que eu me preocupe cada vez mais com o impacto que ela vai causar nas pessoas. Queria que as coisas soassem mais realistas, e isso foi importante.”

Enquanto toma conta do clube e das suas garotas, Uncle Clifford desenvolve relações diferentes com cada uma delas, e tem algo que Annan descreve como “maternal” com a personagem de Elarica Johnson, Autumn Night, a recém-chegada à cidade. Paralelamente, a relação com Mercedes (Brandee Evans) é algo mais confidente — ambas são as grandes referências para as demais garotas. “Eventualmente, as coisas vão ficando mais complicadas no Pynk, seja em níveis físicos ou emocionais, mas acho que, no geral, o que se pode esperar de Uncle Clifford é ver o legado de onde ela vem e até onde ela vai, onde ela tenta chegar”, explica Annan.

A primeira temporada de P-Valley conta com 8 episódios e está sendo exibida no Starzplay — com episódios novos a cada domingo.

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