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Boa Sorte, Meu Amor

(Boa Sorte, Meu Amor)

 

Elenco:

Vinicius Zinn, Christiana Ubach, Maeve Jinkings. Rogério Trindade, Carlo Mossy e Marku Ribas.

Direção: Daniel Aragão

Gênero: Drama

Duração: 95 min.

Distribuidora: Cicatrix Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 30 de Agosto de 2013

Sinopse:

Dirceu, 30 anos, tem origens que remontam à aristocracia latifundiária do sertão pernambucano. Conformado em uma espécie de amnésia subjetiva, ele tenta enterrar o passado de sua família. Dirceu vive no Recife, cidade cuja paisagem sofre um descontrolado processo de transformação, em parte graças ao seu trabalho em uma empresa de demolição. Maria compartilha as mesmas origens sertanejas, embora use a cidade para outro propósito. Para ela, é uma despojada estudante de música com alma de artista. Se Dirceu aspira a um mundo estável e presente, Maria vive em discordância com o presente. Para ela, nada é como deveria ser. A presença de Maria, quase uma aparição, desencadeia em Dirceu a urgência por mudanças. Numa rota de fuga e peregrinação pelo deserto, um encontro singular está marcado para acontecer. Boa Sorte, Meu Amor é um antiromance do impacto entre a música e o silêncio.

Curiosidades:

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O Estranho Caso de Angélica

(O Estranho Caso de Angélica)

 

Elenco:

Pilar López de Ayala, Filipe Vargas, Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra, Susana Sá, Adelaide Teixeira, Ana Maria Magalhães, António Reis, Carmen Santos, Isabel Ruth, José Carlos Coutinho, José Manuel Mendes, Leonor Silveira.

Direção: Manoel de Oliveira

Gênero: Drama

Duração: 95 min.

Distribuidora: Filmes da Mostra

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 30 de Agosto de 2013

Sinopse:

Na Portugal da década de 1950, o fotógrafo Isaac vai à região do Douro para documentar antigos métodos de trabalho nas vinhas. Hospedado numa pequena pensão, ele é acordado subitamente à noite para fotografar o corpo de Angélica, uma linda moça que acabara de falecer.

Curiosidades:

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Aconteceu em Saint-Tropez

(Des Gens Qui S’embrassent)

 

Elenco:

Monica Bellucci, Sylvie Vartan, Valérie Bonneton, Alexis Michalik, Christian Hecq, Clara Ponsot, Clotilde Courau, Eric Elmosnino, Hande Kodja, Ivry Gitlis, Kad Merad.

Direção: Daniele Thompson

Gênero: Comédia Dramática

Duração: 107 min.

Distribuidora: Europa Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 30 de Agosto de 2013

Sinopse:

Que azar, o enterro da mulher de Zef caiu bem no dia do casamento da filha de Ronie! Isso só agrava o conflito entre os dois irmãos, já separados por tudo na vida: trabalho, mulheres, religião… O que os une: o velho pai com Alzheimer e suas duas filhas que se adoram. Entre Londres, Paris, Saint-Tropez e Nova York, brigas, confrontos e traições fazem explodir a harmonia familiar. Porém, graças a esses conflitos, uma reconciliação caótica e inesperada fará surgir uma grande história de amor… ou quem sabe duas!

Curiosidades:

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Campos de Esperança

(Abel’s Field)

 

Elenco:

Kevin Sorbo, Samuel Davis, Richard Dillard, B.K-McKee, Terri Merritt Bennett, Devin Bonnée.

Direção: Gordie Haakstad

Gênero: Drama

Duração: 85 min.

Distribuidora: Sony Pictures

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: Direto em Home Video – Setembro de 2013

Sinopse:

Orfão de sua mãe e abandonado pelo pai, o estudante Seth Mcardle (Samuel Davis) tem passado por grande pressão para cuidar de suas irmãs. Na escola, sofre diariamente bullying dos jogadores de futebol, e é quando ele reage aos insultos que acaba sendo punido e tendo que realizar trabalhos extra-curriculares junto ao zelador Abel (Kevin Sorbo). Para sua surpresa, Seth descobre que Abel pode ser a única pessoa a realmente entender seu sofrimento e ajudá-lo a entrar no caminho da luz

Curiosidades:

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Uma Ladra sem Limites

(Identity Thief)

Elenco: Jason Bateman, Melissa McCarthy, Jon Favreau, Robert Patrick, Amanda Peet, Ben Falcone, Clark Duke, Eric Stonestreet, Genesis Rodriguez, John Cho, Jonathan Banks, Justin Wheelon, Maggie Elizabeth Jones, Morris Chestnut.

Direção: Seth Gordon

Gênero: Comédia

Duração: — min.

Distribuidora: Universal Pictures

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 10 de Maio de 2013

Sinopse: A história de ‘Uma Ladra sem Limites‘ acompanha um homem (Bateman) que tem sua identidade roubada por uma mulher (McCarthy). Quando ela começa a se passar por ele, a situação toma um rumo complicado e divertido.

Curiosidades:
» Steve Conrad (‘À Procura da Felicidade’) roteirizou e Craig Mazin (‘Se Beber, Não Case! Parte 2’) cuidou da versão final do texto.

» A direção é de Seth Gordon (‘Quero Matar Meu Chefe’).


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Truque de Mestre

(Now You See Me)

Elenco:

Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Isla Fisher, Morgan Freeman, Michael Caine, Woody Harrelson, Alex Kruz, Chris Browning, Common,
Dave Franco, Elias Koteas, Han Soto, Mélanie Laurent.

Direção: Louis Leterrier

Gênero:  Suspense

Duração: 115 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ 70milhões

Estreia: 

5 de Julho de 2013

Sinopse:

Em ‘Truque de Mestre‘, dois ilusionistas famosos começam a roubar bancos, e fazer do assalto um show de mágica. Após os roubos, eles jogam o dinheiro para a platéria presente. O FBI descobre o truque e tenta capturá-los.

Curiosidades:

» Morgan Freeman (‘Batman – O Cavaleiro das Trevas’) é Thaddeus, um ex-mágico que ficou famoso expondo os truques de outros ilusionistas, estilo Mr. M. Mark Ruffalo (‘Minhas Mães e Meu Pai’), Woody Harrelson (‘Amizade Colorida’), Dave Franco (‘A Hora do Espanto’), Michael Caine (‘Batman – O Cavaleiro das Trevas’) e Isla Fisher (‘Os Delírios de Consumo de Becky Bloom’)também estão no elenco.

» Boaz Yakin (‘Príncipe da Pérsia’) roteiriza.

Cine Agenda:

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O Casamento do Ano

(The Big Wedding)

 

Elenco:

Robert De Niro, Amanda Seyfried, Katherine Heigl, Robin Williams, Topher Grace, Susan Sarandon, Ben Barnes, Diane Keaton, Marc Blucas, Christine Ebersole, Kyle Bornheimer.

Direção: Justin Zackham

Gênero: Comédia

Duração: 89 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: US$ 35 milhões

Estreia: 30 de Agosto de 2013

Sinopse:

Al (Ben Barnes) esta prestes a se casar com Missy (Amanda Seyfried) quando recebe a notícia de que sua mãe biológica, uma católica fervorosa, virá ao casamento. A partir daí, seus pais adotivos Don (Robert de Niro) e Ellie (Diane Keaton), que são separados há anos precisarão fingir serem casados novamente para não decepcioná-la. Mas a farsa leva toda a família a relembrar os laços que os uniram, numa história comovente e engraçada durante o que será o casamento do ano.

Curiosidades:

» Justin Zackham (‘Antes de Partir’) é o responsável pelo roteiro e direção.

Cine Agenda:


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Reino Escondido

(Epic)

Elenco:
Vozes no original de: Josh Hutcherson, Amanda Seyfried, Colin
Farrell, Jason Sudeikis, Beyoncé Knowles, Aziz Ansari,
Johnny Knoxville, Steven Tyler, Judah Friedlander, Pitbull.

Direção:
Chris Wedge

Gênero:
Animação

Duração:
— min.

Distribuidora:
Fox Film

Orçamento:
US$ — milhões

Estreia:
17 de Maio de 2013

Sinopse:
Em ‘Reino Escondido‘, uma adolescente é magicamente
transportada para um universo secreto, e precisará da
ajuda de vários seres místicos para conseguir
salvar seu mundo, e o universo secreto, de uma força
maligna.

Curiosidades:

» A 20th Century Fox Animation e a Blue Sky Studios
contrataram um elenco de vozes de ouro para sua nova animação,
intitulada ‘Reino Escondido‘ (Epic). Beyoncé
(Queen Tara), Steven Tyler (Nim Galuu), Colin
Farrell
(Ronin), Amanda Seyfried (Mary Katherine),
Josh Hutcherson
(Nod), Johnny Knoxville (Mandrake),
Aziz Ansari (Mub), o rapper Pitbull (Bufo) e
Jason Sudeikis
(Bomba) vão dublar os respectivos
personagens.

» Chris Wedge (‘A Era do Gelo’) dirige.

» A animação em CGI 3D é dos mesmos produtores de ‘A Era do Gelo‘ e ‘Rio‘.

 

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Gente Grande

(Grown Ups)

 

Elenco: Adam Sandler, Salma Hayek, Rob Schneider, Maria Bello, Maya Rudolph, Chris Rock, Kevin James, David Spade, Tim Meadows.

Direção: Dennis Dugan

Gênero: Comédia

Duração: 102 min.

Distribuidora: Sony Pictures

Estreia: 24 de Setembro de 2010

Sinopse:
Gente Grande, com Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, Rob Schneider e David Spade, é uma comédia sobre cinco amigos, que faziam da parte do mesmo time de basquete, que se re-encontram após vários anos para o funeral do seu treinador. Com as esposas (Salma Hayek, Maria Bello, Maya Rudolph) e os filhos na cidade, eles passam juntos o fim de semana de 4 de julho, na casa do lago onde,alguns anos antes, comemoraram o campeonato. E, ao rememorar os tempos antigos, eles descobrem que envelhecer não significa necessariamente amadurecer.

Curiosidades:
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Sem Dor, Sem Ganho (2)

A piada sem graça e anabolizada de Michael Bay.

Recentemente, tivemos a estreia do novo trabalho de Sofia CoppolaBling Ring: A Gangue de Hollywood, que contou a curiosa e verídica história de um grupo de jovens desocupados que decidiram invadir a casa de famosos, para roubar seus pertences e mostrar aos quatro ventos tais feitos. Nesse caso, Sofia optou seguir por uma linha mais cínica, deixando o vazio de seus protagonistas aflorarem em tela, com intuito que o público pudesse enxergar mais afundo a futilidade latente da nossa atual geração.

Agora foi a vez de o cineasta Michael Bay mostrar sua visão de mais um caso intrépido, que aconteceu nos Estados Unidos, e que, assim como o longa da Coppola, é inspirado num artigo jornalístico. Esse, de Pete Collins, do Miami New Times. Obviamente, Bay, que vinha de (péssimos) trabalhos megalomaníacos, do ponto de vista orçamentário, como a franquia Transformers, não adaptaria um simples conto, sem que esse fosse recheado de muitas cenas de ação, perseguições desenfreadas e, principalmente, houvesse a incursão das forças policiais americanas, em relação aos episódios.

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Em meados dos anos 90, o fisiculturista, e instrutor de academia, Daniel Lugo (Mark Wahlberg), após algumas conversas com um de seus alunos, o conhecido e milionário criminoso Victor Kershaw (Tony Shalhoub), descobre que o caminho para ascensão e riqueza pode ser rápido e simples, mesmo que este tenha que ser trilhado de forma inescrupulosa. Lugo reúne-se com um amigo de trabalho, Adrian Doorbal (Anthony Mackie), e Paul Doyle (Dwayne The Rock Johnson), um ex-presidiário com fama de barra pesada, e bola uma espécie de golpe, que consiste em sequestrar o próprio Kershaw, e, através de torturas, fazer com que ele passe os bens para o seu nome.

É curioso, e até interessante, o formato como Michael Bay decide contar essa aventura. Bebendo muitissimamente na fonte dos irmãos Joel e Ethan Coen, o diretor, inicialmente, engendra uma narrativa que miscigena, a todo tempo, o humor ao drama, e que flerta, constantemente, com o gore. Algo, também, muito habitual nos filmes de Quentin Tarantino. As múltiplas trucagens gráficas, com letreiros e objetos jogados em tela, junto à belíssima estética fílmica – que se energiza pela intensa fotografia de Ben Seresin (Incontrolável), evidenciando o chamativo designer de produção, assinado por Jeffrey Beecroft (Os 12 Macacos), e que ganha ainda mais cores com a direção de arte de Sebastian Schroder (Adrenalina 2) – impressiona visualmente e tem total função narrativa, fazendo com que o espectador embarque naquele surreal universo.

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E que, de certa forma, se deixa mesmo levar pela trama, e durante todo primeiro ato, aceita o agressivo apelo visual proposto. Só que, quanto mais o tempo passa, o conto vai definhando e tornando-se cada vez mais desinteressante. Isso, por Bay não conseguir (querer) construir algo mais sólido. Repleto de diálogos soltos e cenas perdidas, que poderiam muito bem ser exclusas. O que era faceto torna-se enfadonho, por não sentirmos uma real evolução da história. O cool vira boring em questão de minutos, já que, de fato, as piadas são terríveis e de muito mau gosto – mesmo as religiosas não se sobressaem. Ao fim do segundo ato, o que acreditávamos ser um novo Adrenalina – divertido e eletrizante – se transforma numa espécie de Os Mercenários 2 – aborrecido e decepcionante.

Mesmo com a boa presença de Mark Wahlberg, que se entrega ao papel, do ponto de vista físico e emocional, o processo de identificação do personagem Daniel Lugo é mal desenvolvido, pois, assim como seus companheiros, ele não passa de um bobão acéfalo. Que desenvolveu somente a sua massa muscular, já que a cinzenta foi reduzida ao talento de Dwayne Johnson, como ator. Nem mesmo na básica função de divertir, o cast surte efeito. Cá, ainda temos espaço para o turrão Ed Harris – ator que trabalhou com Michael Bay em A Rocha –, que imprime completamente a persona do militar americano que o cineasta tanto venera, e que está presente em quase todos os títulos de sua carreira.

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Contudo, devo confessar que esse é, sem duvidas, o trabalho mais ameno de Michael Bay, em anos. Até porque, seria difícil alguém fazer algo pior e mais masturbatório que Transformers: A Vingança dos Derrotados ou Transformers: O Lado Oculto da Lua. E, sim, este Sem Dor, Sem Ganho tem lá seus bons momentos de diversão e aventura, e possui uma competente equipe técnica, que tem grande êxito nos aspectos gráficos e visuais. É, de fato, um filme esteticamente muito interessante, porém tem vários problemas narrativos, em todo seu decorrer, e possui uma enorme barriga de roteiro no segundo e terceiro ato, se estendendo por demais e tornando-se indigesto, mas se fosse ele talhado por um melhor artesão, o saldo poderia ser mais positivo.

Frances Ha

NOAH BAUMBACH E GRETA GERWIG CRIAM UMA DAS PERSONAGENS MAIS ORIGINAIS DO CINEMA ATUAL

De tempos em tempos aparece um filme que serve como parâmetro para definir toda uma geração. O independente Frances Ha se encaixa justamente em tal categoria. Filmes assim são mais do que apenas produções cinematográficas, são verdadeiramente pedaços da vida. Essa é a nova obra do nova yorkino Noah Baumbach, colaborador de Wes Anderson em alguns de seus roteiros, e diretor de obras como A Lula e a Baleia (2005), Margot e o Casamento (2007) e O Solteirão (2010).

Seus filmes são intimistas, sinceros e fazem uso de um humor bem peculiar. Frances Ha, seu novo trabalho, pode ser considero também seu filme mais humano, e de certa forma identificável. Todo filmado em preto e branco, o roteiro foi escrito por Baumbach e sua atual companheira e estrela do filme, a atriz Greta Gerwig (O Solteirão). A história conta as desventuras de uma jovem, na faixa dos 30 anos, vivida por Gerwig.

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Ela é bem humorada e com uma visão positiva da vida, apesar de todas as dificuldades. Frances Ha é um filme muito para cima, que fará o público renovar suas energias e sair da sessão com nova perspectiva de cada pequeno evento do cotidiano. Ao sermos apresentados para a protagonista, ela está dividindo um apartamento com sua melhor amiga, Sophie, vivida por Mickey Sumner (CBGB).

As duas se completam como almas gêmeas, possuem muitas piadas internas, e vivem dizendo que se fossem lésbicas seriam o casal perfeito. Mas as coisas precisam seguir em frente quando Sophie abre mão da parceria para viver com outra amiga, em nome de um apartamento melhor. A heroína Frances segue em frente, e arruma lugar na casa de amigos. E assim segue pelos dias, com uma série de encontros e desencontros, que envolvem viagens para Paris, convivência com pessoas agradáveis e outras que não possuem nada em comum com ela.

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Como dito, o filme é apenas uma fatia da vida de uma personagem muito original e carismática, que tenta todos os dias, assim como nós, encontrar um significado e um objetivo para a sua existência. Aspirante à dançarina, a protagonista enfrenta os dias tirando sempre o que de melhor ele tem a oferecer, sem nunca deixar que seus sonhos sejam destruídos pela realidade. Os diálogos criados pela dupla Baumbach e Gerwig são daquele tipo espertinho, com milhares de piadinhas e referências embutidas por minuto.

Do tipo que nos faz querer revisitar a obra para descobrirmos novidades a cada investida. Frances Ha é cativante e contagiante. É triste, mas muito alegre. É quase um documentário, que poderia refletir a vida de qualquer jovem vivendo numa grande cidade sem um porto seguro. É humano, sincero e real. É também divertido e engraçado. Gerwig cria uma das personagens mais memoráveis do cinema americano recente, uma personagem com quem desejamos passar mais tempo. Uma continuação para o filme não seria nada mal, material é o que não falta.

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Frances Ha é uma das produções mais agradáveis de 2013, e garantida de entrar em listas dos melhores do ano. Fato que só nos deixa mais curiosos em saber o que virá a seguir na carreira dessa dupla promissora. A trilha sonora é igualmente uma atração, e faz uso de grandes hinos para toda uma geração. Afinal, qual filme não lucra em ter a canção Modern Love, de David Bowie.

Sem Dor, Sem Ganho

 MICHAEL BAY TORTURA NÃO SÓ SEU PERSONAGEM, MAS SEU PÚBLICO PRINCIPALMENTE

Lançado em abril nos Estados Unidos, no início da temporada das grandes produções do meio de ano, Sem Dor, Sem Ganho é o novo filme do megalomaníaco Michael Bay (Transformers: O Lado Oculto da Lua). Apesar de constantemente execrado pelos críticos, Bay é um verdadeiro pote de ouro para os estúdios, e com a franquia Transformers rendeu uma verdadeira fortuna para a Paramount. Seus filmes podem ser acusados de tudo, menos de fracassos financeiros.

Bay é considerado o Christopher Nolan dos pobres, um diretor de blockbusters autoral, que tem grande poder de decisão dentro de suas produções, e que é inclusive ele mesmo um produtor dentro do seu selo Platinum Dunes. A brincadeira em relação ao diretor da trilogia do Cavaleiro das Trevas se deve porque ao contrário de Nolan, Bay se empenha muito mais na parte técnica do que em suas histórias ou personagens.

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O cineasta acredita inclusive em seu estilo, e recria momentos similares em todos os seus filmes (como os personagens levantando de um grande baque em câmera lenta enquanto a câmera os circula, câmera num trilho circular enquanto a ação está acontecendo na forma de um carrossel, e, é claro, direção de arte com cores berrantes e saturadas). Tudo isso seria realmente perdoado se por trás de tanto estilo tivéssemos alguma substância.

Nos Estados Unidos, Bay exibindo pouco profissionalismo proibiu a entrada do crítico Peter Travers (forte detrator seu), da revista Rolling Stone, na exibição para a imprensa. Travers, assim como todos nós, admitiu ter grandes esperanças para o novo filme de Bay, afinal a obra foi produzida pela bagatela de $26 milhões, o que geralmente é o valor do lanche da equipe dos filmes do diretor. O fato poderia traduzir em uma obra mais intimista e honesta.

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Porém, com incômodos 130 minutos de projeção, é seguro dizer que esse é o pior filme da carreira de Michael Bay. Por mais que seus filmes anteriores fossem considerados idiotas, ainda existia certo teor de diversão. Sem Dor, Sem Ganho é simplesmente doloroso de assistir. Um filme sem qualquer valor de entretenimento, mas no entanto vendido de tal forma. Essa pode ter sido a pior ideia de todos os tempos a ser transformada num filme de verão americano, um blockbuster que deveria causar identificação, distração e divertimento.

Baseada em fatos reais, a história apresenta três marombeiros de cabeça oca, que planejam e sequestram um sujeito, na Miami dos anos 1990. Comandados pelo personagem de Mark Wahlberg (Linha de Ação), os sujeitos musculosos torturam o pobre infeliz, e numa cena realmente grotesca e difícil de ser assistida, tentam repetidas vezes matar a vítima das formas mais inusitadas. É como assistir a um desastre de trem. O problema realmente é que tudo é feito com a finalidade de arrancar risadas da plateia. Deveríamos rir da imbecilidade do trio, quando na verdade nos contorcemos identificando com o sofredor.

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Assim como na comédia lançada direto para vídeo no Brasil, 30 Minutos ou Menos (também baseada em fatos reais), os envolvidos com a verdadeira história reclamaram que um fato que só causou sofrimento para todos tenha sido tema de uma obra voltada ao entretenimento. A diferença é que 30 Minutos ou Menos mergulha totalmente na caricatura, e não deixa dúvida de que estamos assistindo a uma comédia. Bay parece ter aspirações maiores.

Ele não deseja fazer somente um filme de comédia, mas sim uma sátira, como a indicada ao Oscar Sofia Coppola fez com seu Bling Ring. Mas talvez Bay não esteja preparado para tanto. Como na maioria de seus filmes ele deseja abraçar o mundo, nem de perto chegando próximo ao alvo. Sem Dor, Sem Ganho é uma comédia, uma sátira, um filme de ação e um filme de sequestro. Mas acima de tudo é uma das produções mais sem alegria e de forma geral desagradável que assisti em muito, muito tempo.

Muito Barulho por Nada

(Much Ado About Nothing)

 

Elenco:

Nathan Fillion, Clark Gregg, Amy Acker, Alexis Denisof, Reed Diamond, Fran Kranz, Emma Bates, Sean Maher, Jillian Morgese e Ashley Johnson.Direção: Joss Whedon

Gênero: Comédia Dramática

Duração: 107 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 23 de Agosto de 2013

Sinopse:

Em Muito Barulho por Nada, uma guerra militar acaba de terminar, mas a ‘divertida guerra’ entre Beatrice e Benedict está apenas começando! Conseguirão seus amigos fazer com que eles, ao invés de brigar, façam amor? Enquanto isso, conseguirá a devoção de um outro casal superar as maliciosas mentiras do perverso Don John? Agora, cabe ao policial desajeitado salvar o dia e fazer com que o verdadeiro amor ainda possa superar os obstáculos!

Curiosidades:

» Joss Whedon (‘Os Vingadores’) dirige.

» Adaptação para o cinema da homônima comédia teatral Shakespeareana

» A história já foi levada aos cinemas por Kenneth Branagh em 1993, estrelado por Branagh, Keanu Reeves, Emma Thompson, Denzel Washington e Michael Keaton.


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O Verão do Skylab

(Le Skylab)

 

Elenco:

Julie Delpy, Emmanuelle Riva, Albert Delpy, Eric Elmosnino, Bernadette Lafont, Aure Atika, Candide Sanchez, Denis Ménochet,Jean-Louis Coulloc’h, Karin Viard, Lou Alvarez, Luc Bernard, Marc Ruchmann, Michelle Goddet, Noémie Lvovsky, Sophie Quinton, Valérie Bonneton, Vincent Lacoste.

Direção: Julie Delpy

Gênero: Comédia

Duração: 113 min.

Distribuidora: Pandora Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 30 de Agosto de 2013

Sinopse:

No verão de 1979, uma família se reúne em uma casa para celebrar o aniversário da matriarca. Estão presentes um tio traumatizado pelas experiências na guerra, uma garota pré-adolescente que espera encontrar o primeiro amor, uma tia que não suporta mais o imenso apetite sexual do marido e um avô com tendências suicidas.

 

Curiosidades:

» Comédia escrita, dirigida e atuada por Julie Delpy.

» Prêmio Especial do Júri no Festival de San Sebastian.

 

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Minha Vida Dava um Filme

(Girl Most Likely)

 

Elenco:

Kristen Wiig, Annette Bening, Matt Dillon, Darren Criss, Christopher Fitzgerald, June Diane Raphael, Natasha Lyonne, Bob Balaban, Sydney Lucas, Jimmy Palumbo, Michelle Morgan.

Direção: Shari Springer Berman e Robert Pulcini

Gênero: Comédia

Duração: 103 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 8 de Novembro de 2013

Sinopse:

Nada dá certo na vida de Imogene (Kristen Wiig)… ela é apenas uma dramaturga falida que não tem sorte no amor. Quando finge uma tentativa de suicídio para chamar a atenção do ex-namorado, o plano dá errado e ela é forçada a viver sob a custódia da sua mãe (Bening), uma mulher viciada no jogo.

 

 

Curiosidades:

» —

 

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Bling Ring: A Gangue de Hollywood (3)

A COMPLEXIDADE DA SUPERFÍCIE

 

Sofia Coppola vem construindo uma filmografia sólida e coerente, em torno de personagens que sofrem de algum vazio, de alguma falta, que vivem em ambientes muitas vezes sofisticados. Com ecos que remontam ao diretor italiano Michelangelo Antonioni, Sofia Coppola fala do vazio do nosso tempo. Mesmo com obras como Maria Antonieta, a filha do Poderoso Chefão é uma cronista da nossa geração de início de século.

Com essa trajetória, é mais fácil compreender a escolha do tema do seu novo filme Bling Ring – A Gangue de Hollywood. O roteiro foi adaptado de uma reportagem da Vanity Fair. A jornalista Nancy Jo Sales escreveu sobre um grupo de jovens de classe média alta de Hollywood que invadia as mansões de famosos para lhes roubar objetos de luxo e dinheiro. Não era por necessidade, claro, a gangue queria um pouco da fama desses ícones, subir na escala de celebridade e faturar uma boa grana. O grupo invadiu as mansões de celebridades como Orlando Bloom, Lindsay Lohan e Paris Hilton – esta teve a casa invadida incríveis 5 vezes, pelo menos!

Sofia Coppola conseguiu vencer o desafio de adaptar um caso recente e constrói uma de suas narrativas mais deliciosas! Se alguns de seus filmes anteriores poderiam ser considerados lentos demais – espacialmente para os padrões atuais – Bling Ring preza pela concisão e agilidade. São cerca de 90 minutos nos quais acompanhamos o surgimento, auge e queda da gangue.

Os que mais se destacam, ao menos na primeira parte da projeção, são Rebecca (Katie Chang) e Marc (Israel Broussard). Eles são os primeiros a invadir as casas. O grupo se completa com Chloe (Claire Julien), Sam (Taissa Farmiga) e a terrível Nicki (Emma Watson). Eles são um retrado de uma geração que valoriza a banalidade.

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Eles desejam a fama. Não importa se precisam roubar para ter um naco disso. Entrando nas casas dos famosos, desfrutando de seu conforto e roubando, eles conseguem criar um simulacro de fama. No começo, é o suficiente (ora vejam!). Usar um Laboutines no quarto sozinho já basta. Mas, as pessoas têm sede! Depois de darem o chapéu na polícia, o grupo ganha confiança e começa a divulgar seus feitos, inclusive pelas redes sociais. Misto de petulância e desejo de alcançar uma notoriedade real.

Alguns críticos acusam Sofia Coppola de ser superficial. Não sou desse time! Ele fala sobre a superficialidade de uma geração e, a cada filme, vem conseguindo apurar seu olhar. Aqui ela não faz um julgamento direto, mas desnuda suas personagens. O avanço da narrativa vai revelando atitudes cada vez mais inconsequentes e deslumbradas dos ladrões. Marc e Rebecca são as personagens mais bem trabalhadas nesse sentido de evolução. São personagens que vão relevando-se mais complexas a medida que o filme avança, até o desfecho amargo de Marc, decepcionado com Rebecca.

Sofia Coppola consegue níveis ácidos de ironia, negando a superficialidade da qual é acusada, nas sequências da casa de Paris Hilton. A ironia começa com o fato da própria ter cedido a casa para as filmagens. Os enquadramentos revelam o nível que o narcisismo pode chegar. O deboche final é a mistura de repulsa e fascínio que a casa de Paris Hilton pode provocar na plateia.

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Um tema tão atual acaba nos levando para fora da sala, fazendo pensar nas consequências da mercantilização das artes. Se ela conseguiu dar uma real independência aos artistas, que podem viver de suas obras, também gerou o mercado das celebridades que degringolou no desejo da fama pela fama. Nos tempos em que todos podem ter 30 segundos de fama no YouTube (Andy Warhol foi generoso com seus 15 minutos. “Hello!” na era digital, 1 minuto é eternidade!) deseja-se ao menos parecer famoso. Por outro lado, não temos muitos valores para contrabalançar essa fascinação pelas celebridades. O desejo de viver um simulacro da fama e a falta de outros valores criaram uma geração superficial.

Voltando ao filme, encontramos Nicki, uma garota embriagada pelo desejo de ser famosa. A mãe, que deveria contrapor a falta de valor da sociedade, reforça os delírios com suas aulas sobre celebridades e crença em auto-ajuda no nível de “O Segredo”.

Antes do fim, uma palavra sobre Emma Watson. Ela constrói a figura mais hipnotizante do filme. Sua Nicki é a versão mais acabada da pessoa que realmente acredita em sua superioridade moral. Seus gestos de condescendência servem apenas para inflar seu próprio ego cujo desejo final é uma vida de aparência para continuar a alimentar esse ego. Saí da sessão com ódio de Nicki e a certeza de que Emma Watson cresceu, em todos os sentidos, e exorcizou Hermione.

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Elenco: Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Dominic West, Rodrigo Santoro, Michael Fassbender.

Direção: Zack Snyder

Gênero: Ação

Duração: 117 min.

Distribuidora: Warner Bros.

Orçamento: US$ 65 milhões

Estreia: 30 de Março de 2007

Sinopse: Desde a infância, os meninos espartanos são ensinados a serem fortes, corajosos e nunca se renderem diante de um obstáculo. Um pesado treinamento, primeiro com o pai e, mais tarde, aos sete anos, através do governo, estes jovens são transformados em grandes soldados capazes de enfrentar os maiores perigos sem qualquer medo. Quando um mensageiro persa tenta convencer o Rei Leônidas a se render ao gigante Xerxes e aceitar que Esparta seja escravizada pelo imperador, ele decide que é hora de lutar contra os persas.

Um aviso dos deuses, porém, impede que Leônidas use seu exército, sob pena da queda de Esparta. O Rei, então, junta 300 bravos homens e sai ao encontro dos persas, que estão em um número quase mil vezes maior. Enfrentando soldados armados de flechas e pólvoras, em cavalos, elefantes e rinocerontes e ainda um exército conhecido há mais de 400 anos como Os Imortais, os espartanos mostram que não se deve recuar e nem se render. E também que o companheirismo e o amor pela pátria pode muitas vezes valer mais que quantidade numa batalha.

 

Curiosidades:

» Primeiro papel de destaque de Rodrigo Santoro em Hollywood, antes do ator conseguir um papel no seriado ‘Lost’.

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

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Comentários:

Nota
Comentários
Escrito por: Carlos Henrique Azevedo“Muito sangrento, e muito violento. 300 é o melhor filme épico já feito no momento, o cenário é todo feito em computador, as seqüências são perfeitas e atraiu o público de todos os países(principalmente o público feminino, por dos espartanos). Excelente filme para quem gosta de ação, e filmes épicos. Muito bom! E quando eu digo que é bom é porque é bom!”

 

 

Bling Ring – A Gangue de Hollywood (2)

SOFIA COPPOLA JOGA OS HOLOFOTES NA CULTURA TRÁGICA DAS SUB-CELEBRIDADES

Apesar de ser o novo trabalho de uma das cineastas americanas mais talentosas da atualidade, não devo ter sido o único que recebeu “Bling Ring – A Gangue de Hollywood” com certa incredulidade. A grande barreira aqui é que o filme aborda um tema, digamos, sem muito valor substancial. Isso acontece quando o assunto escolhido para uma produção cinematográfica é muito recente (coisa que temos presenciado cada vez com mais frequência), gerando comparações imediatas e deixando pouco espaço para as liberdades poéticas.

Afinal, muitos acompanharam o ocorrido real através da mídia, e sabem exatamente o que se passou. Transformar o fato em filme é uma missão difícil. Fico imaginando Sofia Coppola como o personagem de Nicolas Cage no filme “Adaptação”, com o encargo de adaptar para o cinema um livro sobre plantas. É quase isso o que ocorre com o novo trabalho de Coppola, baseado num artigo da revista Vanity Fair, escrito por Nancy Jo Sales, que tratava dos crimes reais de um grupo de jovens da classe alta de Beverly Hills.

2.5

Os adolescentes obcecados por celebridades (com quem a maioria dos adultos e pessoas inteligentes não se importam), decidem entrar sem cerimônias em suas mansões ao descobrirem que os mesmos não se encontram nos locais, e fazer a “limpa” em seus closets. E lá se vão tours pelas casas de personalidades como Paris Hilton, Orlando Bloom e sua namorada modelo, e Lindsay Lohan. Em sua maioria jovens problemáticos e perdidos, eles mesmos. Duvido que algum deles se interessaria em descobrir aonde mora a diretora Sofia Coppola, e talvez essa seja grande parte da graça.

Com um tema desses não é de se espantar a falta de interesse de muita gente. No entanto, o ditado não julgue um livro pela capa entra em jogada, quando temos no comando de uma obra Sofia Coppola, filha mais nova do consagrado Francis Ford Coppola, e primeira mulher americana a ser indicada ao Oscar de melhor diretora (pela obra-prima “Encontros e Desencontros”).

3

Alguns fatores contrabalanceiam o tema, como a presença da talentosa Emma Watson, que ano passado se desvencilhou da imagem de sua personagem em “Harry Potter”, no excelente “As Vantagens de Ser Invisível”, e que logo em breve mostrará muito mais. Embora Watson não seja a protagonista aqui, ela ganha destaque e consegue roubar muitos dos momentos nos quais aparece.

Mesmo levando em conta que a sátira de Coppola planeja apontar o quão ridículo é o comportamento desse tipo de jovem, fazer uma sátira não é fácil, e muitas não conseguem atingir seu objetivo terminando por deixar seu alvo ileso. O filme da cineasta, como era de se esperar, é extremamente bem feito. Desde a escolha da trilha sonora (coisa que a diretora acerta em todos os seus filmes), como a montagem mesclando cenas quase documentais, com entrevistas, e estéticas curiosas.

4

Em um momento, Coppola nos mostra de longe dois jovens andando por uma mansão envidraçada na colina, com a câmera fixa de longe, e vemos os atores passarem de um cômodo para o outro. Os textos iniciais explicando o que a obra será, é uma decisão acertadíssima, e de certa forma isenta e se distancia desde o início dos fatos apresentados. A diretora diz que não condena e tampouco aplaude o ocorrido.

Mas fica óbvio ao vermos algumas caricaturas, como a mãe de duas das jovens interpretada por Leslie Mann, que tenta passar ensinamentos pertinentes para suas filhas através do livro “O Segredo”, e até mesmo a maioria das cenas de Emma Watson (feitas quase todas para arrancar o riso), que Coppola está rindo de toda uma geração que busca a fama sem realmente ter feito nada para merecê-la.

As Crônicas de Nárnia – A Viagem do Peregrino da Alvorada

(The Chronicles of Narnia: The Voyage of The Dawn Treader)

Nota: 8

 

Elenco: Ben Barnes, Eddie Izzard, Skandar Keynes, Georgie Henley, Peter Dinklage, Will Poulter, Bill Nighy.

Direção: Michael Apted

Gênero: Aventura

Duração: 113 min.

Distribuidora: Fox Film

Orçamento: US$ 155 milhões

Estreia: 10 de Dezembro de 2010

Sinopse: Neste novo capítulo, os irmãos Pevensie, Edmundo e Lúcia, retornam à Nárnia acompanhados pelo primo Eustáquio Mísero e lá encontram o príncipe Caspian, agora Rei, que os convoca para a importante missão de encontrar os Sete Lordes Desaparecidos de Telmar. A bordo do imponente navio O Peregrino da Alvorada, os heróis de Nárnia se confrontarão com dragões, anões, tritões e um grupo de guerreiros perdidos. Com a ajuda de novos parceiros e de outros já conhecidos do público, como o rato falante Ripchip, o grupo enfrentará mares bravios, navegando até uma série de ilhas misteriosas, que ocultam segredos e tentações. Ao embarcarem no Peregrino da Alvorada, sua coragem e suas convicções serão postas à prova numa jornada de transformação com destino ao País de Aslan, nos recantos mais longínquos do mundo.

 

Curiosidades:

» O lançamento será em 3D. A Fox, responsável pela distribuição do fenômeno ‘Avatar‘, decidiu seguir os passos na Warner Bros. e converter As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada‘ e ‘As Viagens de Gulliver‘ para o formato.

» Michael Petroni (‘Rainha dos Condenados’) escreveu o roteiro da terceira parte de ‘Crônicas de Nárnia‘.

» O orçamento de ‘As Crônicas de Nárnia – A Viagem do Peregrino da Alvorada‘ será menor: ao invés do astronômico orçamento do segundo filme (US$ 215 milhões ), este terceiro custará US$ 140 milhões.

» O ator Bill Nighy vai dublar o personagem Ripchip em ‘As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada‘. Ele substitui Eddie Izzard, que dublou o mesmo personagem em ‘As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian’.

» Tanto ‘O Príncipe Caspian‘ quanto ‘O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa‘ são assinados pelo diretor Andrew Adamson. Lançada em 2005 pela BVI, a primeira adaptação cinematográfica do clássico de C.S. Lewis arrecadou mundialmente cerca de US$ 750 milhões.

» Terceira parte da série inspirada pelos livros de C.S. Lewis.


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Bates Motel – Temp. 01 – Eps. 05 e 06

Pra cima e além!

Bates Motel fica melhor a cada ep. Quando lerem este texto, a série já estará no ep. 07 no Canal Universal. Mas, vamos manter nosso ritmo de dois eps. por crítica.

Começamos com Norma (Vera Farmiga) na cadeia. A prova foram os fiapos do carpete do Motel encontrados na mão de Keith Summers. Os irmãos Bates dividem-se. Dylan (Max Thieriot) tenta conseguir dinheiro para alugar uma casa e afastar o irmão do raio de influência materna. Norman (Freiddie Highmore) faz de tudo para conseguir retirar a mãe da cadeia.

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Fato que Norman tira Norma da cadeia. Mas, resta a denúncia. Cheguei a pensar que isso ira se arrastar durante a temporada. Que nada! No mesmo ep., Zack Shelby (Mike Vogel) dá uma prova de amor sumindo com as provas. Vera Farmiga transmite toda a ambiguidade de Norma com a notícia do fim da acusação. Ela estaria realmente apaixonada, ou tudo era um jogo? O gesto de Shelby seria uma prova de amor? O que Norman irá pensar?

Aliás, esses dois! Ela sai da prisão e, ao invés de abrir os braços para o filho, reclama porque ele estava com uma garota no dia da prisão. Uau! Norman tenta reverter a situação. E nada! Definitivamente a série alcança os píncaros com a dupla. Há uma interdependência. Norma necessita do filho, e Norman deseja, mas não tem forças para cortar o cordão.

Pobre do Dylan. Ele pode gastar toda lábia, mas aposto que não conseguirá afastar Norman da mãe. Ao menos não com argumentos racionais. A relação de Norman e Norma é de dependência. Um precisa do outro como uma droga. E, para acabar com um vício é preciso ser radical. Será que Dylan conseguirá? Talvez, ao menos depois do ep. 06. Mas, calma!

Ponto importante do ep. 05 é a descoberta da escrava sexual chinesa (que fala um inglês bem do seu razoável!). De uma vez descobrimos que Shelby realmente é terrível e que Norman não estava enganado (nesse ponto!).

E quero bater palmas para o desfecho do final do ep. 05. Primeiro, a calma. Norma recebendo a notícia de que a acusação foi retirada. Sente um profundo alívio e pensa que nada seria viável sem Shelby. Barulho. Novamente tensão. Procura e chega ao quarto do Motel, onde vê Norman, Emma e a escrava oriental. Norman acusa Shleby. Norma nega e vai buscar uma foto do policial. A confirmação da chinesa destrói Norma. Suas feições mudam mais uma vez. Até seus ombros caem com o peso da notícia.

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O ep. 06 já figura como um dos mais espetaculares da série. Foi tão intenso que parecia um season finale. Foram tantos desfechos e revelações que me perguntava se os roteiristas ainda teriam bala na agulha. Aposto que sim!

Com esse ep., podemos imaginar um padrão interessante para a série. O comum em séries é cada temporada ter alguns grandes temas que começam e se resolve. Em paralelo, o tema central vai se construindo até o final da série. Em Bates Motel, ao que parece, veremos outro padrão. Haverá alguns grandes temas nos primeiros eps. que serão concluídos até o meio da temporada. Eles deixarão, contudo, uma radiação para os eps. seguintes, nos quais veremos outras novidades. Isto dará muita dinâmica para a narrativa.

Quem não quiser saber das revelações do ep. 06, pare aqui!

A narrativa foi condensada. Nos primeiros momentos, chama a atenção Dylan. Depois de ver o companheiro de crime – o capanga Ethan – ser baleado e morto ele sobre na hierarquia do crime de White Pine Bay (isso ainda vai dar muito enredo). No Motel, Norma tenta convencer Emma de ainda não denunciar Shelby. Ela quer ganhar tempo para recuperar o cinto de Keith, a única prova restante. Segue-se um das cenas mais gostosas da série, a família Bates planejando como recuperá-lo!

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Dylan e Norman encontram o cinto no barco de Keith. Enquanto isso, Norma está transnado com Shelby. CALMA! Ela está tentando despistá-lo. É divertidíssimo ver a cara de tédio e nojo dela. Mas, como se diz, shit happens, merdas acontecem!

A escrava sexual chinesa, que provavelmente é bilíngue por falar inglês e escrever mandarim, também se provou muito idiota. Ela decide tomar banho. Claro que Shleby escuta. Norma inventa uma lorota qualquer. Mas, como falei, a escrava sexual chinesa, que provavelmente é bilíngue por falar inglês e escrever mandarim, também se provou muito idiota. Shelby bate na porta e ela abre, na maior tranquilidade, como se estivesse esperando o serviço de quarto. O grito dela completa o quadro. Instante rapidamente cômico.

Desse ponto em diante, basta dizer duas coisas: Dylan mata Shelby. E Norma revela para Dylan que da última vez que Norman entrou em estado de choque, ele matou o pai! CARACOLES! Jurava que a história da morte do patriarca dos Bates iria demorar algumas temporadas. O mistério foi substituído por novas camadas à personalidade do protagonista.

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E os laços e Norma e Norman ficam mais insondáveis. Por que ele entra em estado de transe quando a mãe está ameaçada? É culpa da dependência que Norma sente por ele? Ou essa dependência veio por causa dos atos de Norman? Norman já nasceu um psicopata ou se tornou?

Com essa revelação, os roteiristas sublinham a grande pergunta da série: quem é Norman Bates? Ou melhor, o que é Norman Bates?!