quarta-feira , 20 novembro , 2024

‘Pânico’ – Relembre TODAS as REGRAS dos Filmes de Terror da Franquia!

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Quem diria que um pequeno filme slasher, que brincava e homenageava o gênero que reinou nos anos 80, lançado há exatos 28 anos (em dezembro de 1996), viria a se tornar a franquia mais bem-sucedida do gênero – com seis longas em seu acervo, e um sétimo prometido para o próximo ano? Certamente, nem mesmo seus criadores ou elenco.

Pânico’ surgiu no final de 1996 (chegando ao Brasil no início de 1997) e se vendeu muito pelo roteiro espertíssimo escrito por Kevin Williamson. Não podemos deixar de mencionar a direção de Wes Craven, um mestre do gênero, que recobrava a boa forma depois de uma escorregada com ‘Um Vampiro no Brooklyn’ no ano anterior. O sucesso fez de ‘Pânico’ tendência, e logo uma nova enxurrada de filmes do tipo assolava o fim dos anos 90.



Enquanto seus imitadores caíam pelo caminho, ‘Pânico’ se mantinha forte e seguia em frente. Mas seu caminho não foi fácil. A franquia só veria uma nova guinada em popularidade após o falecimento de Craven, ao ser assumida pela dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett em ‘Pânico’ (2022) – o reboot com o novo elenco. A franquia ganhou novo fôlego e irá se tornar uma nova trilogia muito breve, com o lançamento do sétimo filme.

Para já irmos nos preparando para o que o sétimo filme nos trará – entre outras coisas o retorno de Neve Campbell como Sidney – resolvemos revisar as regras dos filmes de terror mencionadas em todos os filmes da franquia ‘Pânico’. Confira abaixo.

Pânico (1996) – Brincando com os clichês de terror

PÂNICO

Em 1996, ‘Pânico’ deu novo sabor aos filmes de terror adolescentes, os chamados slasher, ao, entre outras coisas, brincar com seus padrões e regras, exibindo bastante metalinguagem ao falar sobre suas conveniências. Pela primeira vez, os personagens dentro do filme eram fãs de terror (como qualquer adolescente da época) e sabiam tudo sobre tais obras. O principal “estudioso” destes clichês é Randy (Jamie Kennedy), um nerd cinéfilo que conhece tudo de tais filmes.

Quem não lembra da cena no final de ‘Pânico’ durante uma festa na qual Randy cita as famosas regras? A primeira é que nunca se pode fazer sexo. Essa é a regra básica dos slashers, vide ‘Sexta-Feira 13’ e ‘A Hora do Pesadelo’. Os jovens mais despudorados são sempre os primeiros a morrer, e as heroínas virginais são quem sobrevivem. Outras relacionadas a esta perda da inocência são: “nunca se pode beber ou usar drogas”, o que igualmente recai no fator pecado – como se os assassinos fossem quase uma punição divina. E por fim, é claro, o famoso: sob nenhuma circunstância diga “eu volto já”, porque você não voltará. Outro clichê de filmes do tipo, de personagens que costumam não retornar mais.

Pânico 2 (1997) – A Sequência Precisa ser Sempre Maior e com Mais Mortes

PÂNICO

Novamente aqui temos uma trinca de regras, de novo explicadas por Randy, o especialista em terror. E como os realizadores se arrependem de tê-lo matado. Imagine, Randy poderia estar até hoje na franquia. Mas o destino quis que ele fosse eliminado justamente na continuação. O que de certa forma demonstrou, na época, que ninguém estava seguro, nem mesmo personagens queridos. Mas bem, se Stu pode voltar (é o que querem os fãs), por que não Randy?

Ao invés de explicar em uma festa como no original, Randy deixa claro para Dewey (David Arquette) em um restaurante as novas regras. Aqui, a brincadeira era em cima de continuações – mas não apenas de terror. Em uma cena na aula de cinema, os alunos tentam decidir quais são as continuações melhores que seus originais, e para muitos ‘Pânico 2’ se junta a elas. A primeira regra diz respeito ao escopo do filme, que precisa superar em tudo seu original. Em especial, quando falamos em filmes de terror, em relação à contagem de corpos. Ainda dentro desta categoria, as cenas de morte precisam ser mais elaboradas – como uma sofisticação da sequência.

No filme, antes que pudesse mencionar a terceira regra, Randy é interrompido por Dewey – mas sua frase pode ser ouvida por completo no trailer do filme. E o que Randy conclui é: “nunca, sob nenhuma circunstância, presuma que o assassino esteja morto”. Essa é uma regra muito utilizada para os vilões imortais que costumam aparecer nas continuações de filmes de terror, que sempre pulam para um último susto antes do fim. E ‘Pânico’ igualmente soube brincar bem com este clichê, seja no original ou em sua primeira continuação. É bom sempre ter certeza de que o assassino esteja realmente morto antes de dar por terminada a história.

Pânico 3 (2000) – As Regras de uma Trilogia

PÂNICO

Após o sucesso do segundo filme, esperava-se um ‘Pânico 3’ logo em 1998 – o que pegaria o hype dos slasher do fim dos anos 90. Mas ele não veio assim tão rápido quanto o segundo. Assim os fãs precisaram esperar angustiantes três anos para mais um episódio, que ao que tudo indicava encerraria a trilogia. E sim, ‘Pânico’ se tornava uma trilogia. Desta forma, as regras agora se aplicavam aos famosos três filmes do cinema, como ‘O Poderoso Chefão’, ‘De Volta para o Futuro’ e por assim vai.

Mesmo morto, quem explica as regras novamente é Randy. O milagre foi que o rapaz, prevendo sua possível derrocada, resolveu se filmar em vídeo explicando como as coisas seguiriam dali para frente. Randy começa dizendo que desta vez o assassino será “super-humano”, o que até flertou com um teor sobrenatural. Quando ‘Sexta-Feira 13’ começou, não se tratava de um slasher sobrenatural, mas se tornou um com o passar dos filmes. Estaria ‘Pânico’ destinado a seguir pelo mesmo caminho? Como sabemos bem, a resposta é não. Mas tentaram nos ludibriar com o colete à prova de balas do assassino desta vez.

A segunda regra foi “que todos, incluindo os personagens principais, desta vez podem morrer”. Afinal, trata-se do encerramento da obra – pelo menos era o que se imaginava na época. Desta forma, após matar Randy no segundo filme, o que esta nova regra afirmava é que Sidney, Gale ou Dewey poderiam morrer. Mas para o bem de todos, ao menos na época, ela não se concretizou. Finalizando a nova trilogia de regras, “o fantasma de Randy” sugeria que “o passado irá voltar para atormentá-los”. Em muitos filmes de terror, o assassino tem ligação com o passado dos protagonistas. E em ‘Pânico 3’, além de Sidney ter visões de sua falecida mãe – todo o backstory da matriarca é revelado, descortinado em Hollywood. É claro, além de uma conexão bem íntima entre a mocinha e o vilão.

Pânico 4 (2011) – Regras de Remakes, Reboots ou Sequências

PÂNICO

Curiosamente, Wes Craven e Kevin Williamson, os criadores originais, decidiam tirar ‘Pânico’ da gaveta onze anos após seu suposto encerramento para uma nova trilogia. A dupla previa a era das franquias e filmes como ‘Velozes e Furiosos’, por exemplo, mudavam de marcha rumo ao sucesso. Assim, a brincadeira desta vez era com a onda de remakes que assolava o gênero do terror. ‘Pânico 4’ não era bem uma refilmagem, mas tentava de alguma forma ser um reboot para a franquia. Apesar de ser um dos exemplares mais queridos dos fãs, o resultado nas bilheterias não se tornou um incentivo para novos investimentos nesta linha narrativa.

Sem Randy de vez, afinal ele não poderia aparecer em uma nova fita, quem faz o papel de cicerone das regras é a dupla Robbie (Erik Knudsen) e Charlie (Rory Culkin). Algumas das regras aqui são subversões das regras anteriores, para uma nova geração. Dentre elas: “as virgens podem ser vítimas agora”. Ou seja, nem o pudor típico da geração anos 80 poderá salvar um personagem nos dias de hoje. Outra regra afirma que as mortes precisam ser mais extremas e explícitas – herança dos torture porn, vide ‘Jogos Mortais’ e ‘O Albergue’.

Outras regras mencionadas pela dupla afirmam que o novo filme deve homenagear o original, porém, sem tentar redefini-lo. Assim como também deverá conter uma cena de abertura impactante, que mostrará ao que o filme veio. É claro que o filme contém, de forma metalinguística, uma abertura assim. E por fim, as novas regras afirmam que personagens LGBTQ+ são prováveis de chegaram ao fim do filme vivos – já prevendo uma época mais politicamente correta.

Pânico (2022) – Agora sim um reboot concluído com regras clássicas para uma nova Era

PÂNICO

Pânico 5’ conseguiu o que o anterior havia tentado – ser o reinício para uma nova trilogia. E tudo o que bastou foram 10 anos. Quando foi anunciado, agora nas mãos da Paramount e com uma nova equipe atrás e na frente das câmeras, muitos se perguntaram se ‘Pânico’ ainda tinha fôlego. E a resposta veio a galope, sim tinha. Os fãs antigos queriam e toda uma nova geração de amantes de terror embarcou na proposta. Desta vez, mesmo respeitando os personagens-legado, as protagonistas eram as irmãs Carpenter, Melissa Barrera e Jenna Ortega.

No quinto filme, coube ao veterano Dewey ditar as regras para a nova geração. Ele já havia passado quatro vezes por situações do tipo, e aprendido muito bem as regras do gênero. Sendo assim Dewey começa com “Nunca confie em seu interesse amoroso”. Afinal, diversos personagens da franquia perderam suas vidas por fazerem justamente isso. A própria Sidney provou isso em primeira mão. E bem, podemos dizer que essa tal regra serviu também para Sam (Melissa Barrera).

A segunda regra é parecida com a do terceiro, citando que ‘o assassino sempre tem a ver com o passado”. Ou seja, o vilão invariavelmente tem conexão com a vida prévia de uma das vítimas, em especial as heroínas. Por fim, uma nova regra aponta que o círculo de amizades da primeira vítima sempre tem alguma ligação com o assassino. Mais uma vez essa regra serve para tentar descobrir a verdadeira identidade do vilão.

Pânico VI (2023) – As Regras de uma Franquia

PÂNICO

Pode parecer curioso, mas foi somente com esse sexto filme que ‘Pânico’ se deu conta que se tratava oficialmente de uma franquia. É que a primeira trilogia era planejada apenas como uma trilogia. O quarto filme tentou se tornar uma franquia sem sucesso. O mesmo foi tentado pelo quinto filme, desta vez com sucesso e sinal verde para mais filmes. O sexto foi a concretização da franquia finalmente. Assim, esperamos o sétimo filme ansiosos.

No anterior eu disse que Dewey havia sido encarregado de explicar as regras. Acontece que desde o episódio passado tínhamos uma legítima herdeira do legado de Randy: sua sobrinha Mindy (Jasmin Savoy Brown), a nova especialista em filmes de terror da série. A primeira regra mencionada por Mindy para a nova investida é “Tudo é maior do que da última vez”. Ou seja, similar à da primeira continuação, levando em conta que o sexto é a primeira continuação do pós-reboot.

A segunda regra é mais interessante, e fala “espere o completo oposto do que o filme anterior ofereceu”. No caso de ‘Pânico VI’, pela primeira vez na franquia, a ação ocorreu em Nova York, ao contrário da cidade mais interiorana de Woodsboro, que dominou quase toda a franquia. Fora isso, essa é a primeira vez que Ghostface usou uma arma de fogo. Finalizando as novas regras de Mindy, “nem mesmo os personagens legado estão salvos e os personagens principais são dispensáveis pelo bem da longevidade da franquia”.

Bem, quanto aos personagens-legado vimos isso no filme anterior com a morte de um protagonista clássico. Mas poderíamos brincar que outra personagem-legado que não esteve salva foi a própria Sidney, ausente do sexto filme por motivo da esnobada que Neve Campbell recebeu dos produtores. Em contrapartida, as personagens principais dispensáveis no sétimo serão mesmo as de Melissa Barrera e Jenna Ortega – uma despedida e a outra tendo pulado fora. A vida segue imitando a arte.

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Pânico’ surgiu no final de 1996 (chegando ao Brasil no início de 1997) e se vendeu muito pelo roteiro espertíssimo escrito por Kevin Williamson. Não podemos deixar de mencionar a direção de Wes Craven, um mestre do gênero, que recobrava a boa forma depois de uma escorregada com ‘Um Vampiro no Brooklyn’ no ano anterior. O sucesso fez de ‘Pânico’ tendência, e logo uma nova enxurrada de filmes do tipo assolava o fim dos anos 90.

Enquanto seus imitadores caíam pelo caminho, ‘Pânico’ se mantinha forte e seguia em frente. Mas seu caminho não foi fácil. A franquia só veria uma nova guinada em popularidade após o falecimento de Craven, ao ser assumida pela dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett em ‘Pânico’ (2022) – o reboot com o novo elenco. A franquia ganhou novo fôlego e irá se tornar uma nova trilogia muito breve, com o lançamento do sétimo filme.

Para já irmos nos preparando para o que o sétimo filme nos trará – entre outras coisas o retorno de Neve Campbell como Sidney – resolvemos revisar as regras dos filmes de terror mencionadas em todos os filmes da franquia ‘Pânico’. Confira abaixo.

Pânico (1996) – Brincando com os clichês de terror

PÂNICO

Em 1996, ‘Pânico’ deu novo sabor aos filmes de terror adolescentes, os chamados slasher, ao, entre outras coisas, brincar com seus padrões e regras, exibindo bastante metalinguagem ao falar sobre suas conveniências. Pela primeira vez, os personagens dentro do filme eram fãs de terror (como qualquer adolescente da época) e sabiam tudo sobre tais obras. O principal “estudioso” destes clichês é Randy (Jamie Kennedy), um nerd cinéfilo que conhece tudo de tais filmes.

Quem não lembra da cena no final de ‘Pânico’ durante uma festa na qual Randy cita as famosas regras? A primeira é que nunca se pode fazer sexo. Essa é a regra básica dos slashers, vide ‘Sexta-Feira 13’ e ‘A Hora do Pesadelo’. Os jovens mais despudorados são sempre os primeiros a morrer, e as heroínas virginais são quem sobrevivem. Outras relacionadas a esta perda da inocência são: “nunca se pode beber ou usar drogas”, o que igualmente recai no fator pecado – como se os assassinos fossem quase uma punição divina. E por fim, é claro, o famoso: sob nenhuma circunstância diga “eu volto já”, porque você não voltará. Outro clichê de filmes do tipo, de personagens que costumam não retornar mais.

Pânico 2 (1997) – A Sequência Precisa ser Sempre Maior e com Mais Mortes

PÂNICO

Novamente aqui temos uma trinca de regras, de novo explicadas por Randy, o especialista em terror. E como os realizadores se arrependem de tê-lo matado. Imagine, Randy poderia estar até hoje na franquia. Mas o destino quis que ele fosse eliminado justamente na continuação. O que de certa forma demonstrou, na época, que ninguém estava seguro, nem mesmo personagens queridos. Mas bem, se Stu pode voltar (é o que querem os fãs), por que não Randy?

Ao invés de explicar em uma festa como no original, Randy deixa claro para Dewey (David Arquette) em um restaurante as novas regras. Aqui, a brincadeira era em cima de continuações – mas não apenas de terror. Em uma cena na aula de cinema, os alunos tentam decidir quais são as continuações melhores que seus originais, e para muitos ‘Pânico 2’ se junta a elas. A primeira regra diz respeito ao escopo do filme, que precisa superar em tudo seu original. Em especial, quando falamos em filmes de terror, em relação à contagem de corpos. Ainda dentro desta categoria, as cenas de morte precisam ser mais elaboradas – como uma sofisticação da sequência.

No filme, antes que pudesse mencionar a terceira regra, Randy é interrompido por Dewey – mas sua frase pode ser ouvida por completo no trailer do filme. E o que Randy conclui é: “nunca, sob nenhuma circunstância, presuma que o assassino esteja morto”. Essa é uma regra muito utilizada para os vilões imortais que costumam aparecer nas continuações de filmes de terror, que sempre pulam para um último susto antes do fim. E ‘Pânico’ igualmente soube brincar bem com este clichê, seja no original ou em sua primeira continuação. É bom sempre ter certeza de que o assassino esteja realmente morto antes de dar por terminada a história.

Pânico 3 (2000) – As Regras de uma Trilogia

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Após o sucesso do segundo filme, esperava-se um ‘Pânico 3’ logo em 1998 – o que pegaria o hype dos slasher do fim dos anos 90. Mas ele não veio assim tão rápido quanto o segundo. Assim os fãs precisaram esperar angustiantes três anos para mais um episódio, que ao que tudo indicava encerraria a trilogia. E sim, ‘Pânico’ se tornava uma trilogia. Desta forma, as regras agora se aplicavam aos famosos três filmes do cinema, como ‘O Poderoso Chefão’, ‘De Volta para o Futuro’ e por assim vai.

Mesmo morto, quem explica as regras novamente é Randy. O milagre foi que o rapaz, prevendo sua possível derrocada, resolveu se filmar em vídeo explicando como as coisas seguiriam dali para frente. Randy começa dizendo que desta vez o assassino será “super-humano”, o que até flertou com um teor sobrenatural. Quando ‘Sexta-Feira 13’ começou, não se tratava de um slasher sobrenatural, mas se tornou um com o passar dos filmes. Estaria ‘Pânico’ destinado a seguir pelo mesmo caminho? Como sabemos bem, a resposta é não. Mas tentaram nos ludibriar com o colete à prova de balas do assassino desta vez.

A segunda regra foi “que todos, incluindo os personagens principais, desta vez podem morrer”. Afinal, trata-se do encerramento da obra – pelo menos era o que se imaginava na época. Desta forma, após matar Randy no segundo filme, o que esta nova regra afirmava é que Sidney, Gale ou Dewey poderiam morrer. Mas para o bem de todos, ao menos na época, ela não se concretizou. Finalizando a nova trilogia de regras, “o fantasma de Randy” sugeria que “o passado irá voltar para atormentá-los”. Em muitos filmes de terror, o assassino tem ligação com o passado dos protagonistas. E em ‘Pânico 3’, além de Sidney ter visões de sua falecida mãe – todo o backstory da matriarca é revelado, descortinado em Hollywood. É claro, além de uma conexão bem íntima entre a mocinha e o vilão.

Pânico 4 (2011) – Regras de Remakes, Reboots ou Sequências

PÂNICO

Curiosamente, Wes Craven e Kevin Williamson, os criadores originais, decidiam tirar ‘Pânico’ da gaveta onze anos após seu suposto encerramento para uma nova trilogia. A dupla previa a era das franquias e filmes como ‘Velozes e Furiosos’, por exemplo, mudavam de marcha rumo ao sucesso. Assim, a brincadeira desta vez era com a onda de remakes que assolava o gênero do terror. ‘Pânico 4’ não era bem uma refilmagem, mas tentava de alguma forma ser um reboot para a franquia. Apesar de ser um dos exemplares mais queridos dos fãs, o resultado nas bilheterias não se tornou um incentivo para novos investimentos nesta linha narrativa.

Sem Randy de vez, afinal ele não poderia aparecer em uma nova fita, quem faz o papel de cicerone das regras é a dupla Robbie (Erik Knudsen) e Charlie (Rory Culkin). Algumas das regras aqui são subversões das regras anteriores, para uma nova geração. Dentre elas: “as virgens podem ser vítimas agora”. Ou seja, nem o pudor típico da geração anos 80 poderá salvar um personagem nos dias de hoje. Outra regra afirma que as mortes precisam ser mais extremas e explícitas – herança dos torture porn, vide ‘Jogos Mortais’ e ‘O Albergue’.

Outras regras mencionadas pela dupla afirmam que o novo filme deve homenagear o original, porém, sem tentar redefini-lo. Assim como também deverá conter uma cena de abertura impactante, que mostrará ao que o filme veio. É claro que o filme contém, de forma metalinguística, uma abertura assim. E por fim, as novas regras afirmam que personagens LGBTQ+ são prováveis de chegaram ao fim do filme vivos – já prevendo uma época mais politicamente correta.

Pânico (2022) – Agora sim um reboot concluído com regras clássicas para uma nova Era

PÂNICO

Pânico 5’ conseguiu o que o anterior havia tentado – ser o reinício para uma nova trilogia. E tudo o que bastou foram 10 anos. Quando foi anunciado, agora nas mãos da Paramount e com uma nova equipe atrás e na frente das câmeras, muitos se perguntaram se ‘Pânico’ ainda tinha fôlego. E a resposta veio a galope, sim tinha. Os fãs antigos queriam e toda uma nova geração de amantes de terror embarcou na proposta. Desta vez, mesmo respeitando os personagens-legado, as protagonistas eram as irmãs Carpenter, Melissa Barrera e Jenna Ortega.

No quinto filme, coube ao veterano Dewey ditar as regras para a nova geração. Ele já havia passado quatro vezes por situações do tipo, e aprendido muito bem as regras do gênero. Sendo assim Dewey começa com “Nunca confie em seu interesse amoroso”. Afinal, diversos personagens da franquia perderam suas vidas por fazerem justamente isso. A própria Sidney provou isso em primeira mão. E bem, podemos dizer que essa tal regra serviu também para Sam (Melissa Barrera).

A segunda regra é parecida com a do terceiro, citando que ‘o assassino sempre tem a ver com o passado”. Ou seja, o vilão invariavelmente tem conexão com a vida prévia de uma das vítimas, em especial as heroínas. Por fim, uma nova regra aponta que o círculo de amizades da primeira vítima sempre tem alguma ligação com o assassino. Mais uma vez essa regra serve para tentar descobrir a verdadeira identidade do vilão.

Pânico VI (2023) – As Regras de uma Franquia

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Pode parecer curioso, mas foi somente com esse sexto filme que ‘Pânico’ se deu conta que se tratava oficialmente de uma franquia. É que a primeira trilogia era planejada apenas como uma trilogia. O quarto filme tentou se tornar uma franquia sem sucesso. O mesmo foi tentado pelo quinto filme, desta vez com sucesso e sinal verde para mais filmes. O sexto foi a concretização da franquia finalmente. Assim, esperamos o sétimo filme ansiosos.

No anterior eu disse que Dewey havia sido encarregado de explicar as regras. Acontece que desde o episódio passado tínhamos uma legítima herdeira do legado de Randy: sua sobrinha Mindy (Jasmin Savoy Brown), a nova especialista em filmes de terror da série. A primeira regra mencionada por Mindy para a nova investida é “Tudo é maior do que da última vez”. Ou seja, similar à da primeira continuação, levando em conta que o sexto é a primeira continuação do pós-reboot.

A segunda regra é mais interessante, e fala “espere o completo oposto do que o filme anterior ofereceu”. No caso de ‘Pânico VI’, pela primeira vez na franquia, a ação ocorreu em Nova York, ao contrário da cidade mais interiorana de Woodsboro, que dominou quase toda a franquia. Fora isso, essa é a primeira vez que Ghostface usou uma arma de fogo. Finalizando as novas regras de Mindy, “nem mesmo os personagens legado estão salvos e os personagens principais são dispensáveis pelo bem da longevidade da franquia”.

Bem, quanto aos personagens-legado vimos isso no filme anterior com a morte de um protagonista clássico. Mas poderíamos brincar que outra personagem-legado que não esteve salva foi a própria Sidney, ausente do sexto filme por motivo da esnobada que Neve Campbell recebeu dos produtores. Em contrapartida, as personagens principais dispensáveis no sétimo serão mesmo as de Melissa Barrera e Jenna Ortega – uma despedida e a outra tendo pulado fora. A vida segue imitando a arte.

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