Erros de gravação, pequenos deslizes ou mesmo os chamados bloopers acontecem o tempo todo em qualquer produção de cinema, diria até que em todas elas. Aliás, isso acabou sendo parte do material extra que vem nos lançamentos em home video, pois o público adora ver os astros falhando, tendo crises de riso, notar os cenários caindo ou até as cenas de improviso.
No entanto, alguns erros em particulares que, sem querer, acabam indo para o corte final e assim pegando muito mal para a produção. Muitos deles também são registros históricos de filmes de época, onde os personagens aparecem usando ou consumindo produtos que nem se quer existiam na época abordada.
E é justamente isso que abordaremos aqui dessa vez, os maiores deslizes do cinema norte-americano, àqueles detalhes que na verdade são grotescos, mas ainda assim passaram despercebidos não só pelo diretor e sua equipe, mas na revisão das produtoras e até nas exibições prévias. Comenta também aí se a gente esqueceu de citar algum antológico e fala quais foram os mais marcantes para vocês.
Django Livre (óculos escuros)
Quentin Tarantino fez mais um filmaço quando retratou a história de vingança de um escravo, em pleno velho oeste, sendo este interpretado brilhantemente por Jamie Foxx. O filme esbanja estilo e carisma, introduzindo até hip hop em meio a trilha sonora clássica de Ennio Morricone e o tema conhecido do clássico ‘Django’.
No entanto ‘Django Livre’ traz Foxx usando, como parte do seu figurino, um óculos escuro, que tem o estilo da época, mas só que Tarantino esqueceu de um detalhe: na época, óculos escuros eram usados apenas através de prescrições médicas, pois não era um material de moda e sim como parte de um tratamento oftalmológico.
Piratas do Caribe (maçãs verdes)
Bom, se Tarantino errou por adiantar as coisas, imagine então Gore Verbinski em ‘Piratas do Caribe’, que trouxe o Capitão Barbossa (Geoffrey Rush) comendo uma maçã verde… Então, não acha nada demais? É, mas tudo isso é bem sem noção, já que, naquela época, em 1728, a fruta nem existia, aparecendo para o mundo apenas em 1868. Ou seja, quase 140 anos após os acontecimentos do filme de Jack Sparrow (Johnny Depp) e companhia. Realmente, essa a Disney vacilou feio.
O Senhor dos Anéis (relógio de pulso)
Quando mostramos a imagem assim destacada, parece até brincadeira ou montagem quando vemos o ator Ian McKellen, que dar vida a Gandalf, usando um relógio de pulso em meio a uma batalha. É incrível que isso tenha passado despercebido aos olhos de Peter Jackson e sua equipe, além dos produtores da Warner. Mas, sim, esse é um dos erros mais emblemáticos de um grande filme de Hollywood.
Gladiador (botijão de gás)
Falando em erro antológico do grande cinema norte-americano, como não citar a cena do épico de Ridley Scott, ‘Gladiador’, onde vemos um botijão de gás atrás de uma carruagem ou biga controlada pelo protagonista. A cena ficou tão conhecida que em qualquer lista como essa, é a primeira a ser citada como o exemplo de que até a pós-produção do cinema mais endinheirado do mundo é capaz de errar.
Troia (avião)
E continuando com os épicos, por que não citar também ‘Troia’, de Wolfgang Petersen, um filme que faturou bem e trouxe Brad Pitt no auge como Aquiles. O longa não é lá essas coisas de um modo geral, mas a atuação de Pitt foi bem digna, vamos confessar, porém, a coisa acabou sendo tão mal acabada que é possível ver vários erros na pós-produção. O mais grosseiro deles, sem dúvidas, é quando vemos um plano de destaque de Pitt e atrás é possível notar um avião passando pelo céu, onde a equipe afirma que tudo se tratou de um truque de Photoshop, já que a versão em home video não traz o erro de novo.
Sniper Americano (bebê falso)
Muito do que acontece nesses erros estão muito ligado ao descaso das produtoras ou mesmo uma certa ideia de “se colar, colou”, é exatamente isso que acontece no polêmico filme de Clint Eastwood, ‘Sniper Americano’. Uma cena. em particular, chamou a atenção de muitos espectadores que perceberam o bebê nos braços de Chris Kyle (encenado por Bradley Cooper), onde nitidamente dá para ver que é uma boneca dessas baratinhas que vendem em qualquer lugar. Ou seja, a equipe de pós-produção não se deu ao trabalho nem de mudar digitalmente a boneca e trazer algum movimento na tomada em questão.
O Aviador (cookies de chocolate)
Ainda sobre gênios do cinema, acredite, até Martin Scorsese já vacilou quando o quesito é contexto histórico, e isso aconteceu na grande produção ‘O Aviador’, estrelada por Leonardo de DiCrapio como Howard Hughes. Em uma cena vemos Hughes comprando alguns cookies de chocolate, algo que seria normal, caso o momento não se passasse antes dos anos de 1930, isso porque os biscoitos em questão só foram criados em 1932, sendo assim impossível a compra.
Titanic (lago de Wissota)
O senhor Leonardo DiCaprio protagonizou novamente o equívoco de um grande filme, quer dizer, de um dos maiores filmes de todos os tempos, ‘Titanic‘. As pessoas não perceberam que Jack (DiCaprio) diz a Rose que ele e seu pai costumavam pescar peixes no Lago Wissota, o que é uma boa história para contar a uma garota, o problema é que o Titanic afundou em 1912 e o Lago Wissota só se formou em 1917, cinco anos depois. Nem James Cameron que também é um físico escapou do erro das datas.
Harry Potter e A Câmara Secreta (operador de câmera)
Um dos erros mais comuns de aparecerem em filmes é quando aparecem microfones, parte de câmeras ou algum detalhe do set de filmagem, porém em ‘Harry Potter e A Câmara Secreta‘ vemos não apenas a câmera completa, mas até o operador de corpo inteiro em meio aos bruxinhos de Hogwarts. Na imagem abaixo dá pra perceber claramente o homem operando o equipamento enquanto o Draco Malfoy aponta até quase em sua direção. Como a equipe de pós-produção não percebeu algo tão grotesco?
Forrest Gump (apple)
‘Forrest Gump‘ é um filme que por si só fala de revisionismo histórico, porém, não tem como escapar, já que o filme possui uma linha do tempo. Em determinado momento, por exemplo, o Forrest (Tom Hanks) recebe uma carta da Apple, e naquele momento o personagem está em 1975. A questão é que o logotipo em arco-íris da Appple não foi desenhado até o ano seguinte, e a Apple só começou a ser negociada em ações publicamente em 1981. Algo que tornaria impossível o Forrest receber aquela carta.