Estúdios de cinema estão lentamente começando a aumentar o número de personagens LGBT nos filmes, de acordo com uma pesquisa realizada pela GLAAD (Associação Contra a Difamação de Gays e Lésbicas).
A pesquisa feita com os sete maiores estúdios de Hollywood revelou que, no ano passado, 20 de 114 filmes mostraram personagens que se identificaram como lésbicas, gays ou bissexuais, números 17,5% maiores que os de 2013, quando 16,7% (17 de 102 filmes) apresentaram personagens LGBT.
A associação também examinou, pela primeira vez, estúdios menores e encontrou 11% de personagens gays nos 47 filmes lançados pelas produtoras Focus Features, Fox Searchlight, Roadside Attractions e Sony Pictures Classics.
No entanto, nenhum dos filmes incluiu um personagem que se identificou como transgênero.
Este aumento nos números, porém, não significa uma representação igualitária. A maioria dos personagens são homossexuais masculinos (65%), enquanto um terço (30%) são bissexuais e 10% são lésbicas. Além disso, quase todos os personagens são brancos (67,9%), sendo a maioria dos papéis pequenos e cômicos (42%). 23% aparecem em filmes animados/familiares e 18% em dramas.
Já a televisão vai na contramão. Segundo a GLAAD, “séries de TV e serviços de streaming continuam produzindo uma amplitude notável de diversas representações LGBT, enquanto é difícil de encontrar representações significativas ou autênticas desses personagens nos principais filmes de Hollywood”.
Para piorar a situação, blockbusters como ‘Êxodo: Deuses e Reis’, ‘Quero Matar Meu Chefe 2’ e ‘O Durão’ fazem representações “abertamente difamatórias” de personagens LGBT, de acordo com a associação. Uma recente – e rara – exceção foi a comédia ‘Tammy’, com Melissa McCarthy, que recebeu boas avaliações da crítica.