terça-feira , 25 março , 2025

Pete Docter, diretor da Pixar, defende o uso da IA nas animações: “Um ponto de virada”


Pete Docter, co-diretor criativo da Pixar, compartilhou suas reflexões sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na produção de animações, comparando o momento atual com a revolução causada pelo streaming.

“Acho que estamos em um ponto de virada, um novo horizonte, muito parecido com o que aconteceu com o streaming. Embora não seja mais algo inédito, ainda estamos vivendo um pouco o ‘far Oeste’ quando se trata de tipos de programas que as pessoas estão procurando e de como a narrativa é entregue. Estamos em uma fase em que duas ou até três gerações cresceram com ‘Toy Story’ especificamente. E agora, o que será surpreendente e novo para elas? Estamos sempre em busca dessa resposta, e temos coisas interessantes em andamento para tentar atendê-la da nossa maneira. Vai ser, sem dúvida, um momento fascinante”, disse em entrevista ao The Hollywood Reporter.



Ele destaca que a tecnologia sempre foi um fator de mudança na animação.

“Quando ‘Toy Story’ surgiu, foi um marco para muitos dos meus colegas que aprenderam animação à mão. A ideia de animar digitalmente era algo inusitado. Eu imaginava que estaria sentado em uma mesa desenhando o Mickey Mouse, e em vez disso, encontrei-me usando um mouse para mover um boneco virtualmente na tela. Na época, todos ficaram surpresos com isso, e agora é algo completamente comum”, afirmou.

Docter seguiu comentando sobre o impacto da IA: “E agora, a grande novidade é a IA, algo que provoca reações como ‘Uau, eu digito “urso polar na cidade tomando Coca-Cola” e isso acontece!’ Então, até que ponto ela é útil? Acho que a verdadeira questão é: por que assistimos a esses filmes ou consumimos essas histórias? É para sentir algo, para refletir sobre nossa própria experiência enquanto seres humanos. A IA pode gerar isso até certo ponto. Ela é uma ferramenta poderosa, se usada com o objetivo de explorar a experiência humana. Será, sem dúvida, um divisor de águas, mas, para ser realmente eficaz, precisa estar nas mãos de artistas e contadores de histórias”.


O co-diretor criativo da Pixar expressou cautela em relação à capacidade da IA de criar algo genuinamente novo.

“Até agora, a IA tem a tendência de suavizar as bordas, tornando tudo mais genérico. Isso pode ser útil em diversos contextos, mas se o objetivo é criar algo verdadeiramente inovador, algo profundo e com uma perspectiva única, isso dificilmente virá exclusivamente da IA. Ela apenas gera o que foi alimentado nela, criando uma mistura de elementos preexistentes, e não algo genuinamente novo”, concluiu.

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Ele destaca que a tecnologia sempre foi um fator de mudança na animação.

“Quando ‘Toy Story’ surgiu, foi um marco para muitos dos meus colegas que aprenderam animação à mão. A ideia de animar digitalmente era algo inusitado. Eu imaginava que estaria sentado em uma mesa desenhando o Mickey Mouse, e em vez disso, encontrei-me usando um mouse para mover um boneco virtualmente na tela. Na época, todos ficaram surpresos com isso, e agora é algo completamente comum”, afirmou.

Docter seguiu comentando sobre o impacto da IA: “E agora, a grande novidade é a IA, algo que provoca reações como ‘Uau, eu digito “urso polar na cidade tomando Coca-Cola” e isso acontece!’ Então, até que ponto ela é útil? Acho que a verdadeira questão é: por que assistimos a esses filmes ou consumimos essas histórias? É para sentir algo, para refletir sobre nossa própria experiência enquanto seres humanos. A IA pode gerar isso até certo ponto. Ela é uma ferramenta poderosa, se usada com o objetivo de explorar a experiência humana. Será, sem dúvida, um divisor de águas, mas, para ser realmente eficaz, precisa estar nas mãos de artistas e contadores de histórias”.

O co-diretor criativo da Pixar expressou cautela em relação à capacidade da IA de criar algo genuinamente novo.

“Até agora, a IA tem a tendência de suavizar as bordas, tornando tudo mais genérico. Isso pode ser útil em diversos contextos, mas se o objetivo é criar algo verdadeiramente inovador, algo profundo e com uma perspectiva única, isso dificilmente virá exclusivamente da IA. Ela apenas gera o que foi alimentado nela, criando uma mistura de elementos preexistentes, e não algo genuinamente novo”, concluiu.

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