Após o presidente Jair Bolsonaro confirmar em uma transmissão pelo Facebook que está empenhado em fechar a ANCINE, um grupo criou um abaixo-assinado em defesa da Agência Nacional de Cinema.
A petição ultrapassou as sete mil assinaturas que visava receber para que pudesse enviar a pauta ao Congresso.
Confira o texto:
O atual governo de Bolsonaro assinou um decreto onde transferiu o Conselho Superior de Cinema do Ministério da Cidadania para a Casa Civil.
Segundo o próprio presidente, a ideia é criar um “filtro” (nome disfarçado de censura) para a aprovação de outras obras audiovisuais. Esse “filtro” barraria filmes como Bruna Surfistinha e outros que tenham conteúdo considerado inapropriado pela nova censura. Além disso, disse que não admitira que o dinheiro público fosse usado na produção dessas obras.
Caso esse filtro não seja obedecido, ele ameaça fechar a Ancine. Isso não é democracia, nem liberdade de expressão. É censura.
Para assinar a petição, CLIQUE AQUI:
“Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá. Não somos contra essa ou aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir, em respeito às famílias, uma coisa que mudou com a chegada do governo”, afirmou Bolsonaro.
Raquel Pacheco (nome real de Surfistinha) rebateu com uma mensagem em seu Twitter respondendo às críticas. Confira:
Sobre mais uma infeliz declaração do Bolsonaro,digo que antes dele fazer juízo de valor sobre os outros, deveria cuidar da moral da própria família e do nosso país.Ele está cuidando demais do que não precisa e fazendo pouco do que é realmente necessário pra termos um país melhor.
— Bruna Surfistinha (@BSurfistinha) 19 de julho de 2019
‘Bruna Surfistinha‘ estreou em 2011 e é baseado no livro ‘O Doce Veneno do Escorpião‘, escrito por Raquel em 2005.