Com 34 anos de história, a Pixar Animation Studios está mais que consolidada como um dos maiores estúdios de animação da sétima arte. Ao todo, foram 22 longas-metragens, alguns verdadeiros clássicos do cinema.
Além de divertir muito os espectadores, a companhia criou o costume de fazer muita gente chorar em seus filmes. Quem aqui nunca chorou em um filme da Pixar deveria procurar ajuda, pois algo está faltando em seu organismo.
O CinePOP decidiu relembrar alguns dos momentos mais emocionantes dos filmes da Pixar. E não foi uma escolha fácil, afinal quase todas as animações do estúdio contam com momentos tocantes. Não deixe de participar através dos comentários! Qual cena mais te fez chorar?!
10) Dory implora para Marlin não ir embora (Procurando Nemo)
Desolado após achar que seu filho Nemo havia morrido, Marlin decide se isolar e voltar para casa sozinho. Ele agradece a ajuda de Dory e vai embora. Desesperada, ela implora para ele ficar ao seu lado, dizendo que se sente em casa ao lado dele e que lembra melhor das coisas. “Eu não quero esquecer”, diz Dory. “Me desculpe, Dory, mas eu quero”, responde Marlin. Mesmo com o público sabendo que Nemo está bem, é impossível não se emocionar com a dor daquele pai e com o desespero de sua amiga, destinada a apagar tudo que viveram de sua cabeça. De longe, a cena mais tocante de Procurando Nemo (2003).
9) Buzz descobre que ele é um brinquedo (Toy Story – Um Mundo de Aventuras)
Após muito discutir com Woody por este dizer que ele não era um astronauta de verdade, Buzz Lightyear se depara com uma propaganda de seu brinquedo na TV. Desolado, ele não aceita tal realidade. Ao som da bela “I Will Go Sailing No More”, de Randy Newman, Buzz ainda acredita que pode voar e decide saltar da escada em direção à janela. Ele grita “ao infinito e além” e parece voar por alguns instantes. Só que ele cai. Além de ter que confrontar com a realidade de que é um brinquedo, ele ainda quebra um dos braços. A música faz toda diferença na cena e mostra que Toy Story – Um Mundo de Aventuras era muito mais que um filme sobre brinquedos que ganhavam vida.
8) Sully se despede de Boo (Monstros S.A.)
Despedidas nunca são fáceis, ainda mais após uma história de amizade e descoberta como a de Sulley e Boo em Monstros S.A.. Após uma verdadeira aventura por Monstropolis, Sully e Mike têm que devolver Boo para o mundo real. E, pior, eles sabem que terão que destruir a porta do quarto da menina, para que ela não seja mais ameaçada por Randall e companhia. Assim, é particularmente tocante vivenciar o momento através dos olhos de Sully. Ele entra no quarto da garotinha com ela, a coloca para dormir e se despede com a sensação de que nunca mais irá encontrá-la. Felizmente, Mike reconstrói a porta da jovem e temos um reencontro ao final, mas isso não faz a despedida algo menos emocionante.
7) Wall-E reconhece Eva (Wall-E)
O início de Wall-E talvez seja das coisas mais belas que a Pixar já produziu. Uma homenagem ao cinema silencioso capaz de arrepiar o mais frio dos cinéfilos. No entanto, não é necessariamente um momento que te faz chorar. Por outro lado… é difícil escapar do choro no final do filme, especificamente quando Wall-E perde sua memória. Após anos cultivando uma personalidade nostálgica e repleta de delicadeza, nosso robozinho é rebootado e passa a não ligar para os objetos que cultivou na Terra e não reconhece nem mesmo a amada Eva. Após momentos de lamentação, em que Eva sofria por não ser reconhecida, um toque de “mãos” acaba devolvendo a memória ao robô. É tocante, delicado e muito lindo.
6) A história da Jessie (Toy Story 2)
Toy Story 2 talvez não tenha o reconhecimento do primeiro filme, nem o apego emocional do terceiro. Agora, conta com pelo menos uma cena de partir o coração. Em um flashback sem nenhum diálogo, todo ao som da tristíssima “When She Loved Me”, na voz de Sarah MacLachlan, acompanhamos a trajetória de vida da cowgirl Jessie. Se no primeiro filme acompanhamos o medo de Woody em ser esquecido por Andy, aqui vemos que foi justamente isso o que aconteceu com Jessie. O clipe mostra como ela foi de brinquedo favorita da garotinha Emily à objeto de doação. É tocante, bonito e muito complexo. Uma demonstração clara dos sentimentos que a Pixar consegue produzir.
5) Brinquedos de mãos dadas na fornalha (Toy Story 3)
Uma cena que arrepia só de lembrar. Após uma longa jornada de três filmes em que tiveram que lidar com a passagem do tempo e o abandono, os brinquedos de Andy se veem em uma fornalha, prestes a serem queimados. E, no momento do desespero, o que eles fazem? Aceitam seus destinos e dão as mãos para morrer juntos. COMO ASSIM?!? Isso é um filme infantil, Pixar! Não me traumatiza! No final, a gente sabe que todo mundo escapa e sobrevive, ainda assim, por alguns instantes, todos fomos obrigados a confrontar aquele sentimento de perda e amizade. É de uma complexidade e impacto difícil de mensurar. Potencialmente chocante, mas efetivamente emocionante.
4) Sacrifício de Bing Bong (Divertida Mente)
Bing Bong vai desaparecendo e diz: “Salve a Riley… Leve ela para a lua por mim.” Só de lembrar desse momento de Divertida Mente já dá vontade de chorar. A Pixar aborda tantos sentimentos e de forma tão complexa que é até difícil de falar. Sim, tratava-se de um amigo imaginário, mas ele era super real naquele cenário, o que torna seu sacrifício algo simbólico e devastador. Como imaginar uma “pessoa” cedendo sua vida pela felicidade da amiga em um filme infantil? A cena, com certeza, traumatizou algumas crianças, mas tocou muito mais os adultos, que sem dúvida relembraram da infância e das amizades que deixaram para trás. Descanse em paz, Bing Bong.
3) Andy dá seus brinquedos para Bonnie (Toy Story 3)
Falando em adultos chorando por relembrar infâncias deixadas para trás… O que dizer do final de Toy Story 3?! Quem não chorou na cena da fornalha, dificilmente resistiu ao momento derradeiro do longa, no qual Andy dá todos os seus brinquedos para a jovem Bonnie. É triste ver o garoto basicamente abrindo mão de sua infância. É de partir o coração notar que, em determinado momento, ele quase não consegue abrir mão de seu mais fiel companheiro, o xerife Woody. O final de Toy Story 3 é um dos mais belos e tristes da história do cinema. E um dos pontos mais altos nas décadas de produções da Pixar.
2) Lembre de mim (Viva: A Vida é uma Festa)
Um menino apresentando uma música para a avó. Uma avó se reconciliando com a memória do pai. Uma família se reconciliando com a paixão pela música. Tanta coisa está presente nesta delicada cena de Viva: A Vida é uma Festa que é até difícil colocar em palavras. E tudo isso ao som de uma belíssima canção vencedora do Oscar. Só com um coração de pedra para não chorar ao ver o jovem Miguel tocando “Lembre de mim” para a avó. Dirigido por Lee Unkrich, o filme também levou o Oscar de Melhor Longa de Animação em 2018.
1) Clipe da vida de casados de Carl e Ellie (Up – Altas Aventuras)
O clipe de abertura de Up – Altas Aventuras é daquelas coisas difíceis de acreditar. Parecia improvável que uma animação para crianças se arriscaria a tocar em temas tão sérios, ainda que de forma bem delicada. Mas estamos falando da Pixar… Ao contar a história de amor da infância à terceira idade de Carl e Ellie, o filme passa por altos e baixos da relação. O público em pouco tempo se apaixona pelo casal e sofre ao acompanhar momentos tristes de sua vida, como a perda de um bebê ainda em gestação e, é claro, a morte da esposa. Tudo é tão rápido, tão delicado e, ao mesmo tempo, tão forte, que é quase impossível não chorar.