Com quase 30 anos nas costas, a franquia Pokémon segue como a mais valiosa do mundo do entretenimento, superando gigantes como Marvel, Star Wars e DC. Isso se dá pela variedade de segmentos que ela domina, como videogames, animações, filmes para cinema, parques temáticas e jogos de cartas. Ao longo dos anos, Pikachu e seus amigos cativaram gerações e viraram um fenômeno global. Mais recentemente, visando atingir diferentes públicos, a detentora dos direitos decidiu investir em eventos diferentões, com uma pegada mais realista, mostrando que os Pokémon podem se adequar a literalmente qualquer paixão do mundo real.
Um exemplo disso é a exposição itinerante chamada de Museu dos Fósseis Pokémon, que está desde julho de 2021 viajando pelos principais museus do Japão com sua coleção de fósseis dos Pokémon dos jogos recriados na vida real. A ideia era aproximar a molecada fã dos monstrinhos da ciência por meio de ensinamentos da paleontologia e, por consequência, aproximar a turma da ciência dos Pokémon. Essa exposição está sendo um sucesso e nem mesmo a pandemia foi capaz de pará-la, que aproveitou algumas brechas abertas pelos Jogos Olímpicos Tokyo 2020 para dar início a sua jornada pelos principais centros científicos japoneses.
Agora, a turminha do Pikachu fechou uma parceria pra lá de inesperada com o Museu Van Gogh, em Amsterdã. Essa junção fora do normal veio para celebrar os 50 anos do museu e visa, obviamente, atrair um público mais jovem para entrar em contato de forma lúdica com o artista holandês.
A exposição é composta por seis obras inspiradas em trabalhos famosos do artista, todas protagonizadas pelos monstrinhos de bolso. E claro que eles não perderam a chance de usar o Pokémon Girassol Sunflora para parodiar “Os Girassóis” e referências do tipo. Há também uma série de atividades voltadas para o público a partir dos 6 anos de idade, como uma visita guiada pelo museu, incluindo essas obras especiais, e um conteúdo exclusivo sobre como a arte japonesa influenciou o estilo de pintura de Van Gogh. Ah sim, quem fizer o passeio poderá aprender a desenhar o Pikachu.
E não é por acaso que a franquia Pokémon é considerada a mais valiosa do mundo. A parte final do passeio termina em uma loja exclusiva dos monstrinhos, que disponibiliza uma série de produtos que só poderão ser adquiridos lá.
A coleção conta com pelúcias do Pikachu vestido de Van Gogh, estátuas, ecobags, pins e, claro, cartas TCG exclusivas. Dessa forma, eles atraem um público fascinado pela franquia que viaja pelo mundo atrás desses produtos. Ao mesmo tempo, eles trazem novos públicos para o Museu do Van Gogh. É uma relação interessante em que todos saem ganhando. Segundo o diretor de licenciamento da The Pokémon Company International, Mathieu Galante, a ideia é realmente explorar novas parcerias que possam trazer novos públicos e incentivar a cultura pelo mundo.
“Estamos sempre procurando parceiros fantásticos com os quais possamos criar experiências únicas e alegres para os fãs de Pokémon e realmente encontramos isso ao trabalhar com o Museu Van Gogh. Há uma forte ligação entre a inspiração por trás da Pokémon e a inspiração por trás de algumas das obras mais famosas de Vincent Van Gogh. Com essa colaboração, esperamos muito ver as crianças descobrindo e mergulhando no mundo da arte por meio dos incríveis trabalhos de Van Gogh e Pokémon”, afirmou Galante.
“Essa colaboração permitirá às novas gerações conhecer a arte e história de vida de Vincent van Gogh de um jeito revigorado. O Museu Van Gogh e a The Pokémon Company International se basearam em muitos anos de conhecimento educacional para criar uma experiência especial para as crianças, seus responsáveis e, esperamos, para tantos outros no Museu Van Gogh”, disse a diretora-geral do Museu Van Gogh, Emilie Gordenker.
A exposição teve início nesta quinta-feira (28) e se estenderá até o dia 7 de janeiro de 2024. Quem quiser conferir, basta comprar os ingressos com antecedência. Segundo informações do colaborador Felipe Gomes, o valor é de 20 euros (R$ 106 na cotação de hoje), mas o ideal é comprar online com antecedência para não correr o risco de viajar até a Holanda e não conseguir ver a exposição por falta de tickets disponíveis para o dia.