O novo filme de James Gunn, ‘Superman‘, mal estreou e já está no centro de uma polêmica — não por cenas de ação, mas por um beijo.
A Junta Central de Certificação de Filmes da Índia (CBFC) determinou o corte de duas cenas de beijo, incluindo o emblemático beijo aéreo de 33 segundos entre Superman e Lois Lane, considerado “excessivamente sensual” para que o filme obtivesse a classificação UA (equivalente a 13 anos).
A decisão, feita antes da certificação oficial no dia 7 de julho, rapidamente gerou repercussão negativa entre fãs, artistas e criadores de conteúdo. Nas redes, o tom foi de indignação. A atriz Shreya Dhanwanthary (de Scam 1992 e The Family Man) disparou:
“Se isso for verdade, é RIDÍCULO!!! Todo dia acontece uma besteira absurda. Todo. Santo. Dia.”
Já o criador digital Amol Jamwal ironizou no X (antigo Twitter):
“Piadas de duplo sentido em Housefull 5? Pode. Decapitações e violência gráfica em Jaat? Tudo bem. Mas Superman beijando Lois Lane é onde traçamos o limite…”
Outros usuários também apontaram a hipocrisia do padrão adotado pelo CBFC, que frequentemente libera cenas de violência explícita e temas sensíveis, enquanto restringe demonstrações de afeto consensuais.
“CBFC permite cenas horríveis de violência e abuso sexual em filmes com classificação livre, mas não aceita um beijo consensual em um filme de super-herói?”
Essa não é a primeira vez que a censura indiana incomoda o público em 2024. ‘F1‘ teve um emoji de dedo do meio substituído por um punho. ‘Thunderbolts‘ foi lançado no país com palavrões silenciados. A lista é longa — e a paciência curta.
Apesar de as diretrizes da CBFC citarem a liberdade de expressão como direito fundamental, a lei permite “restrições razoáveis” baseadas em critérios como “decência” ou “moralidade”.
Com a dissolução do Film Certification Appellate Tribunal em 2021, cineastas agora têm poucas opções para contestar essas decisões — a não ser por caríssimos e demorados recursos na justiça.
O caso do beijo cortado reacende o debate sobre os limites (e excessos) da censura no cinema indiano, especialmente em um cenário global onde os estúdios precisam adaptar lançamentos para dezenas de mercados com sensibilidades diferentes — nem sempre justificáveis.
Lembrando que o longa já fez história, arrecadando US$ 217 milhões em seu primeiro final de semana nas bilheterias mundiais, conforme o Deadline.
Com esse resultado, o filme superou a arrecadação total de seis lançamentos recentes do universo DC:
- ‘Coringa: Delírio a Dois’ (2024) – US$ 207,5 milhões
- ‘Besouro Azul’ (2023) – US$ 129 milhões
- ‘Shazam! Fúria dos Deuses’ (2023) – US$ 134 milhões
- ‘O Esquadrão Suicida’ (2021) – US$ 168,7 milhões
- ‘Aves de Rapina’ (2020) – US$ 201 milhões
- ‘Mulher-Maravilha 1984’ (2020) – US$ 169,6 milhões
Com 82% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes, o longa conquistou uma nota A- do público no CinemaScore. Enquanto esta é a mesma média alcançada por ‘O Homem de Aço‘, a aprovação dos espectadores ficou acima de ‘Superman: O Retorno‘ (B+).
‘Superman’ arrecada US$ 217 milhões em estreia GLOBAL
Mais de 1,3 milhão de pessoas já assistiram Superman no Brasil
Lembrando que ‘Superman’ já está em exibição nos cinemas nacionais.
Crítica | James Gunn dá o pontapé inicial do DCU com o ESPETACULAR ‘Superman’
James Gunn assume o filme de super-herói original no recém-imaginado universo da DC com uma mistura singular de ação épica, humor e coração, apresentando um SUPERMAN movido pela compaixão e uma crença inerente na bondade da humanidade.
David Corenswet estrela como Clark Kent/Superman.
O elenco também conta com Rachel Brosnahan (Lois Lane), Nicholas Hoult (Lex Luthor), Edi Gathegi (Michael Holt/Senhor Incrível), Anthony Carrigan (Rex Mason/Metamorfo), Nathan Fillion (Guy Gardner/Lanterna Verde), Isabela Merced (Kendra Saunders/Mulher-Gavião), Skyler Gisondo (Jimmy Olsen), Sara Sampaio (Eve Teschmacher), Wendell Pierce (Perry White), Milly Alcock (Kara Zor-El / Supergirl) e outros.
