terça-feira , 5 novembro , 2024

POLÊMICA! Presidente da Petrobras diz que filmes nacionais premiados são “sofríveis”

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Durante uma palestra virtual para o grupo Personalidades em Foco, o presidente Roberto Castello Branco, da Petrobras, fez comentários controversos e polêmicos sobre a indústria cinematográfica brasileira, dizendo que as obras nacionais premiadas em circuitos internos e externos têm “qualidade mais que sofrível”.

O comentário veio como resposta à Operação Lava Jato, que culminou no endividamento da empresa de capital aberto e que “obrigou” os superintendentes a cortarem gastos – principalmente em relação ao cinema brasileiro, que também foi atacado verbalmente.

Castello Branco mencionou, para “sustentar” seus argumentos, o documentário Bixa Travesty, protagonizado pela icônica cantora e compositora Linn da Quebrada e que foi aclamado tanto pelo público quanto pela crítica especializada, levando para casa os prêmios nos Festivais de Berlim e de Brasília. O presidente cometeu uma série de atrocidades sem qualquer nexo, comentando que não iria mais “patrocinar artistas ricos” – mas o longa-metragem em questão jamais recebeu apoio financeiro da Petrobras.

Bixa Travesty, dirigido por Kiko GoifmanClaudia Priscilla e que explora a importância política de Linn no cenário sociocultural contemporâneo, recebeu fomento do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), da ANCINE (Agência Nacional do Cinema) e do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul). A Petrobras, por sua vez, entraria com um orçamento de 200 mil reais caso o filme fosse premiado em Brasília (coisa que aconteceu), para auxiliar na distribuição nos cinemas. Entretanto, a estatal revelou que não iria pagar o que prometera pouco depois de Jair Messias Bolsonaro ser eleito presidente.

Mesmo após ações judiciais, a companhia pagou apenas metade do que devia.

Em entrevistas ao site O Globo, Linn comentou que “uma fala dessas não só reflete, mas também constrói nossos tempos. Sobreviver a um país que nos quer mortas diariamente é uma obra de arte. […] Quando ele tira nosso filme de um campo de possibilidades, ele diz que vidas como a mnha não importam o bastante para serem vistas”.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Castello Branco mencionou, para “sustentar” seus argumentos, o documentário Bixa Travesty, protagonizado pela icônica cantora e compositora Linn da Quebrada e que foi aclamado tanto pelo público quanto pela crítica especializada, levando para casa os prêmios nos Festivais de Berlim e de Brasília. O presidente cometeu uma série de atrocidades sem qualquer nexo, comentando que não iria mais “patrocinar artistas ricos” – mas o longa-metragem em questão jamais recebeu apoio financeiro da Petrobras.

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Mesmo após ações judiciais, a companhia pagou apenas metade do que devia.

Em entrevistas ao site O Globo, Linn comentou que “uma fala dessas não só reflete, mas também constrói nossos tempos. Sobreviver a um país que nos quer mortas diariamente é uma obra de arte. […] Quando ele tira nosso filme de um campo de possibilidades, ele diz que vidas como a mnha não importam o bastante para serem vistas”.

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