domingo , 22 dezembro , 2024

‘Powerless’: Nova série da DC desperdiça seu potencial em uma fórmula pretensiosa

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Decepcionante? Não. Esperava mais? Sim. A nova série da DC Comcis prometia inovar dentro desta onda de adaptações de super-heróis na TV e no cinema, chegou no último dia 2 de fevereiro nos Estados Unidos, e podemos dizer que essa proposta inovadora ficou escondida atrás de uma comédia qualquer.

Powerless‘ promete, não cumpre, mas assim como a sua protagonista, nós podemos ter esperança, afinal o primeiro episódio está no meio do caminho para ser bom, ou para ser ruim.



Enquanto as séries da DC na CW criam uma fórmula padrão em alternar entre o grande vilão da temporada e ter problemas procedurais para resolver toda semana, e as da Marvel na Netflix fazem algo similar, ‘Powerless‘ tenta fugir um pouco deste formato satirizando o universo dos heróis e tornando os ataques vilanescos e os atos heroicos dos seres poderosos em algo totalmente banal.

Ao bem da verdade, ‘Powerless‘ cria os seus próprios problemas, pois a dinâmica funciona como a de uma empresa qualquer, onde todos os dias precisamos cumprir com nossas atividades, além de sempre fazer alguma coisa extra.

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Transmitida pela NBC, ‘Powerless‘ traz como protagonista a jovem Emily Locke, vivida por Vanessa Hudgens. A personagem é como a representação de uma DC Comics amada pelos fãs: aquela que sempre traz consigo um olhar esperançoso dentro de um mundo obscuro. Emily é contratada para comandar uma equipe criativa da empresa Wayne Security, que cria objetos (ou futuros bat-objetos) para facilitar a vida das pessoas de Charm City quando houver o ataque de um novo vilão. A premissa original, alterada depois de exibições teste que acontecem desde a San Diego Comic Con (onde o piloto foi exibido pela primeira vez), era muito mais interessante do que a de produzir bugigangas utilitárias – ainda mais porque na série ‘The Flash‘, Cisco Ramon (Carlos Valdes) já criou um objeto que alerta quando há a presença de meta-humanos, e ‘Powerless‘ pega este mesmo conceito para criar um relógio que sente cheiro de vilão.

Esta nova intenção que o programa apresenta é muito menos atrativa do que a proposta original, pois a anterior ainda poderia ter um contato maior com o público ao mostrar o que acontece com os escritórios, lanchonetes e casas destruídos depois do embate entre o herói e o vilão – mostrando a rotina de uma empresa de seguros para acidentes que envolvem super-heróis.

Wayne or Lose (título do episódio 1×01) apresenta bem o universo de ‘Powerless‘, centralizando o público, que ainda não conhece o programa, no desenvolvimento da protagonista, que também pouco conhece de Charm City e de como as coisas funcionam na cidade. É interessante, que o programa encaixa algumas críticas bastante interessantes no modo de vida das pessoas. Como já citado, Emily (Hudgens) traz consigo a exaltação da esperança e mostra que é a única que se importa em ver um super-herói salvando o dia, enquanto as crianças ficam grudadas no celular.

Por outro lado, mesmo trazendo bons conceitos, ‘Powerless‘ é extremamente pretensiosa como comédia. O roteiro é carregado de diálogos forçados e piadas ruins, encaixadas de forma instantânea. Sendo assim, a naturalidade e facilidade que o programa tem ao criar referências ótimas ao universo DC, são desperdiçadas pelas incansáveis piadas sem graças. Ao bem da verdade, se a preocupação cômica de ‘Powerless‘ tivesse a intenção de apenas divertir e não fazer rir (gratuitamente), com certeza a série seria diferente e teria seu potencial melhor aproveitado.

Como se não bastasse o problema nos diálogos, ‘Powerless‘ ainda desencanta com personagens fracos e totalmente genéricos. A protagonista têm boas oscilações, onde a mesma permeia entre o clichê e a nova força que as personagens femininas adquiriram nos últimos anos. Já os coadjuvantes, pareciam ter uma batalha entre si para ver qual é o mais descartável – vide Van Wayne (Alan Tudyk), o chefe surreal que todas as comédias já tem. Com construções e conceitos genéricos, a trama parecia uma mistura de ‘Ground Floor‘ (mostrando a rotina profissional de uma empresa) e algo que tenta ser autêntico, mas que não faz tanta diferença.

Como resultado final, pode-se tirar coisas boas de ‘Powerless‘, mas fato é que esconder uma premissa interessante atrás do formato de uma série de comédia qualquer, é o grande erro do episódio piloto. Com um enredo totalmente comum, a série criada por Ben Queen não conseguiu trazer o diferencial que estava prometendo, sendo assim, é apenas mais uma comédia descartável na tv americana. E a NBC prova mais uma vez que quando suas produções fogem do âmbito policial e seus semelhantes, a emissora encontra grades dificuldades em trabalhar com outros gêneros – vale lembrar que ‘Hannibal‘, apesar de incrível, sempre foi empurrada em suas renovações pela baixa audiência, e ‘Constantine‘ foi cancelada na primeira temporada.

OBS: A abertura da série é uma homenagem lindíssima à era clássica dos quadrinhos da DC Comics, principalmente as ilustrações do Guia de Estilos da DC Comcis criado por José Luis García-López.

E você, o que achou de ‘Powerless‘?

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Powerless‘ promete, não cumpre, mas assim como a sua protagonista, nós podemos ter esperança, afinal o primeiro episódio está no meio do caminho para ser bom, ou para ser ruim.

Enquanto as séries da DC na CW criam uma fórmula padrão em alternar entre o grande vilão da temporada e ter problemas procedurais para resolver toda semana, e as da Marvel na Netflix fazem algo similar, ‘Powerless‘ tenta fugir um pouco deste formato satirizando o universo dos heróis e tornando os ataques vilanescos e os atos heroicos dos seres poderosos em algo totalmente banal.

Ao bem da verdade, ‘Powerless‘ cria os seus próprios problemas, pois a dinâmica funciona como a de uma empresa qualquer, onde todos os dias precisamos cumprir com nossas atividades, além de sempre fazer alguma coisa extra.

Transmitida pela NBC, ‘Powerless‘ traz como protagonista a jovem Emily Locke, vivida por Vanessa Hudgens. A personagem é como a representação de uma DC Comics amada pelos fãs: aquela que sempre traz consigo um olhar esperançoso dentro de um mundo obscuro. Emily é contratada para comandar uma equipe criativa da empresa Wayne Security, que cria objetos (ou futuros bat-objetos) para facilitar a vida das pessoas de Charm City quando houver o ataque de um novo vilão. A premissa original, alterada depois de exibições teste que acontecem desde a San Diego Comic Con (onde o piloto foi exibido pela primeira vez), era muito mais interessante do que a de produzir bugigangas utilitárias – ainda mais porque na série ‘The Flash‘, Cisco Ramon (Carlos Valdes) já criou um objeto que alerta quando há a presença de meta-humanos, e ‘Powerless‘ pega este mesmo conceito para criar um relógio que sente cheiro de vilão.

Esta nova intenção que o programa apresenta é muito menos atrativa do que a proposta original, pois a anterior ainda poderia ter um contato maior com o público ao mostrar o que acontece com os escritórios, lanchonetes e casas destruídos depois do embate entre o herói e o vilão – mostrando a rotina de uma empresa de seguros para acidentes que envolvem super-heróis.

Wayne or Lose (título do episódio 1×01) apresenta bem o universo de ‘Powerless‘, centralizando o público, que ainda não conhece o programa, no desenvolvimento da protagonista, que também pouco conhece de Charm City e de como as coisas funcionam na cidade. É interessante, que o programa encaixa algumas críticas bastante interessantes no modo de vida das pessoas. Como já citado, Emily (Hudgens) traz consigo a exaltação da esperança e mostra que é a única que se importa em ver um super-herói salvando o dia, enquanto as crianças ficam grudadas no celular.

Por outro lado, mesmo trazendo bons conceitos, ‘Powerless‘ é extremamente pretensiosa como comédia. O roteiro é carregado de diálogos forçados e piadas ruins, encaixadas de forma instantânea. Sendo assim, a naturalidade e facilidade que o programa tem ao criar referências ótimas ao universo DC, são desperdiçadas pelas incansáveis piadas sem graças. Ao bem da verdade, se a preocupação cômica de ‘Powerless‘ tivesse a intenção de apenas divertir e não fazer rir (gratuitamente), com certeza a série seria diferente e teria seu potencial melhor aproveitado.

Como se não bastasse o problema nos diálogos, ‘Powerless‘ ainda desencanta com personagens fracos e totalmente genéricos. A protagonista têm boas oscilações, onde a mesma permeia entre o clichê e a nova força que as personagens femininas adquiriram nos últimos anos. Já os coadjuvantes, pareciam ter uma batalha entre si para ver qual é o mais descartável – vide Van Wayne (Alan Tudyk), o chefe surreal que todas as comédias já tem. Com construções e conceitos genéricos, a trama parecia uma mistura de ‘Ground Floor‘ (mostrando a rotina profissional de uma empresa) e algo que tenta ser autêntico, mas que não faz tanta diferença.

Como resultado final, pode-se tirar coisas boas de ‘Powerless‘, mas fato é que esconder uma premissa interessante atrás do formato de uma série de comédia qualquer, é o grande erro do episódio piloto. Com um enredo totalmente comum, a série criada por Ben Queen não conseguiu trazer o diferencial que estava prometendo, sendo assim, é apenas mais uma comédia descartável na tv americana. E a NBC prova mais uma vez que quando suas produções fogem do âmbito policial e seus semelhantes, a emissora encontra grades dificuldades em trabalhar com outros gêneros – vale lembrar que ‘Hannibal‘, apesar de incrível, sempre foi empurrada em suas renovações pela baixa audiência, e ‘Constantine‘ foi cancelada na primeira temporada.

OBS: A abertura da série é uma homenagem lindíssima à era clássica dos quadrinhos da DC Comics, principalmente as ilustrações do Guia de Estilos da DC Comcis criado por José Luis García-López.

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