Na noite desta segunda-feira (15), o CinePOP compareceu ao Fan Event de Deadpool & Wolverine, onde foram exibidos os 37 minutos iniciais do filme. Repleto de momentos hilários, o longa traz o Mercenário Tagarela ao Universo Cinematográfico Marvel pela primeira vez em uma trama repleta de diversão, piadas de duplo sentido, quebras de quarta parede sensacionais e muita violência explícita.
E claro, tem o adicional de um Hugh Jackman completamente entregue ao papel de Wolverine. O ator segue muito confortável no papel, mas dessa vez é uma outra ‘encarnação’ do Carcaju. Aquele Logan que morreu no filme de 2017 segue falecido, então Jackman dá vida ao anti-herói de outra realidade. Ele vem de uma linha do tempo em que falhou em momentos importantes e decepcionou a todos. O ‘Wolvie’ está desiludido, frustrado e muito irritado de ter sido tirado de sua vidinha simples e fracassada para embarcar em uma jornada pelo tempo e o espaço.
O filme é provavelmente o mais engraçado já feito do Mercenário Tagarela. E uma das preocupações dos fãs foi ouvida aqui. O Deadpool não perdeu seu senso de humor politicamente incorreto porque foi para a Disney. Ele segue extremamente boca suja, manteve suas piadocas de cunho sexual, continua trazendo o que as pessoas têm de pior e ainda é capaz de acabar com a paciência de todos ao seu redor, principalmente do Wolverine.
O elenco de sua franquia retorna após os eventos do segundo filme, mostrando como a vida seguiu após o Deadpool usar a máquina do tempo do Cable (Josh Brolin). Há algumas surpresas aí, mas o pessoal não aparece por muito tempo. Afinal, a maior parte do filme já se passa no Universo 616 (o MCU).
Ryan Reynolds está no auge. Seu timing cômico é perfeito, enquanto faz de tudo para ‘salvar o MCU’ e seu universo do fim certo. Em dados momentos, ele parece até mais ácido do que nos filmes da Fox, mas sem perder aquele jeito bobão dele. Sua química com Hugh Jackman é fantástica e dá ao filme momentos de puro humor, típico de um anti-herói que sabe que está em um filme de super-heróis.
E essa dinâmica dele saber que está em um filme é fantástica. Ele assistiu os longas do MCU, como já havia indicado em Deadpool 2 (2019), então sabe exatamente o que o espera nessa aventura, além de referenciar o tempo todo que teve reuniões com Kevin Feige e que está esperando participações especiais sem sentido. Ele chega, inclusive, a sacanear o momento terrível que o estúdio tem vivido dentre crítica e bilheteria nesses últimos anos.
E se tem uma coisa que a falecida Fox soube trabalhar nos longas anteriores foi a trilha sonora. Dentre as canções originais e as licenciadas, foram músicas que marcaram os longas e ajudaram a criar momentos épicos. Com a ida para a Disney, porém, fica a sensação de que os caras abriram os bolsos e apostaram em canções mais famosas.
Sério, você vai sair da sessão com N’Sync na cabeça.
Por fim, o filme vai trazer um caminhão de participações especiais. Só nos primeiros 37 minutos já foram diversos personagens conhecidos que deram as caras. Mas pelo clipe exibido ao final, fica subentendido que não vimos nem 10% da galerinha que vai aparecer ao longo da trama. É um prato cheio para os caçadores de easter eggs.
Pelo que pudemos assistir, Deadpool & Wolverine será o grande sucesso dessas férias. Mesmo com a classificação para maiores, o filme é diversão purinha e tem ótimas cenas de ação. Mas o grande destaque mesmo é a química entre os anti-heróis do título. Sério, eles são tão perfeitos em cena que a gente custa a acreditar que esperaram tantos anos para colocá-los em tela desse jeito. É um filme que sabe e constrói tudinho que os fãs sempre sonharam em ver nos cinemas.