terça-feira , 5 novembro , 2024

Primeiras impressões ‘Obi-Wan Kenobi’ | Série equilibra perfeitamente nostalgia com inovação

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A tão aguardada série do Jedi Obi-Wan Kenobi enfim chegou ao Disney+. Nos primeiros dois episódios lançados nesta sexta-feira, 27, a produção já disse a que veio e deixou os fãs de Star Wars doidinhos pelo próximo capítulo. Em meio a muitos mais altos do que baixo, esses primeiros episódios já foram o suficiente para criar uma expectativa no fandom sobre o que esperar da série.

Atenção: SPOILERS a seguir.

Uma das poucas unanimidades positivas da trilogia prequel foi a escalação de Ewan McGregor como Obi-Wan Kenobi. Sua versão mais jovial e esperançosa do personagem cativou os fãs com impressionante rapidez, elevando o ator ao status de queridinho da franquia. Isso porque, diferentemente de Alec Guinness – o primeiro a dar vida ao personagem -, McGregor era fanático pela saga e seus heróis.

Então, ao trazer de volta o ator para dar vida ao personagem dez anos após a execução da Ordem 66, a produção permite que todo aquele otimismo do jovem Jedi dê espaço a um pouco mais de medo e amargura. É interessante ver aquele garoto envelhecido e conformado com sua vida solitária e de cativeiro em Tatooine, contrastando com o que já havíamos visto previamente dele com este ator.

E a atuação de Ewan McGregor nestes primeiros episódios é muito convincente.

Além disso, o roteiro o coloca na posição de protagonista, mas divide bem o tempo de tela para que os coadjuvantes brilhem tanto quanto ou até mais do que ele. Outro ponto que chama atenção da trama é como eles exploram outros planetas, novos ou já conhecidos, misturando a estética clássica de Star Wars com as maravilhas tecnológicas do presente.

Em tempos em que o CGI parece cada vez mais primitivo, é bom ver a mistura perfeita de efeitos práticos e computação gráfica na medida.

O ponto mais fraco, porém, desse início da série são os vilões. Os Inquisidores tinham tudo para ser incríveis, mas a mistura de um visual que não funcionou bem em tela com a falta de apelo deles é meio frustrante.

Historicamente, os vilões de Star Wars costumam ter um visual incrível e/ ou presença em tela. Até os vilões de quem quase não se lembra. No entanto, o Grande Inquisidor foi adaptado de forma estranha para a tela, com uma maquiagem que ficou mais esquisita do que ameaçadora. Para piorar, ele fica segurando a Terceira Irmã, a Reva, que demonstrou ter presença, de atingir seu potencial maléfico. Ela é boa, muito boa nas maldades, mas ele atrapalha. Fica a expectativa para que isso se resolva da melhor forma até o fim.

Ainda mais com o final do segundo episódio. Sabemos que não dá para competir com o Darth Vader, tanto que uma cena dele fora da armadura respirando em uma câmara d’água já foi o bastante para arrepiar. Mas seria legal se ela pudesse se consolidar como uma grande vilã e não apenas como uma correspondente do Vader.

Por fim, a pequena Leia Organa foi a alma desse início do show. É assustador como acertaram na escolha da atriz e como trabalharam bem a personalidade infantil de um dos maiores ícones da Cultura Pop, fazendo com que enxergássemos a eterna personagem da Carrie Fisher na pequena atriz em poucos minutos de tela. Tomara que vejamos muito ainda da interação entre ela e o Obi-Wan.

Dosando com maestria a inserção de novos elementos com a famosa nostalgia, que virou a muleta número 1 de Hollywood neste século, Obi-Wan Kenobi parece caminhar para se tornar uma das melhores produções no universo Star Wars desde que a franquia foi comprada pela Disney. Vamos ver como virão os próximos episódios.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Atenção: SPOILERS a seguir.

Uma das poucas unanimidades positivas da trilogia prequel foi a escalação de Ewan McGregor como Obi-Wan Kenobi. Sua versão mais jovial e esperançosa do personagem cativou os fãs com impressionante rapidez, elevando o ator ao status de queridinho da franquia. Isso porque, diferentemente de Alec Guinness – o primeiro a dar vida ao personagem -, McGregor era fanático pela saga e seus heróis.

Então, ao trazer de volta o ator para dar vida ao personagem dez anos após a execução da Ordem 66, a produção permite que todo aquele otimismo do jovem Jedi dê espaço a um pouco mais de medo e amargura. É interessante ver aquele garoto envelhecido e conformado com sua vida solitária e de cativeiro em Tatooine, contrastando com o que já havíamos visto previamente dele com este ator.

E a atuação de Ewan McGregor nestes primeiros episódios é muito convincente.

Além disso, o roteiro o coloca na posição de protagonista, mas divide bem o tempo de tela para que os coadjuvantes brilhem tanto quanto ou até mais do que ele. Outro ponto que chama atenção da trama é como eles exploram outros planetas, novos ou já conhecidos, misturando a estética clássica de Star Wars com as maravilhas tecnológicas do presente.

Em tempos em que o CGI parece cada vez mais primitivo, é bom ver a mistura perfeita de efeitos práticos e computação gráfica na medida.

O ponto mais fraco, porém, desse início da série são os vilões. Os Inquisidores tinham tudo para ser incríveis, mas a mistura de um visual que não funcionou bem em tela com a falta de apelo deles é meio frustrante.

Historicamente, os vilões de Star Wars costumam ter um visual incrível e/ ou presença em tela. Até os vilões de quem quase não se lembra. No entanto, o Grande Inquisidor foi adaptado de forma estranha para a tela, com uma maquiagem que ficou mais esquisita do que ameaçadora. Para piorar, ele fica segurando a Terceira Irmã, a Reva, que demonstrou ter presença, de atingir seu potencial maléfico. Ela é boa, muito boa nas maldades, mas ele atrapalha. Fica a expectativa para que isso se resolva da melhor forma até o fim.

Ainda mais com o final do segundo episódio. Sabemos que não dá para competir com o Darth Vader, tanto que uma cena dele fora da armadura respirando em uma câmara d’água já foi o bastante para arrepiar. Mas seria legal se ela pudesse se consolidar como uma grande vilã e não apenas como uma correspondente do Vader.

Por fim, a pequena Leia Organa foi a alma desse início do show. É assustador como acertaram na escolha da atriz e como trabalharam bem a personalidade infantil de um dos maiores ícones da Cultura Pop, fazendo com que enxergássemos a eterna personagem da Carrie Fisher na pequena atriz em poucos minutos de tela. Tomara que vejamos muito ainda da interação entre ela e o Obi-Wan.

Dosando com maestria a inserção de novos elementos com a famosa nostalgia, que virou a muleta número 1 de Hollywood neste século, Obi-Wan Kenobi parece caminhar para se tornar uma das melhores produções no universo Star Wars desde que a franquia foi comprada pela Disney. Vamos ver como virão os próximos episódios.

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