sábado , 21 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | Pam & Tommy: Lily James e Sebastian Stan se transformam em espalhafatosa minissérie

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Duas das figuras mais polêmicas e importantes da cultura POP dos anos 90, Pamela Anderson e Tommy Lee podem até estar bem distantes do cenário mundial atual, mas é inegável que seus nomes provavelmente continuarão ecoando vez outra como aqueles que acidentalmente preveram a subversiva e tórrida cultura da hiper sexualidade exposta no meio virtual. E antes de Kim Kardashian criar o seu império a partir de uma sex tape, antes de sites de fofoca como TMZ flodarem o Google, existiu esse casal – o mais controverso, amado/odiado e vigiado pelo mundo. E sua intimidade, que já permeou sonhos mais aflorados e pensamentos pecaminosos, foi o alvo de muita gente. Mas “graças” a um eletricista frustrado, o que um dia parecia ser apenas fruto da imaginação masculina, ganhou forma na fita íntima mais viralizada e emblemática da história do entretenimento.



E a minissérie Pam & Tommy abre o ano de 2022 como aquela que já era uma das produções mais famigeradas e desejadas do ano. Resgatando esse conto para o deleite de quem cresceu ao som da música tema da série S.O.S Malibu – estrelada por Pamela Anderson -, Robert D. Siegel e Craig Gillespie se unem para contextualizar as novas gerações a respeito de como o mundo POP e a World Wide Web eram “tudo mato” antes deles chegarem. Aqui, estamos diante de uma fábula romântica às avessas, onde a sexualidade é explorada excessivamente, nos trazendo uma memória viva de uma década que hoje sabemos que evidentemente ditou os rumos das mídias sociais, onde todo mundo parece ter a necessidade de mostrar um pouco demais de si mesmo.

E baseando-se no enorme e detalhado artigo da jornalista Amanda Chicago Lewis, Pam and Tommy: The Untold Story of the World’s Most Infamous Sex Tape, a minissérie da plataforma Hulu (pertencente à Disney) chega ao Brasil por sua casa nacional, o streaming Star+, como uma epifania imperdível, que nos promete muito mais do que uma cinebiografia, mas sim uma galhofa bem flamboyant. E por ocasião, ainda faz um estudo do voyeurismo na década onde a indústria pornográfica faturava milhões em Los Angeles, sob o afrouxamento das leis locais e o acesso ampliado ao clássico VHS. Sob esse contexto global de transformações tecnológicas e uma cultura de celebridades que crescia vertiginosamente, Lily James e Sebastian Stan se apresentam de forma hipnotizante e esdrúxula como esse casal que dominou as manchetes dos anos 90 desde o famoso casamento improvisado, de um relacionamento que nem sequer contou com um primeiro encontro.

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Despindo-se (literalmente) da sua natural delicadeza e pele bem clara, James nos engana facilmente como o maior sex symbol desde Marilyn Monroe. Bronzeada, com sobrancelhas finas e batom cintilante (ah, os anos 90), ela surge brevemente em seu primeiro episódio como um sonho caliente, uma miragem distante demais de todos nós. A partir daí, ela domina a tela, transforma Pam & Tommy em seu próprio show e nos deixa embasbacados por sua poderosa transformação. Entre próteses mamárias e uma peruca impecável, enxergamos um pouco de James em Pamela Anderson, neste retrato cru que facilmente lhe levaria a umas boas indicações.

Stan nos prova uma vez mais do seu poder e sua versatilidade em tela. Agressivo, explosivo e constantemente irritante, ele é a personificação do clássico rockstar dos anos 70-80, nascido em uma época onde a “lei” era determinada pelo seu degrau de popularidade em Hollywood. E ainda que sua transformação obviamente chame menos a atenção do que a de James, é inegável que sua presença em tela nos faz parar. Sua obsessão narcisista nos enoja e hipnotiza, nos levando por uma incansável espiral de sentimentos dúbios, assim como muitos também sentiram nos idos dos anos 90, no auge do famoso vazamento da sex tape do casal.

Espalhafatosa e ostensiva, Pam & Tommy é uma fração de uma década de exageros socioculturais que alinhavaram os anos 90. Divertida, a minissérie nem sempre se leva a sério, transforma seus personagens e o momento em que viviam em uma espécie de histeria coletiva e nos faz comprar a ideia rapidamente. E ainda que a falta de semelhança de Seth Rogen com Rand Gauthier seja um incômodo, a licença poética narrativa nos pressiona a relevar a questão.

Adaptando bem o texto de Lewis, Siegel entrega um produto que funciona e que ainda conta com o mesmo padrão de direção que Gillespie nos entregou em Eu, Tonya. Com um design de produção seguindo à risca toda a estética da época, Pam & Tommy é uma nostalgia convidativa, mas que corre o risco de reforçar os mesmos estereótipos que até hoje assombram Pamela Anderson. Sua história será honrada, corrigindo a perseguição e o machismo do passado? Essa é uma pergunta que apenas os próximos episódios responderão. Mas fica aqui a expectativa.

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Duas das figuras mais polêmicas e importantes da cultura POP dos anos 90, Pamela Anderson e Tommy Lee podem até estar bem distantes do cenário mundial atual, mas é inegável que seus nomes provavelmente continuarão ecoando vez outra como aqueles que acidentalmente preveram a subversiva e tórrida cultura da hiper sexualidade exposta no meio virtual. E antes de Kim Kardashian criar o seu império a partir de uma sex tape, antes de sites de fofoca como TMZ flodarem o Google, existiu esse casal – o mais controverso, amado/odiado e vigiado pelo mundo. E sua intimidade, que já permeou sonhos mais aflorados e pensamentos pecaminosos, foi o alvo de muita gente. Mas “graças” a um eletricista frustrado, o que um dia parecia ser apenas fruto da imaginação masculina, ganhou forma na fita íntima mais viralizada e emblemática da história do entretenimento.

E a minissérie Pam & Tommy abre o ano de 2022 como aquela que já era uma das produções mais famigeradas e desejadas do ano. Resgatando esse conto para o deleite de quem cresceu ao som da música tema da série S.O.S Malibu – estrelada por Pamela Anderson -, Robert D. Siegel e Craig Gillespie se unem para contextualizar as novas gerações a respeito de como o mundo POP e a World Wide Web eram “tudo mato” antes deles chegarem. Aqui, estamos diante de uma fábula romântica às avessas, onde a sexualidade é explorada excessivamente, nos trazendo uma memória viva de uma década que hoje sabemos que evidentemente ditou os rumos das mídias sociais, onde todo mundo parece ter a necessidade de mostrar um pouco demais de si mesmo.

E baseando-se no enorme e detalhado artigo da jornalista Amanda Chicago Lewis, Pam and Tommy: The Untold Story of the World’s Most Infamous Sex Tape, a minissérie da plataforma Hulu (pertencente à Disney) chega ao Brasil por sua casa nacional, o streaming Star+, como uma epifania imperdível, que nos promete muito mais do que uma cinebiografia, mas sim uma galhofa bem flamboyant. E por ocasião, ainda faz um estudo do voyeurismo na década onde a indústria pornográfica faturava milhões em Los Angeles, sob o afrouxamento das leis locais e o acesso ampliado ao clássico VHS. Sob esse contexto global de transformações tecnológicas e uma cultura de celebridades que crescia vertiginosamente, Lily James e Sebastian Stan se apresentam de forma hipnotizante e esdrúxula como esse casal que dominou as manchetes dos anos 90 desde o famoso casamento improvisado, de um relacionamento que nem sequer contou com um primeiro encontro.

Despindo-se (literalmente) da sua natural delicadeza e pele bem clara, James nos engana facilmente como o maior sex symbol desde Marilyn Monroe. Bronzeada, com sobrancelhas finas e batom cintilante (ah, os anos 90), ela surge brevemente em seu primeiro episódio como um sonho caliente, uma miragem distante demais de todos nós. A partir daí, ela domina a tela, transforma Pam & Tommy em seu próprio show e nos deixa embasbacados por sua poderosa transformação. Entre próteses mamárias e uma peruca impecável, enxergamos um pouco de James em Pamela Anderson, neste retrato cru que facilmente lhe levaria a umas boas indicações.

Stan nos prova uma vez mais do seu poder e sua versatilidade em tela. Agressivo, explosivo e constantemente irritante, ele é a personificação do clássico rockstar dos anos 70-80, nascido em uma época onde a “lei” era determinada pelo seu degrau de popularidade em Hollywood. E ainda que sua transformação obviamente chame menos a atenção do que a de James, é inegável que sua presença em tela nos faz parar. Sua obsessão narcisista nos enoja e hipnotiza, nos levando por uma incansável espiral de sentimentos dúbios, assim como muitos também sentiram nos idos dos anos 90, no auge do famoso vazamento da sex tape do casal.

Espalhafatosa e ostensiva, Pam & Tommy é uma fração de uma década de exageros socioculturais que alinhavaram os anos 90. Divertida, a minissérie nem sempre se leva a sério, transforma seus personagens e o momento em que viviam em uma espécie de histeria coletiva e nos faz comprar a ideia rapidamente. E ainda que a falta de semelhança de Seth Rogen com Rand Gauthier seja um incômodo, a licença poética narrativa nos pressiona a relevar a questão.

Adaptando bem o texto de Lewis, Siegel entrega um produto que funciona e que ainda conta com o mesmo padrão de direção que Gillespie nos entregou em Eu, Tonya. Com um design de produção seguindo à risca toda a estética da época, Pam & Tommy é uma nostalgia convidativa, mas que corre o risco de reforçar os mesmos estereótipos que até hoje assombram Pamela Anderson. Sua história será honrada, corrigindo a perseguição e o machismo do passado? Essa é uma pergunta que apenas os próximos episódios responderão. Mas fica aqui a expectativa.

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