domingo , 23 fevereiro , 2025

Primeiras Impressões | Pam & Tommy: Lily James e Sebastian Stan se transformam em espalhafatosa minissérie


Duas das figuras mais polêmicas e importantes da cultura POP dos anos 90, Pamela Anderson e Tommy Lee podem até estar bem distantes do cenário mundial atual, mas é inegável que seus nomes provavelmente continuarão ecoando vez outra como aqueles que acidentalmente preveram a subversiva e tórrida cultura da hiper sexualidade exposta no meio virtual. E antes de Kim Kardashian criar o seu império a partir de uma sex tape, antes de sites de fofoca como TMZ flodarem o Google, existiu esse casal – o mais controverso, amado/odiado e vigiado pelo mundo. E sua intimidade, que já permeou sonhos mais aflorados e pensamentos pecaminosos, foi o alvo de muita gente. Mas “graças” a um eletricista frustrado, o que um dia parecia ser apenas fruto da imaginação masculina, ganhou forma na fita íntima mais viralizada e emblemática da história do entretenimento.

Pam Tommy4



E a minissérie Pam & Tommy abre o ano de 2022 como aquela que já era uma das produções mais famigeradas e desejadas do ano. Resgatando esse conto para o deleite de quem cresceu ao som da música tema da série S.O.S Malibu – estrelada por Pamela Anderson -, Robert D. Siegel e Craig Gillespie se unem para contextualizar as novas gerações a respeito de como o mundo POP e a World Wide Web eram “tudo mato” antes deles chegarem. Aqui, estamos diante de uma fábula romântica às avessas, onde a sexualidade é explorada excessivamente, nos trazendo uma memória viva de uma década que hoje sabemos que evidentemente ditou os rumos das mídias sociais, onde todo mundo parece ter a necessidade de mostrar um pouco demais de si mesmo.

E baseando-se no enorme e detalhado artigo da jornalista Amanda Chicago Lewis, Pam and Tommy: The Untold Story of the World’s Most Infamous Sex Tape, a minissérie da plataforma Hulu (pertencente à Disney) chega ao Brasil por sua casa nacional, o streaming Star+, como uma epifania imperdível, que nos promete muito mais do que uma cinebiografia, mas sim uma galhofa bem flamboyant. E por ocasião, ainda faz um estudo do voyeurismo na década onde a indústria pornográfica faturava milhões em Los Angeles, sob o afrouxamento das leis locais e o acesso ampliado ao clássico VHS. Sob esse contexto global de transformações tecnológicas e uma cultura de celebridades que crescia vertiginosamente, Lily James e Sebastian Stan se apresentam de forma hipnotizante e esdrúxula como esse casal que dominou as manchetes dos anos 90 desde o famoso casamento improvisado, de um relacionamento que nem sequer contou com um primeiro encontro.

pam tommy1


Despindo-se (literalmente) da sua natural delicadeza e pele bem clara, James nos engana facilmente como o maior sex symbol desde Marilyn Monroe. Bronzeada, com sobrancelhas finas e batom cintilante (ah, os anos 90), ela surge brevemente em seu primeiro episódio como um sonho caliente, uma miragem distante demais de todos nós. A partir daí, ela domina a tela, transforma Pam & Tommy em seu próprio show e nos deixa embasbacados por sua poderosa transformação. Entre próteses mamárias e uma peruca impecável, enxergamos um pouco de James em Pamela Anderson, neste retrato cru que facilmente lhe levaria a umas boas indicações.

Stan nos prova uma vez mais do seu poder e sua versatilidade em tela. Agressivo, explosivo e constantemente irritante, ele é a personificação do clássico rockstar dos anos 70-80, nascido em uma época onde a “lei” era determinada pelo seu degrau de popularidade em Hollywood. E ainda que sua transformação obviamente chame menos a atenção do que a de James, é inegável que sua presença em tela nos faz parar. Sua obsessão narcisista nos enoja e hipnotiza, nos levando por uma incansável espiral de sentimentos dúbios, assim como muitos também sentiram nos idos dos anos 90, no auge do famoso vazamento da sex tape do casal.

Pam Tommy

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Espalhafatosa e ostensiva, Pam & Tommy é uma fração de uma década de exageros socioculturais que alinhavaram os anos 90. Divertida, a minissérie nem sempre se leva a sério, transforma seus personagens e o momento em que viviam em uma espécie de histeria coletiva e nos faz comprar a ideia rapidamente. E ainda que a falta de semelhança de Seth Rogen com Rand Gauthier seja um incômodo, a licença poética narrativa nos pressiona a relevar a questão.

Adaptando bem o texto de Lewis, Siegel entrega um produto que funciona e que ainda conta com o mesmo padrão de direção que Gillespie nos entregou em Eu, Tonya. Com um design de produção seguindo à risca toda a estética da época, Pam & Tommy é uma nostalgia convidativa, mas que corre o risco de reforçar os mesmos estereótipos que até hoje assombram Pamela Anderson. Sua história será honrada, corrigindo a perseguição e o machismo do passado? Essa é uma pergunta que apenas os próximos episódios responderão. Mas fica aqui a expectativa.


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Duas das figuras mais polêmicas e importantes da cultura POP dos anos 90, Pamela Anderson e Tommy Lee podem até estar bem distantes do cenário mundial atual, mas é inegável que seus nomes provavelmente continuarão ecoando vez outra como aqueles que acidentalmente preveram a subversiva e tórrida cultura da hiper sexualidade exposta no meio virtual. E antes de Kim Kardashian criar o seu império a partir de uma sex tape, antes de sites de fofoca como TMZ flodarem o Google, existiu esse casal – o mais controverso, amado/odiado e vigiado pelo mundo. E sua intimidade, que já permeou sonhos mais aflorados e pensamentos pecaminosos, foi o alvo de muita gente. Mas “graças” a um eletricista frustrado, o que um dia parecia ser apenas fruto da imaginação masculina, ganhou forma na fita íntima mais viralizada e emblemática da história do entretenimento.

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E a minissérie Pam & Tommy abre o ano de 2022 como aquela que já era uma das produções mais famigeradas e desejadas do ano. Resgatando esse conto para o deleite de quem cresceu ao som da música tema da série S.O.S Malibu – estrelada por Pamela Anderson -, Robert D. Siegel e Craig Gillespie se unem para contextualizar as novas gerações a respeito de como o mundo POP e a World Wide Web eram “tudo mato” antes deles chegarem. Aqui, estamos diante de uma fábula romântica às avessas, onde a sexualidade é explorada excessivamente, nos trazendo uma memória viva de uma década que hoje sabemos que evidentemente ditou os rumos das mídias sociais, onde todo mundo parece ter a necessidade de mostrar um pouco demais de si mesmo.

E baseando-se no enorme e detalhado artigo da jornalista Amanda Chicago Lewis, Pam and Tommy: The Untold Story of the World’s Most Infamous Sex Tape, a minissérie da plataforma Hulu (pertencente à Disney) chega ao Brasil por sua casa nacional, o streaming Star+, como uma epifania imperdível, que nos promete muito mais do que uma cinebiografia, mas sim uma galhofa bem flamboyant. E por ocasião, ainda faz um estudo do voyeurismo na década onde a indústria pornográfica faturava milhões em Los Angeles, sob o afrouxamento das leis locais e o acesso ampliado ao clássico VHS. Sob esse contexto global de transformações tecnológicas e uma cultura de celebridades que crescia vertiginosamente, Lily James e Sebastian Stan se apresentam de forma hipnotizante e esdrúxula como esse casal que dominou as manchetes dos anos 90 desde o famoso casamento improvisado, de um relacionamento que nem sequer contou com um primeiro encontro.

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Despindo-se (literalmente) da sua natural delicadeza e pele bem clara, James nos engana facilmente como o maior sex symbol desde Marilyn Monroe. Bronzeada, com sobrancelhas finas e batom cintilante (ah, os anos 90), ela surge brevemente em seu primeiro episódio como um sonho caliente, uma miragem distante demais de todos nós. A partir daí, ela domina a tela, transforma Pam & Tommy em seu próprio show e nos deixa embasbacados por sua poderosa transformação. Entre próteses mamárias e uma peruca impecável, enxergamos um pouco de James em Pamela Anderson, neste retrato cru que facilmente lhe levaria a umas boas indicações.

Stan nos prova uma vez mais do seu poder e sua versatilidade em tela. Agressivo, explosivo e constantemente irritante, ele é a personificação do clássico rockstar dos anos 70-80, nascido em uma época onde a “lei” era determinada pelo seu degrau de popularidade em Hollywood. E ainda que sua transformação obviamente chame menos a atenção do que a de James, é inegável que sua presença em tela nos faz parar. Sua obsessão narcisista nos enoja e hipnotiza, nos levando por uma incansável espiral de sentimentos dúbios, assim como muitos também sentiram nos idos dos anos 90, no auge do famoso vazamento da sex tape do casal.

Pam Tommy

Espalhafatosa e ostensiva, Pam & Tommy é uma fração de uma década de exageros socioculturais que alinhavaram os anos 90. Divertida, a minissérie nem sempre se leva a sério, transforma seus personagens e o momento em que viviam em uma espécie de histeria coletiva e nos faz comprar a ideia rapidamente. E ainda que a falta de semelhança de Seth Rogen com Rand Gauthier seja um incômodo, a licença poética narrativa nos pressiona a relevar a questão.

Adaptando bem o texto de Lewis, Siegel entrega um produto que funciona e que ainda conta com o mesmo padrão de direção que Gillespie nos entregou em Eu, Tonya. Com um design de produção seguindo à risca toda a estética da época, Pam & Tommy é uma nostalgia convidativa, mas que corre o risco de reforçar os mesmos estereótipos que até hoje assombram Pamela Anderson. Sua história será honrada, corrigindo a perseguição e o machismo do passado? Essa é uma pergunta que apenas os próximos episódios responderão. Mas fica aqui a expectativa.

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