domingo , 22 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | Quem Matou Sara? – 2ª temporada melhora série de suspense da Netflix

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Dentre os muitos lançamentos na Netflix esse ano uma série de suspense causou furor entre os espectadores e alcançou a primeira posição no Top 10 das produções mais assistidas. Estamos falando da série mexicana ‘Quem Matou Sara?’, cuja segunda temporada estreia hoje no streaming.



Depois de passar uma primeira temporada inteirinha tentando incriminar os Lazcano pela morte de Sara (Ximena Lamadrid), o jogo parece ter virado para Alex (Manolo Cardona) depois que ele achou um cadáver misterioso enterrado no quintal de sua casa. Com medo de ser levado à prisão novamente por um crime que não cometeu, Alex está com sangue nos olhos para encontrar a todo custo o real responsável pela morte de sua irmã. O problema é que no caminho ele irá descobrir verdades não tão agradáveis sobre a não tão doce Sara, e isso pode levar abaixo suas convicções e ampliar o leque de suspeitos. No meio do caminho, a ajuda de Elisa (Carolina Miranda) se torna essencial, mas chega o momento de ela escolher do lado de quem quer ficar, uma vez que o castelo de cristal dos Lazcano parece estar ruindo com todas as verdades sendo jogadas no ventilador.

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Se na primeira temporada o ritmo, as atuações e a história como um todo foi bastante irregular, nesta nova parte é perceptível a melhora que a produção ganha, sinalizando que a insegurança inicial foi aos poucos sendo superadas pela equipe. Não que ‘Quem Matou Sara?’ tenha se tornado uma série excelente, mas pelo menos melhorou, o que já é um bom sinal. Manolo Cardona continua travadão no papel, sem emitir carisma, e Eugenio Siller permanece super caricato no papel de José María, ao ponto de em determinadas cenas literalmente ficar visível a maquiagem utilizada no ator, contrastando com sua pele branca.

O roteiro de José Ignacio Valenzuela parece ter abraçado de vez o conceito “dispersar ao máximo para construir uma trama elaboradíssima em prol de disfarçar que, no fim, responder à pergunta ‘Quem Matou Sara?’ ser o de menos”. O enredo já emaranhado anteriormente se amplifica e dispersa ainda mais agora, com a entrada de novos personagens, resgates de antigos e a inserção de elementos que ajudam a construir tramas paralelas de modo a pintar todo mundo como vilão. Nesta série, ninguém é totalmente bonzinho.

Já a direção de David Ruiz e Bernardo De La Rosa Villareal permanece instável, transmitindo bastante insegurança nas tomadas. Há cenas, como a da explosão, que a gente quase consegue ouvir o “ação!” antes dos atores se moverem. Isso é corroborado com o roteiro didático, que fica o tempo todo repetindo informações para reforçar as atitudes dos personagens (a essa altura, quem não sabe que Sara morreu há 18 anos?). Todo esse didatismo é cansativo, porque segura o ritmo da série e contrasta com as sequências de flashback frequentes que surgem de repente para o espectador entender coisas que os próprios personagens ainda não sabem.

Em suma, a segunda temporada de ‘Quem Matou Sara?’ dá uma melhorada, apesar de manter a assimetria na produção. É uma série-conforto, um thriller sem grandes impactos, mas que entretém como um novelão mexicano de suspense.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Depois de passar uma primeira temporada inteirinha tentando incriminar os Lazcano pela morte de Sara (Ximena Lamadrid), o jogo parece ter virado para Alex (Manolo Cardona) depois que ele achou um cadáver misterioso enterrado no quintal de sua casa. Com medo de ser levado à prisão novamente por um crime que não cometeu, Alex está com sangue nos olhos para encontrar a todo custo o real responsável pela morte de sua irmã. O problema é que no caminho ele irá descobrir verdades não tão agradáveis sobre a não tão doce Sara, e isso pode levar abaixo suas convicções e ampliar o leque de suspeitos. No meio do caminho, a ajuda de Elisa (Carolina Miranda) se torna essencial, mas chega o momento de ela escolher do lado de quem quer ficar, uma vez que o castelo de cristal dos Lazcano parece estar ruindo com todas as verdades sendo jogadas no ventilador.

Se na primeira temporada o ritmo, as atuações e a história como um todo foi bastante irregular, nesta nova parte é perceptível a melhora que a produção ganha, sinalizando que a insegurança inicial foi aos poucos sendo superadas pela equipe. Não que ‘Quem Matou Sara?’ tenha se tornado uma série excelente, mas pelo menos melhorou, o que já é um bom sinal. Manolo Cardona continua travadão no papel, sem emitir carisma, e Eugenio Siller permanece super caricato no papel de José María, ao ponto de em determinadas cenas literalmente ficar visível a maquiagem utilizada no ator, contrastando com sua pele branca.

O roteiro de José Ignacio Valenzuela parece ter abraçado de vez o conceito “dispersar ao máximo para construir uma trama elaboradíssima em prol de disfarçar que, no fim, responder à pergunta ‘Quem Matou Sara?’ ser o de menos”. O enredo já emaranhado anteriormente se amplifica e dispersa ainda mais agora, com a entrada de novos personagens, resgates de antigos e a inserção de elementos que ajudam a construir tramas paralelas de modo a pintar todo mundo como vilão. Nesta série, ninguém é totalmente bonzinho.

Já a direção de David Ruiz e Bernardo De La Rosa Villareal permanece instável, transmitindo bastante insegurança nas tomadas. Há cenas, como a da explosão, que a gente quase consegue ouvir o “ação!” antes dos atores se moverem. Isso é corroborado com o roteiro didático, que fica o tempo todo repetindo informações para reforçar as atitudes dos personagens (a essa altura, quem não sabe que Sara morreu há 18 anos?). Todo esse didatismo é cansativo, porque segura o ritmo da série e contrasta com as sequências de flashback frequentes que surgem de repente para o espectador entender coisas que os próprios personagens ainda não sabem.

Em suma, a segunda temporada de ‘Quem Matou Sara?’ dá uma melhorada, apesar de manter a assimetria na produção. É uma série-conforto, um thriller sem grandes impactos, mas que entretém como um novelão mexicano de suspense.

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