quinta-feira , 21 novembro , 2024

Primeiras Impressões | Shining Vale – Courteney Cox é Assombrada por FANTASMAS em Série de Terror da Starzplay

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Courteney Cox é uma ótima atriz, com uma legião de fãs que a seguem por conta de dois de seus trabalhos mais famosos, em duas das franquias de maiores sucesso de Hollywood: a série de comédiaFriends’ (que recentemente até organizou um reencontro) e a franquia de filmes de terrorPânico’ (que esse ano voltou aos cinemas com mais uma continuação). Unindo esses dois elementos ao mesmo tempo, estreou essa semana na plataforma Starzplay a série ‘Shining Vale’, que busca justamente ser uma história de terror cômica.



Patricia (Courteney Cox) e o marido Terry (Greg Kinnear) estão se mudando com os filhos Jake (Dylan Cage) e Gaynor (Gus Birney) para uma nova casa, fugindo de um passado traumático recente no Brooklyn, onde viviam, quando Patricia acabou traindo o marido com o faz-tudo da casa. Dispostos a mudar a página, os quatro começam a ajeitar as coisas na nova residência, porém Pat, que é escritora e está enfrentando um bloqueio criativo há dezesseis anos, começa a ver pessoas (Mira Sorvino) rondando a casa. O problema é que aparentemente apenas ela está vendo essas presenças , e seu marido, em vez de apoiá-la, minimiza a situação e não a leva a sério.

Dividida em episódios de cerca de trinta minutos cada, ‘Shining Vale’ começa com mensagens importantes sobre saúde mental e o quanto as mulheres são historicamente estigmatizadas com sintomas de distúrbios mentais (muitas vezes confundidos até mesmo com possessão demoníaca) e têm maior propensão à depressão. Com essa ressalva, o espectador chega esperando uma história mais aprofundada, porém nos deparamos com um enredo bem raso, que, logo nos primeiros capítulos apresenta a trama, mas não se decide para qual lado vai querer seguir, deixando o espectador em cima do muro.

Criado por Jeff Astrof a partir da história de Sharon Horgan, o principal problema em ‘Shining Vale’ é não se decidir se quer ser comédia ou se quer ser suspense com terror fantasmagórico. Para o bem do enredo, seria bem bom que a série se decidisse pela segunda opção, pois as situações e diálogos que deveriam ser engraçados acabaram se tornando constrangedores, sejam pela situação em si, seja pela má atuação do elenco.

De todos em cena, Courtney Cox parece ser a que mais leva a sério o que está fazendo, ao ponto de acabar se destoando de todo o resto. Tudo bem que sua personagem esteja sofrendo algumas hipotéticas alucinações, mas o fato de nenhum outro personagem sequer levá-la a sério em nenhuma ocasião incomoda. Sem contar os constantes e desnecessários uso de palavrões gratuitos no cotidiano e a repetição de situações (a toda hora Pat leva pergunta pro cachorro o que está acontecendo) dão uma cansada.

Normalmente nos primeiros episódios de uma série o elenco ainda está esquentando as turbinas, guardando o melhor para o grande plot por vir. Tomara mesmo que a série de Alethea Jones e Dearbhla Walsh seja assim e que a coisa toda se defina melhor nos próximos episódios, para o bem da própria protagonista, pois, em se tratando de uma escritora de romance hot que começa a ver fantasmas em uma casa assombrada, é realmente uma história com bastante potencial.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Patricia (Courteney Cox) e o marido Terry (Greg Kinnear) estão se mudando com os filhos Jake (Dylan Cage) e Gaynor (Gus Birney) para uma nova casa, fugindo de um passado traumático recente no Brooklyn, onde viviam, quando Patricia acabou traindo o marido com o faz-tudo da casa. Dispostos a mudar a página, os quatro começam a ajeitar as coisas na nova residência, porém Pat, que é escritora e está enfrentando um bloqueio criativo há dezesseis anos, começa a ver pessoas (Mira Sorvino) rondando a casa. O problema é que aparentemente apenas ela está vendo essas presenças , e seu marido, em vez de apoiá-la, minimiza a situação e não a leva a sério.

Dividida em episódios de cerca de trinta minutos cada, ‘Shining Vale’ começa com mensagens importantes sobre saúde mental e o quanto as mulheres são historicamente estigmatizadas com sintomas de distúrbios mentais (muitas vezes confundidos até mesmo com possessão demoníaca) e têm maior propensão à depressão. Com essa ressalva, o espectador chega esperando uma história mais aprofundada, porém nos deparamos com um enredo bem raso, que, logo nos primeiros capítulos apresenta a trama, mas não se decide para qual lado vai querer seguir, deixando o espectador em cima do muro.

Criado por Jeff Astrof a partir da história de Sharon Horgan, o principal problema em ‘Shining Vale’ é não se decidir se quer ser comédia ou se quer ser suspense com terror fantasmagórico. Para o bem do enredo, seria bem bom que a série se decidisse pela segunda opção, pois as situações e diálogos que deveriam ser engraçados acabaram se tornando constrangedores, sejam pela situação em si, seja pela má atuação do elenco.

De todos em cena, Courtney Cox parece ser a que mais leva a sério o que está fazendo, ao ponto de acabar se destoando de todo o resto. Tudo bem que sua personagem esteja sofrendo algumas hipotéticas alucinações, mas o fato de nenhum outro personagem sequer levá-la a sério em nenhuma ocasião incomoda. Sem contar os constantes e desnecessários uso de palavrões gratuitos no cotidiano e a repetição de situações (a toda hora Pat leva pergunta pro cachorro o que está acontecendo) dão uma cansada.

Normalmente nos primeiros episódios de uma série o elenco ainda está esquentando as turbinas, guardando o melhor para o grande plot por vir. Tomara mesmo que a série de Alethea Jones e Dearbhla Walsh seja assim e que a coisa toda se defina melhor nos próximos episódios, para o bem da própria protagonista, pois, em se tratando de uma escritora de romance hot que começa a ver fantasmas em uma casa assombrada, é realmente uma história com bastante potencial.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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