sexta-feira , 22 novembro , 2024

Primeiras Impressões | ‘Space Force’ não encontra o tom certo do humor

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Cercada de muitas expectativas, a série Space Force foi vendida como uma grande comédia estrelada por Steve Carell – o eterno Michael Scott de The Office – e Lisa Kudrow  – a Phoebe de Friends, e com a parte criativa reeditando a parceria entre Greg Daniels e Carell, dupla que trabalhou junta em The Office.

A proposta da série é fazer uma paródia ao programa espacial iniciado por Donald Trump em 2018, mas que logo virou piada entre os americanos, justamente por ser uma iniciativa sem propósito. Então, assim como na vida real, a série traz o governo americano iniciando a Space Force, um setor das forças armadas que vai trabalhar para levar o homem de volta à lua até 2024. O encarregado para comandar o setor é o general recém-promovido, Mark Naird (Steve Carell). Funcionário da Força Aérea, ele é arrogante e um completo despreparado. Ele não acredita na ciência e prefere apostar nas suas bravatas para tomar decisões importantes, como programar o lançamento de um satélite ou mandar um macaco consertar algo no espaço. Se o personagem te lembrou alguém, acredite, é totalmente proposital. E como Carell já tinha a experiência de um chefe perdidão lá dos tempos de The Office, ele não faz feio no papel. Mas quem dá show mesmo é John Malkovich no papel do Dr. Mallory, o cientista chefe do projeto espacial, que é o completo oposto de Mark Naird. E como ambos precisam trabalhar juntos, a relação dos dois é o ponto alto até aqui.



O grande problema é que a série não aprofunda muito seus personagens, com exceção do episódio do acampamento lunar, então fica difícil você criar simpatia ou se identificar com alguns deles. O núcleo familiar dos Naird até tenta trazer um pouco de humanidade para Mark, mas acaba sendo uma grande tragédia, porque continua tratando o personagem de forma superficial e realmente não tem graça. Fora a repetição de piadas o tempo todo.Quando o assunto é crítica social, a série não é nem um pouco sutil, o que soa forçado em alguns momentos, como se a cena tivesse sido escrita e dirigida para virar post de facebook no dia seguinte. Os temas abordados são realmente importantes e vez ou outra até arrancam um sorriso, mas no geral é bem forçado mesmo.

Com 10 episódios de aproximadamente 30 minutos, cada, Space Force tem o formato ideal para ‘maratonar’. O problema é que o conteúdo é maçante, beirando o chato, o que complica bastante na hora de fazer uma maratona para assistir a série todinha de uma vez. Vamos ver se até o final da temporada a série engrena, mas até os 4 primeiros episódios, não parece tão promissor assim.

A primeira temporada de Space Force está disponível na Netflix.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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A proposta da série é fazer uma paródia ao programa espacial iniciado por Donald Trump em 2018, mas que logo virou piada entre os americanos, justamente por ser uma iniciativa sem propósito. Então, assim como na vida real, a série traz o governo americano iniciando a Space Force, um setor das forças armadas que vai trabalhar para levar o homem de volta à lua até 2024. O encarregado para comandar o setor é o general recém-promovido, Mark Naird (Steve Carell). Funcionário da Força Aérea, ele é arrogante e um completo despreparado. Ele não acredita na ciência e prefere apostar nas suas bravatas para tomar decisões importantes, como programar o lançamento de um satélite ou mandar um macaco consertar algo no espaço. Se o personagem te lembrou alguém, acredite, é totalmente proposital. E como Carell já tinha a experiência de um chefe perdidão lá dos tempos de The Office, ele não faz feio no papel. Mas quem dá show mesmo é John Malkovich no papel do Dr. Mallory, o cientista chefe do projeto espacial, que é o completo oposto de Mark Naird. E como ambos precisam trabalhar juntos, a relação dos dois é o ponto alto até aqui.

O grande problema é que a série não aprofunda muito seus personagens, com exceção do episódio do acampamento lunar, então fica difícil você criar simpatia ou se identificar com alguns deles. O núcleo familiar dos Naird até tenta trazer um pouco de humanidade para Mark, mas acaba sendo uma grande tragédia, porque continua tratando o personagem de forma superficial e realmente não tem graça. Fora a repetição de piadas o tempo todo.Quando o assunto é crítica social, a série não é nem um pouco sutil, o que soa forçado em alguns momentos, como se a cena tivesse sido escrita e dirigida para virar post de facebook no dia seguinte. Os temas abordados são realmente importantes e vez ou outra até arrancam um sorriso, mas no geral é bem forçado mesmo.

Com 10 episódios de aproximadamente 30 minutos, cada, Space Force tem o formato ideal para ‘maratonar’. O problema é que o conteúdo é maçante, beirando o chato, o que complica bastante na hora de fazer uma maratona para assistir a série todinha de uma vez. Vamos ver se até o final da temporada a série engrena, mas até os 4 primeiros episódios, não parece tão promissor assim.

A primeira temporada de Space Force está disponível na Netflix.

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