segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | Succession: Com humor afiado, episódio inaugural promete uma última temporada espetacular

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A nobreza contemporânea, em meio a pratos finos e prataria polida, novamente dá suas caras entre conversas sussurradas e o luxo ostensivo que acompanha o sobrenome Roy. E em uma festa de aniversário que celebra os 80 anos do patriarca Logan, a 4ª temporada coloca todas as suas cartas na mesa, iniciando o que promete ser uma emocionante e cética última valsa. Com uma profunda rachadura onde pai e filhos se dividem com seu apetite voraz por poder e dinheiro, Succession logo nos prova que – ainda que haja um final no instante em que os créditos de encerramento surgirem -, a verdade é que essa história jamais terá um fim definitivo.



Sempre sucinta e dinâmica em seus dilemas de poder, influência e crises familiares, Succession faz de seu humor ácido e comportamento passivo agressivo sua marca registrada no primeiro capítulo. Fazendo jogos mentais com os personagens a todo momento, o universo da série vai se desenvolvendo habilmente entre Logan, Shiv, Kendall, Roman, Connor, Tom e Greg, como um labirinto que se ascende do chão como torres monumentais e intimidadoras. E gradativamente, o tabuleiro e suas peças vão se movimentando com astúcia, todos em direção às negociações do conglomerado de comunicação concorrente, chamado Pierce.

E unindo 1ª, 2ª e 3ª temporada lindamente em questão de minutos, o ciclo final prova o quão estratégico Jesse Armstrong, Will Ferrell e Adam McKay sempre foram, entregando uma série que fosse mais do que um puro entretenimento, mas sim um experimento/experiência imersiva na mente humana, diante do poder absoluto sobre as pessoas e sobre a comunicação. E à medida que esse e tantos outros aspectos sociais são explorados, crises existenciais e psicoemocionais entram em cena, nos imergindo em uma delirante e rica análise de personagem que ainda não nos furta do prazer de rir das circunstâncias mais escabrosas e soberbas que já vimos na televisão.

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Com sua estética impecável e uma narrativa que se esbalda no “old money”, para fazer referências diretas às grandes famílias poderosas como os Murdoch e os Redstones, Successions nos toma pela mão mais uma vez. Aqui, ela nos coloca dentro das salas e escritórios requintados onde o futuro dos Estados Unidos é, inevitavelmente, discutido. E com um roteiro impecável capaz de nos manter ávidos e atentos a cada movimento dessa família que se destoa tanto da realidade mundial, a 4ª temporada estreia em grande estilo, com tramoias, puxadas de tapete e muitos daddy issues de filhos que beiram os 40-50 anos de idade.

Com um humor inteligente e perspicaz, a série original da HBO logo nos deixa à deriva esperando por mais dessa mesma fonte. Prometendo nos sucumbir em uma espiral de brigas familiares, disputas entre egos e festas suntuosas em locais estonteantes, Succession retorna com força e fôlego renovado, abrindo caminho para o concerto final desses que são alguns dos personagens mais bem construídos da história da televisão. Equilibrando habilmente o drama, a comédia e a constante torta de climão que orbita entre todos os protagonistas, a série está pronta para o que já se anuncia ser uma das despedidas mais difíceis que teremos, desde o fim de Game of Thrones.

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A nobreza contemporânea, em meio a pratos finos e prataria polida, novamente dá suas caras entre conversas sussurradas e o luxo ostensivo que acompanha o sobrenome Roy. E em uma festa de aniversário que celebra os 80 anos do patriarca Logan, a 4ª temporada coloca todas as suas cartas na mesa, iniciando o que promete ser uma emocionante e cética última valsa. Com uma profunda rachadura onde pai e filhos se dividem com seu apetite voraz por poder e dinheiro, Succession logo nos prova que – ainda que haja um final no instante em que os créditos de encerramento surgirem -, a verdade é que essa história jamais terá um fim definitivo.

Sempre sucinta e dinâmica em seus dilemas de poder, influência e crises familiares, Succession faz de seu humor ácido e comportamento passivo agressivo sua marca registrada no primeiro capítulo. Fazendo jogos mentais com os personagens a todo momento, o universo da série vai se desenvolvendo habilmente entre Logan, Shiv, Kendall, Roman, Connor, Tom e Greg, como um labirinto que se ascende do chão como torres monumentais e intimidadoras. E gradativamente, o tabuleiro e suas peças vão se movimentando com astúcia, todos em direção às negociações do conglomerado de comunicação concorrente, chamado Pierce.

E unindo 1ª, 2ª e 3ª temporada lindamente em questão de minutos, o ciclo final prova o quão estratégico Jesse Armstrong, Will Ferrell e Adam McKay sempre foram, entregando uma série que fosse mais do que um puro entretenimento, mas sim um experimento/experiência imersiva na mente humana, diante do poder absoluto sobre as pessoas e sobre a comunicação. E à medida que esse e tantos outros aspectos sociais são explorados, crises existenciais e psicoemocionais entram em cena, nos imergindo em uma delirante e rica análise de personagem que ainda não nos furta do prazer de rir das circunstâncias mais escabrosas e soberbas que já vimos na televisão.

Com sua estética impecável e uma narrativa que se esbalda no “old money”, para fazer referências diretas às grandes famílias poderosas como os Murdoch e os Redstones, Successions nos toma pela mão mais uma vez. Aqui, ela nos coloca dentro das salas e escritórios requintados onde o futuro dos Estados Unidos é, inevitavelmente, discutido. E com um roteiro impecável capaz de nos manter ávidos e atentos a cada movimento dessa família que se destoa tanto da realidade mundial, a 4ª temporada estreia em grande estilo, com tramoias, puxadas de tapete e muitos daddy issues de filhos que beiram os 40-50 anos de idade.

Com um humor inteligente e perspicaz, a série original da HBO logo nos deixa à deriva esperando por mais dessa mesma fonte. Prometendo nos sucumbir em uma espiral de brigas familiares, disputas entre egos e festas suntuosas em locais estonteantes, Succession retorna com força e fôlego renovado, abrindo caminho para o concerto final desses que são alguns dos personagens mais bem construídos da história da televisão. Equilibrando habilmente o drama, a comédia e a constante torta de climão que orbita entre todos os protagonistas, a série está pronta para o que já se anuncia ser uma das despedidas mais difíceis que teremos, desde o fim de Game of Thrones.

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