Depois de uma primeira temporada espetacular e uma segunda que pecou por seus altos e baixos, Chucky chega para uma terceira temporada com a maior ambição de sua carreira de assassinatos e humor politicamente incorreto. Tendo tocado o terror em Hackensack e no internato religioso, o boneco assassino mais famoso da Cultura Pop agora deu um jeito de entrar na Casa Branca. E com toda sua disposição para acabar com a vida de quem aparecer por seu caminho, o ruivinho mais mortal das telas vai tentar mostrar ao público que nem mesmo os mais experientes agentes do Serviço Secreto norte-americano são capazes de detê-lo.
Pelo que deu para perceber nesse primeiro episódio, são altíssimas as chances desta nova temporada ser melhor do que a anterior, já que parece se alternar em apenas dois núcleos: o da família presidencial e o do trio de Hackensack, que segue caçando qualquer vestígio do boneco que exista por aí. Isso deixa tudo mais interessante, porque parece ter deixado de lado aquela pegada de autoparódia proposta na segunda temporada, deixando a trama mais centrada nas mortes do boneco dentro do prédio mais seguro dos EUA, e nos desafios da três adolescentes ao tentarem invadir essa casa.
E se já era difícil para Jake, Devon e Lexy serem levados a sério quando denunciavam um boneco possuído pelo espírito de um psicopata em lugares menores, como numa cidadezinha de Nova Jérsei e num colégio de freiras, desperta a curiosidade saber como farão para justificar isso ao presidente dos EUA e seus seguranças. Dentre o trio original, Lexy parece ser a que terá maior destaque, já que sua irmãzinha foi levada após o assassinato de sua mãe, e agora ela está doidinha atrás da pequena. No entanto, a sensação que fica nesse primeiro capítulo é que quanto menos o envolvido esteja o trio original, mais divertida e psicótica será a trama.
Não é a primeira vez que a franquia passa por esse “cansaço” em relação a seus protagonistas humanos, mas tudo indica que vão lidar melhor com eles agora do que no passado. Don Mancini parece ter um carinho especial pelo trio, então certamente não vai descartá-los assim de uma hora pra outra.
Do outro lado, o elenco novo é ridiculamente promissor, mesmo sabendo que as chances de sobrar algum deles vivo ao fim da temporada é mínima. O presidente dos EUA é a grande piada interna da vez. Ele é vivido por Devon Sawa, que já interpretou o pai e o tio de Jake na primeira temporada, além do Padre que comandava o internato da segunda. Agora, ele é o primeiro presidente dos EUA que se elegeu sem integrar um partido. Sob a promessa de ser 100% transparente, ele se elegeu e passa por um conflito interno provocado por seu vice.
Essa trama política interna abre espaço para muito do humor ácido intrínseco ao psicopata diminuto, além de mexer com uma série de subversões relacionadas ao fanatismo político norte-americano. E isso já pode ser visto logo no primeiro episódio, em que o filho mais velho e o próprio presidente aparecem usando drogas secretamente e agentes da guarda presidencial escondendo informações do chefe máximo do governo dos EUA.
E um elemento que parece ser fundamental para essa nova temporada é entender como o Chucky chegou até a Casa Branca. Vemos ele andar o tempo inteiro com o filho mais novo do presidente, que apresenta o boneco como Joseph. Posteriormente, é dito que Joseph era o mesmo nome do irmãozinho morto do menino. Será que Chucky teve alguma coisa a ver?
Fato é que o boneco assassino já deixou sua primeira vítima, de forma bem impressionante, inclusive, e deu uma dica para seu trio de ‘caçadores’ de onde podem encontrá-lo. Até quando a família do presidente aguentará essas incontáveis coincidências dentro do edifício mais seguro do país e até a morte de qual parente eles suportarão até que entendam que o bonequinho encapetado está envolvido?
Os novos episódios de Chucky estreiam toda sexta no Star+.
