quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | The Acolyte: Série de Star Wars se distancia da Saga Skywalker e aposta em novos personagens

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Em uma outra era bem distante do sobrenome Skywalker, os jedi protagonizam um outro tipo de história no universo Star Wars. Governando a galáxia e mantendo a ordem entre os mais diversos povos, eles formam e moldam os alicerces narrativos de The Acolyte, a nova e temerosa vindoura estreia do Disney+. Aqui, em um cenário de personagens desconhecidos e narrativas jamais exploradas, as cores, os aromas e a atmosfera tão originalmente criadas por George Lucas se desmembram em uma trama de desconfianças, mistérios jamais solucionados e resquícios de uma maldade nascida ainda na fase pueril. E em um território completamente novo, a showrunner Leslye Headland tenta deixar sua marca em meio a uma prateleira de séries inconstantes, marcadas por desníveis, derrapadas e resultados que mais frustraram do que agradaram os fãs.



Mas ao contrário do que muito fora explorado no passado televisivo de Star Wars, The Acolyte carrega em si um frescor diferente, regado por um rico potencial ainda não consumado. Em apenas quatro episódios é possível notar uma pequena mudança de ritmo, ainda que seja incerto precisar se o resultado final será genuinamente bom ou não. Indo além dos conflitos envolvendo rebeliões e resistências, a nova original Disney+ logo de cara se apresenta como uma espécie de detective story muito inspirada em alguns títulos hollywoodianos clássicos. Seguindo o formato “murder mystery” (mistério de assassinato), a produção nos introduz a um crime que logo se destrinchará em uma sucessão de novas mortes e dilemas ainda maiores.

Nessa aventura por territórios novos, vastas extensões de selva e formação de inúmeras gerações de jedi, um grupo distinto e quase disfuncional de protagonistas se forma, a fim de perambular em busca de respostas para um tenebroso rastro de tragédias. E dentro desse pequeno hiato temporal de feições distintas e figuras peculiares, a atriz Amanda Stenblerg (O Ódio que Você Semeia) é os dois lados de uma mesma moeda…O yin yang, o bem e o mal, o puro e o impuro. Ao seu lado, carregando o peso do passado, surge um Lee Jung-jae (Round 6) com um inglês mais rudimentar. De fala mansa e dócil, ele é a expressão máxima da pureza e retidão de um jedi. Dafne Keen (Logan), Manny Jacinto (The Good Place) e Charlie Barnett (Boneca Russa) completam o elenco principal, dessa série que busca mostrar um lado mais obscuro e menos solar dessa galáxia tão distante.

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Amanda nos surpreende nas sutis mudanças de sua atuação. Encarando duas personagens díspares, ela alterna entre a delicadeza e a ferocidade de duas gêmeas cujas visões de mundo são bem opostas. Liderando a trama e dominando o tempo de tela, ela assume o protagonismo ainda sem uma presença muito marcante, mas é promissora e talentosíssima. E com um roteiro mais moroso, marcado por poucas cenas de ação, The Acolyte patina na sua própria lentidão, mas tenta cativar a audiência em seus primeiros episódios a partir da construção de toda uma mitologia em torno de seu grande mistério. Seguindo o modelo “slow burn” – que cresce lenta e gradativamente a cada novo capítulo, a produção começa sua trajetória com muitas promessas, mas poucas entregas no momento.

Mas por explorar o subgênero de histórias de detetive de maneira diferente e autêntica, a nova original Star Wars já é capaz de nos cativar pela curiosidade. Tentando romper com alguns formatos e padrões repetitivos tão replicados no passado recente da amada franquia, The Acolyte é uma aposta no novo, no inusitado. Expandindo as histórias dessa rica galáxia para além dos inúmeros materiais fonte que a obra de George Lucas possui, ela tenta preencher as caixinhas da Disney e sinalizar virtude como de costume, à medida em que aparenta querer se desvencilhar do estigma que tanto custou aos cofres da empresa em 2023. E estampando sets bem produzidos – como a impressionante construção de uma floresta – a série é sim um risco para a Casa do Mickey, mas pode funcionar muito bem…se der voz aos antigos anseios de seu fandom.

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Em uma outra era bem distante do sobrenome Skywalker, os jedi protagonizam um outro tipo de história no universo Star Wars. Governando a galáxia e mantendo a ordem entre os mais diversos povos, eles formam e moldam os alicerces narrativos de The Acolyte, a nova e temerosa vindoura estreia do Disney+. Aqui, em um cenário de personagens desconhecidos e narrativas jamais exploradas, as cores, os aromas e a atmosfera tão originalmente criadas por George Lucas se desmembram em uma trama de desconfianças, mistérios jamais solucionados e resquícios de uma maldade nascida ainda na fase pueril. E em um território completamente novo, a showrunner Leslye Headland tenta deixar sua marca em meio a uma prateleira de séries inconstantes, marcadas por desníveis, derrapadas e resultados que mais frustraram do que agradaram os fãs.

Mas ao contrário do que muito fora explorado no passado televisivo de Star Wars, The Acolyte carrega em si um frescor diferente, regado por um rico potencial ainda não consumado. Em apenas quatro episódios é possível notar uma pequena mudança de ritmo, ainda que seja incerto precisar se o resultado final será genuinamente bom ou não. Indo além dos conflitos envolvendo rebeliões e resistências, a nova original Disney+ logo de cara se apresenta como uma espécie de detective story muito inspirada em alguns títulos hollywoodianos clássicos. Seguindo o formato “murder mystery” (mistério de assassinato), a produção nos introduz a um crime que logo se destrinchará em uma sucessão de novas mortes e dilemas ainda maiores.

Nessa aventura por territórios novos, vastas extensões de selva e formação de inúmeras gerações de jedi, um grupo distinto e quase disfuncional de protagonistas se forma, a fim de perambular em busca de respostas para um tenebroso rastro de tragédias. E dentro desse pequeno hiato temporal de feições distintas e figuras peculiares, a atriz Amanda Stenblerg (O Ódio que Você Semeia) é os dois lados de uma mesma moeda…O yin yang, o bem e o mal, o puro e o impuro. Ao seu lado, carregando o peso do passado, surge um Lee Jung-jae (Round 6) com um inglês mais rudimentar. De fala mansa e dócil, ele é a expressão máxima da pureza e retidão de um jedi. Dafne Keen (Logan), Manny Jacinto (The Good Place) e Charlie Barnett (Boneca Russa) completam o elenco principal, dessa série que busca mostrar um lado mais obscuro e menos solar dessa galáxia tão distante.

Amanda nos surpreende nas sutis mudanças de sua atuação. Encarando duas personagens díspares, ela alterna entre a delicadeza e a ferocidade de duas gêmeas cujas visões de mundo são bem opostas. Liderando a trama e dominando o tempo de tela, ela assume o protagonismo ainda sem uma presença muito marcante, mas é promissora e talentosíssima. E com um roteiro mais moroso, marcado por poucas cenas de ação, The Acolyte patina na sua própria lentidão, mas tenta cativar a audiência em seus primeiros episódios a partir da construção de toda uma mitologia em torno de seu grande mistério. Seguindo o modelo “slow burn” – que cresce lenta e gradativamente a cada novo capítulo, a produção começa sua trajetória com muitas promessas, mas poucas entregas no momento.

Mas por explorar o subgênero de histórias de detetive de maneira diferente e autêntica, a nova original Star Wars já é capaz de nos cativar pela curiosidade. Tentando romper com alguns formatos e padrões repetitivos tão replicados no passado recente da amada franquia, The Acolyte é uma aposta no novo, no inusitado. Expandindo as histórias dessa rica galáxia para além dos inúmeros materiais fonte que a obra de George Lucas possui, ela tenta preencher as caixinhas da Disney e sinalizar virtude como de costume, à medida em que aparenta querer se desvencilhar do estigma que tanto custou aos cofres da empresa em 2023. E estampando sets bem produzidos – como a impressionante construção de uma floresta – a série é sim um risco para a Casa do Mickey, mas pode funcionar muito bem…se der voz aos antigos anseios de seu fandom.

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