quinta-feira , 21 novembro , 2024

Produtor e diretor de ‘A Fera’ revelam por que escolheram a África do Sul para rodar o filme [COLETIVA]

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‘A Fera’thriller de sobrevivência estrelado por Idris Elba, finalmente chegou aos cinemas nacionais – e, nos últimos dias, o CinePOP teve o prazer de participar de uma coletiva de imprensa para conversar com o diretor Baltasar Kormákur e o produtor Will Packer, responsáveis por trazer o projeto à vida.

A história acompanha o Dr. Nate Samuels (Elba), que viaja para a África do Sul acompanhado das duas filhas a fim de reunir a família depois de um trágico acontecimento. Entretanto, o que deveria funcionar como uma viagem de cura logo se transforma em um pesadelo quando eles cruzam caminho com um leão assassino e impetuoso que não quer deixá-los sair com vida das savanas.



Quando questionado sobre o que o atraiu para o projeto, Packer, que é conhecido por supervisionar produções como ‘Obsessiva’‘Viagem das Garotas’, revelou que era um de seus desejos se envolver com uma história como essa.

“Eu precisava marcar esse item na minha lista de afazeres, sabe, eu precisava mostrar para as pessoas que não apenas conseguia fazer comédias doidas no estilo Kevin Hart, ‘Viagem das Garotas’, mas também um divertido thriller de sobrevivência. Eu amo filmes no estilo homem contra natureza. Acho que tenho um line-up bem diverso, já fiz thrillers antes com Idris – na verdade, fizemos seis filmes juntos -, então tenho outras coisas. Mas essa foi minha primeira vez trabalhando com o homem contra feras. Foi muito divertido, foi muito interessante e era algo sobre o que eu sempre amei o conceito. Disseram para mim: ‘e que tal ‘Tubarão’ com um leão?’. E eu fiquei: ‘uau, me conte mais. Isso parece legal, parece algo que você gostaria de ver nas telonas’. Então, foi assim que acabamos aqui”, ele disse.

Kormákur, conhecido por seu trabalho em obras como ‘Everest’‘Dose Dupla’ e que desde criança queria se envolver com uma produção do gênero, também revelou alguns motivos que o atraíram para o projeto.

“Quando eu era mais novo, costumava cortar fotos de leões e colocá-las em um caderno que minha mãe me deu, então é algo que sempre esteve dentro de mim. Uma das coisas que mais me encantam sobre a África é a fauna e flora. Quando a ideia surgiu, não havia nada que me impedisse de ir para lá e fazer [o filme]. E eu gosto da jornada desse pai que quer trazer as filhas de volta para a própria vida dele, todos lidando com o trauma e então tendo que enfrentar esse trauma, como se fosse uma metáfora para os desafios que enfrentamos na vida. E eu amo [a ideia] da batalha entre homem e fera, qualquer coisa visceral e que você pode sentir. Criar experiências para o público é algo que sempre me chama a atenção”, ele comentou.

Como já mencionado, ‘A Fera’ é ambientado na África do Sul e, além de funcionar como um thriller de sobrevivência, lança luz sobre os problemas enfrentados pelas reservas locais, principalmente com a ameaça dos caçadores, e sobre questões que envolvem luto, dor e resignação.

Durante uma das perguntas, Packer contou sobre o que o fez escolher o país em questão para rodar o projeto: “sabíamos que o leão seria em CGI, nós sempre sabíamos que haveria esse elemento gerado por computador no filme. Mas todo o resto queríamos que fosse real. Isso foi algo sobre o que eu e Baltasar conversamos desde o princípio: vamos fazer todo o restante real e o mais autêntico possível. Então, isso significa que não rodamos em um estúdio em Hollywood, na frente de uma tela verde, fomos, realmente, para a savana. E isso significa que não rodamos na parte mais externa de uma cidade da África do Sul, nós demoramos cinco horas para ir ao norte do país”.

Ele continua, discorrendo sobre os desafios enfrentados pela produção:

“Tivemos alguns desafios interessantes: colocamos a equipe em cabanas e no meio do ambiente dos animais – esse é o mundo deles, não o nosso; tudo o que rastejava, sibilava e rugia estava lá fora conosco e precisamos dividir aquele mundo com eles. Isso foi muito interessante, mas resultou em um filme que parece muito real. E não tenho nada contra grandes filmes que adaptam quadrinhos, que não são fincados em nenhum tipo de realidade. Essa é uma ideia real de que os caçadores atacam os orgulhos dos leões e os separam – e temos esses leões rebeldes que são criados pelo fato de terem sido separados. Dessa forma, o homem é a fera, da mesma maneira que o leão. Tudo isso contribuiu para decidirmos onde rodaríamos o filme”.

Quando questionado sobre o motivo de escalar Elba como o protagonista, Kormákur foi bastante categórico e aproveitou para rasgar elogios para o conhecido ator.

“Acho que Idris é uma estrela de cinema com todo o carisma que gostamos, mas é um ator completo em seu trabalho, como em ‘Luther’, por exemplo. Ele trouxe o balanço perfeito entre o sentimento de vulnerabilidade nas primeiras cenas, com o drama, e então ser um cara que acredita e que age como ele agiu no final do filme”, o diretor falou.

Ele também revelou quais são seus filmes de gênero, citando um clássico blockbuster como principal inspiração: “acho que, em relação aos filmes sobre o homem contra a natureza, ‘Tubarão’ definitivamente está lá em cima. E há outro filme também, um documentário chamado ‘Touching the Void’, sobre dois alpinistas, que também está lá em cima para mim”.

Por fim, Packer contou qual o segredo para um bom longa-metragem de sobrevivência.

“Ah, boa pergunta. Acho que você precisa ter a quantidade certa de riscos, a quantidade certa de ansiedade que te deixa na beira da poltrona e momentos arrepiantes, acho que você tem que assustar as pessoas um pouco – mas também você não pode esquecer que esse é um filme divertido. Não quero ser tão sério ou tão terrível ou tão sangrento, que você não pode se divertir. Eu quero que você se encolha, mas também quero que se divirta, o que temos nesse filme, alguns momentos em que podemos rir”.

Lembrando que ‘A Fera’ já está em exibição nos cinemas brasileiros.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A história acompanha o Dr. Nate Samuels (Elba), que viaja para a África do Sul acompanhado das duas filhas a fim de reunir a família depois de um trágico acontecimento. Entretanto, o que deveria funcionar como uma viagem de cura logo se transforma em um pesadelo quando eles cruzam caminho com um leão assassino e impetuoso que não quer deixá-los sair com vida das savanas.

Quando questionado sobre o que o atraiu para o projeto, Packer, que é conhecido por supervisionar produções como ‘Obsessiva’‘Viagem das Garotas’, revelou que era um de seus desejos se envolver com uma história como essa.

“Eu precisava marcar esse item na minha lista de afazeres, sabe, eu precisava mostrar para as pessoas que não apenas conseguia fazer comédias doidas no estilo Kevin Hart, ‘Viagem das Garotas’, mas também um divertido thriller de sobrevivência. Eu amo filmes no estilo homem contra natureza. Acho que tenho um line-up bem diverso, já fiz thrillers antes com Idris – na verdade, fizemos seis filmes juntos -, então tenho outras coisas. Mas essa foi minha primeira vez trabalhando com o homem contra feras. Foi muito divertido, foi muito interessante e era algo sobre o que eu sempre amei o conceito. Disseram para mim: ‘e que tal ‘Tubarão’ com um leão?’. E eu fiquei: ‘uau, me conte mais. Isso parece legal, parece algo que você gostaria de ver nas telonas’. Então, foi assim que acabamos aqui”, ele disse.

Kormákur, conhecido por seu trabalho em obras como ‘Everest’‘Dose Dupla’ e que desde criança queria se envolver com uma produção do gênero, também revelou alguns motivos que o atraíram para o projeto.

“Quando eu era mais novo, costumava cortar fotos de leões e colocá-las em um caderno que minha mãe me deu, então é algo que sempre esteve dentro de mim. Uma das coisas que mais me encantam sobre a África é a fauna e flora. Quando a ideia surgiu, não havia nada que me impedisse de ir para lá e fazer [o filme]. E eu gosto da jornada desse pai que quer trazer as filhas de volta para a própria vida dele, todos lidando com o trauma e então tendo que enfrentar esse trauma, como se fosse uma metáfora para os desafios que enfrentamos na vida. E eu amo [a ideia] da batalha entre homem e fera, qualquer coisa visceral e que você pode sentir. Criar experiências para o público é algo que sempre me chama a atenção”, ele comentou.

Como já mencionado, ‘A Fera’ é ambientado na África do Sul e, além de funcionar como um thriller de sobrevivência, lança luz sobre os problemas enfrentados pelas reservas locais, principalmente com a ameaça dos caçadores, e sobre questões que envolvem luto, dor e resignação.

Durante uma das perguntas, Packer contou sobre o que o fez escolher o país em questão para rodar o projeto: “sabíamos que o leão seria em CGI, nós sempre sabíamos que haveria esse elemento gerado por computador no filme. Mas todo o resto queríamos que fosse real. Isso foi algo sobre o que eu e Baltasar conversamos desde o princípio: vamos fazer todo o restante real e o mais autêntico possível. Então, isso significa que não rodamos em um estúdio em Hollywood, na frente de uma tela verde, fomos, realmente, para a savana. E isso significa que não rodamos na parte mais externa de uma cidade da África do Sul, nós demoramos cinco horas para ir ao norte do país”.

Ele continua, discorrendo sobre os desafios enfrentados pela produção:

“Tivemos alguns desafios interessantes: colocamos a equipe em cabanas e no meio do ambiente dos animais – esse é o mundo deles, não o nosso; tudo o que rastejava, sibilava e rugia estava lá fora conosco e precisamos dividir aquele mundo com eles. Isso foi muito interessante, mas resultou em um filme que parece muito real. E não tenho nada contra grandes filmes que adaptam quadrinhos, que não são fincados em nenhum tipo de realidade. Essa é uma ideia real de que os caçadores atacam os orgulhos dos leões e os separam – e temos esses leões rebeldes que são criados pelo fato de terem sido separados. Dessa forma, o homem é a fera, da mesma maneira que o leão. Tudo isso contribuiu para decidirmos onde rodaríamos o filme”.

Quando questionado sobre o motivo de escalar Elba como o protagonista, Kormákur foi bastante categórico e aproveitou para rasgar elogios para o conhecido ator.

“Acho que Idris é uma estrela de cinema com todo o carisma que gostamos, mas é um ator completo em seu trabalho, como em ‘Luther’, por exemplo. Ele trouxe o balanço perfeito entre o sentimento de vulnerabilidade nas primeiras cenas, com o drama, e então ser um cara que acredita e que age como ele agiu no final do filme”, o diretor falou.

Ele também revelou quais são seus filmes de gênero, citando um clássico blockbuster como principal inspiração: “acho que, em relação aos filmes sobre o homem contra a natureza, ‘Tubarão’ definitivamente está lá em cima. E há outro filme também, um documentário chamado ‘Touching the Void’, sobre dois alpinistas, que também está lá em cima para mim”.

Por fim, Packer contou qual o segredo para um bom longa-metragem de sobrevivência.

“Ah, boa pergunta. Acho que você precisa ter a quantidade certa de riscos, a quantidade certa de ansiedade que te deixa na beira da poltrona e momentos arrepiantes, acho que você tem que assustar as pessoas um pouco – mas também você não pode esquecer que esse é um filme divertido. Não quero ser tão sério ou tão terrível ou tão sangrento, que você não pode se divertir. Eu quero que você se encolha, mas também quero que se divirta, o que temos nesse filme, alguns momentos em que podemos rir”.

Lembrando que ‘A Fera’ já está em exibição nos cinemas brasileiros.

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