sábado , 21 dezembro , 2024

Qual filme é MELHOR? Vingadores: Guerra Infinita ou Vingadores: Ultimato?

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Há cinco anos, o maior filme com super-heróis da história chegou aos cinemas quebrando todos os recordes possíveis e encerrando uma saga construída ao longo de 11 anos. Vingadores: Ultimato bateu um recorde que, para muitos seria impossível, já que nem o retorno de Star Wars, em 2015, havia sequer chegado perto de ameaçar os quase três bilhões de dólares de Avatar. Com Ultimato em cartaz, as duas primeiras semanas em cartaz estavam praticamente esgotadas com dois dias de venda, obrigando grandes redes de cinemas a abrirem sessões extraordinárias.

As filas enormes, mesmo com lugar marcado, se formavam para que o público enfim pudesse matar a curiosidade de saber qual seria o destino de dezenas de personagens que passaram de ícones dos quadrinhos para grandes nomes da Cultura Pop. Foi um verdadeiro fenômeno cultural que talvez não volte a ser visto tão cedo.



Porém, como de costume no chamado “mundo Geek”, toda obra sofrerá com comparações em debates, fazendo com que não haja nenhuma unanimidade no meio – as exceções são Homem-Aranha 2 e Batman: O Cavaleiro das Trevas, que muito dificilmente são sequer postos em debate, dado o altíssimo nível de qualidade de ambos os filmes. Agora, exatamente um ano depois de Ultimato, os fãs da Marvel e dos heróis em geral seguem debatendo qual o melhor filme da saga: Guerra Infinita ou Ultimato?

Para começar, as pessoas podem comparar as notas do agregador de notas mais famoso e polêmico do mundo, o Rotten Tomatoes. Enquanto Vingadores: Guerra Infinita tem nota geral de 85% de aprovação, Vingadores: Ultimato ostenta incríveis 94%. No entanto, se o parâmetro for por nota do público, a situação se inverte. Ultimato tem incríveis 90% de aprovação popular, já Guerra Infinita tem 91%.Não bastasse essa divisão super parelha, os fãs discutem quase diariamente em grupos e perfis das redes sociais sobre qual filme é melhor.

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Os filmes possuem aprovações próximas no Rotten Tomatoes

Para tentar aumentar esse debate, conversamos com Lorenzo Piovan, autor da tese “A percepção dos fãs brasileiros do filme Vingadores – Guerra Infinita acerca dos elementos dos quadrinhos, do cinema e da publicidade”. Para Lorenzo, mesmo com Guerra Infinita sendo tema da tese, Ultimato leva vantagem nesse embate por ser mais eficaz dentro de sua proposta: “Dentro da proposta de Ultimato, que é ser a conclusão de várias franquias, celebrando boa parte desses filmes ao revisitá-los e entregar um clímax catártico –  onde você utiliza vários fan-services não só de maneira gratuita, mas como meio narrativo para concluir arcos de personagens que tenham coerência -, o filme reafirma de vez o envolvimento emocional do fã com a obra. Ele é feito de maneira extremamente bem contada, em três horas de filme, muito bem montada, onde não há uma cena que pareça estar sobrando ou seja desnecessária, ao contrário de Guerra Infinita”.

E de fato Ultimato já vem com uma proposta bem definida, que é encerrar a saga e tentar trazer de volta todas as baixas do final de Guerra Infinita. Como o antecessor termina com metade do Universo Marvel virando pó, inclusive personagens com filmes confirmados para depois de Vingadores: Ultimatocof cof é com você mesmo que estamos falando, Homem Aranha cof cof -, algumas pessoas reclamaram que esse fator acabou tirando um pouco do peso do chocante final de Guerra Infinita, que termina com o vilão vencendo.

“Eu entendo as pessoas acharem Guerra Infinita melhor de algumas formas. Primeiro porque é um filme que deixou o mundo falando e especulando por um ano inteiro sobre o que deveria acontecer em Ultimato. Porque era o filme que terminava de maneira frustrante do ponto de vista dos heróis. Enquanto Ultimato é o filme da entrega, é o último capítulo afinal”, continua Lorenzo. “As pessoas, no geral, foram surpreendidas e ficaram embasbacadas com o final de Guerra Infinita. E um final tão esperado assim terminar com uma promessa de algo ainda mais impactante pode ser uma lembrança melhor do que a do final de Ultimato, que entrega todos os sonhos nerds da forma mais grandiosa possível”, conclui.

Adentrando o mundo dos filmes de suspense e terror, pode-se traçar um paralelo com esse caso. Nos últimos anos, os filmes de “terror inteligente”, que são muito mais voltados para o suspense do que para as cenas gore e jumpscares, viraram fenômenos de crítica e bilheteria. Em entrevista à AFP, o diretor de O Homem nas Trevas (2016), Fede Álvarez, afirma que o sucesso do terror, aquilo que prende e faz o espectador se fascinar: “nunca foram os sustos e os jumpscares, mas sempre foi o suspense”, disse. “Gosto de muitas coisas do gênero […]: uma é o suspense em si, e a segunda é que os personagens sempre têm uma dúvida moral […] você vê Janet Leigh roubando dinheiro em Psicose ou conspirando abertamente para matar uma mulher em Pacto Sinistro. Não são os heróis cotidianos de Hollywood”.

Nesse ponto, além de contar com esse suspense de um ano, Guerra Infinita ainda é estrelado por diversos personagens de moral questionável, como os Guardiões da Galáxia, que começam a aventura tramando uma pequena extorsão em troca de sua ajuda, mas principalmente de Thanos (Josh Brolin), a grande ameaça e o verdadeiro protagonista do longa. Thanos é um personagem tão ambíguo e controverso, que toma atitudes dignas de um crápula para concluir seu plano malthusiano, mas ainda assim toma conta da tela quando aparece e conseguiu angariar uma legião de fãs que realmente torceram por ele. Isso por si só já é um grande mérito de Guerra Infinita. São pouquíssimos os casos em que os mocinhos são ofuscados pelo brilho do vilão.

Além disso, diversos personagens que tinham seus ideais bem definidos dentro do universo tiveram de abrir mão de suas crenças para agirem contra uma ameaça comum. Caso do Capitão América (Chris Evans), que passou a agir na clandestinidade após os eventos de Guerra Civil (2016). Do Thor (Chris Hemsworth), que perde todos que ama e, pela primeira vez falha em sua trajetória no MCU. E até mesmo de Gamora (Zoe Saldana), que sempre foi o membro mais “estável” dos Guardiões e enfim demonstra suas fraquezas emocionais em tela.

Por outro lado, Vingadores: Ultimato tinha a missão clara de trazer as pessoas de volta. Embalado por diversas teorias, após o final devastador de seu antecessor, as chances de decepcionar o público eram bem maiores. Ter que chocar ou atender as expectativas de bilhões de pessoas é uma tarefa absurdamente árdua e tem alta probabilidade de desapontar o público e trazer o gosto agridoce para as bilheterias, J.J. Abrams que o diga.

No entanto, os Irmãos Russo foram precisos ao unir esses dois pontos em Ultimato. Ao mesmo tempo em que ele surpreende o público, como na aclamada cena do Capitão empunhando o Mjölnir, ele entrega exatamente aquilo que os fãs queriam, mas que, por diferentes abordagens dos personagens em filmes anteriores, muitos achavam que não seria possível ver em tela.

Uma das maiores críticas que Ultimato sofreu foi sobre as viagens no tempo. Enquanto havia a possibilidade de explorarem outras maneiras deles conseguirem recuperar as Joias do Infinito, o “assalto no tempo” foi uma medida mais dinâmica e emotiva de concluir o segundo ato de um filme de mais de três horas de duração.

Segundo Lorenzo: “Qualquer um que tente encontrar lógica em uma ciência que não existe está perdendo tempo. O filme apresenta uma nova alternativa para o conceito de viagem no tempo, estabelece suas regras para que não haja justamente esse problema de encontrar furos nas inevitáveis alterações que serão feitas. Eles tiram sarro com absolutamente TODOS os filmes de viagem no tempo da Cultura Pop porque não querem alterar o que foi estabelecido no MCU. Porque seria muito dizer que no final aqueles onze anos de histórias não valeram de nada. A intenção do filme é justamente celebrar e encerrar de forma autocontemplativa o Universo Cinematográfico Marvel. O único momento em que se poderia afirmar que há um furo na lógica da viagem temporal deles é quando o Capitão América aparece idoso, como se tivesse vivido esse tempo todo de forma anônima, adotando um conceito bem mais de De Volta para o Futuro. Porém é um momento em que você aceita uma licença poética para deixar a cena muito mais emotiva”, afirma.

E, realmente, encerrar onze anos de aventuras e emoções vividas com uma cena do Capitão América tendo uma segunda chance de ser feliz na vida é de arrancar lágrimas até dos marmanjos.

Se Guerra Infinita é um filme mais maduro a nível de ação e conflito – muitos afirmam que Thanos é o primeiro vilão de verdade do MCU -, Ultimato é uma aventura muito mais madura a nível emocional. É inegável que os filmes se completem com uma harmonia fantástica. Tudo isso culminando na batalha mais épica dos Anos 10 do século XXI.

É realmente complicado apontar um favorito nesta batalha complementar entre ação e emoção, principalmente quando, mesmo tão opostos, os dois funcionem melhor com a presença um do outro. A verdade é que o melhor jeito de definir esse duelo de gigantes é declarar empate. Porque mesmo que Vingadores: Guerra Infinita se sustente melhor como filme isolado, funcionando praticamente como um filme solo de Thanos, no qual os heróis são coadjuvantes, não  dá para fazer pouco ou diminuir a conclusão magistral de Vingadores: Ultimato, que soube resolver pontas soltas de mais de uma década com nostalgia, fan-service, coração e com um roteiro redondinho, apesar de simples.

E para você, qual o melhor filme?

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Há cinco anos, o maior filme com super-heróis da história chegou aos cinemas quebrando todos os recordes possíveis e encerrando uma saga construída ao longo de 11 anos. Vingadores: Ultimato bateu um recorde que, para muitos seria impossível, já que nem o retorno de Star Wars, em 2015, havia sequer chegado perto de ameaçar os quase três bilhões de dólares de Avatar. Com Ultimato em cartaz, as duas primeiras semanas em cartaz estavam praticamente esgotadas com dois dias de venda, obrigando grandes redes de cinemas a abrirem sessões extraordinárias.

As filas enormes, mesmo com lugar marcado, se formavam para que o público enfim pudesse matar a curiosidade de saber qual seria o destino de dezenas de personagens que passaram de ícones dos quadrinhos para grandes nomes da Cultura Pop. Foi um verdadeiro fenômeno cultural que talvez não volte a ser visto tão cedo.

Porém, como de costume no chamado “mundo Geek”, toda obra sofrerá com comparações em debates, fazendo com que não haja nenhuma unanimidade no meio – as exceções são Homem-Aranha 2 e Batman: O Cavaleiro das Trevas, que muito dificilmente são sequer postos em debate, dado o altíssimo nível de qualidade de ambos os filmes. Agora, exatamente um ano depois de Ultimato, os fãs da Marvel e dos heróis em geral seguem debatendo qual o melhor filme da saga: Guerra Infinita ou Ultimato?

Para começar, as pessoas podem comparar as notas do agregador de notas mais famoso e polêmico do mundo, o Rotten Tomatoes. Enquanto Vingadores: Guerra Infinita tem nota geral de 85% de aprovação, Vingadores: Ultimato ostenta incríveis 94%. No entanto, se o parâmetro for por nota do público, a situação se inverte. Ultimato tem incríveis 90% de aprovação popular, já Guerra Infinita tem 91%.Não bastasse essa divisão super parelha, os fãs discutem quase diariamente em grupos e perfis das redes sociais sobre qual filme é melhor.

Os filmes possuem aprovações próximas no Rotten Tomatoes

Para tentar aumentar esse debate, conversamos com Lorenzo Piovan, autor da tese “A percepção dos fãs brasileiros do filme Vingadores – Guerra Infinita acerca dos elementos dos quadrinhos, do cinema e da publicidade”. Para Lorenzo, mesmo com Guerra Infinita sendo tema da tese, Ultimato leva vantagem nesse embate por ser mais eficaz dentro de sua proposta: “Dentro da proposta de Ultimato, que é ser a conclusão de várias franquias, celebrando boa parte desses filmes ao revisitá-los e entregar um clímax catártico –  onde você utiliza vários fan-services não só de maneira gratuita, mas como meio narrativo para concluir arcos de personagens que tenham coerência -, o filme reafirma de vez o envolvimento emocional do fã com a obra. Ele é feito de maneira extremamente bem contada, em três horas de filme, muito bem montada, onde não há uma cena que pareça estar sobrando ou seja desnecessária, ao contrário de Guerra Infinita”.

E de fato Ultimato já vem com uma proposta bem definida, que é encerrar a saga e tentar trazer de volta todas as baixas do final de Guerra Infinita. Como o antecessor termina com metade do Universo Marvel virando pó, inclusive personagens com filmes confirmados para depois de Vingadores: Ultimatocof cof é com você mesmo que estamos falando, Homem Aranha cof cof -, algumas pessoas reclamaram que esse fator acabou tirando um pouco do peso do chocante final de Guerra Infinita, que termina com o vilão vencendo.

“Eu entendo as pessoas acharem Guerra Infinita melhor de algumas formas. Primeiro porque é um filme que deixou o mundo falando e especulando por um ano inteiro sobre o que deveria acontecer em Ultimato. Porque era o filme que terminava de maneira frustrante do ponto de vista dos heróis. Enquanto Ultimato é o filme da entrega, é o último capítulo afinal”, continua Lorenzo. “As pessoas, no geral, foram surpreendidas e ficaram embasbacadas com o final de Guerra Infinita. E um final tão esperado assim terminar com uma promessa de algo ainda mais impactante pode ser uma lembrança melhor do que a do final de Ultimato, que entrega todos os sonhos nerds da forma mais grandiosa possível”, conclui.

Adentrando o mundo dos filmes de suspense e terror, pode-se traçar um paralelo com esse caso. Nos últimos anos, os filmes de “terror inteligente”, que são muito mais voltados para o suspense do que para as cenas gore e jumpscares, viraram fenômenos de crítica e bilheteria. Em entrevista à AFP, o diretor de O Homem nas Trevas (2016), Fede Álvarez, afirma que o sucesso do terror, aquilo que prende e faz o espectador se fascinar: “nunca foram os sustos e os jumpscares, mas sempre foi o suspense”, disse. “Gosto de muitas coisas do gênero […]: uma é o suspense em si, e a segunda é que os personagens sempre têm uma dúvida moral […] você vê Janet Leigh roubando dinheiro em Psicose ou conspirando abertamente para matar uma mulher em Pacto Sinistro. Não são os heróis cotidianos de Hollywood”.

Nesse ponto, além de contar com esse suspense de um ano, Guerra Infinita ainda é estrelado por diversos personagens de moral questionável, como os Guardiões da Galáxia, que começam a aventura tramando uma pequena extorsão em troca de sua ajuda, mas principalmente de Thanos (Josh Brolin), a grande ameaça e o verdadeiro protagonista do longa. Thanos é um personagem tão ambíguo e controverso, que toma atitudes dignas de um crápula para concluir seu plano malthusiano, mas ainda assim toma conta da tela quando aparece e conseguiu angariar uma legião de fãs que realmente torceram por ele. Isso por si só já é um grande mérito de Guerra Infinita. São pouquíssimos os casos em que os mocinhos são ofuscados pelo brilho do vilão.

Além disso, diversos personagens que tinham seus ideais bem definidos dentro do universo tiveram de abrir mão de suas crenças para agirem contra uma ameaça comum. Caso do Capitão América (Chris Evans), que passou a agir na clandestinidade após os eventos de Guerra Civil (2016). Do Thor (Chris Hemsworth), que perde todos que ama e, pela primeira vez falha em sua trajetória no MCU. E até mesmo de Gamora (Zoe Saldana), que sempre foi o membro mais “estável” dos Guardiões e enfim demonstra suas fraquezas emocionais em tela.

Por outro lado, Vingadores: Ultimato tinha a missão clara de trazer as pessoas de volta. Embalado por diversas teorias, após o final devastador de seu antecessor, as chances de decepcionar o público eram bem maiores. Ter que chocar ou atender as expectativas de bilhões de pessoas é uma tarefa absurdamente árdua e tem alta probabilidade de desapontar o público e trazer o gosto agridoce para as bilheterias, J.J. Abrams que o diga.

No entanto, os Irmãos Russo foram precisos ao unir esses dois pontos em Ultimato. Ao mesmo tempo em que ele surpreende o público, como na aclamada cena do Capitão empunhando o Mjölnir, ele entrega exatamente aquilo que os fãs queriam, mas que, por diferentes abordagens dos personagens em filmes anteriores, muitos achavam que não seria possível ver em tela.

Uma das maiores críticas que Ultimato sofreu foi sobre as viagens no tempo. Enquanto havia a possibilidade de explorarem outras maneiras deles conseguirem recuperar as Joias do Infinito, o “assalto no tempo” foi uma medida mais dinâmica e emotiva de concluir o segundo ato de um filme de mais de três horas de duração.

Segundo Lorenzo: “Qualquer um que tente encontrar lógica em uma ciência que não existe está perdendo tempo. O filme apresenta uma nova alternativa para o conceito de viagem no tempo, estabelece suas regras para que não haja justamente esse problema de encontrar furos nas inevitáveis alterações que serão feitas. Eles tiram sarro com absolutamente TODOS os filmes de viagem no tempo da Cultura Pop porque não querem alterar o que foi estabelecido no MCU. Porque seria muito dizer que no final aqueles onze anos de histórias não valeram de nada. A intenção do filme é justamente celebrar e encerrar de forma autocontemplativa o Universo Cinematográfico Marvel. O único momento em que se poderia afirmar que há um furo na lógica da viagem temporal deles é quando o Capitão América aparece idoso, como se tivesse vivido esse tempo todo de forma anônima, adotando um conceito bem mais de De Volta para o Futuro. Porém é um momento em que você aceita uma licença poética para deixar a cena muito mais emotiva”, afirma.

E, realmente, encerrar onze anos de aventuras e emoções vividas com uma cena do Capitão América tendo uma segunda chance de ser feliz na vida é de arrancar lágrimas até dos marmanjos.

Se Guerra Infinita é um filme mais maduro a nível de ação e conflito – muitos afirmam que Thanos é o primeiro vilão de verdade do MCU -, Ultimato é uma aventura muito mais madura a nível emocional. É inegável que os filmes se completem com uma harmonia fantástica. Tudo isso culminando na batalha mais épica dos Anos 10 do século XXI.

É realmente complicado apontar um favorito nesta batalha complementar entre ação e emoção, principalmente quando, mesmo tão opostos, os dois funcionem melhor com a presença um do outro. A verdade é que o melhor jeito de definir esse duelo de gigantes é declarar empate. Porque mesmo que Vingadores: Guerra Infinita se sustente melhor como filme isolado, funcionando praticamente como um filme solo de Thanos, no qual os heróis são coadjuvantes, não  dá para fazer pouco ou diminuir a conclusão magistral de Vingadores: Ultimato, que soube resolver pontas soltas de mais de uma década com nostalgia, fan-service, coração e com um roteiro redondinho, apesar de simples.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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