domingo , 22 dezembro , 2024

Qual o futuro do universo de ‘Harry Potter’/ ‘Animais Fantásticos’ nas telas? O streaming é uma opção

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Propriedade tem chance de brilhar em outros formatos

Um das indagações que surgiram junto ao mais recente trailer da saga Animais Fantásticos e Onde Habitam, ao menos para o autor, foi o de questionamento, melhor dizendo, a dúvida se aquele formato cinematográfico tradicional conseguiria arrancar desse projeto o que ele tinha de melhor a oferecer em todos os sentidos, principalmente história.



Algo que não se pode negar é que um dos motivos para a popularização da marca Harry Potter (o Wizarding World, como ficou conhecido esse universo) foi a sua presença constante no cinema a partir de 2001. Por mais que o sucesso prévio dos livros tenha criado o hábito da leitura em toda uma geração de crianças, fomentando assim um público consumidor para o resto da vida, o quinhão de importância dos filmes em espalhar a obra de J.K. Rowling foi vital.

Tão importante que fortificou ainda mais o laço do público infanto-juvenil que primeiro chegou pelos livros e eventualmente adotou como tradição pessoal acompanhar cada lançamento da franquia nos cinemas; acompanhar os trailers; notícias e afins. Como se não bastasse isso tudo, os filmes ainda contaram com uma experiência que poucas obras tem, que é o crescimento de seu elenco mirim em paralelo com o espectador.

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É inegável que a franquia de filmes elevou a popularidade dos livros para outro patamar

É tal senso de identificação que incentivou o estúdio a bancar uma nova franquia atrelada, porém funcionando como uma prequel. Animais Fantásticos e onde Habitam contou com um início interessante, expandindo o universo bruxo para uma época diferente, em um país diferente, mas reciclando a noção do antagonista ser um bruxo das trevas que sente repulsa pelos trouxas.

Já com Os Crimes de Grindelwald a nova franquia deu sinais de que não havia muito mais com o que trabalhar e o que inicialmente era uma história sobre animais mágicos, se tornou outra guerra do bem contra o mal; com exceção de que o protagonista da vez não tinha motivos para estar no meio do conflito. Pode-se ainda acrescentar a revelação final do personagem de Ezra Miller que, a princípio, soa como uma decisão projetada unicamente para chocar e nada mais.

Eis então que é lançado o trailer da terceira empreitada, Os Segredos de Dumbledore, e o pensamento presente é que a atual franquia necessita, a todo instante, embasar acontecimentos da saga anterior que, em outros tempos, não precisavam de quaisquer explicações ou desenvolvimento. A necessidade de se prender a um passado glorioso tende a puxar Animais Fantásticos e Onde Habitam para baixo.

A dependência da atual franquia com o passado segura muito de seu potencial para expansão

Esta é uma época em que a atenção dos estúdios se volta cada vez mais para o streaming, tanto em termos de marketing quanto financiamento de produção, por motivos de que sua produções são lançadas episodicamente (com exceção da Netflix) o que garante uma repercussão, bem como vida longa, semanal garantida para as novas produções.

Tal estratégia acaba sendo um marketing gratuito que por um lado mantém uma parcelo certa de espectadores ansiando pelo próximo episódio, já pelo outro essa mesma parcela fará a publicidade no boca a boca. Para corresponder a essa espera constante, as produtoras entenderam que precisam investir mais em pelo menos dois aspectos: a produção no geral e o entendimento da marca que eles estão trabalhando.

Um exemplo é o Disney Plus com a Marvel Studios e Star Wars, duas franquias consolidadas que tem recebido produções de níveis dignos do cinema, assim como evidentemente ambiciosas para expandir os universos a que elas pertencem. 

As séries da Marvel Studios, por exemplo, tem apresentado abordagens que expandem seu universo

Para esta ocasião o formato episódico leva vantagem sobre o de longa, pois a equipe criativa pode gradualmente apresentar conceitos e desenvolvimentos novos sem precisar se pautar com o tempo de limite de um filme e então aguardar para que o projeto seguinte receba sinal verde.

O anseio de Animais Fantásticos em ser um produto que, ao mesmo tempo que prega respeito ao passado, quer possuir sua própria identidade jamais poderia ser alcançado em um meio no qual ele conta com pouco mais de duas horas para tanto e muito depende da resposta das bilheterias emocionalmente ligadas à franquia anterior.

Nesse campo, o HBO Max poderia ser um diferencial ao propor o espaço que esse tipo de produção do Wizzarding World precisa, sem a pressão de bilheterias, certo de que as redes sociais seriam tomadas por discussões e teorias semanais e, talvez mais importante, a calma para se contar gradualmente uma boa história. 

 

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Um das indagações que surgiram junto ao mais recente trailer da saga Animais Fantásticos e Onde Habitam, ao menos para o autor, foi o de questionamento, melhor dizendo, a dúvida se aquele formato cinematográfico tradicional conseguiria arrancar desse projeto o que ele tinha de melhor a oferecer em todos os sentidos, principalmente história.

Algo que não se pode negar é que um dos motivos para a popularização da marca Harry Potter (o Wizarding World, como ficou conhecido esse universo) foi a sua presença constante no cinema a partir de 2001. Por mais que o sucesso prévio dos livros tenha criado o hábito da leitura em toda uma geração de crianças, fomentando assim um público consumidor para o resto da vida, o quinhão de importância dos filmes em espalhar a obra de J.K. Rowling foi vital.

Tão importante que fortificou ainda mais o laço do público infanto-juvenil que primeiro chegou pelos livros e eventualmente adotou como tradição pessoal acompanhar cada lançamento da franquia nos cinemas; acompanhar os trailers; notícias e afins. Como se não bastasse isso tudo, os filmes ainda contaram com uma experiência que poucas obras tem, que é o crescimento de seu elenco mirim em paralelo com o espectador.

É inegável que a franquia de filmes elevou a popularidade dos livros para outro patamar

É tal senso de identificação que incentivou o estúdio a bancar uma nova franquia atrelada, porém funcionando como uma prequel. Animais Fantásticos e onde Habitam contou com um início interessante, expandindo o universo bruxo para uma época diferente, em um país diferente, mas reciclando a noção do antagonista ser um bruxo das trevas que sente repulsa pelos trouxas.

Já com Os Crimes de Grindelwald a nova franquia deu sinais de que não havia muito mais com o que trabalhar e o que inicialmente era uma história sobre animais mágicos, se tornou outra guerra do bem contra o mal; com exceção de que o protagonista da vez não tinha motivos para estar no meio do conflito. Pode-se ainda acrescentar a revelação final do personagem de Ezra Miller que, a princípio, soa como uma decisão projetada unicamente para chocar e nada mais.

Eis então que é lançado o trailer da terceira empreitada, Os Segredos de Dumbledore, e o pensamento presente é que a atual franquia necessita, a todo instante, embasar acontecimentos da saga anterior que, em outros tempos, não precisavam de quaisquer explicações ou desenvolvimento. A necessidade de se prender a um passado glorioso tende a puxar Animais Fantásticos e Onde Habitam para baixo.

A dependência da atual franquia com o passado segura muito de seu potencial para expansão

Esta é uma época em que a atenção dos estúdios se volta cada vez mais para o streaming, tanto em termos de marketing quanto financiamento de produção, por motivos de que sua produções são lançadas episodicamente (com exceção da Netflix) o que garante uma repercussão, bem como vida longa, semanal garantida para as novas produções.

Tal estratégia acaba sendo um marketing gratuito que por um lado mantém uma parcelo certa de espectadores ansiando pelo próximo episódio, já pelo outro essa mesma parcela fará a publicidade no boca a boca. Para corresponder a essa espera constante, as produtoras entenderam que precisam investir mais em pelo menos dois aspectos: a produção no geral e o entendimento da marca que eles estão trabalhando.

Um exemplo é o Disney Plus com a Marvel Studios e Star Wars, duas franquias consolidadas que tem recebido produções de níveis dignos do cinema, assim como evidentemente ambiciosas para expandir os universos a que elas pertencem. 

As séries da Marvel Studios, por exemplo, tem apresentado abordagens que expandem seu universo

Para esta ocasião o formato episódico leva vantagem sobre o de longa, pois a equipe criativa pode gradualmente apresentar conceitos e desenvolvimentos novos sem precisar se pautar com o tempo de limite de um filme e então aguardar para que o projeto seguinte receba sinal verde.

O anseio de Animais Fantásticos em ser um produto que, ao mesmo tempo que prega respeito ao passado, quer possuir sua própria identidade jamais poderia ser alcançado em um meio no qual ele conta com pouco mais de duas horas para tanto e muito depende da resposta das bilheterias emocionalmente ligadas à franquia anterior.

Nesse campo, o HBO Max poderia ser um diferencial ao propor o espaço que esse tipo de produção do Wizzarding World precisa, sem a pressão de bilheterias, certo de que as redes sociais seriam tomadas por discussões e teorias semanais e, talvez mais importante, a calma para se contar gradualmente uma boa história. 

 

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