domingo , 22 dezembro , 2024

Quase três décadas depois, conheça o poder de ‘O Rei Leão’ no Cinema, nos Games e na Cultura Pop

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Não é segredo que a Walt Disney sempre foi sinônimo de qualidade quando o quesito é animações. Seus filmes têm um poder mágico de encantar milhões de pessoas, de todas as idades, no mundo inteiro. E quem viveu a era de ouro dos videogames, no final dos anos 80 e durante toda década de 90, deu a sorte de presenciar o lançamento do filme ‘O Rei Leão’ e todo fenômeno causado por essa que é, até hoje, uma das animações mais emocionantes da Casa do Mickey.

O filme foi lançado tardiamente, em 1994, quando já estávamos caminhando para nova era das animações 3D, pois, pra quem não lembra, ‘Toy Story‘ saiu um ano depois. Já ‘O Rei Leão’ era feito completamente no estilo clássico em 2D, desenhado todo a mão. Isso mesmo, a produção de ‘O Rei Leão’ começou ainda em 1988 e foram anos para chegar naquele resultado impressionante. Com a Disney tomando emprestado diversos elementos da cultura africana, japonesa e inglesa, como ‘Kimba – O Leão Branco‘ e ‘Hamlet‘.



Em pouco tempo, ‘O Rei Leão‘ se tornou a animação que conquistou a maior bilheteria da história, gerando automaticamente linhas de brinquedos, coleções de roupas e adereços e, obviamente, adaptações de videogames. Algo que era muito comum naquela época, antes ou depois de alguma animação da Disney, preparam um game correspondente e lançar nos principais consoles do momento.

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The Lion King’, o jogo, saiu ainda no ano de 1994, no dia 8 de dezembro pra ser mais exato, para Super Nintendo e Mega Drive, tanto na América do Norte e Europa quanto no Japão. A paixão pela história de Simba, Timão e Pumba foi mundial, o que deu margem para a Disney idealizar um lançamento simultâneo de escala continental. E esse foi só o primeiro indício de que aquele não era apenas mais um game qualquer da Disney.

Assim como outros títulos da Disney, ‘The Lion King’ também contou com o a Disney Software como parte da sua equipe de desenvolvimento, até para supervisionar e dar o tom da obra em questão. No entanto o principal estúdio a desenvolver o projeto foi o cultuado Westwood Studios, muito conhecido hoje por serem especialistas em incríveis jogos de plataforma, como a série ‘Command & Conquer‘.

Assim como o diretor responsável pelo projeto era o também respeitado Louis Castle, que ficou conhecido quando adaptou, de maneira fiel, o filme de ficção cientifica ‘Blade Runner’ para um jogo point click focado em narrativa, além de colaborar com o lendário cineasta Steven Spielberg em várias produções.

E a ideia da Disney era gerar com o game a mesma sensação do filme, onde vivemos os momentos do leão Simba desde pequeno até crescer e se tornar o conhecido Rei Leão. Passamos então por vários cenários presentes no longa animado e participamos de aventuras inéditas que só quem jogou pôde conferir – por exemplo, duas fases do jogo, Hakuna Matata e ‘Be Prepared’, foram diretamente adaptadas de conceitos e cenários descartados na versão final do filme original. Aliás, antes até de acontecer a série animada do Timão e Pumba, já podemos aqui controlar a dupla nas fases bônus.

No entanto o que salta aos olhos em ‘The Lion King’ é o seu visual arrebatador, que parece uma aquarela pintada a mão. E isso não é à toa, pois o jogo foi realmente desenhado pelos próprios animadores da Disney, nos estúdios Disney Feature Animation, o estúdio das animações oficiais da Disney, onde alguns responsáveis pelo filme também fizeram parte do game. Primeiro desenhavam cada um dos cenários fixos, depois os elementos e sprites utilizados como plantas, pedras, troncos e espinhos – além, é claro, dos animais, que possuem diversos quadros animados, algo bem diferente dos jogos da época.

De fato, o game é bem interativo, animado e possui uma movimentação super fluida, com cada uma das formas do leão se diferenciando. Quando controlamos o pequeno Simba pulamos em cima dos inimigos para atacar, já com o Simba adulto usamos as garras e o rugido pra isso. Uma das coisas mais legais do gameplay é como o Simba escalar as paredes, espinhos e se pendura nas pedras, com animações perfeitas e naturais que parecem ter saído direto do filme.

E se a parte gráfica já estava garantida, o Westwood Studios também tratou de maneira especial toda técnica sonora de ‘The Lion King’, trazendo, primeiramente, as vozes originais de atores renomados como Jeremy Irons no papel do tio e vilão Scar, e James Earl Jones como o pai e rei Mufasa – isso sem mencionar o próprio Jonathan Taylor Thomas, a voz original do Simba.

Já pra trilha sonora, a Disney adaptou diretamente as músicas que faziam parte do filme e álbum lançado, desde as composições do cantor e pianista Elton John quanto as do maestro Hans Zimmer (‘A Origem‘). E mesmo codificada no chip sonoro de cada console, os temas ficaram impecáveis e completamente distintivos. Dá pra dizer que ouvir aquelas músicas em meio toda aventura é como se a gente tivesse fazendo parte do filme.

Muitos se perguntam qual a melhor versão de ‘The Lion King’, bom, não dá pra dizer isso porque tanto a versão do Super Nintendo quanto a do Mega Drive são quase idênticas. A do Mega parece ser um pouco mais rápida, enquanto a do Super Nintendo apresenta animações mais sólidas. O console da Nintendo, pelo chip sonoro avançado da Sony, apresenta uma qualidade de som mais clara, enquanto a do Mega é mais pesada.

De todas as versões, a que mais vendeu ‘The Lion King’ foi a do Super Nintendo, com quase 1,3 milhões de unidades faturadas nos EUA, com a do Mega Drive fazendo menos da metade disso – nessa época o console da Nintendo vendia muito mais que o da Sega, que estava no fim de sua vida útil. A versão especial de MS-DOS atingiu a marca de 200 mil cópias vendidas. As outras versões para os portáteis e consoles anteriores ajudaram bastante, com o próprio Louis Castle afirmando que, somando todas as plataformas, o jogo do Rei Leão tinha passado de 4,5 milhões de cópias vendidas. Um número e tanto para uma produção como essa.

O hoje clássico jogo de ‘O Rei Leão’ continua sendo adorado por “nintendistas” e “seguistas” que fazem questão de jogar nas suas respectivas máquinas antigas e comparar ainda hoje qual é a melhor experiência. Porém, pra galera que ficou com vontade de jogar, as versões de Super Nintendo, Mega Drive e Game Boy foram relançadas na coletânea ‘Disney Classic Games: Aladdin and The Lion King’, saindo em 2019 para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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O filme foi lançado tardiamente, em 1994, quando já estávamos caminhando para nova era das animações 3D, pois, pra quem não lembra, ‘Toy Story‘ saiu um ano depois. Já ‘O Rei Leão’ era feito completamente no estilo clássico em 2D, desenhado todo a mão. Isso mesmo, a produção de ‘O Rei Leão’ começou ainda em 1988 e foram anos para chegar naquele resultado impressionante. Com a Disney tomando emprestado diversos elementos da cultura africana, japonesa e inglesa, como ‘Kimba – O Leão Branco‘ e ‘Hamlet‘.

Em pouco tempo, ‘O Rei Leão‘ se tornou a animação que conquistou a maior bilheteria da história, gerando automaticamente linhas de brinquedos, coleções de roupas e adereços e, obviamente, adaptações de videogames. Algo que era muito comum naquela época, antes ou depois de alguma animação da Disney, preparam um game correspondente e lançar nos principais consoles do momento.

The Lion King’, o jogo, saiu ainda no ano de 1994, no dia 8 de dezembro pra ser mais exato, para Super Nintendo e Mega Drive, tanto na América do Norte e Europa quanto no Japão. A paixão pela história de Simba, Timão e Pumba foi mundial, o que deu margem para a Disney idealizar um lançamento simultâneo de escala continental. E esse foi só o primeiro indício de que aquele não era apenas mais um game qualquer da Disney.

Assim como outros títulos da Disney, ‘The Lion King’ também contou com o a Disney Software como parte da sua equipe de desenvolvimento, até para supervisionar e dar o tom da obra em questão. No entanto o principal estúdio a desenvolver o projeto foi o cultuado Westwood Studios, muito conhecido hoje por serem especialistas em incríveis jogos de plataforma, como a série ‘Command & Conquer‘.

Assim como o diretor responsável pelo projeto era o também respeitado Louis Castle, que ficou conhecido quando adaptou, de maneira fiel, o filme de ficção cientifica ‘Blade Runner’ para um jogo point click focado em narrativa, além de colaborar com o lendário cineasta Steven Spielberg em várias produções.

E a ideia da Disney era gerar com o game a mesma sensação do filme, onde vivemos os momentos do leão Simba desde pequeno até crescer e se tornar o conhecido Rei Leão. Passamos então por vários cenários presentes no longa animado e participamos de aventuras inéditas que só quem jogou pôde conferir – por exemplo, duas fases do jogo, Hakuna Matata e ‘Be Prepared’, foram diretamente adaptadas de conceitos e cenários descartados na versão final do filme original. Aliás, antes até de acontecer a série animada do Timão e Pumba, já podemos aqui controlar a dupla nas fases bônus.

No entanto o que salta aos olhos em ‘The Lion King’ é o seu visual arrebatador, que parece uma aquarela pintada a mão. E isso não é à toa, pois o jogo foi realmente desenhado pelos próprios animadores da Disney, nos estúdios Disney Feature Animation, o estúdio das animações oficiais da Disney, onde alguns responsáveis pelo filme também fizeram parte do game. Primeiro desenhavam cada um dos cenários fixos, depois os elementos e sprites utilizados como plantas, pedras, troncos e espinhos – além, é claro, dos animais, que possuem diversos quadros animados, algo bem diferente dos jogos da época.

De fato, o game é bem interativo, animado e possui uma movimentação super fluida, com cada uma das formas do leão se diferenciando. Quando controlamos o pequeno Simba pulamos em cima dos inimigos para atacar, já com o Simba adulto usamos as garras e o rugido pra isso. Uma das coisas mais legais do gameplay é como o Simba escalar as paredes, espinhos e se pendura nas pedras, com animações perfeitas e naturais que parecem ter saído direto do filme.

E se a parte gráfica já estava garantida, o Westwood Studios também tratou de maneira especial toda técnica sonora de ‘The Lion King’, trazendo, primeiramente, as vozes originais de atores renomados como Jeremy Irons no papel do tio e vilão Scar, e James Earl Jones como o pai e rei Mufasa – isso sem mencionar o próprio Jonathan Taylor Thomas, a voz original do Simba.

Já pra trilha sonora, a Disney adaptou diretamente as músicas que faziam parte do filme e álbum lançado, desde as composições do cantor e pianista Elton John quanto as do maestro Hans Zimmer (‘A Origem‘). E mesmo codificada no chip sonoro de cada console, os temas ficaram impecáveis e completamente distintivos. Dá pra dizer que ouvir aquelas músicas em meio toda aventura é como se a gente tivesse fazendo parte do filme.

Muitos se perguntam qual a melhor versão de ‘The Lion King’, bom, não dá pra dizer isso porque tanto a versão do Super Nintendo quanto a do Mega Drive são quase idênticas. A do Mega parece ser um pouco mais rápida, enquanto a do Super Nintendo apresenta animações mais sólidas. O console da Nintendo, pelo chip sonoro avançado da Sony, apresenta uma qualidade de som mais clara, enquanto a do Mega é mais pesada.

De todas as versões, a que mais vendeu ‘The Lion King’ foi a do Super Nintendo, com quase 1,3 milhões de unidades faturadas nos EUA, com a do Mega Drive fazendo menos da metade disso – nessa época o console da Nintendo vendia muito mais que o da Sega, que estava no fim de sua vida útil. A versão especial de MS-DOS atingiu a marca de 200 mil cópias vendidas. As outras versões para os portáteis e consoles anteriores ajudaram bastante, com o próprio Louis Castle afirmando que, somando todas as plataformas, o jogo do Rei Leão tinha passado de 4,5 milhões de cópias vendidas. Um número e tanto para uma produção como essa.

O hoje clássico jogo de ‘O Rei Leão’ continua sendo adorado por “nintendistas” e “seguistas” que fazem questão de jogar nas suas respectivas máquinas antigas e comparar ainda hoje qual é a melhor experiência. Porém, pra galera que ficou com vontade de jogar, as versões de Super Nintendo, Mega Drive e Game Boy foram relançadas na coletânea ‘Disney Classic Games: Aladdin and The Lion King’, saindo em 2019 para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC.

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Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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