Dua Lipa transformou-se em uma powerhouse da música pop desde sua estreia oficial no cenário fonográfico em 2017, com o lançamento de seu álbum homônimo. Em pouco tempo, a cantora e compositora quebrou inúmeros recordes de streaming, levou para casa um merecido Grammy de Artista Revelação e entregou a obra-prima de sua carreira (ao menos até agora) com o aclamado e premiado ‘Future Nostalgia’.
Levou quase meia década até que Dua voltasse à ativa com o anúncio do antecipadíssimo ‘Radical Optimism’ – uma espécie de declamação sobre sua própria vida, pincelada com o melhor do Europop, do electropop, do dance-pop e de tantos outros estilos que ela ajudou a eternizar na contemporaneidade. Apesar de não ter a mesma solidez das iterações predecessoras, é notável como o novo compilado tem faixas competentes e bem produzidas.
Pensando nisso, preparamos um breve ranking com as cinco melhores músicas do álbum para você conferir.
Veja abaixo e conte para nós qual a sua favorita:
5. “ILLUSION”

Álbum após álbum, Dua se reitera como uma conhecedora do mercado em que trabalha e de que forma ela utiliza essa perspectiva para escolher singles memoráveis. E é claro que isso não seria diferente em ‘Radical Optimism’ – e, dentre desse escopo, “Illusion” foi um tiro certeiro para ajudar a promover o compilado, apostando em um comedido house clássico que traz inspirações de nomes como Kylie Minogue, com quem trabalhou no ótimo remix de “Real Groove”, do álbum ‘Disco’.
4. “HOUDINI”

Há quatro anos, Dua havia causado um grande impacto na cultura pop com o lançamento do já mencionado ‘Future Nostalgia’, que lhe rendeu uma indicação ao Grammy de Álbum do Ano. Em 2023, a artista revelou que estava pronta para sua próxima fase da carreira e nos presenteou com “Houdini”, lead single de seu vindouro terceiro álbum de estúdio. A produção traz elementos dos anos 1980, mas mergulha no ítalo-disco eternizado por Giorgio Moroder e no electro-pop de seus primeiros anos de carreira para nos guiar em uma dançante e narcótica narrativa musical.

3. “WHATCHA DOING”

Apesar de não ter de tornado single oficial – ao menos até agora, “Whatcha Doing” é carregado com um grande potencial mercadológico e, por essa razão, é movido por uma dançante estrutura que mantém-se fiel à identidade hedonista de Dua Lipa. A faixa brinca com incursões do electro-funk com o pandeiro e um impactante baixo para nos levar a uma viagem no tempo para os anos 1990 – por mais que escolhas no refrão soem um pouco inesperadas.
2. “THESE WALLS”

“These Walls”, uma das entradas mais vibrantes dessa breve jornada musical, é uma faixa pensada com extrema cautela e, além de arrancar vocais poderosos da cantora, permite que ela navegue através de um enredo midtempo de separação em uma bem-vinda melancolia que reitera alguns contrastes já presentes ao longo de sua recém-nascida carreira.
1. “TRAINING SEASON”

“Training Season” é alicerçada na potência do euro-disco, revelando as predileções da cantora e compositora por um passado não muito longínquo e que ganha uma roupagem, ao mesmo tempo, nostálgica e modernizada; os versos, que falam das dúvidas de um amor em potencial que apenas se concretizará caso entregue exatamente o que ela queira, são demarcados por batidas profundas e saudosistas, afastando-se de um conceitualismo exaustivo ou de uma reinvenção do gênero. O que Dua promove é a celebração daquilo que a inspira até hoje – e que reitera seu merecido status no escopo da música.