Lady Gaga alcançou o estrelato há doze anos com o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, o revolucionário ‘The Fame’. Sua sonoridade chiclete e impactante, que estava em falta na indústria fonográfica no final dos anos 2000 – com pouquíssimas exceções como o impecável ‘Blackout’ – a colocou nos holofotes e a consagrou como um dos grandes atos solos do pop.
Com o passar dos anos, a cantora e compositora alcançou um patamar que a colocou ao lado de outros ícones da música, incluindo Madonna (cuja inexplicável rixa parece ter encontrado uma trégua), Britney Spears e Kylie Minogue. Mais do que isso, Gaga usou sua voz para se postar a favor da comunidade LGBTQ+, da expressividade artística sem limites e da quebra de padrões, elevando sua presença no cenário do entretenimento a um nível bastante político.
Em homenagem à sua crescente importância – e ao seu aniversário de 34 anos -, o CinePOP fez uma breve lista com o ranking de todos os seus álbuns, incluindo a trilha sonora de ‘Nasce Uma Estrela’ e a colaboração com o lendário Tony Bennett.
Confira abaixo:
7. THE FAME (2008)
Lady Gaga não tem produções ruins. Desde seu début há mais de uma década, a performer mostrou que veio para ficar – e colocou ‘The Fame’ no topo de todas as paradas e de inúmeras listas de melhores álbuns do século. Entretanto, é inegável dizer que as letras, que voltam-se para a busca da ambição e para a conquista de seus sonhos, são mais superficiais e imaturas quando colocadas ao lado de suas conterrâneas. Dito isso, o sucesso e o aclame do CD lhe garantiu duas estatuetas do Grammy.
6. JOANNE (2016)
‘Joanne’ pode ser subestimado pelos fãs, mas trouxe um lado de Gaga que ainda não tínhamos visto. Depois de um conturbado período que insurgiu com ‘ARTPOP’ três anos antes, a artista encontrou sua voz e construiu diversas declarações intimistas para sua família e para si mesma, tirando um tempo para reflexões poderosas que resultaram em incríveis baladas – como a faixa homônima que lhe garantiu mais um gramofone dourado.
5. CHEEK TO CHEEK (2014)
‘Cheek to Cheek’ é uma obra deliciosamente envolvente: uma tragédia, uma comédia, um louvor ao jazz, nostálgico e modernizado, trazendo duas das maiores vozes de todos os tempos em uma combinação emocionante e fluida. Gaga e Bennett transformam música em magia nesse disco – e o resultado lhe rendeu inúmeros prêmios, incluindo um Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional em 2015.
4. ARTPOP (2013)
2013 foi um divisor de águas para a indústria musical e para a carreira de Lady Gaga – e seu grande erro foi anunciar que estava produzindo o álbum do milênio. Em meio a problemas com colaboradores frequentes de sua carreira, a sonoridade chocante de ‘ARTPOP’, que remodernizava o synth-pop dos anos 1960 e 1970 não foi bem recebida pela crítica e pelo público. Felizmente, o CD tornou-se um grande elemento vanguardista e, nos dias de hoje, foi redescoberto pelos ouvintes e influencia inúmeros artistas.
3. NASCE UMA ESTRELA (OST) (2018)
Quando Gaga foi escalada para viver a protagonista do mais novo remake de ‘Nasce Uma Estrela’, ninguém acreditava que ela conseguiria voltar à fama de seus primeiros anos de carreira. Entretanto, depois de apresentar-se no SuperBowl e no Festival Coachella, Gaga fez história com o longa-metragem, faturando inúmeros prêmios de atuação – e quase todos no tocante à música. A trilha sonora da produção lhe garantiu nada menos que quatro prêmios Grammy, um Oscar, um BAFTA, um Globo de Ouro, um Critics’ Choice e inúmeros outros.
2. THE FAME MONSTER (2009)
Ninguém acreditava que a performer repetiria o sucesso de ‘The Fame’, mas ‘The Fame Monster’ conseguiu superar as expectativas de todo mundo. Aclamado pela crítica especializada, o EP de apenas oito faixas trouxe as melhores produções de Gaga, incluindo “Bad Romance”, “Telephone”, “Alejandro” e “Dance in the Dark”, além de levar para casa três gramofones dourados. O álbum, inclusive, carrega consigo um legado extenso e que até hoje é revisitado por vários artistas.
1. BORN THIS WAY (2011)
Considerado por muitos como “a bíblia do pop”, ‘Born This Way’ não poderia ficar em outro lugar no ranking.
Se há alguém que sabe o significado do verbo arriscar, essa pessoa é Lady Gaga. Dois anos depois de ‘The Fame Monster’, a cantora estreou em primeiro lugar na Billboard com hinos musicais em prol da comunidade LGBTQ+ que quebravam tabus religiosos e que cutucavam os membros conservadores e reacionários da sociedade – não é surpresa que as vendas do CD tenham caído exponencialmente na segunda semana, reafirmando sua importância política e ativista.
Gaga foi a primeira artista da história a escrever uma canção explícita à comunidade queer, além de ser a primeira a trazer dançarinos transsexuais para um videoclipe com a música-título. Mais do que isso, foi chamada de herege pelos católicos com “Judas” e “Black Jesus + Amen Fashion”, de depravada ao render-se com “Government Hooker” e “Scheiße”, descontentando inúmeras pessoas e cumprindo com o prometido. E, na verdade, esse ódio sem sentido apenas a reafirmou como uma meritória persona da esfera contemporânea – que nunca deixou ninguém ditar-lhe o que poderia fazer.