quarta-feira , 20 novembro , 2024

Ranking | Do pior ao melhor álbum de Taylor Swift – incluindo ‘The Tortured Poets Department’

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Taylor Swift decidiu se tornar uma cantora e compositora de grande sucesso ainda em 2004, quando tinha apenas quinze anos. Mal sabia ela que, dois anos mais tarde, com o lançamento de seu álbum de estreia epônimo, daria origem a uma das carreiras de maior sucesso da atualidade.

Onze produções e centenas de prêmios mais tarde, Swift quebrou diversos recordes, tornou-se a primeira artista da história a levar para casa quatro estatuetas do Grammy por Álbum do Ano e, constantemente, ela procura reinvenções que a mantenham viva na memória popular – por mais que, nem sempre, essas remodelações tenham um resultado muito positivo.



Para celebrar sua discografia recheada de ótimas incursões musicais e algumas pérolas da esfera mainstream, fizemos um breve ranking de todos os seus álbuns, incluindo o recente The Tortured Poets Department.

Confira:

11. TAYLOR SWIFT (2006)

É claro que o álbum de estreia da artista se manteria bastante fiel à sua jovem mentalidade e ao modo como contava suas histórias – incluindo um conteúdo lírico pautado no romantismo e/ou na desilusão amorosa. Entretanto, à medida que os anos passam, é notável como a produção batida do compilado de originais torna-se cada vez mais cansativa e movida por reciclagens que, por falta de outros termos, se consagram como mergulhos esquecíveis.

10. THE TORTURED POETS DEPARTMENT (2024)

“Apesar dos pontuais ápices, The Tortured Poets Department é uma roda de Samsara – uma falsa sensação de originalidade que, na verdade, demonstra a inevitabilidade de uma fadiga criativa. Nesse álbum, Taylor parece estagnada em um tempo que não mais lhe pertence, procurando alimentar um microcosmos do qual não consegue escapar e recusando-se a explorar algo afora obviedades clichês e circunspecções em demasia” – T.N.

9. REPUTATION (2017)

Taylor Swift sabe como vender e criar músicas que serão consumidas por milhões de fãs. Porém, ‘Reputation simplesmente não consegue fazer jus ao que ela já nos apresentou, funcionando mais como um projeto descartado que algo que realmente queria fazer – e, mesmo se quisesse ter se apresentado de um jeito novo, poderia ter encontrado meios muito melhores para isso.” – Thiago Nolla

8. SPEAK NOW (2010)

O terceiro álbum de Taylor Swift foi lançado há uma década e, apesar de sua produção bastante competente, parece ser uma continuação reciclada do impecável Fearless. Entregando nada menos que seis singles promocionaisSpeak Now pode não ter sido um estouro na temporada de premiações, mas tornou-se o favoritinho do circuito do American Music Awards e um dos mais relembrados pelos fãs.

7. MIDNIGHTS (2022)

“Não posso tirar mérito, entretanto, de referências inesperadas que aparecem no álbum. O art rock, mesmo não esquadrinhado em sua totalidade, é fruto de emulações que provém de atos como Triumvirat e Wallenstein, seja na confecção das vibrantes notas, seja na amálgama entre o sintetizador, a guitarra, o baixo e a bateria; já a universalização conceitual permite que Swift mantenha-se fiel ao que fazia desde sua estreia no cenário fonográfico – que é conquistar o público pelo que sabe fazer de melhor: enredar coisas comuns a todos nós” – T.N.

6. LOVER (2019)

“Aqui, Swift volta a brincar com conceitos evolutivos dentro de seu arco profissional, reinventando a si mesma sem perder suas raízes. Não é surpresa que, como mencionado no parágrafo acima, ela traga para o fim desta década aclamadas produções predecessoras em um estilo que não apenas encantará sua legião de fãs, mas também os apreciadores da boa música. Claro que, de cara, as dezoito longas faixas podem assustar os ouvintes; porém, faz-se necessário dizer que, com exceção de algumas construções repetitivas e monótonas, a cantora investe em uma permissiva fluidez sonora que dialoga com os obstáculos que enfrentou neste ano – incluindo a iminente, mas não concreta, perda de seus outros álbuns. E com certeza tais complicações influenciaram no resultado final (para o melhor, devo dizer).” – T.N.

5. FEARLESS (2008)

Dois anos após sua estreia na indústria fonográfica, Taylor Swift resolveu investir em sua independência artística e mergulho de cabeça na produção musical. Dessa forma, aliou-se a Nathan Chapman para dar vida a Fearless, um dos álbuns de country mais aclamados de todos os tempos que trouxe singles como “Fifteen”“You Belong with Me”“Love Story” e levou para casa duas estatuetas do Grammy Awards – incluindo sua primeira de Álbum do Ano.

4. 1989 (2014)

“‘1989 parece ter ciência de sua estrutura e, mesmo começando de forma morna, cresce ao longo de suas cinco primeiras faixas. Desde o dançante e minimalista Blank Space”, que explode em um épico refrão recheado de fusões do electro e do dance-pop, até All You Had To Do Was Stay”, uma irreverente iteração que permite a insurgência de um convidativo cosmos, Swift explora a si mesma ao máximo e não se cansa, nem nos cansa. Style” também aparece como uma brincadeira estilística declarativa entre “James Dean daydream look in your eyes”, cuja proposital rima é bastante lúdica, mas é Out of the Woods” que nos rouba a atenção por estruturar-se em um propositalmente ultrarromântico tour-de-force.” – T.N.

3. EVERMORE (2020)

“[…] o nono álbum de Taylor não carrega a mesma finesse, por assim dizer, que seu predecessor, mas é uma incrível entrada para alguém que ainda tem muito a nos contar. Evermore é uma continuação que esperaríamos de Folklore, mas talvez carregue consigo uma dramatização muito maior de histórias consideraríamos cotidianas e efêmeras. Swift tem uma capacidade de transformar o mundano em alegórico, o simples em puro êxtase instrumental – e continua fazendo isso com paixão que ainda não vimos. Seja com as conhecidas teclas ecoantes do piano, seja com a utilização de instrumentos bastante originais, essa iteração é exatamente que precisávamos para terminar o ano em seu auge” – T.N.

2. RED (2012)

Swift começou a transitar entre os gêneros musicais com Red, uma das melhores e mais coesas entradas de sua discografia. Lançado em 2013, a versatilidade da artista começa a aflorar em um country-pop que incorporava diversas outras inflexões e premeditava seu amadurecimento, culminando com o supracitado 1989. Retomando sua parceria com Max MartinShellback, Swift parou o mundo com uma épica produção sonora, incluindo a evocativa “All Too Well”.

1. FOLKLORE (2020)

“Swift foge do escapismo e, ao mesmo tempo, retorna a ele: as impalpáveis texturas que delineia se distanciam de um teatralismo exacerbado, acompanhando de perto uma “humanização” que, mais que nunca, faz-se necessária. “Cardigan”, o carro-chefe do álbum, é uma crítica quase sociológica e hierárquica, guiada pelas notas lo-fi do piano que, numa rápida busca pela discografia da artista, quase nunca foi usado. De fato, Taylor sempre teve em mente construções mercadológicas, essencialmente voltadas para a compra em massa. Folklore renega tudo o que ela já foi e o que é, mas não a deixa de lado por completo, escolhendo mostrar um lado visto com brevidade em incursões menos conhecidas. “The Last Great American Dynasty”, por exemplo, permanece dentro da mesma imagética instrumental, mas volta-se para uma trama um pouco mais dinâmica; “Exile” é um dueto inesperado que une as vozes de Swift com a grave epopeia Bon Iver, criando um cenário belamente conflitante e emocionante.” – T.N.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Onze produções e centenas de prêmios mais tarde, Swift quebrou diversos recordes, tornou-se a primeira artista da história a levar para casa quatro estatuetas do Grammy por Álbum do Ano e, constantemente, ela procura reinvenções que a mantenham viva na memória popular – por mais que, nem sempre, essas remodelações tenham um resultado muito positivo.

Para celebrar sua discografia recheada de ótimas incursões musicais e algumas pérolas da esfera mainstream, fizemos um breve ranking de todos os seus álbuns, incluindo o recente The Tortured Poets Department.

Confira:

11. TAYLOR SWIFT (2006)

É claro que o álbum de estreia da artista se manteria bastante fiel à sua jovem mentalidade e ao modo como contava suas histórias – incluindo um conteúdo lírico pautado no romantismo e/ou na desilusão amorosa. Entretanto, à medida que os anos passam, é notável como a produção batida do compilado de originais torna-se cada vez mais cansativa e movida por reciclagens que, por falta de outros termos, se consagram como mergulhos esquecíveis.

10. THE TORTURED POETS DEPARTMENT (2024)

“Apesar dos pontuais ápices, The Tortured Poets Department é uma roda de Samsara – uma falsa sensação de originalidade que, na verdade, demonstra a inevitabilidade de uma fadiga criativa. Nesse álbum, Taylor parece estagnada em um tempo que não mais lhe pertence, procurando alimentar um microcosmos do qual não consegue escapar e recusando-se a explorar algo afora obviedades clichês e circunspecções em demasia” – T.N.

9. REPUTATION (2017)

Taylor Swift sabe como vender e criar músicas que serão consumidas por milhões de fãs. Porém, ‘Reputation simplesmente não consegue fazer jus ao que ela já nos apresentou, funcionando mais como um projeto descartado que algo que realmente queria fazer – e, mesmo se quisesse ter se apresentado de um jeito novo, poderia ter encontrado meios muito melhores para isso.” – Thiago Nolla

8. SPEAK NOW (2010)

O terceiro álbum de Taylor Swift foi lançado há uma década e, apesar de sua produção bastante competente, parece ser uma continuação reciclada do impecável Fearless. Entregando nada menos que seis singles promocionaisSpeak Now pode não ter sido um estouro na temporada de premiações, mas tornou-se o favoritinho do circuito do American Music Awards e um dos mais relembrados pelos fãs.

7. MIDNIGHTS (2022)

“Não posso tirar mérito, entretanto, de referências inesperadas que aparecem no álbum. O art rock, mesmo não esquadrinhado em sua totalidade, é fruto de emulações que provém de atos como Triumvirat e Wallenstein, seja na confecção das vibrantes notas, seja na amálgama entre o sintetizador, a guitarra, o baixo e a bateria; já a universalização conceitual permite que Swift mantenha-se fiel ao que fazia desde sua estreia no cenário fonográfico – que é conquistar o público pelo que sabe fazer de melhor: enredar coisas comuns a todos nós” – T.N.

6. LOVER (2019)

“Aqui, Swift volta a brincar com conceitos evolutivos dentro de seu arco profissional, reinventando a si mesma sem perder suas raízes. Não é surpresa que, como mencionado no parágrafo acima, ela traga para o fim desta década aclamadas produções predecessoras em um estilo que não apenas encantará sua legião de fãs, mas também os apreciadores da boa música. Claro que, de cara, as dezoito longas faixas podem assustar os ouvintes; porém, faz-se necessário dizer que, com exceção de algumas construções repetitivas e monótonas, a cantora investe em uma permissiva fluidez sonora que dialoga com os obstáculos que enfrentou neste ano – incluindo a iminente, mas não concreta, perda de seus outros álbuns. E com certeza tais complicações influenciaram no resultado final (para o melhor, devo dizer).” – T.N.

5. FEARLESS (2008)

Dois anos após sua estreia na indústria fonográfica, Taylor Swift resolveu investir em sua independência artística e mergulho de cabeça na produção musical. Dessa forma, aliou-se a Nathan Chapman para dar vida a Fearless, um dos álbuns de country mais aclamados de todos os tempos que trouxe singles como “Fifteen”“You Belong with Me”“Love Story” e levou para casa duas estatuetas do Grammy Awards – incluindo sua primeira de Álbum do Ano.

4. 1989 (2014)

“‘1989 parece ter ciência de sua estrutura e, mesmo começando de forma morna, cresce ao longo de suas cinco primeiras faixas. Desde o dançante e minimalista Blank Space”, que explode em um épico refrão recheado de fusões do electro e do dance-pop, até All You Had To Do Was Stay”, uma irreverente iteração que permite a insurgência de um convidativo cosmos, Swift explora a si mesma ao máximo e não se cansa, nem nos cansa. Style” também aparece como uma brincadeira estilística declarativa entre “James Dean daydream look in your eyes”, cuja proposital rima é bastante lúdica, mas é Out of the Woods” que nos rouba a atenção por estruturar-se em um propositalmente ultrarromântico tour-de-force.” – T.N.

3. EVERMORE (2020)

“[…] o nono álbum de Taylor não carrega a mesma finesse, por assim dizer, que seu predecessor, mas é uma incrível entrada para alguém que ainda tem muito a nos contar. Evermore é uma continuação que esperaríamos de Folklore, mas talvez carregue consigo uma dramatização muito maior de histórias consideraríamos cotidianas e efêmeras. Swift tem uma capacidade de transformar o mundano em alegórico, o simples em puro êxtase instrumental – e continua fazendo isso com paixão que ainda não vimos. Seja com as conhecidas teclas ecoantes do piano, seja com a utilização de instrumentos bastante originais, essa iteração é exatamente que precisávamos para terminar o ano em seu auge” – T.N.

2. RED (2012)

Swift começou a transitar entre os gêneros musicais com Red, uma das melhores e mais coesas entradas de sua discografia. Lançado em 2013, a versatilidade da artista começa a aflorar em um country-pop que incorporava diversas outras inflexões e premeditava seu amadurecimento, culminando com o supracitado 1989. Retomando sua parceria com Max MartinShellback, Swift parou o mundo com uma épica produção sonora, incluindo a evocativa “All Too Well”.

1. FOLKLORE (2020)

“Swift foge do escapismo e, ao mesmo tempo, retorna a ele: as impalpáveis texturas que delineia se distanciam de um teatralismo exacerbado, acompanhando de perto uma “humanização” que, mais que nunca, faz-se necessária. “Cardigan”, o carro-chefe do álbum, é uma crítica quase sociológica e hierárquica, guiada pelas notas lo-fi do piano que, numa rápida busca pela discografia da artista, quase nunca foi usado. De fato, Taylor sempre teve em mente construções mercadológicas, essencialmente voltadas para a compra em massa. Folklore renega tudo o que ela já foi e o que é, mas não a deixa de lado por completo, escolhendo mostrar um lado visto com brevidade em incursões menos conhecidas. “The Last Great American Dynasty”, por exemplo, permanece dentro da mesma imagética instrumental, mas volta-se para uma trama um pouco mais dinâmica; “Exile” é um dueto inesperado que une as vozes de Swift com a grave epopeia Bon Iver, criando um cenário belamente conflitante e emocionante.” – T.N.

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