quinta-feira , 21 novembro , 2024

Relembrando a Carreira de John Singleton

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John Singleton faleceu no último dia 29 de abril, aos 51 anos, e apesar de tardia, não poderíamos deixar de prestar nossa homenagem. Embora muitos não o conheçam, ou não o conhecessem, Singleton é, sem sombra de dúvidas, um dos cineastas mais importantes, não apenas de Hollywood, mas do mundo, que já produziram conteúdo em audiovisual. E não digo “foi” ou “nos deixou”, pois viverá para sempre, eternizado, através de seu trabalho, sua arte. Esta é a importância de artistas para o mundo: serem lembrados.

Singleton quebrou o recorde de Orson Welles, por Cidadão Kane (1941), no Oscar. Recorde mantido por 50 anos, quando o icônico Welles, aos 26 anos, entregava sua obra-prima e se tornava o diretor mais jovem a ser nomeado pela Academia. Singleton foi indicado por sua obra-prima, Os Donos da Rua (1991), aos 24 anos. Recorde este que o cineasta californiano ainda mantém.



Fora isso, guarda um recorde ainda mais importante. Foi o primeiro cineasta negro a ser indicado ao Oscar na história – feito que não diminui a importância, de forma alguma, de gente como Spike Lee, por exemplo, sempre citado como militante do cinema representativo racial. Pois bem, Singleton tem importância equiparável. Depois de Singleton, seguiram Lee Daniels (Preciosa, 2009), Steve McQueen (12 Anos de Escravidão, 2013), Barry Jenkins (Moonlight, 2016), Jordan Peele (Corra!, 2017) e, de forma tardia, o próprio Spike Lee (Infiltrado na Klan, 2018). Infelizmente, nenhum diretor negro jamais ganhou o prêmio máximo do cinema por direção – até o momento.

Pensando nisso, na importância que o diretor tem para o cinema, e como forma de homenagear seu legado, o CinePOP resolveu relembrar a carreira deste pilar de grande relevância para Hollywood.

Os Donos da Rua (1991)

Aos 24 anos, John Singleton entregou o que pode ser considerado sua obra-prima. E isso se deve porque o diretor espelhou suas experiências pessoais e o que conhecia de seu bairro, além de familiares e amigos de infância, para compor o roteiro do filme. Os Donos da Rua, também muito conhecido por seu título original Boyz in the Hood, foi indicado ao Oscar de melhor diretor e roteiro, ambos para Singleton. Na trama, Cuba Gooding Jr. é a persona do diretor, como um jovem tentando seguir o caminho certo na vida, se esquivar da violência, criminalidade e racismo que o cercam a cada esquina.

Sem Medo no Coração (1993)

A protagonista aqui é Janet Jackson (John Singleton já havia trabalhado com seu irmão, o rei do pop Michael Jackson – que o diretor comandou no clipe da música Remember the Time, 1993). Janet vive a protagonista Justice, uma jovem poetiza – daí o título original com o trocadilho Poetic Justice, ou Justiça Poética. Singleton disse em entrevistas que com o filme seu desejo era, ao mesmo tempo, dar uma visão feminina às mesmas questões abordadas em seu primeiro filme e uma visão menos agressiva e mais pacifista envolvendo os mesmos problemas. No filme, o diretor teve a chance de trabalhar com o rapper Tupac Shakur, falecido em 1996 aos 25 anos, que na época construía uma sólida carreira como ator.

Duro Aprendizado (1995)

Depois de jogar os holofotes nas questões de jovens negros de uma área pobre de Los Angeles, e no universo feminino de uma jovem negra com as mesmas questões, Singleton amplifica sua narrativa para uma mistura étnica e cultural de alunos de uma famosa universidade. Assim, mulheres e homens, negros e brancos viram pauta do cineasta autoral, e deste caldeirão em ebulição ele retira seu terceiro trabalho, ainda apresentando um discurso fervoroso, digno e ainda, infelizmente, superatual. Racismo, abuso, machismo, supremacia branca e estupro são alguns dos temas polêmicos abordados pelo diretor no filme.

Massacre em Rosewood (1997)

Depois de ter dado sua visão a questões representativas três vezes, por três diferentes ângulos de uma mesma situação, John Singleton volta ao passado para uma olhada na raiz da questão – ou ao menos parte dela. O filme mais ambicioso do diretor até então, Massacre em Rosewood é um drama histórico, baseado em aterradores fatos, e se passa em uma pequena cidade nos EUA, que funcionava como comunidade majoritariamente negra em 1923. Um dos maiores conflitos raciais da época, ou o maior, num mundo ainda muito racista e repleto de preconceito e discriminação. O longa difícil retrata uma realidade cruel.

Shaft (2000)

Três anos depois e John Singleton encarava seu projeto mais comercial e voltado ao entretenimento, com seu quinto filme. Mas não era um projeto escapista qualquer. Shaft é um dos maiores representantes do cinema negro, conhecido como Blaxploitation, surgido na década de 1970. Aliás, pode inclusive ser considerado o carro-chefe do movimento em popularidade. Baseado no livro de Ernest Tidyman, virou filme em 1971 e trazia um detetive negro que não levava desaforo para casa. Antes de Pantera Negra (2018), Shaft foi o herói de muito gente ao mostrar de um outro ângulo o tipo de policial que o cinema sempre vangloriou.

Seguiram sequências em 1972 e 1973 – mesmo ano em que estreou uma série de TV com o personagem. Singleton tirou o detetive na década de 1970 e nas formas de Samuel L. Jackson o personagem foi modernizado para os novos tempos – sem esquecer as questões sociais e raciais que são o cerne de tais filmes. Este ano, quase vinte anos depois do filme de Singleton, ganharemos mais um filme do personagem, novamente na pele de Jackson.

Baby Boy – O Rei da Rua (2001)

Dez anos depois de sua obra-prima Boyz in the Hood, John Singleton voltava à vizinhança para um novo capítulo em uma série de filmes não interligados. Com o mundo mudado ao seu redor, o cineasta aborda outro ângulo das questões raciais em que construiu sua carreira. Aqui, o foco é em Jody (Tyrese Gibson), um jovem negro desempregado, morando com mãe, e já pai de seu próprio filho. O longa aborda seus relacionamentos amorosos e traz no elenco atores cujas carreiras decolaram, como Taraji P. Henson e Mo´Nique.

+Velozes +Furiosos (2003)

Retornando ao terreno comercial, o diretor comandou para a Universal Pictures a sequência de seu sucesso surpresa de dois anos antes, Velozes e Furiosos. Tudo bem, não era um filme que pedia continuação necessariamente, mas Singleton trouxe um sabor só seu à mistura, levando a ambientação do submundo de Los Angeles para a ensolarada Miami. Com um orçamento de quase US$80 milhões, +Velozes +Furiosos foi sua maior produção e serviu como experiência para o cineasta. Como Vin Diesel não topou voltar, o roteiro foi reescrito adaptando seu papel a um novo personagem – e para viver Roman, o diretor escalou o protagonista de seu filme anterior, Tyrese, dando espaço para um personagem negro com protagonismo dentro de uma grande franquia em potencial.

Quatro Irmãos (2005)

Em nova parceria com a Paramount, depois do remake de Shaft, Singleton apostou num thriller dramático, com estilão do tipo de cinema de crime que era feito na época de ouro de Hollywood. De fato, Quatro Irmãos se comporta muito também como um faroeste de vingança, e é dito ter sido baseado em Os Filhos de Katie Elder (1965), western dirigido por Henry Hathaway e estrelado por John Wayne e Dean Martin. Na trama, transportada para o ano de 2005, quatro irmãos adotivos (dois negros e dois brancos), todos malandros do bairro com pé na criminalidade, decidem investigar por conta própria o assassinato da pessoa mais importante em suas vidas, sua mãe adotiva, a mulher que os tirou das ruas.

Sem Saída (2011)

Mesmo em seus filmes mais comerciais, vide Shaft, +Velozes +Furiosos e Quatro Irmãos, John Singleton dava um jeito de abordar questões raciais ou ao menos dar protagonismo a atores e personagens negros. Justamente por isso, seu grande ponto fora da curva é este Sem Saída, o último filme de sua carreira. Embora seja mais um exercício em pura técnica e traga uma história de espionagem que tinha potencial – com elementos tipicamente Hitchcockianos (o jovem que descobre que sua vida é uma mentira e se vê totalmente fora de seu elemento, precisando lidar com problemas do tipo ‘homem errado, no lugar errado’), o longa é o que menos porta ‘a cara’ de Singleton em sua filmografia.

Snowfall (2017-2019)

Depois de Sem Saída, Singleton se voltou para a TV, onde dirigiu episódios de séries e minisséries de prestígio, como Empire: Fama e Poder (um episódio em 2015), The People Vs O.J. Simpson (um episódio em 2016), Rebel (o episódio piloto em 2017) e Billions (um episódio em 2017).  Envolvimento maior com um programa, no entanto, o diretor teve com Snowfall, série recente, que estreou em 2017. Recobrando suas raízes, discutindo problemas sociais e dando prioridade a personagens negros, Singleton volta aos anos 1980, para discutir o início da epidemia de crack em Los Angeles. O cineasta, além de ser o criador e produzir, dirigiu três episódios. A série do canal FX estreia sua terceira temporada em julho deste ano.

Como produtor, Singleton lançou três filmes: Irresistível Atração (1998), comédia romântica com Jada Pinkett Smith, Ritmo de um Sonho (2005), drama sobre música que indicou ao Oscar Terrence Howard, e Entre o Céu e o Inferno (2006), filme estranho e sensual protagonizado por Samuel L. Jackson e Christina Ricci.

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John Singleton faleceu no último dia 29 de abril, aos 51 anos, e apesar de tardia, não poderíamos deixar de prestar nossa homenagem. Embora muitos não o conheçam, ou não o conhecessem, Singleton é, sem sombra de dúvidas, um dos cineastas mais importantes, não apenas de Hollywood, mas do mundo, que já produziram conteúdo em audiovisual. E não digo “foi” ou “nos deixou”, pois viverá para sempre, eternizado, através de seu trabalho, sua arte. Esta é a importância de artistas para o mundo: serem lembrados.

Singleton quebrou o recorde de Orson Welles, por Cidadão Kane (1941), no Oscar. Recorde mantido por 50 anos, quando o icônico Welles, aos 26 anos, entregava sua obra-prima e se tornava o diretor mais jovem a ser nomeado pela Academia. Singleton foi indicado por sua obra-prima, Os Donos da Rua (1991), aos 24 anos. Recorde este que o cineasta californiano ainda mantém.

Fora isso, guarda um recorde ainda mais importante. Foi o primeiro cineasta negro a ser indicado ao Oscar na história – feito que não diminui a importância, de forma alguma, de gente como Spike Lee, por exemplo, sempre citado como militante do cinema representativo racial. Pois bem, Singleton tem importância equiparável. Depois de Singleton, seguiram Lee Daniels (Preciosa, 2009), Steve McQueen (12 Anos de Escravidão, 2013), Barry Jenkins (Moonlight, 2016), Jordan Peele (Corra!, 2017) e, de forma tardia, o próprio Spike Lee (Infiltrado na Klan, 2018). Infelizmente, nenhum diretor negro jamais ganhou o prêmio máximo do cinema por direção – até o momento.

Pensando nisso, na importância que o diretor tem para o cinema, e como forma de homenagear seu legado, o CinePOP resolveu relembrar a carreira deste pilar de grande relevância para Hollywood.

Os Donos da Rua (1991)

Aos 24 anos, John Singleton entregou o que pode ser considerado sua obra-prima. E isso se deve porque o diretor espelhou suas experiências pessoais e o que conhecia de seu bairro, além de familiares e amigos de infância, para compor o roteiro do filme. Os Donos da Rua, também muito conhecido por seu título original Boyz in the Hood, foi indicado ao Oscar de melhor diretor e roteiro, ambos para Singleton. Na trama, Cuba Gooding Jr. é a persona do diretor, como um jovem tentando seguir o caminho certo na vida, se esquivar da violência, criminalidade e racismo que o cercam a cada esquina.

Sem Medo no Coração (1993)

A protagonista aqui é Janet Jackson (John Singleton já havia trabalhado com seu irmão, o rei do pop Michael Jackson – que o diretor comandou no clipe da música Remember the Time, 1993). Janet vive a protagonista Justice, uma jovem poetiza – daí o título original com o trocadilho Poetic Justice, ou Justiça Poética. Singleton disse em entrevistas que com o filme seu desejo era, ao mesmo tempo, dar uma visão feminina às mesmas questões abordadas em seu primeiro filme e uma visão menos agressiva e mais pacifista envolvendo os mesmos problemas. No filme, o diretor teve a chance de trabalhar com o rapper Tupac Shakur, falecido em 1996 aos 25 anos, que na época construía uma sólida carreira como ator.

Duro Aprendizado (1995)

Depois de jogar os holofotes nas questões de jovens negros de uma área pobre de Los Angeles, e no universo feminino de uma jovem negra com as mesmas questões, Singleton amplifica sua narrativa para uma mistura étnica e cultural de alunos de uma famosa universidade. Assim, mulheres e homens, negros e brancos viram pauta do cineasta autoral, e deste caldeirão em ebulição ele retira seu terceiro trabalho, ainda apresentando um discurso fervoroso, digno e ainda, infelizmente, superatual. Racismo, abuso, machismo, supremacia branca e estupro são alguns dos temas polêmicos abordados pelo diretor no filme.

Massacre em Rosewood (1997)

Depois de ter dado sua visão a questões representativas três vezes, por três diferentes ângulos de uma mesma situação, John Singleton volta ao passado para uma olhada na raiz da questão – ou ao menos parte dela. O filme mais ambicioso do diretor até então, Massacre em Rosewood é um drama histórico, baseado em aterradores fatos, e se passa em uma pequena cidade nos EUA, que funcionava como comunidade majoritariamente negra em 1923. Um dos maiores conflitos raciais da época, ou o maior, num mundo ainda muito racista e repleto de preconceito e discriminação. O longa difícil retrata uma realidade cruel.

Shaft (2000)

Três anos depois e John Singleton encarava seu projeto mais comercial e voltado ao entretenimento, com seu quinto filme. Mas não era um projeto escapista qualquer. Shaft é um dos maiores representantes do cinema negro, conhecido como Blaxploitation, surgido na década de 1970. Aliás, pode inclusive ser considerado o carro-chefe do movimento em popularidade. Baseado no livro de Ernest Tidyman, virou filme em 1971 e trazia um detetive negro que não levava desaforo para casa. Antes de Pantera Negra (2018), Shaft foi o herói de muito gente ao mostrar de um outro ângulo o tipo de policial que o cinema sempre vangloriou.

Seguiram sequências em 1972 e 1973 – mesmo ano em que estreou uma série de TV com o personagem. Singleton tirou o detetive na década de 1970 e nas formas de Samuel L. Jackson o personagem foi modernizado para os novos tempos – sem esquecer as questões sociais e raciais que são o cerne de tais filmes. Este ano, quase vinte anos depois do filme de Singleton, ganharemos mais um filme do personagem, novamente na pele de Jackson.

Baby Boy – O Rei da Rua (2001)

Dez anos depois de sua obra-prima Boyz in the Hood, John Singleton voltava à vizinhança para um novo capítulo em uma série de filmes não interligados. Com o mundo mudado ao seu redor, o cineasta aborda outro ângulo das questões raciais em que construiu sua carreira. Aqui, o foco é em Jody (Tyrese Gibson), um jovem negro desempregado, morando com mãe, e já pai de seu próprio filho. O longa aborda seus relacionamentos amorosos e traz no elenco atores cujas carreiras decolaram, como Taraji P. Henson e Mo´Nique.

+Velozes +Furiosos (2003)

Retornando ao terreno comercial, o diretor comandou para a Universal Pictures a sequência de seu sucesso surpresa de dois anos antes, Velozes e Furiosos. Tudo bem, não era um filme que pedia continuação necessariamente, mas Singleton trouxe um sabor só seu à mistura, levando a ambientação do submundo de Los Angeles para a ensolarada Miami. Com um orçamento de quase US$80 milhões, +Velozes +Furiosos foi sua maior produção e serviu como experiência para o cineasta. Como Vin Diesel não topou voltar, o roteiro foi reescrito adaptando seu papel a um novo personagem – e para viver Roman, o diretor escalou o protagonista de seu filme anterior, Tyrese, dando espaço para um personagem negro com protagonismo dentro de uma grande franquia em potencial.

Quatro Irmãos (2005)

Em nova parceria com a Paramount, depois do remake de Shaft, Singleton apostou num thriller dramático, com estilão do tipo de cinema de crime que era feito na época de ouro de Hollywood. De fato, Quatro Irmãos se comporta muito também como um faroeste de vingança, e é dito ter sido baseado em Os Filhos de Katie Elder (1965), western dirigido por Henry Hathaway e estrelado por John Wayne e Dean Martin. Na trama, transportada para o ano de 2005, quatro irmãos adotivos (dois negros e dois brancos), todos malandros do bairro com pé na criminalidade, decidem investigar por conta própria o assassinato da pessoa mais importante em suas vidas, sua mãe adotiva, a mulher que os tirou das ruas.

Sem Saída (2011)

Mesmo em seus filmes mais comerciais, vide Shaft, +Velozes +Furiosos e Quatro Irmãos, John Singleton dava um jeito de abordar questões raciais ou ao menos dar protagonismo a atores e personagens negros. Justamente por isso, seu grande ponto fora da curva é este Sem Saída, o último filme de sua carreira. Embora seja mais um exercício em pura técnica e traga uma história de espionagem que tinha potencial – com elementos tipicamente Hitchcockianos (o jovem que descobre que sua vida é uma mentira e se vê totalmente fora de seu elemento, precisando lidar com problemas do tipo ‘homem errado, no lugar errado’), o longa é o que menos porta ‘a cara’ de Singleton em sua filmografia.

Snowfall (2017-2019)

Depois de Sem Saída, Singleton se voltou para a TV, onde dirigiu episódios de séries e minisséries de prestígio, como Empire: Fama e Poder (um episódio em 2015), The People Vs O.J. Simpson (um episódio em 2016), Rebel (o episódio piloto em 2017) e Billions (um episódio em 2017).  Envolvimento maior com um programa, no entanto, o diretor teve com Snowfall, série recente, que estreou em 2017. Recobrando suas raízes, discutindo problemas sociais e dando prioridade a personagens negros, Singleton volta aos anos 1980, para discutir o início da epidemia de crack em Los Angeles. O cineasta, além de ser o criador e produzir, dirigiu três episódios. A série do canal FX estreia sua terceira temporada em julho deste ano.

Como produtor, Singleton lançou três filmes: Irresistível Atração (1998), comédia romântica com Jada Pinkett Smith, Ritmo de um Sonho (2005), drama sobre música que indicou ao Oscar Terrence Howard, e Entre o Céu e o Inferno (2006), filme estranho e sensual protagonizado por Samuel L. Jackson e Christina Ricci.

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