quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Relembre a carreira de Joel Schumacher

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Hoje Hollywood perde um de seus grandes talentos. O diretor Joel Schumacher, nome conhecido por cinéfilos, entusiastas casuais da sétima arte e aficionados pelo mundo do entretenimento de forma geral, nos deixou aos 80 anos após algum tempo lutando contra o câncer.

O motivo do estrelato se deu quando Schumacher assumiu a direção dos filmes do Batman em meados dos anos 1990 – elevando sua carreira a outro patamar e atraindo para si a atenção de um público mais abrangente.



Indicado à Palma de Ouro (prêmio máximo no prestigiado Festival de Cannes), Schumacher era produtor, roteirista e em seu currículo teve 35 créditos como diretor. Como forma de homenagear este cultuado cineasta, o CinePOP relembra para você a carreira deste grande artista.

Início de Carreira

Filho de mãe sueca, o nova yorkino Joel Schumacher começou sua vida profissional como designer e vitrinista de lojas de sua cidade natal, logo seguindo para a faculdade de moda e depois trabalhando nesta indústria. Schumacher só viria a ingressar na vida de cinema aos trinta e poucos anos, e muitos de seus filmes refletem seu passado como estilista.

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Muitos diretores de sucesso começaram suas carreiras no comando de vídeo clipes, mas no caso de Schumacher, eles só viriam após ter seu nome estabelecido em Hollywood. Em 1988, após já ter na bagagem dois filmes de sucesso, o cineasta comandou o clipe ‘Devil Inside’, da banda INXS.

Seus primeiros filmes foram ainda na década de 1970, com dois longas produzidos direto para a TV, em 1974 e 1979. O primeiro, Virginia Hill, é a biografia da ex-prostituta namorada do mafioso Bugsy Siegel; o segundo, Amateur Night at the Dixie Bar and Grill, relata o cotidiano de um bar country e seus shows de talento.

Curiosamente, foi o clássico Grandes Esperanças (1946), de David Lean, baseado no icônico livro de Charles Dickens, que despertou o interesse de Schumacher a perseguir a carreira no cinema.

Anos 1980

O primeiro filme de Schumacher lançado para o cinema foi A Incrível Mulher que Encolheu (1981), baseado no livro de Richard Matheson – uma comédia com Lily Tomlin. Dois anos depois, e o diretor continuava no gênero da comédia com o escrachado non sense Táxi Especial (1983), sobre um grupo de taxistas em Washington e suas desventuras com a companhia em que trabalham. O longa conta com o infame Mr. T (Esquadrão Classe A e Rocky III).

Foi na sequência que Schumacher se tornaria um nome a se prestar atenção em Hollywood, ao entregar dois anos depois a dramédia O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (1985), sobre um grupo de amigos recém-saídos da faculdade, precisando encarar a vida adulta. No longa, escrito pelo próprio, o diretor teve sob seu comando o grupo de jovens atores conhecidos como Brat Pack – os talentos mais promissores da geração 80’s. Dentre eles: Demi Moore, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Sheedy, Andie MacDowell e Mare Winningham.

Para a geração que cresceu nos anos 80, porém, nenhum filme seria mais emblemático na filmografia do diretor do que Os Garotos Perdidos (1987) – cult de vampiros bancado pela Warner, com Kieffer Sutherland, Jason Patric, Corey Haim e Corey Feldman. Com uma filmografia calcada na comédia, ação e alguns sustos, em 1989, Schumacher dava um passo além, investindo num drama adulto produzido pela Paramount. Um Toque de Infidelidade (1989), com Ted Danson e Isabella Rossellini é refilmagem de uma obra francesa sobre troca de casais.

Anos 1990

Ainda na década de 1980, o investimento em Joel Schumacher já havia se tornado tão confiável que os grandes estúdios lhe ofereciam trabalho constante, e o diretor lançava filmes a cada dois anos. Essa periodicidade seguiu pelos anos 1990. Nos dois primeiros anos da década, o cineasta construía uma dinâmica de sucesso com a estrela Julia Roberts. Numa dobradinha, a dupla lançava em sequência o thriller Linha Mortal (1990) – indicado ao Oscar de efeitos sonoros – e drama romântico Tudo por Amor (1991), para a Columbia/Sony e a Fox respectivamente.

A esta altura, Joel Schumacher já era um diretor altamente prestigiado em Hollywood – tendo transitado por diversos gêneros (e exibido sucesso neles) e se tornado homem de confiança dos maiores estúdios, algo muito importante na indústria. Voltando para a Warner, ele comandou Um Dia de Fúria (1993), com Michael Douglas, e O Cliente (1994), adaptação de John Grisham, indicado ao Oscar de melhor atriz para Susan Sarandon. Ambos de boa repercussão e sucesso. Neste período também, o cineasta voltaria ao mundo dos vídeo clipes assinando ‘Heaven Help’, de Lenny Kravitz, e ‘Kiss From a Rose’, de Seal.

Foi sua bagagem até então, e a boa relação com a Warner, que lhe garantiram o sinal verde para o comando em Batman Eternamente (1995), sua primeira incursão em um filme de super-herói, e um do qual era muito fã. Quando Tim Burton foi afastado por seus filmes com o personagem serem considerados muito sombrios e violentos, Schumacher foi instruído (ou obrigado) a produzir obras mais simpáticas às crianças. O resultado foi favorável, já que a aventura fez US$336 milhões mundialmente. Já a sequência, Batman & Robin (1997), não teria a mesma sorte e ficaria marcado como uma das piores produções cinematográficas da história – motivo de piadas e chacotas. Schumacher inclusive chegou a pedir desculpas na frente das câmeras para os fãs no lançamento de uma edição comemorativa do filme em DVD.

Para muitos, Joel Schumacher se tornaria uma personalidade estigmatizada depois do ocorrido. Porém, assim como Paul Verhoeven (e seu Showgirls), por exemplo, seu legado é muito maior – mesmo que nenhum lançamento consecutivo tenha verdadeiramente sido tão impactante ao ponto de apagar o gosto amargo no paladar dos fãs. Ainda nos anos 1990, o diretor lançaria obras aclamadas e de sucesso relativo, como Tempo de Matar (1996), segunda e mais eficiente adaptação de Grisham; 8mm (1999), descida ao “inferno” do cineasta com seu filme mais intenso; e Ninguém é Perfeito (1999), outra obra escrita pelo próprio, sobre a relação de amizade entre um segurança homofóbico (Robert De Niro) e seu vizinho Drag Queen (Philip Seymour Hoffman).

Anos 2000

Na nova década, Joel Schumacher se cercou de atores de prestígio e alguns promissores talentos. Descobriu o irlandês Colin Farrell no drama de guerra Tigerland: A Caminho da Guerra (2000) e repetiu a parceria no suspense Por um Fio (2002). Trabalhou com Anthony Hopkins na ação de espionagem Em Má Companhia (2002); com Cate Blanchett na biografia O Custo da Coragem (2003); e novamente com Jim Carrey no thriller Número 23 (2007). Todos variando o nível de sucesso, mas sem uma produção arrebatadoramente unânime. No período, sua aposta mais ambiciosa foi para a Universal com a versão para o cinema da grandiosa peça O Fantasma da Ópera (2004), de Andrew Lloyd Weber – escolhido a dedo pelo autor da obra devido ao uso da música proposta por Schumacher em Os Garotos Perdidos. Segundo relatos, o diretor foi a primeira e única opção para o musical.

O Fantasma da Ópera ficou abaixo do esperado em termos financeiros e falhou em agradar a crítica. O fato fez o cineasta se voltar a obras de menor orçamento, como o terror Renascido das Trevas (2009), com Henry Cavill e Michael Fassbender – então ilustres desconhecidos. Fassbender disse em entrevista que Schumacher foi o melhor diretor com quem já trabalhou.

Últimos Trabalhos

Em seus últimos filmes, Joel Schumacher resolveu se manter menor, mais minimalista. Na última década entregou apenas dois longas para o cinema. Twelve: Vidas Sem Rumo (2010) tentou resgatar o feeling de Schumacher para o universo dos jovens de seus primeiros sucessos. Aqui, baseado num livro, dando enfoque a um clima mais sombrio, com temas como tráfico de drogas e assassinato. Emma Roberts foi a revelação do elenco. O segundo, e canto do cisne para o diretor foi Reféns (2011), que usou como protagonistas os colaboradores do cineasta Nicolas Cage (8mm) e Nicole Kidman (Batman Eternamente), juntos em tela pela primeira vez. O filme, porém, passou em branco – não sendo por assim dizer um trabalho muito expressivo de nenhuma das partes.

Os últimos trabalhos assinados por Joel Schumacher foram os episódios 5 e 6 da primeira temporada da série de sucesso House of Cards (2013), série que deu o pontapé inicial para mostrar o que seria o colosso Netflix. A série tinha produção de David Fincher, amigo pessoal de Joel Schumacher.

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Hoje Hollywood perde um de seus grandes talentos. O diretor Joel Schumacher, nome conhecido por cinéfilos, entusiastas casuais da sétima arte e aficionados pelo mundo do entretenimento de forma geral, nos deixou aos 80 anos após algum tempo lutando contra o câncer.

O motivo do estrelato se deu quando Schumacher assumiu a direção dos filmes do Batman em meados dos anos 1990 – elevando sua carreira a outro patamar e atraindo para si a atenção de um público mais abrangente.

Indicado à Palma de Ouro (prêmio máximo no prestigiado Festival de Cannes), Schumacher era produtor, roteirista e em seu currículo teve 35 créditos como diretor. Como forma de homenagear este cultuado cineasta, o CinePOP relembra para você a carreira deste grande artista.

Início de Carreira

Filho de mãe sueca, o nova yorkino Joel Schumacher começou sua vida profissional como designer e vitrinista de lojas de sua cidade natal, logo seguindo para a faculdade de moda e depois trabalhando nesta indústria. Schumacher só viria a ingressar na vida de cinema aos trinta e poucos anos, e muitos de seus filmes refletem seu passado como estilista.

Muitos diretores de sucesso começaram suas carreiras no comando de vídeo clipes, mas no caso de Schumacher, eles só viriam após ter seu nome estabelecido em Hollywood. Em 1988, após já ter na bagagem dois filmes de sucesso, o cineasta comandou o clipe ‘Devil Inside’, da banda INXS.

Seus primeiros filmes foram ainda na década de 1970, com dois longas produzidos direto para a TV, em 1974 e 1979. O primeiro, Virginia Hill, é a biografia da ex-prostituta namorada do mafioso Bugsy Siegel; o segundo, Amateur Night at the Dixie Bar and Grill, relata o cotidiano de um bar country e seus shows de talento.

Curiosamente, foi o clássico Grandes Esperanças (1946), de David Lean, baseado no icônico livro de Charles Dickens, que despertou o interesse de Schumacher a perseguir a carreira no cinema.

Anos 1980

O primeiro filme de Schumacher lançado para o cinema foi A Incrível Mulher que Encolheu (1981), baseado no livro de Richard Matheson – uma comédia com Lily Tomlin. Dois anos depois, e o diretor continuava no gênero da comédia com o escrachado non sense Táxi Especial (1983), sobre um grupo de taxistas em Washington e suas desventuras com a companhia em que trabalham. O longa conta com o infame Mr. T (Esquadrão Classe A e Rocky III).

Foi na sequência que Schumacher se tornaria um nome a se prestar atenção em Hollywood, ao entregar dois anos depois a dramédia O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (1985), sobre um grupo de amigos recém-saídos da faculdade, precisando encarar a vida adulta. No longa, escrito pelo próprio, o diretor teve sob seu comando o grupo de jovens atores conhecidos como Brat Pack – os talentos mais promissores da geração 80’s. Dentre eles: Demi Moore, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Sheedy, Andie MacDowell e Mare Winningham.

Para a geração que cresceu nos anos 80, porém, nenhum filme seria mais emblemático na filmografia do diretor do que Os Garotos Perdidos (1987) – cult de vampiros bancado pela Warner, com Kieffer Sutherland, Jason Patric, Corey Haim e Corey Feldman. Com uma filmografia calcada na comédia, ação e alguns sustos, em 1989, Schumacher dava um passo além, investindo num drama adulto produzido pela Paramount. Um Toque de Infidelidade (1989), com Ted Danson e Isabella Rossellini é refilmagem de uma obra francesa sobre troca de casais.

Anos 1990

Ainda na década de 1980, o investimento em Joel Schumacher já havia se tornado tão confiável que os grandes estúdios lhe ofereciam trabalho constante, e o diretor lançava filmes a cada dois anos. Essa periodicidade seguiu pelos anos 1990. Nos dois primeiros anos da década, o cineasta construía uma dinâmica de sucesso com a estrela Julia Roberts. Numa dobradinha, a dupla lançava em sequência o thriller Linha Mortal (1990) – indicado ao Oscar de efeitos sonoros – e drama romântico Tudo por Amor (1991), para a Columbia/Sony e a Fox respectivamente.

A esta altura, Joel Schumacher já era um diretor altamente prestigiado em Hollywood – tendo transitado por diversos gêneros (e exibido sucesso neles) e se tornado homem de confiança dos maiores estúdios, algo muito importante na indústria. Voltando para a Warner, ele comandou Um Dia de Fúria (1993), com Michael Douglas, e O Cliente (1994), adaptação de John Grisham, indicado ao Oscar de melhor atriz para Susan Sarandon. Ambos de boa repercussão e sucesso. Neste período também, o cineasta voltaria ao mundo dos vídeo clipes assinando ‘Heaven Help’, de Lenny Kravitz, e ‘Kiss From a Rose’, de Seal.

Foi sua bagagem até então, e a boa relação com a Warner, que lhe garantiram o sinal verde para o comando em Batman Eternamente (1995), sua primeira incursão em um filme de super-herói, e um do qual era muito fã. Quando Tim Burton foi afastado por seus filmes com o personagem serem considerados muito sombrios e violentos, Schumacher foi instruído (ou obrigado) a produzir obras mais simpáticas às crianças. O resultado foi favorável, já que a aventura fez US$336 milhões mundialmente. Já a sequência, Batman & Robin (1997), não teria a mesma sorte e ficaria marcado como uma das piores produções cinematográficas da história – motivo de piadas e chacotas. Schumacher inclusive chegou a pedir desculpas na frente das câmeras para os fãs no lançamento de uma edição comemorativa do filme em DVD.

Para muitos, Joel Schumacher se tornaria uma personalidade estigmatizada depois do ocorrido. Porém, assim como Paul Verhoeven (e seu Showgirls), por exemplo, seu legado é muito maior – mesmo que nenhum lançamento consecutivo tenha verdadeiramente sido tão impactante ao ponto de apagar o gosto amargo no paladar dos fãs. Ainda nos anos 1990, o diretor lançaria obras aclamadas e de sucesso relativo, como Tempo de Matar (1996), segunda e mais eficiente adaptação de Grisham; 8mm (1999), descida ao “inferno” do cineasta com seu filme mais intenso; e Ninguém é Perfeito (1999), outra obra escrita pelo próprio, sobre a relação de amizade entre um segurança homofóbico (Robert De Niro) e seu vizinho Drag Queen (Philip Seymour Hoffman).

Anos 2000

Na nova década, Joel Schumacher se cercou de atores de prestígio e alguns promissores talentos. Descobriu o irlandês Colin Farrell no drama de guerra Tigerland: A Caminho da Guerra (2000) e repetiu a parceria no suspense Por um Fio (2002). Trabalhou com Anthony Hopkins na ação de espionagem Em Má Companhia (2002); com Cate Blanchett na biografia O Custo da Coragem (2003); e novamente com Jim Carrey no thriller Número 23 (2007). Todos variando o nível de sucesso, mas sem uma produção arrebatadoramente unânime. No período, sua aposta mais ambiciosa foi para a Universal com a versão para o cinema da grandiosa peça O Fantasma da Ópera (2004), de Andrew Lloyd Weber – escolhido a dedo pelo autor da obra devido ao uso da música proposta por Schumacher em Os Garotos Perdidos. Segundo relatos, o diretor foi a primeira e única opção para o musical.

O Fantasma da Ópera ficou abaixo do esperado em termos financeiros e falhou em agradar a crítica. O fato fez o cineasta se voltar a obras de menor orçamento, como o terror Renascido das Trevas (2009), com Henry Cavill e Michael Fassbender – então ilustres desconhecidos. Fassbender disse em entrevista que Schumacher foi o melhor diretor com quem já trabalhou.

Últimos Trabalhos

Em seus últimos filmes, Joel Schumacher resolveu se manter menor, mais minimalista. Na última década entregou apenas dois longas para o cinema. Twelve: Vidas Sem Rumo (2010) tentou resgatar o feeling de Schumacher para o universo dos jovens de seus primeiros sucessos. Aqui, baseado num livro, dando enfoque a um clima mais sombrio, com temas como tráfico de drogas e assassinato. Emma Roberts foi a revelação do elenco. O segundo, e canto do cisne para o diretor foi Reféns (2011), que usou como protagonistas os colaboradores do cineasta Nicolas Cage (8mm) e Nicole Kidman (Batman Eternamente), juntos em tela pela primeira vez. O filme, porém, passou em branco – não sendo por assim dizer um trabalho muito expressivo de nenhuma das partes.

Os últimos trabalhos assinados por Joel Schumacher foram os episódios 5 e 6 da primeira temporada da série de sucesso House of Cards (2013), série que deu o pontapé inicial para mostrar o que seria o colosso Netflix. A série tinha produção de David Fincher, amigo pessoal de Joel Schumacher.

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