domingo , 22 dezembro , 2024

“Assédio sexual, falta de socorro e manipulação”: Brasileiro faz acusações ao reality da Netflix baseado em ‘Round 6’

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O mais recente reality da Netflix, Round 6: O Desafio’, já está disponível no catálogo da plataforma. O programa inspirado na série Round 6acabou se tornando alvo de uma grande polêmica.

A controvérsia teve início quando o brasileiro Yohan Tanaka expôs as tragédias ocorridas nos bastidores do reality durante uma entrevista a coluna do Gabriel Perline, no IG Gente.



Yohan foi o único brasileiro a ingressar no reality, que contou com 456 participantes de diversos países competindo pelo prêmio de US$ 4,56 milhões. (aproximadamente R$ 23 milhões).

Ao chegar aos estúdios para a gravação do reality, Yohan foi surpreendido pelas manipulações já realizadas para definir o vencedor do programa, pelos abusos físicos e psicológicos que enfrentou durante sua trajetória e, mais grave ainda, quando uma colega de confinamento revelou que foi vítima de abuso sexual por um funcionário da produção.

Assista também:
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“Uma pessoa no grupo [feito pelos ex-participantes] falou que foi abusada sexualmente dentro do hotel por alguém da produção. Essa é uma senhora, que desmaiou e passou super mal e foi pro hospital. Acho que até tinha fotos dela na cadeira de rodas. Ela falou pra gente no grupo que foi abusada ou tentaram abusar dela sexualmente. Não sei até que ponto chegou esse abuso. Mas pra mim só de você tentar fazer algo com alguém isso já é um abuso sexual (…) Não falei nada até agora porque ela pediu pra gente não falar”, revelou.

Yohan ainda enfatizou os diferentes tipos de abuso que ele e os outros participantes sofreram: “É um abuso de poder por serem a Netflix, e abuso psicológico porque tudo que a gente passou acreditando que ia ser verdade e tinha possibilidade de ganhar (…) Abuso físico, porque fomos colocados nessa situação e não sabia que iam durar dez horas as gravações”.

O brasileiro também ressaltou o momento em que um colega de confinamento desmaiou durante uma das provas, e a produção não prestou assistência, proibindo os demais de ajudá-lo, sob a ameaça de eliminação caso se movessem.

“Eles demoraram mais dez minutos porque estavam terminando de filmar a rodada, ai eles mandaram um caixão que faz parte da série para levar quem está morto. Colocaram a pessoa desmaiada dentro do caixão para pegar isso na câmera”, relembrou. “Você ajuda alguém que está desmaiado ou foca no que você veio fazer? Ela [outra participante] gritou por médicos e ninguém vinha”, afirmou.

Durante as gravações, Yohan percebeu que as manipulações começavam desde a interação entre os participantes, já que eram proibidos de se comunicar e passavam a maior parte do tempo trancados em seus quartos.

Ele enfatiza ainda que alguns participantes receberam lapelas falsas, o que aumentava ainda mais a suspeita de que os vencedores já estavam pré-determinados. “A gente tirava a espuminha do microfone para ver o que tinha, as que não eram de verdade não tinham o microfone, era um pedaço de plástico”, afirmou.

Enquanto alguns participantes eram beneficiados com pausas para ir ao banheiro mesmo durante o jogo, Yohan enfrentou ações dos produtores que resultaram em sua eliminação, mesmo após concluir a primeira prova. Além disso, somando-se aos inúmeros casos de manipulação, o brasileiro tem exposto todos os detalhes e situações que vivenciou no reality Round 6: O Desafio’ da Netflix.

A Netflix não se manifestou sobre as acusações.

Relembre o trailer.

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Vale lembrar que o reality causou polêmica nos bastidores. De acordo com a Rolling Stone, quatro dos 456 participantes denunciaram que sofreram tratamento desumano e passaram por condições cruéis durante as gravações do programa.

Inclusive, uma das brincadeiras da competição causou um acidente, no qual um participante machucou o ombro e precisou de atendimento médico. Outros participantes sofreram ferimentos leves.

Na mais recente atualização sobre o reality, uma das participantes alegou que:

“Esse jogo foi uma das coisas mais cruéis e horríveis que já passei na vida. Estávamos numa corrida de cavalos humanos, e eles estavam nos tratando como animais enquanto estávamos passando frio na rua.”

Após as reclamações, a plataforma de streaming emitiu uma nota dizendo que investigou o caso e todos os procedimentos de segurança estavam adequados.

“Apesar do clima muito frio no set, os participantes estavam preparados para isso e quaisquer alegações de danos graves são fruto de falso testemunho”, diz parte do texto.

Por outro lado, fontes ligadas à produção disseram ao portal que a Netflix foi negligente.

Ao que parece, a companhia forneceu apenas roupas térmicas, meias e casacos para os participantes acreditando que seria o suficiente para conter a sensação térmica de -10°C.

Talvez fosse o bastante para uma prova de duas horas, mas que acabou se estendendo por mais sete, o que resultou em pelo menos 10 desmaios… Os participantes ainda afirmam que os atendimentos médicos foram adiados porque atrapalharia as filmagens.

Como solução, pessoas mascaradas em macacões rosa foram colocadas no chão com caixões pretos e se posicionaram para bloquear os médicos que atendiam o jogador caído – enquanto o resto dos competidores permanecia congelando.

Com uma quantia de dinheiro em jogo que mudaria suas vidas, os ex-concorrentes disseram que se sentiram presos – temendo que pudessem ser eliminados se se mexessem para ajudar as pessoas que estavam desmaiando.

“As pessoas não sabiam o que fazer. Eu mesmo me critiquei por não ajudar uma garota que estava tendo uma convulsão enquanto ficamos parados lá como estátuas. Em que planeta isso é humano?. Obviamente, você pularia e ajudaria – isso é o que nossa natureza humana deveria nos impulsionar a fazer. Mas era como um experimento social. Estávamos jogando contra a nossa ética, isso é doentio. É absolutamente doentio”, disse outro participante.

Também há denúncias de fraudes em favor de participantes que já são conhecidos por serem influencers nas redes sociais.

Foi dito que esses participantes eram pré-selecionados para as próximas fases das competições, independentemente do resultado da prova anterior.

Um ex-concorrente disse que viu um jogador eliminado participando de um novo jogo, enquanto outro alega que as regras eram moldadas para privilegiar certos indivíduos.

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O mais recente reality da Netflix, Round 6: O Desafio’, já está disponível no catálogo da plataforma. O programa inspirado na série Round 6acabou se tornando alvo de uma grande polêmica.

A controvérsia teve início quando o brasileiro Yohan Tanaka expôs as tragédias ocorridas nos bastidores do reality durante uma entrevista a coluna do Gabriel Perline, no IG Gente.

Yohan foi o único brasileiro a ingressar no reality, que contou com 456 participantes de diversos países competindo pelo prêmio de US$ 4,56 milhões. (aproximadamente R$ 23 milhões).

Ao chegar aos estúdios para a gravação do reality, Yohan foi surpreendido pelas manipulações já realizadas para definir o vencedor do programa, pelos abusos físicos e psicológicos que enfrentou durante sua trajetória e, mais grave ainda, quando uma colega de confinamento revelou que foi vítima de abuso sexual por um funcionário da produção.

“Uma pessoa no grupo [feito pelos ex-participantes] falou que foi abusada sexualmente dentro do hotel por alguém da produção. Essa é uma senhora, que desmaiou e passou super mal e foi pro hospital. Acho que até tinha fotos dela na cadeira de rodas. Ela falou pra gente no grupo que foi abusada ou tentaram abusar dela sexualmente. Não sei até que ponto chegou esse abuso. Mas pra mim só de você tentar fazer algo com alguém isso já é um abuso sexual (…) Não falei nada até agora porque ela pediu pra gente não falar”, revelou.

Yohan ainda enfatizou os diferentes tipos de abuso que ele e os outros participantes sofreram: “É um abuso de poder por serem a Netflix, e abuso psicológico porque tudo que a gente passou acreditando que ia ser verdade e tinha possibilidade de ganhar (…) Abuso físico, porque fomos colocados nessa situação e não sabia que iam durar dez horas as gravações”.

O brasileiro também ressaltou o momento em que um colega de confinamento desmaiou durante uma das provas, e a produção não prestou assistência, proibindo os demais de ajudá-lo, sob a ameaça de eliminação caso se movessem.

“Eles demoraram mais dez minutos porque estavam terminando de filmar a rodada, ai eles mandaram um caixão que faz parte da série para levar quem está morto. Colocaram a pessoa desmaiada dentro do caixão para pegar isso na câmera”, relembrou. “Você ajuda alguém que está desmaiado ou foca no que você veio fazer? Ela [outra participante] gritou por médicos e ninguém vinha”, afirmou.

Durante as gravações, Yohan percebeu que as manipulações começavam desde a interação entre os participantes, já que eram proibidos de se comunicar e passavam a maior parte do tempo trancados em seus quartos.

Ele enfatiza ainda que alguns participantes receberam lapelas falsas, o que aumentava ainda mais a suspeita de que os vencedores já estavam pré-determinados. “A gente tirava a espuminha do microfone para ver o que tinha, as que não eram de verdade não tinham o microfone, era um pedaço de plástico”, afirmou.

Enquanto alguns participantes eram beneficiados com pausas para ir ao banheiro mesmo durante o jogo, Yohan enfrentou ações dos produtores que resultaram em sua eliminação, mesmo após concluir a primeira prova. Além disso, somando-se aos inúmeros casos de manipulação, o brasileiro tem exposto todos os detalhes e situações que vivenciou no reality Round 6: O Desafio’ da Netflix.

A Netflix não se manifestou sobre as acusações.

Relembre o trailer.

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Vale lembrar que o reality causou polêmica nos bastidores. De acordo com a Rolling Stone, quatro dos 456 participantes denunciaram que sofreram tratamento desumano e passaram por condições cruéis durante as gravações do programa.

Inclusive, uma das brincadeiras da competição causou um acidente, no qual um participante machucou o ombro e precisou de atendimento médico. Outros participantes sofreram ferimentos leves.

Na mais recente atualização sobre o reality, uma das participantes alegou que:

“Esse jogo foi uma das coisas mais cruéis e horríveis que já passei na vida. Estávamos numa corrida de cavalos humanos, e eles estavam nos tratando como animais enquanto estávamos passando frio na rua.”

Após as reclamações, a plataforma de streaming emitiu uma nota dizendo que investigou o caso e todos os procedimentos de segurança estavam adequados.

“Apesar do clima muito frio no set, os participantes estavam preparados para isso e quaisquer alegações de danos graves são fruto de falso testemunho”, diz parte do texto.

Por outro lado, fontes ligadas à produção disseram ao portal que a Netflix foi negligente.

Ao que parece, a companhia forneceu apenas roupas térmicas, meias e casacos para os participantes acreditando que seria o suficiente para conter a sensação térmica de -10°C.

Talvez fosse o bastante para uma prova de duas horas, mas que acabou se estendendo por mais sete, o que resultou em pelo menos 10 desmaios… Os participantes ainda afirmam que os atendimentos médicos foram adiados porque atrapalharia as filmagens.

Como solução, pessoas mascaradas em macacões rosa foram colocadas no chão com caixões pretos e se posicionaram para bloquear os médicos que atendiam o jogador caído – enquanto o resto dos competidores permanecia congelando.

Com uma quantia de dinheiro em jogo que mudaria suas vidas, os ex-concorrentes disseram que se sentiram presos – temendo que pudessem ser eliminados se se mexessem para ajudar as pessoas que estavam desmaiando.

“As pessoas não sabiam o que fazer. Eu mesmo me critiquei por não ajudar uma garota que estava tendo uma convulsão enquanto ficamos parados lá como estátuas. Em que planeta isso é humano?. Obviamente, você pularia e ajudaria – isso é o que nossa natureza humana deveria nos impulsionar a fazer. Mas era como um experimento social. Estávamos jogando contra a nossa ética, isso é doentio. É absolutamente doentio”, disse outro participante.

Também há denúncias de fraudes em favor de participantes que já são conhecidos por serem influencers nas redes sociais.

Foi dito que esses participantes eram pré-selecionados para as próximas fases das competições, independentemente do resultado da prova anterior.

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