Em uma reviravolta chocante, a juíza do Novo México responsável pelo caso de Alec Baldwin não apenas arquivou as acusações contra o ator, mas também denunciou a promotoria por conduta imprópria, acusando-a de intencionalmente ocultar provas cruciais.
Segundo o The Hollywood Reporter, a juíza Mary Marlowe Sommer concluiu que a promotora Kari Morrissey, em vez de cumprir seu dever de divulgar todas as provas, ela “intencionalmente e deliberadamente omitiu” evidências cruciais e forneceu depoimentos contraditórios, prejudicando gravemente o processo.
A promotora teria deliberadamente escondido balas que poderiam ter exonerado Baldwin, colocando-as em um caso não relacionado.
A ocultação das provas por parte da promotoria privou a defesa de Baldwin da oportunidade de realizar uma análise forense completa das balas, prejudicando significativamente sua estratégia e colocando em dúvida a imparcialidade do processo.
A série de erros e a conduta inadequada da promotoria, tanto de Morrissey quanto de sua antecessora, Andrea Reeb, revelam um padrão de negligência e desrespeito ao devido processo legal, minando a credibilidade das instituições envolvidas.
A decisão da juíza não apenas absolve Baldwin, mas também levanta sérias questões sobre a integridade do sistema judiciário e a importância de uma investigação imparcial.
Lembrando que conforme a Reuters, o julgamento do ator foi anulado na sexta-feira, 12 de julho de 2024, pela juíza do Novo México, Mary Marlowe Sommer, devido à ocultação de provas pela promotoria. A decisão ocorreu após três dias de julgamento.
A anulação do julgamento ocorreu após a defesa de Baldwin apresentar alegações de que os promotores ocultaram evidências cruciais do caso. Segundo os advogados do ator, o gabinete do xerife de Santa Fé apreendeu munições reais como parte das evidências. No entanto, a promotoria não listou no arquivo da investigação e não foram informadas aos advogados de defesa, o que poderia ter impactado significativamente o julgamento.
A juíza Sommer considerou as alegações da defesa como graves e prejudiciais ao direito de um julgamento justo para Baldwin. Em sua decisão, ela afirmou que “a omissão das provas pelo Estado foi intencional e deliberada” e que “o arquivamento com preconceito é justificado para garantir a integridade do sistema judicial e a administração eficiente da justiça”.
A promotoria do caso se manifestou, negando as acusações de má conduta e afirmando que não houve intenção de ocultar provas. “Eu não pretendia enganar o tribunal. Minha compreensão do que foi deixado no escritório do xerife está nesta tela de computador e parece absolutamente nada com os projéteis vivos do set de ‘Rust’.”
Quebrando em lágrimas, o ator abraçou sua esposa Hilaria Baldwin enquanto outros membros da família choravam na galeria pública.
Lembrando que a armeira do filme, Hannah Gutierrez Reed, já está cumprindo uma pena de 18 meses de prisão por homicídio culposo. Ela foi condenada em março por negligência e por permitir que munição real chegasse ao set.
Após a tragédia, ‘Rust’ retomou as gravações em maio do ano passado. Agora, os produtores buscam acordo para a distribuição do filme.