A indústria cinematográfica tem sofrido de forma drástica ao longo da pandemia do coronavírus e em meio à falência decretada pela rede Alamo e a mais recente polêmica envolvendo a Cinemark, a IMAX encontrou no cinema asiático uma parte significativa da recuperação de seus negócios.
Embora tenha registrado uma receita mais baixa durante o seu quarto trimestre – em comparação com o ano de 2019 na era pré-pandemia, um ressurgimento das bilheterias na Ásia ajudou o expositor a continuar o seu sucesso, mesmo em meio à uma crise mundial.
Na última quinta-feira (04), a IMAX relatou um prejuízo atribuível aos acionistas de US$ 21,2 milhões, em comparação com o lucro do ano anterior de US$ 18,2 milhões. Além disso, o prejuízo ajustado por ação foi de 21 centavos, em relação um um lucro de 35 centavos por ação em 2019.
A receita trimestral geral foi de US$56 milhões, contra US$124,3 milhões um ano antes. Durante o trimestre mais recente, a empresa viu o seus ganhos aumentarem, graças à indústria cinematográfica asiática.
A estreia do anime ‘Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba the Movie: Mugen Train‘, no Japão, impulsionou as vendas de ingressos. Além disso, o feriado chinês Golden Week contribuiu ainda mais para um aumento considerável no fluxo de cinéfilos no país – que é considerando um dos principais mercados mundiais.
Segundo o CEO da IMAX, Richard Gelford, o público está se sentindo encorajado a gradativamente retornar aos cinemas, naquelas regiões já sejam consideradas mais seguras:
“Como a única plataforma de entretenimento de sucesso global do mundo, somos encorajados a ver que o público está ansioso para voltar aos cinemas, onde o vírus esteja sob controle e eles se sintam seguros. E essa tendência promissora se reflete em nossa melhoria financeira consistente desde o início da pandemia”.
Os resultados mais recentes da IMAX serão avaliados pelos expositores norte-americanos, que seguem em busca de uma recuperação nas suas bilheterias. A expectativa é de que o segundo semestre de 2021 ou 2022 já sejam um pouco melhores, no que diz respeito ao fluxo de frequentadores das redes de exibidores.