O astro Simu Liu, que dá vida ao herói Shang-Chi no Universo Cinematográfico da Marvel, desabafou recentemente sobre os desafios e desigualdades da indústria cinematográfica de Hollywood.
Em uma entrevista reveladora ao The Hollywood Reporter, Liu falou abertamente sobre a falta de oportunidades que enfrenta como ator asiático em Hollywood e sobre a surpresa por sua estreia no MCU não ter aberto tantas portas quanto esperava.
“Que é uma maratona e que o sucesso é definido mais pela longevidade do que pelo tamanho de um único momento. E, com a ressalva de que vai ser muito mais difícil para você do que seria se você fosse branco. Talvez isso soe controverso, mas observei a carreira de muitos atores nos últimos anos, desde que tive meus momentos”, afirmou.
“Ver de perto como o sistema funciona e como ele favorece um certo tipo de ator, que, depois de ter seu momento, passa a conseguir trabalhos cada vez mais facilmente, não foi o que aconteceu comigo. Ainda sinto que enfrento uma batalha diária. Os projetos que chegam até mim… não sei se são os melhores. Gostaria que fossem melhores”, acrescentou.
Apesar das críticas, Liu fez questão de destacar que é grato pelas oportunidades que teve. Ainda assim, explicou que, na maioria das vezes, lhe foram oferecidos projetos menores, personagens secundários e vilões, mas raramente papéis de protagonista.
“Depois que Shang-Chi estreou e teve o impacto que teve, fiquei surpreso com o quão poucos papéis principais chegaram até mim. Se isso tivesse acontecido com outro ator, com uma aparência diferente, acredito que essas ofertas teriam vindo muito mais rápido e em maior número”, revelou.
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Liu reforçou que não está reclamando de sua popularidade nem tentando inflar o próprio estrelato.
“Não quero dizer que fui o responsável pelo sucesso de Shang-Chi”, reconheceu. “Sim, era um filme da Marvel, mas com um herói totalmente desconhecido dentro daquele universo e quase sem ligação com outros personagens. Era uma história de origem independente”.
Ele também lembrou que o longa foi lançado durante a pandemia de COVID-19, quando o público sequer podia sentar lado a lado nos cinemas, e ainda assim obteve resultados expressivos. “Em um mundo em que nada é garantido, alguém poderia ao menos pensar: ‘Vamos colocar esse cara em outro projeto e ver do que ele é capaz’”.
“E não é que eu não tenha trabalhado. Sou muito grato por muitos dos projetos que fiz. Mas, para deixar claro, ‘The Copenhagen Test’ é meu primeiro papel principal desde Shang-Chi”, destacou. “Havia muita incerteza em torno daquele lançamento. A indústria é obcecada por métricas e previsões, e estávamos recebendo números muito baixos. [Bob] Chapek chegou a dizer em reuniões com investidores que o filme era ‘um experimento’'”.
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Lembrando que seu próximo trabalho é ‘Vingadores: Apocalipse’.

O filme tem estreia marcada nos cinemas brasileiros para o dia 17 de dezembro de 2026, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Já a sequência, ‘Vingadores: Guerras Secretas’, está programada para chegar às telonas exatamente um ano depois, em 17 de dezembro de 2027.
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Além de Robert Downey Jr. como Victor Von Doom/Doutor Destino, o elenco contará com Tom Hiddleston (Loki), Anthony Mackie (Capitão América), Sebastian Stan (Soldado Invernal), Letitia Wright (Pantera Negra), Wyatt Russell (Agente Americano) Simu Liu (Shang-Chi), Florence Pugh (Yelena Belova), Danny Ramirez (Falcão), Winston Duke (M’Baku), Vanessa Kirby ( Mulher Invisível), Ebon Moss-Bachrach (Coisa), Joseph Quinn (Tocha Humana), Lewis Pullman (Bob), David Harbour (Guardião Vermelho), Hannah John-Kamen (Fantasma), Patrick Stewart (Professor Xavier), Alan Cumming (Noturno), Ian McKellen (Magneto), Rebecca Romijn (Mística), James Marsden (Ciclope), Kelsey Grammer (Fera), Channing Tatum (Gambit), Paul Rudd (Homem-Formiga), Chris Hemsworth (Thor) e Pedro Pascal (Sr. Fantástico).
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