domingo , 22 dezembro , 2024

‘Slumber Party Massacre’ | Conheça a franquia slasher que ganhará remake em breve

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Slumber Party Massacre, conhecido no Brasil simplesmente como O Massacre, é uma trilogia slasher não muito conhecida do grande público; ainda mais se compararmos com algumas das mais populares como Sexta-Feira 13 e Halloween. Seu status de cult, no entanto, pode ser elevado muito em popularidade já que em breve (provavelmente este ano ainda) um remake será lançado – o que fará os aficionados pelo gênero buscarem o original e suas sequências.

A refilmagem inclusive já divulgou uma primeira imagem oficial, que noticiamos aqui no CinePOP. Sem nomes conhecidos no elenco, a direção fica a cargo de Danishka Estherazy, responsável pelo “terrir” insano The Banana Splits Movie (2019), com base no roteiro de Suzanne Keilly, da série Ash vs. Evil Dead. As credenciais só reafirmam a dupla feminina como especialista na mistura de terror, comédia e insanidade, bem propício para o teor de Slumber Party Massacre – e ainda pegando o gancho bem feminino do original.



O remake de Slumber Party Massacre vem sendo definido como uma reimaginação do original e levando em conta que o primeiro filme diverge completamente do teor do segundo – esse sim já nascido cult devido à inserção de muito humor autoconsciente -, podemos esperar que a releitura da obra seja um amálgama dos dois primeiros longas da década de 1980.

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Tudo começou em 1982, com o lançamento de O Massacre (Slumber Party Massacre). Essa era a época do auge dos filmes slasher, rápidos e baratos para fazer e muito lucrativos no período. Halloween (1978) havia sido um fenômeno, e Sexta-Feira 13 (1980) elevou o jogo popularizando o subgênero para uma audiência massiva. Assim, no ano seguinte, em 1981, uma verdadeira enxurrada de títulos lotava os cinemas no que foi considerado “o ano dos slasher”. Produções como O Dia dos Namorados Macabro, Pague para Entrar e Reze Para Sair, Chamas da Morte, além das sequências de Halloween e Sexta-Feira 13 lotavam os cinemas.

No meio de todo este frenesi o cineasta Roger Corman se viu compelido a não ficar de fora da bocada deste movimento. Corman é um icônico diretor de Hollywood notório por suas produções de baixíssimo orçamento e por ter sido responsável pelo início da carreira de muita gente graúda no meio, vide Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, James Cameron e Jack Nicholson, por exemplo. Sendo um ferrenho adepto de gastar pouco e lucrar em seus filmes, é claro que Corman começou a desembolsar seu próprio slasher. Para se diferenciar de tudo o que vinha sendo produzido, Corman alistou duas jovens artistas para encabeçar seu projeto: Rita Mae Brown, conhecida ativista de causas feministas, assinando o roteiro, e Amy Holden Jones para a direção.

O subgênero slasher era notoriamente criticado por seu teor misógino, afinal seu conteúdo consistia basicamente em jovens mulheres sendo massacradas das formas mais brutais por um assassino, um homem sádico, em cem por cento das produções do tipo. Desta forma, a roteirista Rita Mae Brown optou por escrever uma crítica a este estilo de filme, entregando um texto que funcionaria muito mais como sátira, ironizando o quão ridículo os clichês do gênero eram. Infelizmente, a ironia passou sem ser notada por Corman e os outros produtores, que prontamente pediram para a diretora Amy Holden Jones realizar um slasher no padrão de todos os outros. De mãos atadas, a cineasta fez o que foi pedido, garantindo assim uma carreira em Hollywood, mas sendo muito criticada na época.

Apesar de Slumber Party Massacre (1982) não atingir os níveis de ironia e metalinguagem que viriam a ser vistos anos mais tarde em obras como Pânico (1996), por exemplo, ainda podemos notar certo humor implícito nas situações – como uma personagem decidir comer a pizza de um entregador morto, com o corpo em sua frente, simplesmente porque está morta de fome, mas afirmando estar se sentindo mal. O título Slumber Party se refere às infames festinhas do pijama, quando adolescentes se reúnem para dormir na casa de amigas. É justamente isso que a trama entrega, o encontro de colegiais na casa de uma delas, para uma noite tranquila de pizza e diversão. Como de costume em filmes de comédia adolescente, os rapazes irão aparecer de supetão para espionar as meninas. O que todos não contavam é que no local também iria aparecer um maníaco fugido de uma instituição psiquiátrica munido de uma furadeira para dilacerar os incautos.

O poder cult que o filme assumiu, em especial após o advento das locadoras de vídeo, fez Corman viabilizar um retorno para o título cinco anos depois. Sem as realizadoras insatisfeitas pela “traição” com seu material original, o produtor escalava desta vez uma única cineasta para as funções no roteiro e na direção da obra. Deborah Brock tinha inclusive um nome propício para um slasher em que o psicopata usa uma furadeira ou broca (brock em inglês) para suas matanças. Brock ganhava autonomia suficiente em sua assinatura única e optava por se distanciar ao máximo do que Brown e Jones haviam criado no original. A grosso modo, se o primeiro filme seguia os moldes de Halloween e Sexta-Feira 13, o segundo Slumber Party Massacre pegava sua inspiração no slasher mais criativo da década: A Hora do Pesadelo (1984), de Wes Craven.

À altura do lançamento de Massacre 2 (como ficou conhecido no Brasil), o maníaco Freddy Krueger já havia ganhado três filmes para estrelar. A atmosfera alucinógena de seus filmes, passados no mundo dos sonhos onde não existiam regras para a imaginação (e para a criatividade dos cineastas), foi o que interessou Deborah Brock na hora de confeccionar seu produto. Desta vez, Roger Corman embarcava na proposta. Assim, em 1987, nascia um dos filmes mais cult do subgênero e definitivamente o mais interessante da trilogia. Slumber Party Massacre 2 é um constante estado de delírio, onde a realidade é o que menos importa. Tanto que o assassino original inclusive ganha novas formas. Russ Thorn, o psicopata conhecido como “assassino da furadeira”, deixa sua aparência de homem de meia idade silencioso (vivido por Michael Villella, seguindo os moldes de Jason e Michael Myers) para se tornar “Danny Zuko roqueiro”, todo vestido em couro (interpretado pelo mais jovem Atanas Ilitch).

Agora somente conhecido como Assassino da Furadeira (Driller Killer), ele é o vilão surreal da sequência que atormenta a protagonista em seus sonhos e talvez também no mundo real. Querendo se manter à altura de Freddy Krueger, o Driller Killer também possui seu diálogo constituído basicamente de frases de efeito e piadinhas – aqui, em sua maioria letras e títulos de músicas famosas. Ah sim, devo mencionar também que o segundo Slumber Party Massacre é um musical, e um bem rock ‘n roll. As protagonistas agora não são simplesmente estudantes colegiais, mas sim membros de uma banda amadora de rock só de mulheres, vira e mexe soltando a voz acompanhadas por guitarras e baterias. Uma banda de rock real foi contratada para criar as canções ouvidas no filme. Fora isso, o assassino igualmente canta, dança e sua furadeira agora é na realidade uma guitarra modificada.

Slumber Party Massacre II não se leva a sério, faz uso de sequências de pesadelos com criaturas bizarras, tendência nos anos 80, e por isso é bem mais divertido e original do que seu predecessor. Mas a “saga” não seria concluída aí. Corman ainda daria um jeito e proferir um golpe final nesta pretensa franquia, com o terceiro filme lançado em 1990, numa época em que os slasher já haviam perdido completamente a força. Justamente por isso, Slumber Party Massacre III é o menos celebrado sequer atingindo o status cult dos dois anteriores. Este é simplesmente ruim e trash, sem qualquer intenção de carinho por parte dos fãs. No entanto, Corman continuou com sua proposta de fazer destes filmes slasher “femininos”, contratando duas mulheres para os cargos de roteirista (Catherine Cyran) e diretora (Sally Mattison). Como de costume, novos personagens e um novo assassino da furadeira, desta vez sem um décimo do brilho dos anteriores. O psicopata da vez aqui é um mauricinho contrariado, loiro e de roupas engomadinhas, vivido por Brittain Frye. Talvez a ideia aqui tenha sido denunciar a masculinidade tóxica de muitos playboys. O nome do sujeito é inclusive Ken, eterno par da boneca Barbie.

Em 2003, foi lançado o slasher Cheerleader Massacre, originalmente planejado para ser o quarto capítulo da franquia de terror de baixo orçamento Slumber Party Massacre. O filme inclusive utiliza trechos do filme original como flashback. Porém, no fim das contas não se tornou oficialmente uma sequência da série.

Agora, com um remake do original quase pronto, em vias de ser lançado ainda em 2021, e novamente com uma equipe feminina no comando, no roteiro (Suzanne Keilly) e direção (Danishka Esterhazy), mas sem qualquer envolvimento de Roger Corman, resta saber qual caminho a reimaginação irá seguir em sua narrativa. Ainda não foi divulgada uma sinopse oficial, apenas uma imagem. Nos resta aguardar o primeiro trailer para termos uma ideia se a opção será por um terror slasher mais sério e sombrio no ritmo do original, ou um pesadelo artístico e criativo com fortes laços com o surrealismo, como na sequência.

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Slumber Party Massacre, conhecido no Brasil simplesmente como O Massacre, é uma trilogia slasher não muito conhecida do grande público; ainda mais se compararmos com algumas das mais populares como Sexta-Feira 13 e Halloween. Seu status de cult, no entanto, pode ser elevado muito em popularidade já que em breve (provavelmente este ano ainda) um remake será lançado – o que fará os aficionados pelo gênero buscarem o original e suas sequências.

A refilmagem inclusive já divulgou uma primeira imagem oficial, que noticiamos aqui no CinePOP. Sem nomes conhecidos no elenco, a direção fica a cargo de Danishka Estherazy, responsável pelo “terrir” insano The Banana Splits Movie (2019), com base no roteiro de Suzanne Keilly, da série Ash vs. Evil Dead. As credenciais só reafirmam a dupla feminina como especialista na mistura de terror, comédia e insanidade, bem propício para o teor de Slumber Party Massacre – e ainda pegando o gancho bem feminino do original.

O remake de Slumber Party Massacre vem sendo definido como uma reimaginação do original e levando em conta que o primeiro filme diverge completamente do teor do segundo – esse sim já nascido cult devido à inserção de muito humor autoconsciente -, podemos esperar que a releitura da obra seja um amálgama dos dois primeiros longas da década de 1980.

Tudo começou em 1982, com o lançamento de O Massacre (Slumber Party Massacre). Essa era a época do auge dos filmes slasher, rápidos e baratos para fazer e muito lucrativos no período. Halloween (1978) havia sido um fenômeno, e Sexta-Feira 13 (1980) elevou o jogo popularizando o subgênero para uma audiência massiva. Assim, no ano seguinte, em 1981, uma verdadeira enxurrada de títulos lotava os cinemas no que foi considerado “o ano dos slasher”. Produções como O Dia dos Namorados Macabro, Pague para Entrar e Reze Para Sair, Chamas da Morte, além das sequências de Halloween e Sexta-Feira 13 lotavam os cinemas.

No meio de todo este frenesi o cineasta Roger Corman se viu compelido a não ficar de fora da bocada deste movimento. Corman é um icônico diretor de Hollywood notório por suas produções de baixíssimo orçamento e por ter sido responsável pelo início da carreira de muita gente graúda no meio, vide Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, James Cameron e Jack Nicholson, por exemplo. Sendo um ferrenho adepto de gastar pouco e lucrar em seus filmes, é claro que Corman começou a desembolsar seu próprio slasher. Para se diferenciar de tudo o que vinha sendo produzido, Corman alistou duas jovens artistas para encabeçar seu projeto: Rita Mae Brown, conhecida ativista de causas feministas, assinando o roteiro, e Amy Holden Jones para a direção.

O subgênero slasher era notoriamente criticado por seu teor misógino, afinal seu conteúdo consistia basicamente em jovens mulheres sendo massacradas das formas mais brutais por um assassino, um homem sádico, em cem por cento das produções do tipo. Desta forma, a roteirista Rita Mae Brown optou por escrever uma crítica a este estilo de filme, entregando um texto que funcionaria muito mais como sátira, ironizando o quão ridículo os clichês do gênero eram. Infelizmente, a ironia passou sem ser notada por Corman e os outros produtores, que prontamente pediram para a diretora Amy Holden Jones realizar um slasher no padrão de todos os outros. De mãos atadas, a cineasta fez o que foi pedido, garantindo assim uma carreira em Hollywood, mas sendo muito criticada na época.

Apesar de Slumber Party Massacre (1982) não atingir os níveis de ironia e metalinguagem que viriam a ser vistos anos mais tarde em obras como Pânico (1996), por exemplo, ainda podemos notar certo humor implícito nas situações – como uma personagem decidir comer a pizza de um entregador morto, com o corpo em sua frente, simplesmente porque está morta de fome, mas afirmando estar se sentindo mal. O título Slumber Party se refere às infames festinhas do pijama, quando adolescentes se reúnem para dormir na casa de amigas. É justamente isso que a trama entrega, o encontro de colegiais na casa de uma delas, para uma noite tranquila de pizza e diversão. Como de costume em filmes de comédia adolescente, os rapazes irão aparecer de supetão para espionar as meninas. O que todos não contavam é que no local também iria aparecer um maníaco fugido de uma instituição psiquiátrica munido de uma furadeira para dilacerar os incautos.

O poder cult que o filme assumiu, em especial após o advento das locadoras de vídeo, fez Corman viabilizar um retorno para o título cinco anos depois. Sem as realizadoras insatisfeitas pela “traição” com seu material original, o produtor escalava desta vez uma única cineasta para as funções no roteiro e na direção da obra. Deborah Brock tinha inclusive um nome propício para um slasher em que o psicopata usa uma furadeira ou broca (brock em inglês) para suas matanças. Brock ganhava autonomia suficiente em sua assinatura única e optava por se distanciar ao máximo do que Brown e Jones haviam criado no original. A grosso modo, se o primeiro filme seguia os moldes de Halloween e Sexta-Feira 13, o segundo Slumber Party Massacre pegava sua inspiração no slasher mais criativo da década: A Hora do Pesadelo (1984), de Wes Craven.

À altura do lançamento de Massacre 2 (como ficou conhecido no Brasil), o maníaco Freddy Krueger já havia ganhado três filmes para estrelar. A atmosfera alucinógena de seus filmes, passados no mundo dos sonhos onde não existiam regras para a imaginação (e para a criatividade dos cineastas), foi o que interessou Deborah Brock na hora de confeccionar seu produto. Desta vez, Roger Corman embarcava na proposta. Assim, em 1987, nascia um dos filmes mais cult do subgênero e definitivamente o mais interessante da trilogia. Slumber Party Massacre 2 é um constante estado de delírio, onde a realidade é o que menos importa. Tanto que o assassino original inclusive ganha novas formas. Russ Thorn, o psicopata conhecido como “assassino da furadeira”, deixa sua aparência de homem de meia idade silencioso (vivido por Michael Villella, seguindo os moldes de Jason e Michael Myers) para se tornar “Danny Zuko roqueiro”, todo vestido em couro (interpretado pelo mais jovem Atanas Ilitch).

Agora somente conhecido como Assassino da Furadeira (Driller Killer), ele é o vilão surreal da sequência que atormenta a protagonista em seus sonhos e talvez também no mundo real. Querendo se manter à altura de Freddy Krueger, o Driller Killer também possui seu diálogo constituído basicamente de frases de efeito e piadinhas – aqui, em sua maioria letras e títulos de músicas famosas. Ah sim, devo mencionar também que o segundo Slumber Party Massacre é um musical, e um bem rock ‘n roll. As protagonistas agora não são simplesmente estudantes colegiais, mas sim membros de uma banda amadora de rock só de mulheres, vira e mexe soltando a voz acompanhadas por guitarras e baterias. Uma banda de rock real foi contratada para criar as canções ouvidas no filme. Fora isso, o assassino igualmente canta, dança e sua furadeira agora é na realidade uma guitarra modificada.

Slumber Party Massacre II não se leva a sério, faz uso de sequências de pesadelos com criaturas bizarras, tendência nos anos 80, e por isso é bem mais divertido e original do que seu predecessor. Mas a “saga” não seria concluída aí. Corman ainda daria um jeito e proferir um golpe final nesta pretensa franquia, com o terceiro filme lançado em 1990, numa época em que os slasher já haviam perdido completamente a força. Justamente por isso, Slumber Party Massacre III é o menos celebrado sequer atingindo o status cult dos dois anteriores. Este é simplesmente ruim e trash, sem qualquer intenção de carinho por parte dos fãs. No entanto, Corman continuou com sua proposta de fazer destes filmes slasher “femininos”, contratando duas mulheres para os cargos de roteirista (Catherine Cyran) e diretora (Sally Mattison). Como de costume, novos personagens e um novo assassino da furadeira, desta vez sem um décimo do brilho dos anteriores. O psicopata da vez aqui é um mauricinho contrariado, loiro e de roupas engomadinhas, vivido por Brittain Frye. Talvez a ideia aqui tenha sido denunciar a masculinidade tóxica de muitos playboys. O nome do sujeito é inclusive Ken, eterno par da boneca Barbie.

Em 2003, foi lançado o slasher Cheerleader Massacre, originalmente planejado para ser o quarto capítulo da franquia de terror de baixo orçamento Slumber Party Massacre. O filme inclusive utiliza trechos do filme original como flashback. Porém, no fim das contas não se tornou oficialmente uma sequência da série.

Agora, com um remake do original quase pronto, em vias de ser lançado ainda em 2021, e novamente com uma equipe feminina no comando, no roteiro (Suzanne Keilly) e direção (Danishka Esterhazy), mas sem qualquer envolvimento de Roger Corman, resta saber qual caminho a reimaginação irá seguir em sua narrativa. Ainda não foi divulgada uma sinopse oficial, apenas uma imagem. Nos resta aguardar o primeiro trailer para termos uma ideia se a opção será por um terror slasher mais sério e sombrio no ritmo do original, ou um pesadelo artístico e criativo com fortes laços com o surrealismo, como na sequência.

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