quarta-feira, agosto 20, 2025
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    ‘Star Wars’, ‘Jurassic World’, ‘Vingadores’: O Ano dos Blockbusters completa uma década! Você ainda lembra do hype?

    Que o cinema de Hollywood é regido por enormes franquias não é novidade desde a década de 1980. Afinal, são essas marcas que fazem a indústria e os estúdios bilionários na Terra do tio Sam continuarem a funcionar e a gerar milhões de empregos todos os anos. E assim, a cada novo ciclo de 12 meses ganhamos a promessa de mais um lote de marcas famosas do público que buscam lotar as salas de cinema e salvar esse negócio de se tornar apenas voltado a um pequeno nicho.

    Mas já imaginou como seria um ano com as maiores franquias do cinema todas reunidas? Foi o que aconteceu há dez anos, no ano de 2015. Pensa só: Star Wars, Jurassic Park, 007, Vingadores, Batman, Superman, Missão: Impossível, Mad Max, Velozes e Furiosos, O Exterminador do Futuro e Jogos Vorazes estariam todas reunidas em um único ano. Como isso não iria sacudir as bilheterias mundiais? Impossível. Abaixo iremos dar uma olhada em tais títulos individualmente e sintetizar o que significava o seu lançamento para a época e o resultado que de fato obtiveram.

    Vingadores: Era de Ultron

    O segundo ‘Vingadores’ era “o” grande filme de dez anos atrás. Isso porque o primeiro filme, de 2012, havia se tornado o maior fenômeno moderno, escrevendo o nome da Marvel nos anais da história e mostrando que o plano de reunir vários títulos em um universo compartilhado podia dar muito certo. Foi o surgimento da fórmula Marvel, que tentou ser copiada por todos os estúdios, sem sucesso. Ou seja, em 2015 nenhum outro filme (numa era de gigantes) possuía maior hype. Foi o filme mais caro do ano, e embora tenha batido US$1 bilhão em bilheteria, ficou claro que não conseguiu replicar a popularidade do original.

    Star Wars: O Despertar da Força

    O primeiro filme da era Disney de Star Wars foi lançado no final de 2015, ficando de fora da batalha do verão americano. Ao contrário de ‘Vingadores’, não tinha um sucesso recente, já que o último Star Wars havia sido lançado dez anos antes. Mas o que tinha a seu favor poucos tinham, o título de maior popularidade na história do cinema. Fora isso, chegava com a promessa de ser uma nova trilogia, a primeira que de fato continuaria a querida saga original. Ou seja, seria a primeira continuação direta dos filmes lá da década de 80. E tudo funcionou, a mistura dos icônicos personagens com as novas adições. Deu muito certo, bateu US$1 bilhão e ninguém parava de especular o caminho para onde a história iria. Pena que foi saindo dos trilhos com as continuações.

    Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

    Assim como ‘Star Wars’, ‘Jurassic Park’ estava há algum tempo sem dar as caras no cinema. Seu último filme havia sido lançado em 2001, e se tornou um filme menor e menos bem-sucedido do que os dois anteriores. Mas igual a ‘Star Wars’ também tinha a seu favor um título ainda capaz de arrastar multidões. E claro, o fato de que toda uma nova geração de crianças e adolescentes iriam poder curtir dinossauros realistas pela primeira vez nas telonas. Com a reimaginação da marca, ajudou a cimentar o termo reboot e foi rebatizado como ‘Jurassic World’. A troca de elenco serviu para modernizar a história para um novo público. O resultado também foi bastante positivo e além de entrar para o clube do bilhão, garantiu que os dois outros da trilogia fizessem o mesmo. Esse ano mais um será lançado, na forma de um novo reboot.

    007 Contra Spectre

    007’ é a franquia popular mais duradoura do cinema, datando ainda da década de 1960. O maior espião do cinema já teve muitas formas, e seus filmes sempre dão o que falar, sendo sinônimo de seu respectivo tempo. E se na década de 70 e 80 haviam virado galhofa com Roger Moore, voltavam ao nível de blockbuster na década de 90 com Pierce Brosnan. É inegável, no entanto, que tais filmes atingiriam um novo patamar na era Daniel Craig, iniciada em 2006. Isso porque o primeiro filme de James Bond a bater US$1 bilhão foi o ótimo ‘007 Operação Skyfall’ (2012). E adivinhe só: esse foi o filme que o continuaria. Ou seja, esperava-se algo da mesma magnitude. Apesar de revelar a organização criminosa tão esperada, ‘Spectre’, pode-se dizer, foi um passo atrás em relação a ‘Skyfall’, tanto de bilheteria, quanto de crítica. Porém, fez sucesso suficiente para continuar a saga.

    Batman vs Superman

    Peraí, ‘Batman vs Superman’ foi lançado em 2016 e não em 2015. Você está certo, querido leitor. Acontece que por muito tempo, o filme figurou no calendário de lançamento do inflado ano de 2015. Muitos chegam a dizer inclusive que ele foi criado justamente para encarar o segundo ‘Vingadores’. Seria a grande batalha nas telas de Marvel vs. Dc. Justamente por isso teria sido cobrado do diretor Zack Snyder uma reformulação de seu filme, incluindo os outros heróis da Liga da Justiça, como a Mulher-Maravilha (e a introdução de Flash, Aquaman e Cyborg), além da batalha final contra o vilão Apocalipse e o desfecho que faz alusão aos quadrinhos da Morte do Superman. Tudo contido em um único filme. Resultado: alguém na Warner deve ter notado que o filme não havia ficado bom, e a decisão foi por pular fora do combate, pedindo arrego e sendo adiado para 2016, no mês morto de março. E o que a Marvel fez para castigar? Colocou seu “Vingadores 2.5” (Capitão América: Guerra Civil) para o mesmo ano.

    Missão: Impossível – Nação Secreta

    Missão: Impossível’ foi um dos maiores sucessos de 1996. Com a continuação (2000) se tornava uma franquia promissora. O terceiro filme (2006), apesar de um dos melhores exemplares, não obteve o resultado esperado, esfriando as coisas. Tudo só voltaria aos trilhos com o quarto filme (2011), o maior sucesso até então. Assim, Tom Cruise se sentia confortável em retornar para a sequência de tal sucesso, prometendo um dos filmes mais esperados do “ano dos blockbusters”. E o quinto exemplar, apesar de não ter adentrado o clube do bilhão, manteve o nível do anterior. Ah sim, e adicionou uma das melhores personagens da franquia, com a dúbia Ilsa Faust, de Rebecca Ferguson.

    Mad Max: Estrada da Fúria

    Mad Max nunca foi uma franquia de enorme sucesso financeiro. Pelo contrário, seus dois primeiros filmes podem ser considerados longas de ficção cult, de baixo orçamento, filmados na Austrália. O que eles conseguiram foi ser considerados alguns dos melhores filmes de ação de todos os tempos. E quando o terceiro encerrou a trilogia nos anos 80, com mais dinheiro e pompa de Hollywood, o resultado não foi o mesmo, mostrando que era hora de sair de cena. Mais eis que três décadas depois, o mesmo diretor George Miller resolvia trazer Mad Max para os novos tempos. Em aspecto financeiro não se tornou o sucesso esperado, mas obteve o que muitos considerariam melhor, a aclamação da crítica e público – que garantiram sua indicação ao Oscar de melhor filme, por exemplo.

    O Exterminador do Futuro: Gênesis

    Se voltássemos para 1991, ano de lançamento de ‘O Exterminador do Futuro 2’, estaríamos diante do maior filme de Hollywood. Quando o terceiro estreou em 2003, se mostrou um enorme sucesso de bilheteria, mas ao mesmo tempo chegava para afirmar que não tinha muito mais o que dizer sobre essa história, apenas repeti-la. O quarto (2009) ousou se diferenciar, mas se mostrou um filme problemático e não fez sucesso. Assim, o quinto chegava com o hype de trazer Arnold Schwarzenegger de volta como protagonista, assim como personagens queridos como Sarah Connor e Kyle Reese, agora vividos por outros atores. E bem, apesar do hype, não deu muito certo.

    Velozes e Furiosos 7

    O mundo do cinema vive nos surpreendendo. Se você dissesse que um filme de ‘Velozes e Furiosos’ (uma franquia considerada “menor”) iria fazer mais sucesso nas bilheterias que outras marcas como ‘Missão: Impossível’, ‘O Exterminador do Futuro’ e até ‘007’, muitos poderiam considerar loucura. Mais eis que “o ano dos blockbusters” nos mostrou justamente isso. ‘Velozes e Furiosos’ realmente começou de forma, digamos, mais humilde. Mas a partir do quinto exemplar (com a adição de Dwayne Johnson) se transformaria em um blockbuster de respeito, arrecadando mais de meio bilhão de dólares mundialmente. O sexto filme (2013) elevou essa brincadeira para US$788 milhões. E o que dizer do sétimo filme, que traria a última aparição de Paul Walker nas telas, após a morte do ator. O filme se tornaria o primeiro a franquia a atingir US$1 bilhão.

    Jogos Vorazes: A Esperança – O Final

    Era preciso estar vivo na época para entender o que foi o fenômeno ‘Jogos Vorazes’ em 2012. Os filmes da chamada literatura “Young adult” vinham de sucessos como ‘Harry Potter’ e ‘Crepúsculo’. Ambos haviam chegado ao fim e Hollywood buscava um novo sucesso no gênero. Ele chegaria em 2012, capitaneado pela jovem Jennifer Lawrence, que se tornava uma estrela graças ao filme. E se ‘Vingadores’ se tornava um sucesso para os meninos, ‘Jogos Vorazes’ arrastava uma multidão, em especial meninas adolescentes, dominando as salas de cinema. Para ter uma ideia do estrago, logo na largada, o primeiro filme somou US$695 milhões mundiais – com um título desconhecido para os não familiarizados com os livros (ou seja, a maioria) e sem grandes nomes protagonizando. O segundo passou dos US$800 milhões.  Ou seja, imagine o hype para o desfecho.

    Resultado

    Apesar de ser conhecido como o “ano das maiores franquias”, o ano de 2015 não foi o mais rentável do cinema. Isso porque diversos títulos promissores, como O Exterminador do Futuro e Mad Max, não atingiram o esperado em bilheteira. “Apenas” cinco de seus filmes ultrapassaram a barreira do bilhão: ‘Star Wars’, ‘Jurassic World’, ‘Vingadores’, ‘Velozes e Furiosos’ e ‘Minions’ – animação derivada de ‘Meu Malvado Favorito’. Bem, sem dúvida foi um feito impressionante, e um recorde para a época. De fato, demonstrava a força de tal ano nas bilheterias. Aliás, esse recorde seria mantido até 2018 – quando seria igualado e depois superado. Ou seja, se formos analisar mais de perto, veremos que 2015 permanece como top 3 dos anos mais rentáveis de todos os tempos no cinema.

    Como dito, em 2018 esse recorde seria igualado, com mais cinco filmes atingindo a marca do bilhão de dólares mundiais: ‘Vingadores: Guerra Infinita’, ‘Pantera Negra’, Jurassic World: Reino Ameaçado’, ‘Os Incríveis 2’ e ‘Aquaman’. Mas o primeiríssimo lugar da lista vai para o inigualável ano de 2019, que apesar de não ser alardeado como “o novo ano dos blockbusters”, tão badalado quanto 2015, teve nada menos do que nove filmes com US$1 bilhão em caixa. ‘Vingadores: Ultimato’, ‘O Rei Leão’, ‘Frozen 2’, ‘Homem-Aranha: Longe de Casa’, ‘Capitã Marvel’, ‘Coringa’, ‘Star Wars: A Ascensão Skywalker’, ‘Toy Story 4’ e ‘Aladdin’.

    É claro que mais inflado do que isso não dava para ficar, e com a pandemia, hoje os cinemas lutam uma luta árdua para se manterem abertos. Mas não é dizer que não temos sucessos hoje, porque nesses seis anos desde o fatídico 2020, já tivemos 10 filmes que se tornaram fenômenos bilionários. Qual será o próximo?

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