domingo , 22 dezembro , 2024

‘Super Mario Bros.’ (1993), ‘Doom’, ‘Street Fighter’ e os PIORES filmes baseados em jogos de videogame

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Ao longo da história da sétima arte, diversas fontes serviram de inspiração para os filmes. Os livros, por exemplo, remetem diretamente dos primórdios do cinema, e também de Hollywood, a maior indústria cinematográfica do mundo. Tudo, desde histórias em quadrinhos, seriados e programas de TV, biografias e até mesmo brinquedos (como linhas de bonecos e jogos de tabuleiro) já foi utilizado pelos roteiristas como base na hora de fazer filmes. No entanto, uma das mídias mais maltratadas pelos filmes ainda são os videogames. Se formos analisar de perto, notaremos que de todas as adaptações de games eletrônicos para o cinema, a grande parte não agradou os críticos e os fãs, ficando abaixo também de seu investimento financeiro.

Durante décadas, os heróis de histórias em quadrinhos também eram motivo de piada em Hollywood, no entanto, viram surgir uma onda de popularidade no início da década de 2000, e ascenderam até se tornarem a fonte mais confiável e lucrativa do cinema na atualidade. Isso que é moral. Muitos se perguntam quando será a vez dos videogames, ou será esse dia de fato chegará. Bem, com produções do nível da série ‘The Last of Us’ e da recente animação ‘Super Mario Bros.’ (que promete quebrar todo tipo de recorde de bilheteira esse ano), podemos nos animar um pouco mais de que essa mudança de sorte esteja finalmente chegando.



No entanto, aqui nessa nova matéria iremos focar justamente no que não deu certo. Mas não apenas isso, já que aqui daremos um mergulho nas profundezas do fundo do poço do subgênero – revisitando as piores adaptações de videogames para o cinema. É claro que nessa viagem infernal nos depararemos com alguns dos piores filmes da sétima arte também. Confira abaixo.

10) Super Mario Bros. (1993)

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Completando 30 anos de lançamento em 2023, começamos a lista com ‘Super Mario Bros.’, a primeira adaptação de um videogame para o cinema da história da sétima arte. Tudo parecia estar no lugar. Os games do Super Mario seguiam como os mais populares do segmento. Era a hora certa para levar o encanador italiano bigodudo para as telonas com atores de carne e osso. Mas como adaptar um jogo com cogumelos vivos, canos verdes gigantes, cascos de tartarugas, caixas mágicas, etc., sem se tornar algo insano e alucinógeno? A aposta da Disney (através da subsidiária Hollywood Pictures) foi adaptar com uma pegada, digamos, um pouco mais sombria e suja – algo que estava na moda na época, vide ‘Batman’ (1989) e ‘As Tartarugas Ninja’ (1990). Aqui, digamos apenas que não funcionou, e o primeiro ‘Super Mario Bros.’ viveria para ser considerado um dos pontos baixos dos anos 90.

09) Doom: A Porta do Inferno (2005)

Doom foi o segundo jogo 3D de tiro em primeira pessoa na história dos videogames, mas foi o que se tornou mais popular de todos. A história fala sobre uma equipe de militares precisando resolver uma situação numa base localizada em Marte, quando um portal se abre, trazendo criaturas aparentemente direto do inferno. Insano é pouco. Para o filme, Dwayne Johnson provava que era gente da gente, e fã do game, ao impulsionar o projeto de levar o jogo para as telonas com seu nome. Quem também está no filme é a indicada ao Oscar Rosamund Pike, e Karl Urban (‘The Boys’). O filme até tenta emular o ponto de vista do jogo, mas terminou se tornando um fracasso de crítica e bilheteria.

08) Wing Commander: A Batalha Final (1999)

Nos anos 90, os filmes baseados em videogames se tornavam uma tendência, com todo estúdio tentando tirar do papel sua própria adaptação. A 20th Century Fox apelava para um produto pouco conhecido do grande público, um game que mostrava uma guerra de espaçonaves no melhor estilo ‘Star Wars dos pobres’ conhecido como ‘Wing Commander’. O filme com toda a aura de produção B era estrelado por Freddie Prinze Jr. e Matthew Lillard, como dois pilotos que eram melhores amigos – na vida real os atores haviam acabado de sair dos slasher de sucesso ‘Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’ e ‘Pânico’. Por comparação dois anos antes havia sido lançado ‘Tropas Estelares’, que deixa ‘Wing Commander’ comendo poeira. O filme não conseguiu se pagar nas bilheterias e foi destroçado pela crítica. E você lembrava?

07) Double Dragon (1994)

Quando falamos nos primeiros jogos de videogame que viraram filmes nos cinemas, muitos citam rapidamente ‘Super Mario Bros.’, ‘Street Fighter’ e ‘Mortal Kombat’ como o trio que começou tudo. O que muitos podem não lembrar e alguns sequer saber, é que no meio destes três existe um longa chamado ‘Double Dragon’ – que na verdade é o segundo game levado aos cinemas, logo após ‘Super Mario Bros.’. Tendo estreado ainda em 1987 nos fliperamas pelo mundo, ‘Double Dragon’ rapidamente se tornou sensação, popularizado ainda mais com o lançamento para os consoles domésticos. A história mostrava dois irmãos enfrentando inimigos num jogo de luta no estilo beat ‘em up – no Brasil conhecido como andar e bater. Um dos personagens que marcaram o jogo era Abobo (nome que a geração dos anos 80 e 90 jamais esquecerá – espero que ninguém tenha colocado no filho), um sujeito grandalhão e deformado que, é claro, dá as caras no filme. A dupla improvável vivendo os irmãos Jimmy e Billy no cinema era formada pelos atores Mark Dacascos e Scott Wolf – e o elenco trazia ainda Alyssa Milano e Robert Patrick como o vilão.

06) Street Fighter: A Última Batalha (1994)

O jogo de luta ‘Street Fighter’ foi um verdadeiro fenômeno no mundo todo no início dos anos 90. Na verdade, Street Fighter 2 foi que introduziu os personagens que todos vieram a conhecer e adorar em 1991. Com personagens ecléticos que representavam seus países, como até mesmo um lutador do Brasil, o game representou um marco no estilo e a transição para uma nova fase na capacidade do que os jogos podiam fazer. Com ares de superprodução, a Columbia Pictures comprou os direitos da franquia e resolveu leva-la aos cinemas em grande estilo. No elenco, os produtores conseguiram alistar um dos maiores astros da ação na época, o belga Jean-Claude Van Damme para o papel não de Ken ou Ryu, os protagonistas, mas sim do coadjuvante Guile, aqui transformado em personagem principal. Fora isso, serviu como último trabalho do grande Raul Julia, como o vilão Bison, que estava abatido por causa do câncer que tirou sua vida. Apesar de todos na época terem corrido para os cinemas, hoje dificilmente alguém aprova o resultado sem olhos nostálgicos.

05) Mortal Kombat: A Aniquilação (1997)

Ao contrário de ‘Street Fighter’ (1994), que não teve nada a ver com sua contraparte dos games, a versão de ‘Mortal Kombat’ para o cinema ainda hoje é enaltecida como uma das melhores adaptações do gênero, apesar da notória falta de sangue (um dos atrativos do jogo). O que todos elogiam é o espírito mantido da história e a grande sensação de aventura que permeia o longa. Assim, com um sucesso em mãos, a New Line, produtora do longa, resolveu logo tirar do papel a sequência do filme de 1995 – algo que ‘Street Fighter’ nunca cogitou. Mas o que viria a seguir se tornaria uma das maiores atrocidades cinematográficas de todos os tempos com ‘Mortal Kombat: A Aniquilação’, que joga tudo de bom que o filme original tinha conquistado direto no lixo. Com atuações canhestras, figurinos piores que qualquer “cospobre” e efeitos de terceira categoria, o segundo ‘Mortal Kombat’ parece uma daquelas produções feitas no quintal de casa. Não por menos, nenhum (ou quase nenhum) dos atores originais quis retornar. ‘Mortal Kombat 2’ colocaria um fim na franquia dos anos 90, sendo revivida somente 24 anos depois.

04) Street Fighter: A Lenda de Chun-Li (2009)

Sabe o ditado “não existe nada ruim que não possa piorar”? Pois bem, ele se encaixa como uma luva na franquia ‘Street Fighter’ no cinema. O filme original deixou a criançada empolgada na época, por se tratar de um produto querido, que era febre, e ser uma das primeiras produções do segmento. Na época mesmo os fãs puderam atestar que ‘A Batalha Final’ (1994) não era essa Coca-Cola toda e a coisa só foi piorando quando as crianças da época cresceram e adquiriram mais senso crítico. Morta a franquia ficou nas telonas. Até produtores muito espertalhões decidirem reviver a marca de forma, digamos, mais minimalista, em clima de thriller policial, ao invés de um blockbuster como no original. Outra mudança foi que o foco seria em Chun-Li desta vez, vivida por Kristin Kreuk (a Lana Lang de ‘Smallville’). Numa virada curiosa e infeliz para a produção, o segundo filme conseguiu ser menos apreciado ainda pelos fãs do que o original.

03) BloodRayne (2005)

Daqui em diante, nas três primeiras posições dos piores filmes baseados em videogames de todos os tempos, teremos obras assinadas pelo mesmo cineasta: alemão Uwe Boll. Os mais ácidos poderão dizer que Boll foi a pior coisa que a Alemanha produziu desde o nazismo, mas a verdade é que Uwe Boll é considerado um dos piores, quiçá, o pior diretor da atualidade. Seus filmes parecem amadores – tudo bem que o orçamento de troco de padaria também não ajuda muito. Aliás, poderíamos ter incluído aqui na lista outro filme de Boll, ‘Em Nome do Rei’ (2007), protagonizado por ninguém menos que Jason Statham, e baseado no videogame Dungeon Siege, de 2002. Mesmo capenga o filme gerou duas continuações. Mas aqui optamos por ‘BloodRayne’, que mistura aventura medieval com vampiros, e tem como base o game também de 2002. Para o filme, Boll arrastou Michelle Rodriguez, Michael Madsen e pasme, Ben Kingsley. A protagonista é Kristanna Loken, que havia saído do sucesso de ‘O Exterminador do Futuro 3’ (2003), onde viveu a exterminadora mulher.

02) Alone in the Dark: O Despertar do Mal (2005)

A franquia de games Alone in the Dark seguem a linha de Resident Evil, ou seja, são jogos do estilo conhecido como “sobrevivência” e utilizam uma pegada de terror em sua narrativa – de tiro em primeira pessoa. Quando ‘Alone in the Dark’, o filme, estreou, Milla Jovovich já havia lançado dois ‘Resident Evil’ – que não foram, por assim dizer, muito elogiados. Mas tais filmes são verdadeiras obras-primas se comparados com esse terror mequetrefe, estrelado por Christian Slater, Tara Reid e Stephen Dorff. Novamente assinado por Uwe Boll, ‘Alone in the Dark’ é um daqueles filmes que quase ninguém viu, e os que viram se arrependem. E como sonhar não custa nada, é dito que o ambicioso “Ed Wood” moderno queria ninguém menos do que Christian Bale e Jessica Alba para a dupla protagonista. Aham.

01) House of the Dead – O Filme (2003)

Para a infelicidade de todos, era aqui que a “tragédia” começava. O alemão Uwe Boll conseguiu a oportunidade de dirigir seu primeiro filme baseado em um videogame com este ‘House of the Dead’. Mais uma vez, o jogo faz parte do subgênero de terror de sobrevivência, do qual também pertencem ‘Alone in the Dark’ e ‘Resident Evil’. O primeiro House of the Dead foi lançado ainda em 1996. A trama do filme conta sobre um grupo de jovens viajando até uma ilha carinhosamente chamada de “Ilha da Morte”, onde reza a lenda que um padre espanhol foi banido por inventar um soro que enganaria a morte. No local, eles descobrem da pior maneira que a lenda talvez seja real, e precisam fugir de criaturas mortas-vivas. Nas mãos de qualquer outro diretor essa premissa, embora batida, até poderia render alguma novidade. Nas mãos de Uwe Boll se torna “menos do mesmo” e não apenas o pior filme de videogame de todos os tempos, mas também um dos piores filmes de todos os tempos.

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‘Super Mario Bros.’ (1993), ‘Doom’, ‘Street Fighter’ e os PIORES filmes baseados em jogos de videogame

Ao longo da história da sétima arte, diversas fontes serviram de inspiração para os filmes. Os livros, por exemplo, remetem diretamente dos primórdios do cinema, e também de Hollywood, a maior indústria cinematográfica do mundo. Tudo, desde histórias em quadrinhos, seriados e programas de TV, biografias e até mesmo brinquedos (como linhas de bonecos e jogos de tabuleiro) já foi utilizado pelos roteiristas como base na hora de fazer filmes. No entanto, uma das mídias mais maltratadas pelos filmes ainda são os videogames. Se formos analisar de perto, notaremos que de todas as adaptações de games eletrônicos para o cinema, a grande parte não agradou os críticos e os fãs, ficando abaixo também de seu investimento financeiro.

Durante décadas, os heróis de histórias em quadrinhos também eram motivo de piada em Hollywood, no entanto, viram surgir uma onda de popularidade no início da década de 2000, e ascenderam até se tornarem a fonte mais confiável e lucrativa do cinema na atualidade. Isso que é moral. Muitos se perguntam quando será a vez dos videogames, ou será esse dia de fato chegará. Bem, com produções do nível da série ‘The Last of Us’ e da recente animação ‘Super Mario Bros.’ (que promete quebrar todo tipo de recorde de bilheteira esse ano), podemos nos animar um pouco mais de que essa mudança de sorte esteja finalmente chegando.

No entanto, aqui nessa nova matéria iremos focar justamente no que não deu certo. Mas não apenas isso, já que aqui daremos um mergulho nas profundezas do fundo do poço do subgênero – revisitando as piores adaptações de videogames para o cinema. É claro que nessa viagem infernal nos depararemos com alguns dos piores filmes da sétima arte também. Confira abaixo.

10) Super Mario Bros. (1993)

Completando 30 anos de lançamento em 2023, começamos a lista com ‘Super Mario Bros.’, a primeira adaptação de um videogame para o cinema da história da sétima arte. Tudo parecia estar no lugar. Os games do Super Mario seguiam como os mais populares do segmento. Era a hora certa para levar o encanador italiano bigodudo para as telonas com atores de carne e osso. Mas como adaptar um jogo com cogumelos vivos, canos verdes gigantes, cascos de tartarugas, caixas mágicas, etc., sem se tornar algo insano e alucinógeno? A aposta da Disney (através da subsidiária Hollywood Pictures) foi adaptar com uma pegada, digamos, um pouco mais sombria e suja – algo que estava na moda na época, vide ‘Batman’ (1989) e ‘As Tartarugas Ninja’ (1990). Aqui, digamos apenas que não funcionou, e o primeiro ‘Super Mario Bros.’ viveria para ser considerado um dos pontos baixos dos anos 90.

09) Doom: A Porta do Inferno (2005)

Doom foi o segundo jogo 3D de tiro em primeira pessoa na história dos videogames, mas foi o que se tornou mais popular de todos. A história fala sobre uma equipe de militares precisando resolver uma situação numa base localizada em Marte, quando um portal se abre, trazendo criaturas aparentemente direto do inferno. Insano é pouco. Para o filme, Dwayne Johnson provava que era gente da gente, e fã do game, ao impulsionar o projeto de levar o jogo para as telonas com seu nome. Quem também está no filme é a indicada ao Oscar Rosamund Pike, e Karl Urban (‘The Boys’). O filme até tenta emular o ponto de vista do jogo, mas terminou se tornando um fracasso de crítica e bilheteria.

08) Wing Commander: A Batalha Final (1999)

Nos anos 90, os filmes baseados em videogames se tornavam uma tendência, com todo estúdio tentando tirar do papel sua própria adaptação. A 20th Century Fox apelava para um produto pouco conhecido do grande público, um game que mostrava uma guerra de espaçonaves no melhor estilo ‘Star Wars dos pobres’ conhecido como ‘Wing Commander’. O filme com toda a aura de produção B era estrelado por Freddie Prinze Jr. e Matthew Lillard, como dois pilotos que eram melhores amigos – na vida real os atores haviam acabado de sair dos slasher de sucesso ‘Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’ e ‘Pânico’. Por comparação dois anos antes havia sido lançado ‘Tropas Estelares’, que deixa ‘Wing Commander’ comendo poeira. O filme não conseguiu se pagar nas bilheterias e foi destroçado pela crítica. E você lembrava?

07) Double Dragon (1994)

Quando falamos nos primeiros jogos de videogame que viraram filmes nos cinemas, muitos citam rapidamente ‘Super Mario Bros.’, ‘Street Fighter’ e ‘Mortal Kombat’ como o trio que começou tudo. O que muitos podem não lembrar e alguns sequer saber, é que no meio destes três existe um longa chamado ‘Double Dragon’ – que na verdade é o segundo game levado aos cinemas, logo após ‘Super Mario Bros.’. Tendo estreado ainda em 1987 nos fliperamas pelo mundo, ‘Double Dragon’ rapidamente se tornou sensação, popularizado ainda mais com o lançamento para os consoles domésticos. A história mostrava dois irmãos enfrentando inimigos num jogo de luta no estilo beat ‘em up – no Brasil conhecido como andar e bater. Um dos personagens que marcaram o jogo era Abobo (nome que a geração dos anos 80 e 90 jamais esquecerá – espero que ninguém tenha colocado no filho), um sujeito grandalhão e deformado que, é claro, dá as caras no filme. A dupla improvável vivendo os irmãos Jimmy e Billy no cinema era formada pelos atores Mark Dacascos e Scott Wolf – e o elenco trazia ainda Alyssa Milano e Robert Patrick como o vilão.

06) Street Fighter: A Última Batalha (1994)

O jogo de luta ‘Street Fighter’ foi um verdadeiro fenômeno no mundo todo no início dos anos 90. Na verdade, Street Fighter 2 foi que introduziu os personagens que todos vieram a conhecer e adorar em 1991. Com personagens ecléticos que representavam seus países, como até mesmo um lutador do Brasil, o game representou um marco no estilo e a transição para uma nova fase na capacidade do que os jogos podiam fazer. Com ares de superprodução, a Columbia Pictures comprou os direitos da franquia e resolveu leva-la aos cinemas em grande estilo. No elenco, os produtores conseguiram alistar um dos maiores astros da ação na época, o belga Jean-Claude Van Damme para o papel não de Ken ou Ryu, os protagonistas, mas sim do coadjuvante Guile, aqui transformado em personagem principal. Fora isso, serviu como último trabalho do grande Raul Julia, como o vilão Bison, que estava abatido por causa do câncer que tirou sua vida. Apesar de todos na época terem corrido para os cinemas, hoje dificilmente alguém aprova o resultado sem olhos nostálgicos.

05) Mortal Kombat: A Aniquilação (1997)

Ao contrário de ‘Street Fighter’ (1994), que não teve nada a ver com sua contraparte dos games, a versão de ‘Mortal Kombat’ para o cinema ainda hoje é enaltecida como uma das melhores adaptações do gênero, apesar da notória falta de sangue (um dos atrativos do jogo). O que todos elogiam é o espírito mantido da história e a grande sensação de aventura que permeia o longa. Assim, com um sucesso em mãos, a New Line, produtora do longa, resolveu logo tirar do papel a sequência do filme de 1995 – algo que ‘Street Fighter’ nunca cogitou. Mas o que viria a seguir se tornaria uma das maiores atrocidades cinematográficas de todos os tempos com ‘Mortal Kombat: A Aniquilação’, que joga tudo de bom que o filme original tinha conquistado direto no lixo. Com atuações canhestras, figurinos piores que qualquer “cospobre” e efeitos de terceira categoria, o segundo ‘Mortal Kombat’ parece uma daquelas produções feitas no quintal de casa. Não por menos, nenhum (ou quase nenhum) dos atores originais quis retornar. ‘Mortal Kombat 2’ colocaria um fim na franquia dos anos 90, sendo revivida somente 24 anos depois.

04) Street Fighter: A Lenda de Chun-Li (2009)

Sabe o ditado “não existe nada ruim que não possa piorar”? Pois bem, ele se encaixa como uma luva na franquia ‘Street Fighter’ no cinema. O filme original deixou a criançada empolgada na época, por se tratar de um produto querido, que era febre, e ser uma das primeiras produções do segmento. Na época mesmo os fãs puderam atestar que ‘A Batalha Final’ (1994) não era essa Coca-Cola toda e a coisa só foi piorando quando as crianças da época cresceram e adquiriram mais senso crítico. Morta a franquia ficou nas telonas. Até produtores muito espertalhões decidirem reviver a marca de forma, digamos, mais minimalista, em clima de thriller policial, ao invés de um blockbuster como no original. Outra mudança foi que o foco seria em Chun-Li desta vez, vivida por Kristin Kreuk (a Lana Lang de ‘Smallville’). Numa virada curiosa e infeliz para a produção, o segundo filme conseguiu ser menos apreciado ainda pelos fãs do que o original.

03) BloodRayne (2005)

Daqui em diante, nas três primeiras posições dos piores filmes baseados em videogames de todos os tempos, teremos obras assinadas pelo mesmo cineasta: alemão Uwe Boll. Os mais ácidos poderão dizer que Boll foi a pior coisa que a Alemanha produziu desde o nazismo, mas a verdade é que Uwe Boll é considerado um dos piores, quiçá, o pior diretor da atualidade. Seus filmes parecem amadores – tudo bem que o orçamento de troco de padaria também não ajuda muito. Aliás, poderíamos ter incluído aqui na lista outro filme de Boll, ‘Em Nome do Rei’ (2007), protagonizado por ninguém menos que Jason Statham, e baseado no videogame Dungeon Siege, de 2002. Mesmo capenga o filme gerou duas continuações. Mas aqui optamos por ‘BloodRayne’, que mistura aventura medieval com vampiros, e tem como base o game também de 2002. Para o filme, Boll arrastou Michelle Rodriguez, Michael Madsen e pasme, Ben Kingsley. A protagonista é Kristanna Loken, que havia saído do sucesso de ‘O Exterminador do Futuro 3’ (2003), onde viveu a exterminadora mulher.

02) Alone in the Dark: O Despertar do Mal (2005)

A franquia de games Alone in the Dark seguem a linha de Resident Evil, ou seja, são jogos do estilo conhecido como “sobrevivência” e utilizam uma pegada de terror em sua narrativa – de tiro em primeira pessoa. Quando ‘Alone in the Dark’, o filme, estreou, Milla Jovovich já havia lançado dois ‘Resident Evil’ – que não foram, por assim dizer, muito elogiados. Mas tais filmes são verdadeiras obras-primas se comparados com esse terror mequetrefe, estrelado por Christian Slater, Tara Reid e Stephen Dorff. Novamente assinado por Uwe Boll, ‘Alone in the Dark’ é um daqueles filmes que quase ninguém viu, e os que viram se arrependem. E como sonhar não custa nada, é dito que o ambicioso “Ed Wood” moderno queria ninguém menos do que Christian Bale e Jessica Alba para a dupla protagonista. Aham.

01) House of the Dead – O Filme (2003)

Para a infelicidade de todos, era aqui que a “tragédia” começava. O alemão Uwe Boll conseguiu a oportunidade de dirigir seu primeiro filme baseado em um videogame com este ‘House of the Dead’. Mais uma vez, o jogo faz parte do subgênero de terror de sobrevivência, do qual também pertencem ‘Alone in the Dark’ e ‘Resident Evil’. O primeiro House of the Dead foi lançado ainda em 1996. A trama do filme conta sobre um grupo de jovens viajando até uma ilha carinhosamente chamada de “Ilha da Morte”, onde reza a lenda que um padre espanhol foi banido por inventar um soro que enganaria a morte. No local, eles descobrem da pior maneira que a lenda talvez seja real, e precisam fugir de criaturas mortas-vivas. Nas mãos de qualquer outro diretor essa premissa, embora batida, até poderia render alguma novidade. Nas mãos de Uwe Boll se torna “menos do mesmo” e não apenas o pior filme de videogame de todos os tempos, mas também um dos piores filmes de todos os tempos.

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