Lázaro Ramos disse à Folha de S. Paulo que o seu filme ‘Medida Provisória‘ sofreu “censura burocrática” para estrear: “O que sabemos é que um membro do governo puxou um boicote lá atrás, dizendo como o filme foi feito para falar mal do ‘messias’. Depois, precisávamos de uma simples assinatura para trocar nossa distribuidora, e isso demorou um ano e alguns meses para acontecer”, concluiu.
Assim, Taís Araújo, de ‘Medida Provisória‘ e esposa de Lazaro, criticou a censura contra o longa lançado no dia 14 de abril de 2022. Essa não foi a primeira vez na qual a atriz fez uma queixa sobre o assunto, porque a produção sofreu algumas dificuldades até chegar a entrar em cartaz no Brasil.
“Acho que o filme sofreu censura, sim, mas ainda bem que foi liberado, porque o Brasil merece ver e discutir esses assuntos”, confessou a atroz em entrevista que concedeu à Vogue. Que completou dizendo: “Esse filme, quando filmamos, era 2018… Enfim, nada do que vivemos hoje, essa tragédia não existia. Chamávamos de um futuro distópico, o que dá muito medo porque parece como essa distopia se aproxima muito”.
Taís Araújo também elogiou bastante o trabalho de Lázaro Ramos nas filmagens: “É um filme que tem muito a identidade de direção do Lázaro, de começar meio leve como comédia e, quando você vê, não tem nada de engraçado, a situação é dramática, é trágica. Aí ele chama a gente para conversar, mas de uma maneira afetuosa”.
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Sinopse: Num futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a ‘voltarem’ à África como forma de reparar os tempos de escravidão. O advogado Antônio (Alfred Enoch), sua companheira, a médica Capitu (Taís Araújo), e seu primo, o jornalista André (Seu Jorge) decidem resistir, uns confinados em suas casas, outros no Afrobunker – movimento que vai lutar pelo direito de permanecerem em seu país.