‘Salò ou os 120 Dias de Sodoma’, terror de 1975 dirigido por Pier Paolo Pasolini, recentemente foi adicionado ao Disney+, causando choque entre os internautas. O filme é considerado um clássico do gênero, descrito como tão perturbador que muitos espectadores não conseguem assisti-lo até o final.
Na internet, internautas têm comentado sobre o quão perturbador é o filme e sobre o quão inusitado é vê-lo disponível no Disney+, plataforma conhecida por seu conteúdo mais voltado ao público infantil.
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nunca tive coragem de ver esse msm a vontade sendo grande pic.twitter.com/wlwope1MP6
— cauã ❀ (@extalionxx) June 20, 2024
Considerando que vai unificar com o Star+ que é um canal mais adulto, até que faz sentido… mas ainda assim é bizarro um filme desses no catálogo kkkk
— Leafar (@LeafarC3) June 20, 2024
Mds, acho q nem eu concordo com isso. kkkk será que sou conservador ou medroso por pensar na possibilidade da minha irmã assistir isso enquanto tava assistindo Moana?
— trufa de cuscuz (@birth4all) June 20, 2024
Só vê quem quer. Eu vi e não pretendo ver outra vez!
— Patty Valente (@PattyValente22) June 20, 2024
Um dos maiores erros da minha vida foi ter assistido a cena do jantar de Salò ou os 120 Dias de Sodoma pic.twitter.com/GVDCtiIQmu
— Terror Fora de Contexto (@TerrorContexto) July 27, 2023
q feio mulher q gosta de de salò ou os 120 dias de sodoma eu sendo horrorosa pic.twitter.com/hsIVh1hZGY
— amanda akemi (@bloodlwst_) March 19, 2024
Com direção de Pasolini e roteiro de Marquês de Sade, “a trama retrata quatro libertinos fascistas que sequestram nove adolescentes, meninos e meninas, submetendo-os a 120 dias de sofrimento como escravos sexuais, obrigando-os a participar de variadas formas de orgias e sofrendo torturas físicas e mentais”.
No Rotten Tomatoes, o filme possui uma aprovação de 71% entre os críticos, com base em 41 análises, e uma aprovação de 62% pelo público. Esses números refletem a natureza controversa
Os críticos em geral acharam o filme perturbador, dividindo-se entre os que questionaram os objetivos do cineasta e os que aclamaram seu trabalho como uma obra-prima.
“Um exemplo perfeito do tipo de conteúdo que, teoricamente, pode ser aceitável no papel, mas se torna tão repugnante quando visualizado na tela que acaba por desumanizar ainda mais o espírito humano, algo que deveria ser a preocupação central do artista”, disse Vincent Canby do New York Times.
“Havia um propósito por trás de toda essa depravação; Pasolini estava comentando sobre o efeito desumanizador do fascismo, com referências a Proust, Nietzsche e aos círculos do Inferno de Dante. Mesmo assim, você provavelmente vai querer um banho depois de assistir”, disse Ed Potton do The Times.
“Tão perturbador quanto pretendia ser. Pode não ser uma experiência agradável, mas é sem dúvida uma experiência marcante”, disse Kim Newman da Empire Magazine.
“Segundo relatos, o diretor estava em desespero diante da violência aleatória da sociedade italiana pouco antes de sua morte; esse sentimento permeia sua obra final, conferindo-lhe uma significância póstuma”, disse David Ansen do Newsweek.
“É uma obra-prima, ainda a representação mais convincente da crueldade humana na história do cinema até hoje”, disse Gilbert Adair do Independent.
“Este filme é essencial de ser visto, porém impossível de assistir: um espectador pode sentir que a própria vida foi profanada além de qualquer redenção pelo simples fato de que tais coisas possam ser mostradas ou mesmo imaginadas”, disse Richard Brody do New Yorker.