Com o décimo terceiro episódio, a série de Matt Nix (Burn Notice) começa a traçar seu caminho para a season finale que acontece no décimo quinto capítulo. Com um tom mais tranquilo, entretanto, tenso, devido ao ar que circula durante esses conflitos entre Círculo Interno, Purificadores e Resistência, ‘teMpted’ se desenvolve trazendo a família Strucker e Marcos (Sean Teale) no foco principal. Portanto, vamos por partes:
A influência da caixinha de música combinada com a tentativa de manipulação das Frost (Skyler Samuels) dominaram as ideias de Lauren (Natalie Alyn Lind) ao ponto de deixa-la confusa sobre qual caminho seguir. O conflito que existe dentro da personagem se evidencia quando Reed (Stephen Moyer) admite que passou pelo mesmo que ela quando era jovem. A situação se agrava ao nível em que a personagem de Lind decide tomar a injeção que o pai utiliza para inibir seus poderes. A dúvida que fica é o quão prejudicial isso pode ser para a relação dos dois com a mãe e se existe a possibilidade de se tornar algo permanente, ou se é apenas enquanto ela aprende a controlar essa vontade de seguir um caminho mais obscuro.
E por falar em Caitlin (Amy Acker), a humana mais badass entre os mutantes mostrou sua garra novamente e teve a chance de brilhar em um episódio. É fato que Acker chama mais atenção quando dentro da sua storyline tem algumas atitudes para mostrar a que veio. Com Heather (Chelle Ramos) sendo atingida em uma missão para buscar suprimentos dos Morlocks, Blink (Jamie Chung) não vê outra solução a não ser chamar a enfermeira para ajudar. O flashback no início do capítulo explica os motivos de Erg (Michael Luwoye) ter dois pés atrás para com os não portadores do gene X, o que é possível ver sendo modificado ao longo de sua interação com a Strucker. É interessante acompanhar os diálogos da dupla, assim como, a cena final em que ele a reconhece como parte do time.
A filha do Magneto segue fazendo o papel de agente dupla e repassando para os mutantes underground o que consegue descobrir sobre os planos de Reeva (Grace Byers). Entretanto, nesta investigação, Polaris (Emma Dumont) acaba ganhando a desconfiança de Max (James Carpinello) que começa a apresentar uma mudança de comportamento para com ela. O que é um pouco fora de personagem é o medo da mesma para com o que pode acontecer a si caso a líder dos minions desconfie. A busca de Lorna pela ajuda de Marcos e as repercussões que tiveram – em evidencia a cena final do episódio – podem acarretar em danos colaterais ainda maiores.
É fácil reconhecer as cenas entre Caitlin, Erg e Clarice como os pontos altos do episódio, pois talvez esta seja a brecha necessária para que os Morlocks finalmente decidam ajudar os mutantes que participam da Resistência. Outro detalhe é quão emocional e primordial são as cenas, mostrando que não adianta colocar todo mundo dentro de um estereotipo, porque de ambos os lados existem pessoas boas e más. Mais uma vez, a essência das histórias dos X-Men se encontra presente no roteiro de The Gifted.
Agora resta ao espectador aguardar como se desenrolará os capítulos que marcam o final da segunda temporada e aguardar se terá ou não uma renovação para a terceira.