sábado , 23 novembro , 2024

‘The Witcher’: Um breve guia para a nova série da Netflix

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A Netflix já disponibilizou em seu catálogo uma das séries mais aguardadas do ano: The Witcher.

A produção, cujos rumores indicam que o orçamento se equipara consideravelmente a ‘Game of Thrones’ (um dos maiores shows de fantasia da história), é baseada na saga de romances assinada por Andrzej Sapkowski. O título original, ‘A Saga do Bruxo Geralt de Rivia’, gira em torno do personagem-titular, um dos últimos bruxos restantes na Terra, cuja raça foi geneticamente modificada e desenvolveu habilidades sobre-humanas para lutarem contra monstros em troca de recompensas monetárias.



A narrativa arquitetada com esmero por Sapkowski fez tanto sucesso desde o seu lançamento que transformou-se em uma franquia de games de extremo sucesso crítico e comercial – o que explica o motivo pelo qual a gigante do streaming ter se apaixonado pelo enredo e entrado na corrida para adquirir os direitos de uma adaptação seriada.

Levando em consideração que o universo do romancista está em constante expansão e pode se tornar confuso para parte do público, resolvemos separar uma breve lista explicando os principais e imprescindíveis pontos para compreensão do que esperamos ser uma das investidas mais promissoras da plataforma.

OS PERSONAGENS

Geralt de Rivia

O estoico e sarcástico protagonista é, como supracitado, um caçador de monstros. Lutando para encontrar seu lugar num mundo onde os seres humanos conseguem ser piores que as mortais criaturas que se escondem nas profundezas da escuridão, Geralt é resiliente e, ao mesmo tempo, vulnerável – conhecido por seus olhos amarelados que transmitem uma imensa complexidade psíquica. Interpretado por Henry Cavill, o “herói”, por assim dizer, é sempre acompanhado de seu fiel cavalo, Roach.

Yennefer of Vengerberg

Nascida com uma severa curvatura espinal exacerbada por abusos infantis, Yennefer é uma poderosa feiticeira que foi resgatada de seus traumas por outra mortal criatura, intitulada Tissaia de Vries. Ela, observando o incrível potencial de Yennefer, levou a jovem para ser treinada na Escola Aretuza, onde cresceu para se tornar uma maga – apesar de ter sido diminuída por seus colegas e devido às deformidades físicas, tendo também aproveitado para adentrar na alta sociedade como conselheira de Reis e Rainhas. No show, a personagem será encarnada por Anya Chalotra.

Princesa Ciri

Interpretada por Freya Allan, Ciri (ou Cirilla Fiona Elen Riannon) é a última sobrevivente de sua família real. Ela conseguiu fugir do brutal massacre infringido pelo Reino de Nilfgaard e, sendo perseguida pelos inimigos da Coroa, ela cruza caminho com Geralt para que ele possa ajudá-la. E isso não é tudo: Ciri também é uma Fonte, ou seja, uma pessoa que detém incríveis habilidades mágicas em potencial (que devem ser desengatadas por uma força maior). Não é surpresa que seu arco narrativo será controlar esses poderes recém-descobertos e reclamar pelo trono que lhe foi arrancado por usurpadores.

O CENÁRIO

Os contos e os romances originais são ambientados em um território sem nome e conhecido apenas como Continente. Anteriormente povoado por gnomos e anões, a orgânica estrutura do lugar mudou com a chegada dos elfos, que iniciaram uma profunda guerra e acabaram tomando conta das planícies e das florestas, enquanto os outros povos se exilaram nas montanhas.

Entretanto, quinhentos anos antes, os humanos já habitavam as terras em questão e sempre foram dominantes em relação às outras raças; enquanto isso, os não-humanos são vistos como uma “segunda classe”, normalmente vivendo em guetos vigiados por milícias dos homens. Aqueles que não se restringem aos guetos vivem ao ar livre como forasteiros, escondendo-se em locais que ainda não foram colonizados.

Dentre os outros grupos que compõe o Continente, temos os lobisomens, os vampiros, as dríades e os halflings (aparecidas depois de um evento cataclísmico que ficou conhecido como a Conjunção de Esferas).

Sapkowski pode até ter criado um mapa de seu mundo, mas nenhuma imagem já foi divulgada para os fãs ou para os estudiosos da saga. De qualquer forma, isso não impediu que certas pessoas criassem cartografias coesas o suficiente para que servissem de guia – ainda mais lembrando que as iterações serão transpostas para a mídia visual.

O Continente, dessa forma, pode ser divido em quatro regiões principais: os Reinos do Norte, que são formados por Aedirn, Cidaris, Cintra, Hengfors, Kaedwen, Kerack, Kovie e Poviss, Lyria e Rivia (de onde nosso protagonista vem), Redania, Temeria e Verden e outras tantas províncias; o Império Nilfgaard ocupa grande parte das terras ao sul dos Reinos do Norte; a parte sudeste é, em sua maioria, desconhecida.

AFINAL, O QUE É UM WITCHER?

Como mencionado no início da matéria, os Witchers são, basicamente, caçadores de recompensas. Criados pela raça humana para combater ameaças monstruosas que foram trazidas com a Conjunção, essas “máquinas de guerra” – cuja maioria é masculina, apesar de existirem mulheres – são humanos que foram rigorosamente treinados nos mais variados gêneros de combate antes de serem expostos a mutagênicos tóxicos.

A história é ainda mais obscura: nem todas as cobaias sobreviviam. Algumas pereciam em grande dor e durante muito tempo. Caso saíssem vivas dos testes, ganhavam habilidades de sentir a presença de monstros e aumentavam sua força, velocidade, resiliência e de lançar uma espécie de feitiço rudimentar – algo diferente do que se conhece por magia. Esses sinais rúnicos são, na verdade, praticidades de guerrilha, abrindo espaço para que eles consigam criar armadilhas ou utilizar uma precária telecinese para benefício próprio. A magia, por sua vez, existe apenas naqueles que são chamados de Fontes (como Yennefer e Ciri).

O processo de mutação também implica na esterilização dos Witchers – para impedir que se reproduzam e obriguem que candidatos sejam recrutados pelos governos humanos. De qualquer forma, esses seres mutantes acabam sendo individualistas ao extremo e aparecem para auxiliar em casos de puro caos – o que explica a falta de confiança que as pessoas sentem neles e o que serve de reflexo para o crescente desaparecimento da raça.

Confira o trailer da série:

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A narrativa arquitetada com esmero por Sapkowski fez tanto sucesso desde o seu lançamento que transformou-se em uma franquia de games de extremo sucesso crítico e comercial – o que explica o motivo pelo qual a gigante do streaming ter se apaixonado pelo enredo e entrado na corrida para adquirir os direitos de uma adaptação seriada.

Levando em consideração que o universo do romancista está em constante expansão e pode se tornar confuso para parte do público, resolvemos separar uma breve lista explicando os principais e imprescindíveis pontos para compreensão do que esperamos ser uma das investidas mais promissoras da plataforma.

OS PERSONAGENS

Geralt de Rivia

O estoico e sarcástico protagonista é, como supracitado, um caçador de monstros. Lutando para encontrar seu lugar num mundo onde os seres humanos conseguem ser piores que as mortais criaturas que se escondem nas profundezas da escuridão, Geralt é resiliente e, ao mesmo tempo, vulnerável – conhecido por seus olhos amarelados que transmitem uma imensa complexidade psíquica. Interpretado por Henry Cavill, o “herói”, por assim dizer, é sempre acompanhado de seu fiel cavalo, Roach.

Yennefer of Vengerberg

Nascida com uma severa curvatura espinal exacerbada por abusos infantis, Yennefer é uma poderosa feiticeira que foi resgatada de seus traumas por outra mortal criatura, intitulada Tissaia de Vries. Ela, observando o incrível potencial de Yennefer, levou a jovem para ser treinada na Escola Aretuza, onde cresceu para se tornar uma maga – apesar de ter sido diminuída por seus colegas e devido às deformidades físicas, tendo também aproveitado para adentrar na alta sociedade como conselheira de Reis e Rainhas. No show, a personagem será encarnada por Anya Chalotra.

Princesa Ciri

Interpretada por Freya Allan, Ciri (ou Cirilla Fiona Elen Riannon) é a última sobrevivente de sua família real. Ela conseguiu fugir do brutal massacre infringido pelo Reino de Nilfgaard e, sendo perseguida pelos inimigos da Coroa, ela cruza caminho com Geralt para que ele possa ajudá-la. E isso não é tudo: Ciri também é uma Fonte, ou seja, uma pessoa que detém incríveis habilidades mágicas em potencial (que devem ser desengatadas por uma força maior). Não é surpresa que seu arco narrativo será controlar esses poderes recém-descobertos e reclamar pelo trono que lhe foi arrancado por usurpadores.

O CENÁRIO

Os contos e os romances originais são ambientados em um território sem nome e conhecido apenas como Continente. Anteriormente povoado por gnomos e anões, a orgânica estrutura do lugar mudou com a chegada dos elfos, que iniciaram uma profunda guerra e acabaram tomando conta das planícies e das florestas, enquanto os outros povos se exilaram nas montanhas.

Entretanto, quinhentos anos antes, os humanos já habitavam as terras em questão e sempre foram dominantes em relação às outras raças; enquanto isso, os não-humanos são vistos como uma “segunda classe”, normalmente vivendo em guetos vigiados por milícias dos homens. Aqueles que não se restringem aos guetos vivem ao ar livre como forasteiros, escondendo-se em locais que ainda não foram colonizados.

Dentre os outros grupos que compõe o Continente, temos os lobisomens, os vampiros, as dríades e os halflings (aparecidas depois de um evento cataclísmico que ficou conhecido como a Conjunção de Esferas).

Sapkowski pode até ter criado um mapa de seu mundo, mas nenhuma imagem já foi divulgada para os fãs ou para os estudiosos da saga. De qualquer forma, isso não impediu que certas pessoas criassem cartografias coesas o suficiente para que servissem de guia – ainda mais lembrando que as iterações serão transpostas para a mídia visual.

O Continente, dessa forma, pode ser divido em quatro regiões principais: os Reinos do Norte, que são formados por Aedirn, Cidaris, Cintra, Hengfors, Kaedwen, Kerack, Kovie e Poviss, Lyria e Rivia (de onde nosso protagonista vem), Redania, Temeria e Verden e outras tantas províncias; o Império Nilfgaard ocupa grande parte das terras ao sul dos Reinos do Norte; a parte sudeste é, em sua maioria, desconhecida.

AFINAL, O QUE É UM WITCHER?

Como mencionado no início da matéria, os Witchers são, basicamente, caçadores de recompensas. Criados pela raça humana para combater ameaças monstruosas que foram trazidas com a Conjunção, essas “máquinas de guerra” – cuja maioria é masculina, apesar de existirem mulheres – são humanos que foram rigorosamente treinados nos mais variados gêneros de combate antes de serem expostos a mutagênicos tóxicos.

A história é ainda mais obscura: nem todas as cobaias sobreviviam. Algumas pereciam em grande dor e durante muito tempo. Caso saíssem vivas dos testes, ganhavam habilidades de sentir a presença de monstros e aumentavam sua força, velocidade, resiliência e de lançar uma espécie de feitiço rudimentar – algo diferente do que se conhece por magia. Esses sinais rúnicos são, na verdade, praticidades de guerrilha, abrindo espaço para que eles consigam criar armadilhas ou utilizar uma precária telecinese para benefício próprio. A magia, por sua vez, existe apenas naqueles que são chamados de Fontes (como Yennefer e Ciri).

O processo de mutação também implica na esterilização dos Witchers – para impedir que se reproduzam e obriguem que candidatos sejam recrutados pelos governos humanos. De qualquer forma, esses seres mutantes acabam sendo individualistas ao extremo e aparecem para auxiliar em casos de puro caos – o que explica a falta de confiança que as pessoas sentem neles e o que serve de reflexo para o crescente desaparecimento da raça.

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