domingo, setembro 15, 2024

‘Tubarão’, ‘O Poderoso Chefão’, ‘Psicose’ e os Clássicos do Cinema que Ganharam Títulos Muito Diferentes Aqui no Brasil

Na história do cinema, existem aqueles títulos perfeitos. Um exemplo disso é ‘De Volta para o Futuro’. Outro é ‘Jurassic Park’. E por aí vai. Estes filmes ganharam traduções bem próximas aqui no Brasil. Em matéria de traduzir o título de um filme de Hollywood para o nosso país temos as traduções literais e as adaptações. Quando falamos no segundo item, temos aqueles filmes que traduzem de forma tão perfeita a essência da obra, que muitas vezes conseguem ficar até superior ao título original.

Por outro lado, como sabemos bem, existem também aquelas traduções que ficam ruins de doer. Umas tentando fazer graça com algum trocadilha, outras tentando explicar demais o filme inteiro só pelo título e ainda algumas que não fazem qualquer sentido. Nos anos 80 então, tivemos bons exemplares disso, onde tudo quanto era filme de terror ganhava “a hora” em seu título (‘A Hora do pesadelo’, ‘A Hora do Espanto’, ‘A Hora do Lobisomem’); e em relação às comédias as preferências eram por “da pesada” ou “do barulho”. Seguindo nessa linha, iremos dar uma olhada em algumas traduções de clássicos do cinema, que não são exatamente iguais a de seus originais. E para você, ficaram melhores ou piores? Confira.

Tubarão

Clássico irretocável de Steven Spielberg, ‘Tubarão’ escreveu o nome do diretor nos anais do cinema o transformando na potência que é hoje. ‘Tubarão’ é considerado também o primeiro blockbuster da história. Tem noção disso? Antes de ‘Star Wars’, ‘Indiana Jones’ ou ‘De Volta para o Futuro’, foi o filme do grande peixe assassino o primeiro a atingir um nível de popularidade sem precedentes. Mas e se dissermos que ‘Tubarão’ não é o título original do filme. Sim, esse é um filme sobre um tubarão, mas o nome original do filme é menos óbvio, e na tradução seria algo como “Mandíbulas”.

O Poderoso Chefão

Bom, o título da matéria avisou que seria uma lista de clássicos, então você já estava avisado. Poucos filmes da história do cinema são tão adorados quanto ‘O Poderoso Chefão’. Poucos mesmo. Pouquíssimos. Já que esse é considerado por muitos o melhor filme da história. A trama de ascensão e queda da família Corleone é muito mais que um filme de máfia, e resultou numa obra-prima de Francis Ford Coppola – que lança filme novo este ano com ‘Megalópolis’. No entanto, ‘O Poderoso Chefão’ só é poderoso chefão aqui no Brasil, porque o nome original é mesmo “O Padrinho”. Ficaria melhor?

Psicose

Quem se diz fã de cinema e ainda não assistiu ao clássico dos clássicos ‘Psicose’, precisa correr para remediar isso. Alfred Hitchcock é constantemente citado como um dos melhores diretores de todos os tempos, e ‘Psicose’ é certamente seu filme mais conhecido. Além de todo o resto, o longa guarda uma das maiores revelações da sétima arte, em uma época em que os termos plot twist e spoiler ainda não eram o que se tornaram hoje. Mas o nome ‘Psicose’, embora tenha ficado muito bom, não é exatamente o título original. Isso porque Hitchcock resolveu chamar seu filme de “Psicopata”. Muda pouco, mas é diferente.

Os Embalos de Sábado à Noite

Os jovens de hoje não pegaram o que foi a era conhecida como a “febre das discotecas” surgida na década de 1970. E talvez nunca conheçam, pois lugares assim são cada vez mais raros. Hoje, os jovens preferem se reunir em bares para bater papo. Mas na década de 90, 2000 e até 2010 era comum todos ficarem no escuro ouvindo música alta, dançando e bebendo. E nenhum outro filme resume de forma tão precisa o que foi esse movimento das discotecas quanto ‘Os Embalos de Sábado à Noite’. Difícil é tentar explicar aos americanos o significado de “embalos”. Isso porque por lá o título original é “Febre do Sábado à Noite”. A tal febre das disco.

Não deixe de assistir:

O Silêncio dos Inocentes

Agora chegamos ao filme mais “novo” da lista. Isso porque em meio aos clássicos dos anos 1970 e 1960, um filme lançado em 1991 é o “primo mais jovem”. A qualidade, por outro lado, não fica atrás. Afinal, ‘O Silêncio dos Inocentes’ é considerado um dos maiores, quiçá o maior, filme de suspense de todos os tempos. Sem dúvida o maior do subgênero “caça ao serial killer”. Foi também o último a levar o chamado “big five” no Oscar, com os prêmios de melhor filme, diretor, ator, atriz e roteiro. Mas quem seria o tal “inocente” que está em silêncio no título? Bem, talvez as vítimas do psicopata Buffalo Bill. Mas no original, “o silêncio” é dos “cordeiros” – que tem mais a ver com uma história que a protagonista Jodie Foster conta ao canibal Anthony Hopkins.

O Exterminador do Futuro

Outro dos clássicos mais modernos, o primeiro ‘O Exterminador do Futuro’ foi lançado em 1984 sem muito alarde, de forma meio independente, mas pegou todos desprevenidos com sua qualidade. Tanto que com o passar dos anos foi ganhando cada vez mais status de cult, ao ponto de ganhar uma continuação no estilo de grande blockbuster sete anos depois. Isso o possibilitou se tornar uma das maiores franquias de todos os tempos. Porém, só foi possível pela qualidade e criatividade do original, um dos melhores filmes de ação, ficção e viagem no tempo paradoxal da história. Que o “exterminador” vinha do “futuro” fica claro na trama. Mas o título escolhido por James Cameron foi simplesmente “o exterminador”.

Encurralado

Steven Spielberg é dono de alguns dos melhores filmes da história do cinema. E essa trajetória de sucesso começou ainda na década de 1970. Como citado acima, ele teve com ‘Tubarão’ um verdadeiro divisor de águas, que seguiu com o sucesso de ‘Contatos Imediatos do Terceiro Grau’. Antes desses dois, no entanto, o cineasta já mostrava que não era de brincadeira, com um filme simples, mas extremamente eficiente. Um que até hoje desperta comentários e calafrios no público. Surpreende pensar que ‘Encurralado’ foi pensado como um filme para a TV, mas que fez tanto sucesso que terminou indo para os cinemas. ‘Encurralado’, é claro, é um ótimo título. Mas que tal o nome original: “Duelo”? Qual você prefere?

Perseguidor Implacável

No item acima retornamos para os anos 1970, já que o assunto da matéria são os clássicos. Aqui, temos mais um filme que deu origem a uma incrível franquia. Falamos dos filmes estrelados pelo icônico Clint Eastwood no papel do policial “Dirty” Harry Callaham, ou “Harry Sujo”, devido a seus métodos, digamos, pouco ortodoxos no combate ao crime. Aliás, esse primeiro filme é baseado em uma história real, da caçada ao psicopata conhecido como Zodíaco. Você sabia disso? O foco do filme, no entanto, é o policial de Clint e o título original dá ênfase a isso colocando seu nome no cartaz. “Dirty Harry” ou “Harry Sujo”. E para você, quem é o Perseguidor Implacável, o policial ou o psicopata?

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa

Ainda na década de 1970, temos agora na lista o emblemático Woody Allen, que não se encontra na melhor fase de sua carreira devido à acusação da ex-mulher, a também atriz Mia Farrow e de seus filhos. Nos tempos politicamente corretos em que vivemos, Woody Allen virou persona não grata em Hollywood e nos EUA de forma geral. Se formos pensar, voltando duas décadas ou até mesmo uma, o nome do diretor não saía do meio dos cinéfilos cult e seus filmes ano após ano despertavam bastante atenção. Essa época se foi, e talvez jamais volte. Voltando lá para seu início de carreira, podemos dizer que ‘Noivo Neurótico, Noiva Nervosa’ é seu filme mais prestigiado, pois ganhou o Oscar. Mas a verdade é que dá “nervoso” falar esse título longo que o filme ganhou aqui no Brasil – que tenta resumir bastante da trama em uma frase. O nome que Allen bolou, no entanto, é bem mais simples e traz apenas a personagem de Diane Keaton em foco, com “Annie Hall”. Ou seja, esqueça o noivo e fique só com a noiva.

A Noviça Rebelde

Finalizando a matéria temos o musical que muitos consideram o quintessencial de toda a sétima arte. Bem, podemos afirmar que se não é o mais popular, certamente está no top 3. Falamos de ‘A Noviça Rebelde’, clássico que cimentou Julie Andrews como uma das maiores estrelas da sétima arte. Embora seja um musical belo e pra cima, a mensagem não tão subliminar assim é que a história mostra uma família rica precisando fugir dos horrores da Segunda Guerra Mundial e do Nazismo, que dominava a Áustria – país onde a história se passa. Tudo o que os fãs entusiasmados conseguiam ver, no entanto, era a história de uma noviça espirituosa e bastante espontânea em sua missão de educar os muitos filhos de um militar viúvo. Sim, Maria, a personagem de Andrews é, de certa forma, rebelde, pois não se encaixa nas normas. Porém, o título original “O Som da Música” deixa claro o tom musical do filme e das cantorias que a moça ensina às crianças.

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